quarta-feira, 7 de março de 2018

05 - POEMÁRIO * Pão salgado


O MEU RIMANCEIRO 
.
(Que viva o Cordel! 


Pão salgado 








É assim o dia a dia: 

todos iguais, nada muda! 

É uma monotonia 

ou é um “Deus nos acuda”? 



Não sei bem por que razão 

se espera que os outros tragam 

a mezinha ou a unção 

para os males que nos chagam… 



Esperar um salvador 

é do domínio da crença, 

mas viver, seja onde for, 

a nossa acção não dispensa. 



Quem quer isto ou quer aquilo, 

lute para o conquistar; 

ficando alheio e tranquilo, 

não tem por que protestar? 



Se alguém não fizer por mim 

o que por mim nem eu faço, 

como posso achar ruim 

sofrer o mau por que passo? 



Só quem come o pão suado 

sabe o gosto que o pão tem! 

Pão pelo suor salgado 

nunca fez mal a ninguém. 





José-Augusto de Carvalho 
Alentejo, 2 de Março de 2018.

1 comentário:

andrade da silva disse...

Caro amigo e companheiro Carvalho muitos passos foram PLANTADOS NOS CAMINHOS DO FUTURO A PERCORRER.LOGO NÃO ANDAM,NEM DESANDAM PERECEM e o passado sobrevive.

abraço
joao