segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O FUTURO LIVRE E LUMINOSO RECEBE DO PASSADO A SEIVA VITAL.


CARA ANA

Não me martirizo com o passado, quando refiro o meu aerograma de 72, não me martirizo nem com o presente, nem com o Futuro, quando aqui grito.

Somente é preciso alertar a comunidade, porque muitos dos abutres, de hoje, ainda são os mesmos, que ontem, do tempo, em que não tinhas entrado para escola. Eles, então, iam à ceia dos Cardeais, depois aproximaram-se do povo para chuparem o seu sangue fresco e vital. E novamente, através do consumo democrático escravizaram o povo e roubaram-nos. É exactamente o que fazem, ROUBAM-NOS, com toda a força do Aparelho de Estado e, como sempre, deixaram as gentes à beira da revolta.

Hoje, o medo e a hipocrisia desses e outros parecidos com eles, criados à sua sombra, seus clones, uma vez mais, levam-nos a se aproximarem com palavrinhas mansas junto do Povo para o enganarem, e depois o roubarem o mais que puderem. Ora é exactamente isto que está a acontecer, mas é evidente que não é gritando aqui que se sustém o quer que seja, mas que fazer?

Pode ser que alguns ampliem este grito no deserto, e porque isto tem sido sempre assim, mas não tem de o ser, eternamente. Claro que gostaria de dizer muitas destas coisas aos milhões de portugueses, mas são os vampiros que detêm todas as alavancas de poder, e no fundo riem-se deste esforço que consideram inglório e estúpido de estar para aqui a zurzir.

No tempo em que ainda não tinhas ido para a escola, como com muitos outros adultos e todos os jovens de hoje, já havia jovens de 20 anos e menos a lutarem para que pudesses ser uma mulher livre, portanto, falar disto não é um martírio, dizer-te a ti, e aos que não viveram estes tempos que nós fizemos coisas parecidas com o que os israelitas fazem agora, contra o que gritas e muitas outras pessoas, é importante, para demonstrar que as coisas também mudam. E dizer-vos que ontem, como hoje, muitos calaram, mas alguns gritaram e ainda gritam, é uma exaltação com dor, mas com muita honra. É lutar contra a escuridão

Falar que se lutou pela liberdade no tempo dos escravos, dos súbditos e cúmplices é um grito de liberdade, um dever de consciência, uma grande alegria, porque foi com o somatório desses pequenos nadas, que se multiplicaram, que os teus filhos, os filhos de Portugal e África, o meu filho, nasceram numa Pátria e Mátria libertadas.

Hoje, só é escravo quem voluntariamente quer, porque se recusa a correr com os donos de escravos, e tem medo de ser livre. Para muitos desde que tenham as telenovelas, as horas da verdade nas TV, dinheiro para comprarem sucedâneos na loja dos 300, um carrinho e uns trocos para tretas, consideram-se muito bem, e pouco ou nada ligam aos problemas mundiais muito graves que o desamor às pessoas, a Roubalheira Universal provocam.

O actual fascismo- social bestializou, brutalizou milhões de milhões de homens, e, uma vez mais, o silêncio e a cumplicidade de muitos é atroz, e muito dos que falam só falam do acessório para calarem o POVO, evitarem as revoltas, e, voltarem a conduzi-lo para os altos fornos da destruição, enquanto cidadãos livres.

Não falo destas coisas para que se dê mais uns cêntimos a pessoas que já gastam mais do que deviam em bens sumptuários, brutos carros, roupa a mais, Telemóveis disto e daquilo, casas de sonho, férias milionárias, mesmo que com base num endividamento louco, não, não é, por estes que falo.

Grito sim, pelos que nem habitação, nem alimentação, nem direito à saúde e ao trabalho têm, quando os que gerem a sua desgraça ganham milhares de euros mês.

Vale a pena falar dos abutres, para que o Mundo possa ser diferente. Se os destinos da Mátria forem confiados sempre aos mesmos ou aos seus clones, as trevas irreversivelmente subjugarão a luminosidade, e estamos a caminho de um período de grave escuridão na história da humanidade que temos de evitar que aconteça. Por causa disto, interessa falar do ontem
.
Deixo-vos um testemunho.
andrade da silva

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem....abraço de solidariedade !!

Marília Gonçalves disse...

OI

como querem que um triste poeta, se dê tempo de cantar as puras fontes que da serra vêm, as árvores, os campos, os céus e as nuvens, o luar e tudo o mais que povoa os sonhos pacíficos e pacifistas dos poetas, se as fontes que vimos são de sangue, as montanhas são de corpos assassinados, o luar se ilumina são mortalhas rasgadas casas desfeitas e vidas perdidas! ah JOAQUIM PESSOA! nunca te arrependas de certos Poemas que escreveste, Pois os tempos não estão para perfumes e delicadezas!
Que caiam sobre o silêncio dos cobardes as corajosas palavras que amandaste ao rosto da burguesia
e que se mordam e se danem, cúmplices que são, de tanto crime enquanto arrotam lagostas,e risos alvares, e outros que tais
olhem vão bugiar que a gente um dia perde a cabeça e corremos do poleiro a corja sinistra que sois
Marília Gonçalves