sábado, 31 de outubro de 2009

A FACE TENEBROSA DESTA GENTALHA: CORRUPÇÂO, HIPOCRISIA E CRIME

Toda a gente sabe, que toda a gente sabe que a face tenebrosa de uma gentalha com poder é o crime, mas com a hipocrisia e o cinismo de sempre toda a gente se mostra surpreendida com crimes de “a” “ b” e “c”, mas toda a gente já sabe, usando os presentes alternativos de José Saramago, da sua muito interessante e bela obra “Caim”, que no presente-passado na operação policial face oculta, será preso o mais desgraçado de todos, quanto ao presente-presente, tudo isto é uma grande encenação, uma fogachada, e quanto ao presente- futuro tudo isto é um monte que vai parir um rato, isto é, nada. Toda esta gentalha é impune, podem fazer tudo, como sempre fizeram.

A lei com os seus meandros só se aplica aos desgraçados. Há muito que a DEMOCRACIA FALECEU. NÃO VIVEMOS EM DEMOCRACIA, VIVEMOS NUM ESTADO HÍBRIDO: MEIO OCULTO ( NA SICILIA MUITA GENTE CONHECE UM DADO FUNCIONANMENTO DOS PODERES) MEIO SEMI-DEMOCRÁTICO- UMA VERGONHA!

Uma vez mais, sem nenhuma convicção, rotineiramente, mentindo, lá vêm os partidos dizerem sejam rápidos, intransigentes, à política, o que é da politica, o que é da justiça à justiça, descodificando este discurso, a senha é a seguinte: os poderosos estão inocentes. Só há inocentes! Srs. Juízes.

Como dizia o Sr. Telmo Correia, lá para a judiciária há um homem muito criativo. Mas não será estranho que seja o Sr. Telmo Correia a falar sobre corrupção? A Sra. Helena Roseta falou do código ético, o que é muito importante e necessário, mas que não se reduz à mera questão de desvio de dinheiro para os partidos ou para os bolsos. É preciso exigir transparência, responsabilização dos eleitos, perante os cidadãos pelo cumprimento dos programas sufragados.

Mas se os partidos todos: PS, PSD, CDS, BE e PCP e os demais, querem combater a corrupção, porque não solicitam uma sindicância a todas as câmaras, quanto à passagem dos terrenos rurais a urbanos e às alterações dos planos directores, será porque todos têm presidências de câmaras? Mas toda a gente diz por Lisboa e Portugal que é por aí que passa o grande regabofe, até é nesta área que se insere o freeport.

Mas não querendo destruir as provas, hoje, dia 30, no noticiário das 23 da SIC, lá vem o grande oráculo deste Portugal opaco, o Sr. Luís Delgado – que já tinha dito que Ferreira Leite seria a vencedora das eleições legislativas, agora, diz que será Marcelo, o Futuro, Primeiro-Ministro - dizer, mas como é que eles podem saber que o Sr. X recebeu tantos mil euros no gabinete? E sugere a tradicional pista, mas o Sr. vai provar que àquela hora não estava ali, mas no gabinete de uma outra individualidade. Claro, obviamente, e, esta, será indubitavelmente a verdade.

Eu acredito na verdade dos poderosos. Sempre acreditei que as fortunas rápidas têm uma explicação muito simples. Há umas pessoas que recebem os vencimentos em notas masculinas e femininas, e depois é só multiplicação, pela copula legitima e abençoada pela santa Madre, enquanto outros desgraçados e tolos só recebem notas ou femininas, ou masculinas. Desgraçadamente faço parte deste grupo de patetas, e mordo-mo todo de inveja, por não receber notas dos dois géneros e ser tolo.

Um outro comentador da mesma SIC, advogado de profissão, lá foi dizendo que ninguém pode criticar ninguém, porque todos participamos neste polvo, ao não pedirmos as facturas no café, somos todos corruptos, pudera! O que nos distingue é que há uns que têm a pretensão de serem moralistas, Kant não diria melhor, mas tolamente uns têm milhões e outros cêntimos, o resto são tretas e favas contadas e cantadas.

Dentro deste quadro de total relativismo todos estamos atolados neste pântano, só que se esquece o Sr. advogado que com as acusações tenebrosas, mesmo que transitadas em julgado, os poderosos são inocentes e continuam em liberdade com milhões no bolso e os larápios de esgoto estão presos. Mas o roubo não será o esgoto, independente da condição social de cada um?

A Sra. Helena Roseta diz que a democracia não pode resistir a este corrupio de processos contra poderosos que não levam nenhum à prisão, a não ser o pobre de Cristo da Luz, Vale de Azevedo, porquê? Toda a gente conhece a teoria conspiratória que ganha alguma consistência, quando o bastonário da ordem dos advogados diz que a justiça está bloqueada, porque todos os partidos jogam no seu interesse, com a falta de isenção da magistratura e com a sua falta de maturidade, e o Dr. Marinho diz mais que só os cidadãos podem alterar este estado de coisas, mas como nega a revolução, e diz que a saúde do sistema judicial português deve ser alcançada por reformas, não se vê, então, como pode ser o povo a fazê-lo?

Mas certo, certo, voltando aos presentes alternativos da obra superiormente bem escrita e de muito humor ( que não é um romance, mas só pode ser um conto) de José Saramago – Caim –, tudo vai ser mais do mesmo, e Portugal vai continuar, como dantes VENCIDO, CABISBAIXO, VERGADO, HIPNOTISADO, ESCRAVO.

Os moralistas ladrarão, mas lá diz o nosso advogado que não pedem as facturas nas caixas dos super-mercados, porque não querem ser esmagados pelos outros concidadãos que estão na bicha. Mas em que planeta vivem estes comentadores, andaram alguma vez no metro, foram comer a uma tasca, foram alguma vez a uma loja dos chineses, ou a um supermercado, ou sequer tiveram um cano da sanita entupido, que no caso faz com que os produtos mal cheirosos saiam por cima, e que com a tal factura custa 500 € e sem factura, no biscate, 150€, ora, para quem ganha 400€/mês, que acha o douto Dr. que o vil cidadão, esfomeado, fará?

Que tenebrosa é a face oculta de muita, muita outra gente para além daqueles de quem se fala, o que, toda a gente também sabe e fala, a cada canto, a cada esquina. Mas como pode esta DEMOCRACIA E REPÚBLICA SOBREVIVEREM A ESTE CHIQUEIRO?

A PODRIDÃO VAI CONTINUAR, ATÉ QUANDO?

EGRÉGIOS PORTUGUESES!

andrade da silva

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CHUVA

ALERTA: O SNS ABANDONA À SUA DESGRAÇADA SORTE OS QUE NÃO SÃO, NEM RICOS, NEM PODEROSOS.




Uma criança acaba de morrer de gripe "A" num dos hospitais por não terem sido feito os exames de diagnóstico adequados. No S. Francisco Xavier não lhe deram os cuidados devidos. A criança Morreu. Quem são os responsáveis?

Desgraçada criança, desgraçados pais, mas que país, mas que SNS. Já não basta de tanto mal e impunidade?! Como nos tornamos cobardes e escravos! Porque tanta hipnose?

José Pacheco, um cidadão de 80 anos entrou nas urgência do Hospital Santa Maria, após uma operação feita a um cancro, há 3 meses, no Hospital de Portimão. No Santa Maria, após vários exames foi diagnosticado que o cancro evoluíra, e estava numa fase terminal. Foi-lhe dada baixa para medicina 2.

Não havia camas disponíveis, e José Pacheco, com 80 anos, antigo funcionário publico, fica com mais 5 doentes internado num corredor à espera da morte. Perante tanta indignidade o secretariado daquele serviço informou que JPP ia ser transferido para o Curry Cabral, onde, o esperaria uma cama numa enfermaria. Perante esta informação, eu próprio, referi-lhe que era melhor para si, ir para aquele hospital.

Todavia nada mais falso. José Pacheco é transferido para o Curry Cabral mediante alta do Santa Maria, isto é, volta a entrar nas urgências daquele Hospital, e, novamente, pela 1º médica que o atendeu é restituído o diagnóstico do Hospital Santa Maria, pelo que ordenou a sua baixa que, entretanto, é anulada pela médica Chefe do serviço de urgência, dizendo que não tem nada, e que devia ficar na sala de cuidados intermédios, isto é, num pequeno armazém de doentes, onde há luz e barulho toda a noite, e, assim, sem qualquer assistência o bondoso ancião passa uma segunda noite em claro.

No dia seguinte com novo turno, volta a ser examinado, pelas 12h, um médico, o Dr. Vasco, informa a sua filha de que o caso do seu pai será decidido no fim do turno. Todavia nenhuma decisão é tomada, e fica um bilhetinho para médico do turno seguinte a informar que doente José Pacheco já estava há 30 horas nas urgências, e que era preciso assinar a papelada. Durante esta terceira noite o médico cirurgião considera que este homem,este cidadão à beira da morte, é um pára-quedista, porque tinha sido operado em Portimão.

A família reclama e a chefe das urgências diz que aquela morgue de vivos é o melhor sitio para o seu parente estar, isto é, morrer sujeito à tortura do sono, perante esta evidente eutanásia passiva com tortura, a família retira da SALA DA MORTE , o seu querido parente que é transferido, sob a sua responsabilidade, para o Hospital da Luz, mas antes o serviço de urgência do Curry Cabral, ainda se vinga e recusa-se a dizer que tratamento fez ao doente, o que também não podiam fazer, porque, segundo o próprio, não lhe fizeram mesmo nada.

Finalmente é transferido para a Luz, mas os seus carrascos ainda quiseram dissuadir a família dizendo que o hospital da Luz era muito caro, facto que é verdadeiro. Foram precisos 3 mil euros de caução, mas finalmente foi internado, após cerca de uma hora de exames, com a restituição do diagnostico inicial, e é devidamente medicamentado, sendo, às 2 horas da manhã, a família informada sobre a situação do seu pai e neto. Que diferença!

José Pacheco morre 3 dias depois sem dores, a ver televisão, e ainda escreveu o nome dos artistas de um filme que estava a ver . Vi-o às 18h, pareceu-me feliz por me ver, sai para comprar uns remédios, quando regressei já nos tinha deixado.

Morreu com dignidade e na companhia dos seus. Mas como teria morrido num corredor do hospital Santa Maria, ou na sala da morte e da tortura dos cuidados intermédios do Curry Cabral? Mas que país somos? Mas que gente Somos?

Os familiares apresentaram queixa no Hospital e na PSP, mas isto servirá para alguma coisa? Pessoalmente penso que não. Julgo que é preciso processar judicialmente todos os médicos que intervieram neste processo e noutros, por abandono do doente, violação grosseira do 1º direito do doente, o de ser tratado com dignidade, o que, até está escarrapachado nas urgências do Curry Cabral, mas como anedota de carnaval, grosseira e provocatória.

Todos estes médicos têm nome, chamam-se entre outros: Dra. Catarina Salvado; Dra. Maria do Carmo, Dra. Cristina Lima, Dr. Vasco. Apesar da predominância das médicas nenhuma delas lembrou-se que era filha ou mãe, para pouco lhe valeu ser atendido sobretudo por mulheres .Ou estas médicas já não são mulheres?

Mas o país, os portugueses, os governantes podem consentir que isto continue acontecer?

QUE PORTUGAL É ESTE? É PORTUGAL-IRAQUE, PORTUGAL- AFEGANISTÃO, ou, simplesmente, PORTUGAL- HIPÓCRITA E COBARDE.

ATÉ SEMPRE QUERIDO AMIGO PACHECO. A DOR ACOMPANHA-NOS, MAS TAMBÉM A CONSOLAÇÂO QUE CONSEGUIMOS SALVAR-TE A UMA MORTE INDIGNA NOS HOSPITAIS DE PORTUGAL - UMA VERGONHA NACIONAL E UM GRANDE CRIME CONTRA OS CIDADÃOS!
Andrade da Silva


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O TEU NOME ESCRITO NO GELO...GIRÍSSIMO!!!

Clica no link abaixo, digita o teu nome, sem assentos, clica em 'submit '.
Espera um pouquinho... SURPRESA!...


http://www.star28.net/snow.html

Lisboa ao cair do dia


Lisboa menina e moça Carlos do Carmo
letra e musica: Ary dos Santos e Paulo de Carvalho.
No Castelo ponho um cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar

À Ribeira encosto a cabeça
Almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura

Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça, eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua

E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura

Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

Lisboa do meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

Hasta Siempre Comandante



Aprendimos a quererte

Desde la histórica altura

Donde el sol de tu bravura

Le puso un cerco a la muerte.



Aquí se queda la clara,

La entrañable transparencia,

De tu querida presencia

Comandante Che Guevara.

Tu mano gloriosa y fuerte

Sobre la historia dispara

Cuando todo santa clara

Se despierta para verte.



Aquí se queda la clara,

La entrañable transparencia,

De tu querida presencia

Comandante Che Guevara.



Vienes quemando la brisa

Con soles de primavera

Para plantar la bandera

Con la luz de tu sonrisa.



Aquí se queda la clara,

La entrañable transparencia,

De tu querida presencia

Comandante Che Guevara.



Tu amor revolucionario

Te conduce a nueva empresa

Donde esperan la firmeza

De tu brazo libertario.



Aquí se queda la clara,

La entrañable transparencia,

De tu querida presencia

Comandante Che Guevara.



Seguiremos adelante

Como junto a ti seguimos

Y con Fidel te decimos:

Hasta siempre Comandante.
TICO TICO NO FUBÁ A QUATRO MÃOS!‏

terça-feira, 27 de outubro de 2009

MÃE QUERO SER UMA TV! GENTE QUEREMOS SER TV'S!...DIZEM MUITOS IDOSOS.



Eis uma pequena história que fala da situação de angústia e abandono de muitas crianças e também, não menos, de milhares de idosos, a quem muitos, mesmo muitos dedicam menos atenção do que às suas TV’S. Tamanha solidão leva muitos a desejarem tornarem-se naquela objecto para serem, como hoje acontece na maioria das casas, o centro das atenções. Esta a tragédia dos nossos tempos.

Todavia este abismo TV também engole muita e muita gente, e milhares de jovens que para estarem dentro das TV’S, e serem heróis, dão de si o retrato de cromos, como acontece, entre muitos outros, nesse programa da SIC dos Ídolos, em que um dos membros do júri vomita literalmente insultos sobre esses pobres jovens que talvez também pelo lugar que as TV’S tiveram nas suas casas, sujeitam-se a essas humilhações. Estes Jovens também são vitimas desta solidão que consome as crianças e os idosos.

Eis a história:

Uma professora do ensino básico pediu aos alunos que fizessem uma redacção sobre o que gostariam que Deus Fizesse por eles..


Ao fim da tarde, quando corrigia as redacções, leu uma que a deixou muito emocionada. O marido, que, nesse momento, acabava de entrar, viu-a a chorar e perguntou: - O que é que aconteceu?


Ela respondeu: - Lê isto. Era a redacção de um aluno. 'Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor. Quero ocupar o lugar dele. Viver como vive a TV da minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à volta... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas. Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega a casa, mesmo quando está cansado. E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda, que os meus irmãos lutem e se batam para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos. Senhor, não te peço muito...Só quero viver o que vive qualquer televisor!


Naquele momento, o marido de Ana Maria disse: - 'Meu Deus, coitado desse miúdo! Que pais'!


E ela olhou-o e respondeu: - 'Essa redacção é do nosso filho'

sábado, 24 de outubro de 2009

NATÁLIA CORREIA




Numa clara demonstração do seu carácter irreverente, veja- se a resposta de Natália Correia ao deputado João Morgado (CDS), em 1982 no Assembleia da República, na sequência de um "eloquente" discurso daquele: «A igreja Católica proíbe o aborto, porque entende que o acto sexual é para se ver o nascimento de um filho». Ao que Natália Correia, ao tempo deputada do PSD, ripostou:



Já que o coito diz Morgado
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menino ou menina
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca, truca,
sendo só pai de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou parca ração! Uma vez.
E se a função faz o órgão diz o ditado
consumado essa excepção,
ficou capado o Morgado.






A Defesa do Poeta



"Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim.

Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes.
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei.

Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição.

Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis,
sou um poeta, jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis.

Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém,
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além.

Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs por ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?

Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza,
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa.

Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de perdão
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.


Comentário de um leitor, a quem, muito agradeço. Muito Obrigado.
CARA AMIGA E AMIGO LEITOR NÃO DEIXEM DE LER EM COMENTÁRIOS A ODE AOS POETAS, DE MIGUEL TORGA.
asilva

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

HOME O FILME



A VIDA A TERRA AGIR


HOME


VER AQUI

Home - O Mundo é a Nossa Casa



Website oficial onde pode ver o filme online:


JOGO DE XADREZ OU BOXE?




O novo Governo parece ser de continuidade e confronto, a avaliar, por alguns dos ministros repetentes. Se for esta a estratégia já se pode adivinhar o que aí vem, confronto com as oposições e ligação directa aos eleitores, através das ministras mulheres: saúde, trabalho, cultura, educação, a fim de provocar eleições, no pressuposto do PS ganhar a maioria absoluta.

Todavia os novos ministros podem fazer toda a diferença, não parece, mas...

Foi também uma grande oportunidade perdida não ter, o SR. Primeiro-Ministro, seguido a grande inspiração de Zapatero e nomear uma ministra para a Defesa. Como teria sido refrescante e de certeza que todos ganhariam com isso, mas sobretudo a Pátria Portuguesa, que deveria ser sim Mátria, como sugeria a poetisa, Natália Correia, por sinal socialista!

asilva

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Poetas Consagrados (1)


Camões e a tença

Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.

Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.

E aqueles que invoscaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.

Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.

Este país te mata lentamente.


Sophia de Mello Breyner Andresen

(1) o que fará os outros?!
o que será dos poetas não consagrados?
o que será dos Aleixos e aleixos de Portugal?

sábado, 17 de outubro de 2009

SÓCRATES ÍNCLITO FILHO LUSITANO:"VENI, VIDI, VICI"...




A entrevista do Sr. 1º Ministro à revista Visão é de uma excepcional importância. É de facto uma declaração de auto-glorificação e endeusamento. É um regresso ao passado próximo e longínquo, neste retoma-se a conceitualização faraónica, ou romana do ser superior e único que dirige o destino dos povos; quanto ao passado próximo é aquela ideia sibilina de que mesmo em democracia e num país pobre, inculto e anestesiado alguém pode ser todos e tudo, e o mais admirável é que esta postura comportamental, apesar de tão evidente, nem sequer é apercebida pelos militantes do PS.

Não se apercebem que muito claramente o Sr. Eng. Sócrates assume que a vitória nas legislativas são suas, por causa dos ataques pessoais, e dos pontapés que lhe deram, o que, como tenho dito, não deixa de ser verdade. Desta tacanhez das oposições, de facto, através da vitimação, do tipo do pobre de Cristo, tirou, o primeiro-ministro, o maior partido com êxito, como sempre acontece connosco, mesmo naqueles programas de TV tipo série B de má qualidade, em que as personagens humilhadas, como os Josés Marias são os vencedores anunciados. Esta atitude é-nos culturalmente genética.

Mas também o 1º Ministro tem uma ideia muito limitada do que seja uma negociação, esta implica cedência e compromisso entre todos os negociadores. Todos têm de respeitar dados limites, mas se alguém vai para uma negociação com todas as questões fechadas não está à espera de uma negociação, mas sim, de uma rendição, submissão, capitulação, e, obviamente, que o vencedor absoluto e pessoal que subalterniza o próprio partido, pode ser tentado a considerar que as oposições estão tão débeis e tão assustadas com os resultados das eleições autárquicas que têm de se ajoelhar. Segundo o 1º ministro as eleições autárquicas reforçam a posição do PS, ao qual agora poderá ir buscar forças, para querer governar, como se tivesse a maioria absoluta, ou, caso contrário, forçar a dissolução do parlamento, para a conseguir.

Obviamente que seria um novo disparate das oposições alimentarem este jogo. Da minha parte, como disse, já há muito tempo, se o governo de Sócrates gerisse razoavelmente a situação de crise, protegendo de algum modo as famílias e as empresas, com os dinheiros que acumulou com a redução das despesas de saúde, congelamento dos salários dos funcionários públicos, diminuição do valor das pensões de reformas, e os desempregados recebessem subsídios, venceria as eleições, e foi, exactamente, o que aconteceu.

Só que neste cenário previa e prevejo, agora, até, com base em avaliações de agências internacionais que a factura da vitória pode começar a aparecer pelos idos de 2011, quando tiver de haver rigor orçamental e necessidade de pôr o país a funcionar, a crescer em competitividade, desenvolvimento, justiça social, emprego de qualidade e tiver de controlar a défice da balança de pagamentos, então, veremos se as medidas deste governo são Keynesianas, por quem o 1º Ministro revela apreço, ou neo-liberais, de que se diz afastar. (Verdade, mentira?)

A entrevista está também cheia de partes gagas, em boa verdade, não se percebe, porque deve haver tanto segredo nas negociações entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, ora, se diz que no Conselho de Ministros há uma verdadeira coesão que não é quebrada pelos comunicados do conselho de ministros que riscos há para a cooperação estratégica, se houvesse comunicados da Presidência acerca daquelas reuniões.

Também é estranho, muito estranho, que o Sr. Primeiro Ministro insista que perdeu a maioria absoluta por causa das reformas, ora isto não é verdade. Fizeram-se empreendimentos importantes, mas não se fez a reforma da saúde, o Serviço Nacional de Saúde perdeu qualidade em relação ao privado, os que dele muito falam, nunca entraram, como um cidadão normal, nas urgências, e nunca foram internados nos corredores do Santa Maria, ou na sala da morte dos cuidados intermédios do Curry Cabral, para falar de dois exemplos desgraçados que conheço e vivi ; não se fez a reforma da função publica, puniram-se os funcionários, congelaram-se os salários, fez-se a empresa na hora, mas depois na fiscalidade e em todo o mais é um calvário; na educação tomaram-se medidas importantes, mas não se consegue nem avaliar professores, nem a competência dos alunos e no ensino universitário a completa desregulação é bem pior, os professores universitários e as universidades fazem o que lhes apetece, muitas vezes, sem a menor preocupação pela excelência; nos transportes, na cultura, na comunicação social pública, nas entidades reguladoras, no exercício da cidadania, na justiça que está em estado cataléptico, no combate à corrupção, nada de significativo foi feito, e é, por isto, que o PS perde a maioria absoluta, e não a perdeu com maior significado, porque Manuel Alegre, em 19 Setembro, em Coimbra, e já mesmo antes, consegue suster a debandada para o BE - em relação a este também, houve uma travagem, por causa do seu mau programa e má campanha eleitoral - e para o engrossamento da abstenção.

A verdade é que o governo perde a maioria absoluta, por causa das más politicas que fez, procurando economizar não com a adequada melhoria dos processos de gestão, de combate aos desperdícios, com o aumento da produtividade do trabalho e com motivação dos funcionários públicos, mas sempre com recurso à penalização e afrontamento dos profissionais, e piorando a prestação da qualidade dos serviços essenciais que o Estado deve prestar à população.

Porque o Sr. Primeiro-ministro não quer fazer esta inútil análise, segundo a opinião que expressa na entrevista, o autismo pode continuar, e, então, ou próximo governo resolve sozinho os graves problemas do país, e, aí, merece continuar a ser governo até com uma maioria reforçada, ou não os resolve, e deve ir embora, para que Portugal se salve.

Mas a real radiografia do Estado da Nação, nesta nova etapa, antes dos meados de 2011 não estará feita, razão porque se não houver nenhum cataclismo, qualquer iniciativa das oposições para alterar o quadro que resultou deste ciclo eleitoral será muito gravoso para elas próprias, e um verdadeiro favor a este homem que se declara como vencedor pessoal, o que face às más campanhas das oposições e de outros pensadores incidentais tem muito de verdade.

Finalmente o Sr. Primeiro-ministro fala da necessidade da regulação, mas se continuar a defender as entidades reguladoras que temos e os seus métodos de actuação limita-se a referir um lugar comum.

Mas, sobretudo e, paradoxalmente, parece muito estranho que, quando toda a gente acha que a bolsa está outra vez a entrar num ciclo especulativo, sem base na economia real, o Sr. Primeiro-ministro ache isso muito bem.

Mas, então, a crise que se vive não teve como epicentro uma dada engenharia e truques financeiros que descolando da economia real levaram-nos para a actual situação? Não estarão as bolsas, outra vez, a vender gatos por lebres?

Muito estranhas, mesmo, são algumas declarações do Sr. Primeiro Ministro, como as de que o julgaram estar caído e lhe deram pontapés, julgavam que morreria, mas soergueu-se e venceu a morte, não tem ressentimentos, mas regista para memória futura estes acontecimentos com alguma crispação, o que é uma estranha forma de se dizer que não há ressentimentos. De qualquer modo já conhecíamos a história dos murros na incubadora que mataram Santana, mas não a dos pontapés, estes dão mais élan ao lutador, e ele levanta-se e vence, talvez com uma ou outra muleta, que pode ser o glorioso fado de um qualquer partido, desde que isso assegure lugares para muita gente.

Em 2011 há encontros marcados com a história e, aí, o vencedor isolado de hoje, ou se torna o herói sebastianista com todos os riscos associados, ou um verdadeiro líder emergente, conduzindo as politicas correctas, e, então, deve ver a sua liderança reforçada, mas se esta 2º hipótese não acontecer para evitar a tragédia devemos mudar de rumo com novos projectos, novos lideres.

2011 é uma meta importante, porque estará em exercício um novo Presidente da República que pode ser o mesmo, e se for terá uma autoridade renovada, depois de todo o eclipse porque passa, ou, então, um outro com uma votação massiva, e se esta se dever às propostas que faz para desenvolver o país e dignificar a democracia, Portugal poderá chegar ao Futuro, e ainda o PSD deverá ter recuperado da sua actual gripe A, e à esquerda poderá aparecer um partido da esquerda socialista, que também seria menos premente, se o PS não esquecer o socialismo. Todavia parece que vai esquecê-lo de novo a avaliar pelas as afirmações tempestuosas do Sr. Lelo, geralmente identificado, como o porta-voz para as ofensas do Sr. Eng. Sócrates, o equivalente ao Sr. Jaime Ramos do PSD Madeira, para o Sr. João Jardim.

Todavia este ínclito filho lusitano tem toda a razão, quanto à Liberdade de Expressão que nunca poderá servir para difamar com dolo , e quem o fizer comete um crime contra a liberdade de imprensa que deve ser severamente punido, mas terá de haver sempre dolo, e fora destes casos ficam as notícias, quando há intenção de informar e desde que a noticia tenha algum grau de verosimilhança.

Quanto ao Sr. Primeiro-ministro há muitos casos que só uma justiça, célere, independente e eficaz poderia esclarecer, mas como em relação à justiça portuguesa aqueles pressupostos são um mera virtualidade, não há modo de sair do pântano, e tudo passa a ser uma questão de crença quanto à inocência ou ao comportamento culposo do Sr. Eng. Sócrates, e para os mais racionais e probos persiste uma grande dúvida sobre qual seja a verdade, o que, naturalmente passa ao lado da maioria dos concidadãos de Portugal.


PORTUGAL TEM DE CONSEGUIR.

asilva

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

APELO À MELHOR GOVERNANÇA DE LISBOA E DO PAÍS.



Pelo razoável conhecimento que tenho da muita dedicação que os eleitos da CDU emprestam aos cargos que desempenham, e pela sua profunda sensibilidade em relação aos problemas sociais e humanos das populações, creio que a sua cooperação e a audição das suas propostas serão muito importantes para a cidade de Lisboa, como, aliás, já anteriormente aconteceu, com o Presidente Jorge Sampaio.

Apoiei a candidatura de António Costa à Presidência da Câmara, e lamentei a falta de convergência à esquerda, mas espero que o que não foi possível antes, se concretize, agora, na acção concreta no que for criativo, mais justo e melhor para Lisboa, e, neste aspecto, penso que os eleitos da CDU poderão dar um contributo dedicado e importante para a boa Governança da capital.

Assim, e, em conformidade, com esta constatação, faço um apelo para que se negoceiem com inteligência e abertura propostas concretas para se optimizar o desenvolvimento da capital, e, para isto, creio que o Presidente António Costa e muitos outros socialistas, nomeadamente os da secção do PS da Almirante Reis e o seu coordenador Dr. Tiago ( refiro-os, porque acompanho os seus trabalhos há dois anos, como membro da sociedade civil e independente) podem dar um grande contributo.

Reconheço-os como verdadeiros democratas e socialistas, com profundas preocupações sociais e humanas, que têm como principal destinatário os mais necessitados, como o tenho dito.

Como militar de Abril e cidadão com ideais de esquerda que nunca traiu nenhum ideal de Abril, creio que, como em 75 já o proponha no Alentejo, um entendimento para as questões sociais entre o PS e o PCP beneficiariam o povo de Lisboa e do país, e, creio mesmo que essa convergência em áreas fundamentais, como a saúde, o trabalho, a segurança social, os desportos, a cultura, as politicas para a juventude e os idosos, só mereceria a critica da Europa neo-liberal. Critica que seria feita sempre, sobretudo de um modo apriorístico, mas que a prática e os bons resultados poderiam derrogar, e até tornar tal solução aconselhável, em países com a dimensão de Portugal e com problemas idênticos.

Mas se o melhor não for possível no país que o seja em Lisboa, até porque ao nível municipal e das freguesias as questões são mais prementes, como pelos estudos que fiz no âmbito da sociologia urbana conclui.

Para o melhor para Lisboa e para que as pessoas sejam o seu coração, é necessário que todos tenham o coração e a alma ao lado do POVO DE LISBOA.

Em Lisboa, como no país os estados maiores dos paridos e os eleitos não podem continuar a fazerem somente contas de merceeiro, como se só interessasse saber quantas câmaras ou votos ganharam, ou perderam os partidos, quando o que o país diz é que, sendo considerado o PS um partido de esquerda, quer um governo de cento esquerda e, quanto a esta questão o PCP e o BE, de acordo com os votos que receberam, não se deviam auto-excluir, ou serem excluídos da Governança do país.

Se tudo isto seria importante para o país, em Lisboa, como em todo o Alentejo Rosa-Vermelho é de uma evidência esmagadora. Na quase totalidade das câmaras de Além Tejo cerca de metade dos vereadores são do PS e os outros do PCP, ora 4, 3, ora 3, 4, respectivamente.

Naturalmente que no Futuro uma diferente arquitectura do poder partidário que dividi entre si a governação, poderia permitir nas áreas que acima refiro soluções mais criativas, motivadoras, e sobretudo executadas, segundo princípios éticos, com competência e com a participação efectiva dos cidadãos, de modo a roubar à letargia e à abstenção milhões de cidadãos. Se este desidrato não for atingido entraremos num período de eclipse politico que só terminará numa idade das trevas, como Soromenho - Marques, refere na Visão de 8 de Outubro.

PORTUGAL TEM DE CONSEGUIR.

andrade da silva

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

pela defesa da Língua e Cultura portuguesas


COMPANHEIROS, AMIGOS, LEITORES


escrevo aqui agora, com o intuito de pedir ajuda a todos os patriotas, para a Revista Latitudes que se encontra em perigo por falta de meios e de assinaturas em número que permitam salvar a situação económica desastrosa em que se encontra.
O grande problema é que os maiores amantes de Cultura, são sempre os menos endinheirados, como todos sabemos.
No Entanto a Revista Latitudes, REVISTA BILINGUE, divulga e defende a Cultura e Língua portuguesas e é a representante dos que longe de Portugal vão labutando pela sobrevivência, sem contudo esquecer o valor da Arte, da Escrita e das mais variadas formas de expressão artística existentes.
A Revista Latitudes aproxima de Portugal, os filhos do país que não podem viver nele e que a distância magoa e faz sofrer
por tal peço a quantos o possam que assinem e divulguem este meu pedido, DIVULGUEM JUNTO DE jORNAIS E ORGANISMOS
o contacto por email da Latitudes é "Daniel Lacerda" daniel.lacerda@neuf.fr


pela defesa da Língua e Cultura portuguesas e da Lusofonia

Procuram-se Mecenas para a Revista Latitudes


Marília Gonçalves



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO E DIGNIDADE.



Nunca fui, nunca serei um velho do Restelo. Nunca derramei, nunca derramarei uma lágrima por causa dos rios virtuais de mel, do passado, que nunca o foram, e se tornaram em caminhos pedregosos, porque os mensageiros, de então, não foram tão sábios e generosos, quanto o deviam, e até pareceram ser.

Todavia, esta postura não me impede de gritar contra o que hoje considero errado, face à luta não incidental que travei desde 1972, com 23 anos de idade, para em 25 de Abril, a dias de fazer 25 anos de idade, derrubar o regime fascista, por ser corrupto (sublinho corrupto) e ditatorial. Lutei pela Democracia, o Desenvolvimento e a Descolonização.

A Descolonização é um capítulo encerrado, mas foi trágica, e julgo que devia ter sido dirigida com muito mais capacidade e empenhamento. Defendeu-se muito pouco os direitos da população portuguesa branca e negra, acautelou-se pouco as condições para uma transição pacífica, e deixaram-se para trás milhares de negros que serviram as forças armadas Portuguesas, por orientação do governo português, e que depois foram executados em massa pelos poderes emergentes nas antigas colónias. Para todas estas vítimas a descolonização foi uma tragédia TOTAL e irreversível.

Quanto à Democracia os períodos entre actos eleitorais revelam claramente que esta não conta com os cidadãos, não promove a cidadania, e só se interessa com a partidocracia que abrange 0, qualquer coisa % dos cidadãos, que é uma minoria que servindo de testa de ferro dos grandes interesses financeiros nacionais e internacionais detém todo o poder, fazendo com que quase 40% dos cidadãos se excluam de participarem num dos actos cívicos mais importantes – a votação para o órgão de soberania, por excelência , a Assembleia da República.

Claro que ao dizer que esta democracia está cheia de vilões, não constitui nenhum atestado de qualidade ao regime fascista, que era pior. Mas o facto do regime fascista ser inaceitável, em nada legitima uma das muitas infelizes e repetidas exclamações do Sr. Dr. Mário Soares de que se os portugueses têm liberdade de dizerem tudo (!?), estão melhor do que há 30 anos, de que se queixam?

Em boa verdade podem queixar-se de muitas coisas que só os desgraçados conhecem, nomeadamente os que podem morrer nos corredores dos hospitais de Santa Maria, ou na sala de cuidados intermédios do Curry Cabral ( são factos por mim vividos, falarei deles), mas para além disto podem queixar-se da indignidade da democracia, da mediocridade das lideranças, do total estado cataléptico da justiça etc.


Mas as eleições que, ora, terminam são uma radiografia da má qualidade da Democracia e da falta de criatividade e engenho das lideranças politicas, que não foram capazes de convencerem mais de 40% dos portugueses que vale a pena votarem em projectos diferentes, não sendo mais do mesmo. Desgraçadamente a verdade é que os grandes partidos são sempre mais do mesmo, com a agravante de terem feito uma campanha muito centrada na diabolização do Sr. Eng. Sócrates, o que fez dele um grande vencedor das eleições legislativas, e levou a que os votos de protesto que o tinham abandonado naquelas, regressassem ao doce manto cor-de-rosa nas autárquicas. Facto importante que derrota a perspectiva pequena, ignorante e tacanha dos que querem mudar o rumo das coisas explorando as conjunturas. Neste caso reforçaram a figura que diabolizaram – Sócrates.

De igual modo este ciclo de eleições dá a dimensão das exclusões nesta Democracia. A liberdade politica, em termos efectivos, só existe para os partidos que dispõem de milhões de euros e da comunicação social ao serviço da reprodução do statu-quo, os demais não conseguem fazer chegar as suas mensagens aos eleitores.

Neste contexto nem sequer o Movimento Esperança Portugal com os seus cerca de 300 mil euros o conseguiu, quanto mais os que dispuseram de 1000 euros, parece que algo deve ser feito para garantir que os partidos emergentes cheguem às pessoas, o que, estranhamente, também parece passar ao lado destes sujeitos políticos, mas será mesmo que o país endoidou?

Há também mais de 3 milhões de abstencionistas que não podem ser párias, porque se o forem PORTUGAL sucumbirá a médio ou longo prazo. Realidade de uma gravidade limite que não preocupa quem governa, porque governam com adequado suporte legal, mas duvidoso apoio popular.

Mas estas eleições dizem mais. Sinalizam que o povo Português não se revê, de um modo permanente, em propostas estouvadas, fora de prazo, apresentem-se ou não como pseudo utopias.

Não é uma utopia querer que o SOL amanhã seja azul para todos. Seria uma ideia estouvada, esquizofrénica mesmo, também não se pode prometer a paz a ninguém, num mundo conturbado e violento, dizendo às pessoas que a defesa colectiva é um mal, ou porque se há bandidagem vamos criar campos de concentração para os marginais e para todos os que suspeitamos que são filhos do mal. Estas visões peripatéticas da realidade convencem jovens, alguns estouvados e outros que em voto de protesto, com os olhos e os ouvidos tapados, conjunturalmente, votam, somando, no entanto, algumas centenas de milhar de pessoas, talvez na ordem 4 a 5% dos votantes à esquerda e outro tanto à direita.

Ainda é uma marca negra desta democracia, e de como a partidocracia para se defender de surpresas, nada tem feito para impedir que figuras do 4º Mundo e até mesmo do submundo se candidatem e ganhem eleições.

É tremendo que o voto popular sancione nas urnas esses comportamentos, todavia as pessoas o fazem, porque pensam que todos são iguais, a diferença é que uns foram apanhados ou caíram em desgraça, e os outros não, mas que, no fundo, tudo isto é um chiqueiro, onde, ninguém se safa, portanto, não há ética nenhuma, e ninguém pode atirar a primeira pedra, consequentemente, tudo está certo.

Neste Universo Dantesco ( há piores, claro, muito piores) o único modo de alterá-lo é criar leis e tribunais judiciais e de opinião que julguem e prendam os corruptos, e ainda a criação de mecanismos administrativos que não permitam que gente com perfis e comportamentos com evidencia suficiente que são ilegais e criminosos, possam concorrer à gestão da res- publica.

Ainda as eleições autárquicas deram outros sinais. Nomeada e particularmente a de Lisboa dá um muito forte aos partidos de esquerda que é preciso perante o perigo da tomada do poder pela direita, procurar, se possível o máximo denominador comum, mas, em situação-limite, o menor. Diz ainda que se este equilíbrio não for encontrado esses partidos fecham-se num gueto, donde dificilmente sairão pela via eleitoral, o que, os responsabiliza muito perante os seus militantes e os cidadãos, em geral, e, assim, deverão dizer a todos, como vão sair dos becos que vão construindo.

Naturalmente, que considero como o máximo ético morrer nas cruzes pelas suas convicções, mas quantos Cristos e Spartacus existem no seio da sociedade do hedonismo?

E O FUTURO?

A situação a que chegamos com um desenvolvimento que serve muito bem a 30 % dos cidadãos, bem a outros 20%, razoavelmente a 30% e mal a muito mal a 20%, dá a dimensão de que o actual regime serve bem a 50% ou mais da população, e que estes 50% são apoiantes e beneficiários do centrão e do conservadorismo, portanto, a faixa de cidadãos mobilizáveis para projectos de futuro que rompam com este podre statu-quo são poucos, muito poucos, são os que nos menos de 50 % de críticos e adversários do centrão não sejam apoiantes do PCP e do BE, de um modo militante. Quer isto dizer, na minha opinião, que formulo, como hipótese, que o segredo estará nos cidadãos que votam branco e nulo e nos que se abstêm por uma decisão activa de não participarem, no que consideram um teatro grotesco, e ainda haverá os que votam no mal menor, mas querem pertencer a uma família.

Em conclusão pode haver uma multidão expectante à espera de uma direcção politica que destrua o chiqueiro, dignifique a democracia, ou, contrariamente, o que há é uma comunidade de cidadãos absolutamente vencida, derrotada à espera do colapso total, para se revoltar, ou deixar morrer de inércia, estupidez, álcool, telenovelas, futebol e, em última instância, voltar-se para sagrado, e fazer de Portugal, o Portugal Tibetano.

PORTUGAL CONSEGUIRÁ?

andrade da silva

sábado, 10 de outubro de 2009



A AMIZADE É ETERNA

De pé, hirtos no cais vimos partir,

navegando por esse mar de treva,

o navio de sombras que te leva

imperturbável como que a dormir.



Porém, continuamos a sentir

dentro de nós o teu suspiro leve,

a tua fala num murmúrio breve,

o teu jeito mavioso de sorrir.



Ninguém nos pode impor a tua ausência

nem retirar de nós a inteligência

que integra a tua alma tão modesta.



Por isso ergues-te aqui na nossa frente.

Tu não partiste, não. Tu estás presente

sentado na memória que nos resta.



Carlos Domingos

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS NÃO SÃO A 2ª VOLTA DAS LEGISLATIVAS.



De facto, como já comentei para um jornal on-line, algo está errado nestas eleições autárquicas, nomeadamente o PSD e a Sra. Dra. Ferreira Leite, só agora é que parece terem acordado para a campanha das legislativas, em que a sua completa incompetência para fazer uma campanha foi manifesta, e, tanto mais o seria, para governar o país.

Lamento a sua pobre campanha, porque não deu qualquer contributo válido para a discussão do governo do Futuro e mesmo para uma avaliação justa: com critica e louvor ao Governo dos últimos 4 anos, e, assim, não só foi derrotada, e bem, mas também pode ter dado um grande contributo para o aumento da abstenção, o que, a todos os democratas devia preocupar, e, de um modo particular, aos que mais contribuem para esse cancro, que pode encontrar a suas razões em promessas eleitorais não cumpridas e na falta de ideias para o presente e o futuro.

Obviamente que não faz nenhum sentido entender ou querer fazer crer que as autárquicas são a 2ª volta das legislativas. As autárquicas são centenas de eleições locais, muito personalizadas, centradas em pessoas, normalmente conhecidas nas localidades que não permitem estabelecer qualquer confronto democrático com as legislativas no sentido da legitimação, ou não, destas.

Naturalmente que o Futuro governo tem de levar em linha de conta o resultado destas como de todas as eleições e até de movimentos de opinião e de cidadãos, é o que se espera de um Governo Democrático Republicano e com valores de um socialismo de esquerda, ou seja, não neo-liberal.

Não faz nenhum sentido que a Sra. Dra. Ferreira Leite para manter o seu lugar no PSD queira baralhar tudo, e destabilizar o país, quando Portugal precisa de uma governação que dignifique a democracia e a República, e promova um justo e equitativo desenvolvimento do todo Nacional e dos portugueses.

andrade da silva

O Nobel da Paz ao presidente americano Barack Obama



O Nobel da Paz ao presidente americano Barack Obama
E a Palestina? à espera que a atribuição do Nobel, concretize definitivamente a Esperança de Paz e o reconhecimento do seu território e fronteiras?
e O INJUSTO E DESUMANO BLOQUEIO A CUBA?
o direito de cada povo a decidir do seu proprio caminho
uma nova era de menor ganância e de lucros partilhados com justiça
povos que sofrem a guerra, a miséria, a sede, a fome, a injustiça espalhadas pelo Mundo esperam também o fim do sofrimento
a poluição com as desastrosas consequências para a Vida E PARA O NOSSO PLANETA exigem solução urgente!
por outro lado eu agnóstica, saúdo no Presidente Obama as suas origens muçulmanas, na esperança de que se empenhe na Paz entre todas as religiões, todos os credos. O Passado foi ontem e há séculos, amanhã que seja enfim a fraternidade entre todos os Homens sem que a crença num Deus, tenha o nome que tiver os divida e faça correr sangue com Deus como pretexto
para que o Nobel seja verdade!
Pela Amizade entre todos os Povos do Mundo

Marília Gonçalves

quarta-feira, 7 de outubro de 2009



Meus olhos cantaram açucenas

e orquídeas de luto

foram surgindo no tempo enevoado

a morte é a estação. Amargo fruto.

Sombrearam-se círios, loucas naves

perseguem a rota desenhada

despegadas do céu as densas aves

em procura contínua, aberta ao nada.


Apenas negros, negros os teus olhos

me vão falando do fluir do tempo.

E tu ó astro meu, entre os escolhos

és um pedaço de luz sem movimento.



Marilia Gonçalves


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

REPUBLICANOS AO PAÇO, PORQUE MATAM A REPÚBLICA.


Competiria aos Republicanos de verve e verdade, não só condenarem as palavras afrontosas de bispos reaccionários e monárquicos, mas, sobretudo, denunciarem com veemência os corruptores da República, estes, são bem piores que todos aqueles bispos e outros monárquicos.

Calar a desagregação da República, hoje, porventura tão podre, como a monarquia caquéctica – com o vício genético da corrupção e da luxúria - que caiu em 1910, é ser cúmplice e cooperador na traição feita pelos vilões que tomaram o poder nas repúblicas, e destronaram todos os princípios republicanos pelos seus interesses ilegítimos e egoístas, embora, enroupados por palavras de verdadeiro recorte literário, mas repletas de cinismo e hipocrisia.

É tempo dos sinceros republicanos - os descamisados - e os seus aliados denunciarem todo o chiqueiro em que vivemos, e deixaram-se de tretas, palavras grandiloquentes, com construções gramaticais excelsas, mas que vivem sempre do mesmo desejo, de se colocarem à sombra da gamela dos poderes, e, melhor, do Poder.

República, onde, há corruptos e velhacos à solta pode ser tudo, mas nunca uma República. As repúblicas europeias estão podres, doentes, e entre elas temos a da grande França, a da desgraçada Itália e a Portuguesa, e, curiosamente, estes duas últimas suportaram uma ditadura fascista.

A honrada comemoração do centenário e da implantação da República seria denunciar e combater os vilões republicanos, e não zurzir sobre bispos reaccionários e abjectos, que, apesar de tudo, têm muitas e legítimas razões de queixa da 1ª República.

Competiria ainda aos defensores da República pedirem desculpa, por alguns excessos cometidos, de um modo generalizado, na 1ª República, contra o clero, pelo simples facto desses concidadãos serem padres, o que, nunca pode ser tolerado, ou tolerável.

Poderiam com justiça os republicanos considerarem com objectividade que a Igreja Católica, enquanto Instituição, foi em Portugal colaboracionista na 1ª República com a reacção monárquica, como o foi com o salazarismo, e ainda grandes dignitários dessa mesma Igreja foram apoiantes do grupo terrorista, assassino e de ladrões do ELP, pós 25 de Abril 74.

Todavia nada disto legitima qualquer juízo sobre um padre individual, sem que se faça prova inequívoca dos seus comportamentos ilegítimos ou ilegais. No primeiro caso terão de ser combatidos no plano das ideias, apesar da assimetria da luta, e no caso do comportamento ilegal devem ser julgados pelos tribunais normais, que, obviamente, têm de sair primeiro do estado cataléptico em que jazem, por todos os partidos terem lá o seu quintal.

Por tudo isto:

REPUBLICANOS AO PAÇO!

BASTA DE EMBUSTE, HIPOCRISIA, IGNOMÍNIA E VERBO PASTOSO. A PALAVRA DEVE SER FERA, PORQUE A HORA O EXIGE. A REPÚBLICA PRECISA DE SER SALVA PELA DEMOCRACIA DO POVO QUE AOS MILHÔES SE ABSTEM E VOTA NULO E BRANCO NO ACTUAL SIMULACRO DE ELEIÇÕES JUSTAS, DEMOCRÁTICAS E LIVRES, PORQUE, NESTE FAZ-
DE-CONTA, Só PODEM SER OUVIDAS, EM CONDIÇÕES DE EFICÁCIA, AS MENSAGENS SUPORTADAS POR MILHÕES DE EUROS E A BENÇÃO DA COMUNICAÇÂO SOCIAL, PRÉ-FORMATADA PELO PODER ECONÓMICO-FINANCEIRO DOS PODEROSOS E DA SUA REPÚBLICA, A ACTUAL, A DELES - OS MONARQUICOS E A OLIGARQUIA -ONDE, A MAIORIA PASSOU DA CONDIÇÃO DE CONCIDADÃOS A SÚBDITOS.

REPUBLICANOS RECONSTRUAMOS A REPÚBLICA, ATRAVÉS DA DIGNIFICAÇÃO DA DEMOCRACIA DO POVO. POVO QUE EÇA DE QUEIROZ DEFINIU COM LUMINOSIDADE.


andrade da silva

Republicano da plebe, do 3º Estado, embora do seu estrato superior, de acordo com o seu status económico-financeiro e segundo as definições dos economistas dos tempos que passam.



domingo, 4 de outubro de 2009

Bilhete que é sentimento e não é poema.


JAZO

“ Velhota amiga, Melânia, como vês no teu funeral também morri. Tive dor pela tua morte, mas, egoistamente, senti muita pena da minha. Perdoa-me, mas seria hipócrita não o confessar, e sabes que cínico e hipócrita não sou. Finalmente descubro que sou mais egoísta do que pensava, mas sempre soube que era humano.
Todavia além da natureza humana tínhamos em comum o amor pela vida, no teu caso vida simples e muito acompanhada por danças e dançares e gente genuinamente amiga, todos te acompanharam. Descansa.
Derramo uma lágrima.”



Jazo,
Frio,
Hirto,
Em pobre caixote.
Só, pobremente,
À terra rasa,
Desço, chorando,
Por tanto amar
A vida.
Tenho pena da minha morte,
Mas tudo cala:
A vaidade, o orgulho,
A dor, a mágoa,
As pás de terra,
Sem jeito e sem alma
Que, lentamente, escurecem
A luz das auroras.
Morri.
Cumpriu-se o destino.
Só, somente só,
Como sempre,
Jaz
Quem tanta paixão
Sentiu por ser.

andrade da silva

set 09

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O ZECA SEMPRE COM ABRIL




ACERT de Tondela associa-se aos "80 Anos de Zeca"

Caros Amigos

A ACERT de Tondela, não poderia deixar de se associar a esta iniciativa que pretende celebrar a aquele de quem, bebemos a força para levar por diante o nosso projecto.
Os nosso sonhos de liberdade, igualdade, fraternidade e alegria, foram antes de mais sonhados através das músicas do Zeca.
Dentro em breve vos enviaremos a nossa programação relativa a esta celebração.
Um abraço

Manuel Freire aderiu ao manifesto "80 Anos de Zeca".

Patxi de Andion aderiu aos "80 Anos de Zeca"


80 Anos do Zeca" anunciado no sítio da Radiofusión (Galiza)


Para subscrever o manifesto basta enviar um email para 80anosdezeca@gmail.com com o nome (individual ou da entidade) e a localidade. Logo que possível, publicaremos a sua subscrição. Para receber as informações decorrentes da actividade do projecto, basta que o solicite no mesmo email.