segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Estou farta. Farta de estar farta. Farta de ver os outros fartos. fartos de quê? Se calhar fartos de me verem farta. E eu não estarei farta de os ver fartos? cansa tanta fartura. Porque as farturas em excesso cheiram demasiado a fritos
E quando cheira demasiado a fritos não posso impedir-me de pensar em duas coisas: primeiro nas férias de verão.
Quando vamos à feira comer farturas e cheira a fritos. Segundo no Natal, quando comemos fritos e cheira a farturas. Só que muitas vezes não é mais que cheiro de Natal, porque depois vamos a ver e fartura não há nenhuma.
É por isso que estou farta. Farta de que não haja fartura senão a da aparência. Aparência, fartura da aparência ou aparência de fartura.Por isso é que estou farta. Porque me cheira a fritos fora da época.
Cheira-me a fritos e a farturas. Fartura de Natal que é aparência, fartura de aparência de Natal, que nada tem de Natal senão as farturas.
Por isso é que estou farta do Natal. Por isso é que me incomoda o cheiro dos fritos. é porque o cheiro dos fritos é nas férias e no Natal o que não é so aparência é mesmo fartura.
Por isso estou farta. Estou farta. Estou farta.
Marilia Gonçalves
Às Árvores
Há nevoeiro pelo caminho
Passadas longas lembram no mar
O pescador que vai sozinho
Seguindo esteira de alvo luar.
Há densa névoa sobre o desvio
Por onde seguem a soluçar
As águas fundas azuis do rio
Perdida nau no alto-mar.
Dobram os braços do arvoredo
Malignos ventos, sempre a girar
Cobrem os ares do espesso medo
Ó meigas árvores, ides quebrar.
Ainda há dias, o brando orvalho
dessedentava vosso viver
Poisavam aves em cada galho
Na cor intensa que há no seu ser.
Mas hoje, amigas, o vosso encanto
Recebe fúria do temporal
Ó benfazejas, sobre meu pranto
Cai vosso corpo no vendaval.
Marilia Gonçalves
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Naqueles longes de bruma
tenho os meus irmãos esperando
o estilhaçar do silêncio
que pesa sobre a montanha.
Naqueles longes de bruma
os homens perdem o riso.
Parou o tempo. E o Sol
desmaia logo ao nascer.
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
O hálito de fogo e cinza
do monstro que traz a morte
seca os prados, seca os rios,
faz mirrar os pensamentos.
Não há estrela que perdure
na noite densa do medo.
Neva o luar sobre as casas
enregelando a vontade.
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Morrem os rios nas fontes,
morre a semente no chão,
morre o grito na garganta,
morre o protesto no sangue.
Os lobos rondam uivantes
de lanternas apontadas.
Barqueiro, quero voltar
com olhos de fogo-posto.
Barqueiro do barco negro,
ai, barqueiro do barco negro...
Carlos Domingos
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Vinde poetas
Do fundo tempo
Trazei as vozes
Cantai ao vento
O testemunho
De tanta vida
De tanta dor
De tanto sonho
Que se perdeu
Levantai sóis
Dentro do breu
Vinde trazer
De vossa esperança
O tom ardente
como criança
que ainda tem
o inocente riso de flor
no cantar meigo de seu amor
poetas tristes
que o tempo leva
trazei o ritmo
da primavera
dai vosso olhar
de poesia
pra que amanheça
a luz do dia.
Marilia Gonçalves
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
O 25 DE ABRIL E A LIBERDADE DE SER CRIANÇA.
Em 7de Maio estive, como, aqui, dei conhecimento no externato Roseiral de Santa Teresinha para falar do 25 de Abril. Nesse texto falava também do meu encantamento sobre a viagem de camioneta de Lisboa a Pinheiro de Loures.
No externato fui recebido por uma jovem professora, a professora Susana e outro professor, que me conduziram para uma sala com raparigas e rapazes dos 4º e 5º anos. Falei-lhes do 25 de Abril, do antes e do depois. Aprendi muitas coisas com eles, como disse, e fiquei deslumbrado.
Hoje recebi o boletim do externato, e lá vem o retrato deste dia pelos seus principais protagonistas as crianças: a Margarida Ferreira escolheu, para ilustrar o conto que lá deixei, crianças numa roda a dançarem com militares, ou seja, a festa do 25 de Abril, a sua marca de água ( se a Susana me enviar o desenho em suporte informático procurarei publicá-lo) e dois outros fizeram de repórteres. Diz o Afonso Carreira:
“ Gostei de ouvir o Coronel Andrade da Silva a falar sobre o 25 de Abril. Ele contou-nos muitas coisas que se passaram nesse dia. Fiquei a saber que ele era amigo do capitão Salgueiro Maia” – como disse, o Salgueiro Maia era muito conhecido entre estas maravilhosas crianças, aliás, como o são todas as crianças do mundo. Por isto me faz uma grande confusão, dor e mágoa como o mundo pode ser tão cruel para as crianças, e em Portugal também havia e ainda há sinais dessa crueldade.
Conheci professores que davam reguadas horríveis num colega que até tinha um nome tão querido: Amado. Ainda hoje oiço os seus gritos e vejo a terrível imagem. A escola primária do fascismo faz com que reviva passados 53 anos essas cenas traumáticas. Como psicólogo poderia dar um nome a isto, e poderia pedir ( devia mesmo fazê-lo) uma choruda indemnização ao estado e aos manhosos que defendem Salazar e outros tais. Poderei ter uma espécie de Stresse Pós Traumático que pode ter influenciado a minha vida.
O Rúben Gomes diz:
“ Gostei de ficar a saber muitas coisas que se passaram antes da Revolução dos Cravos e o que os militares fizeram para que ela acontecesse. O coronel foi muito simpático e explicou-nos duma maneira divertida o que se passou no dia 25 de Abril 74”.
Obrigado Rúben, fico vaidoso com o teu juízo positivo à minha intervenção. Se me desses notas, passaria na oral. Porreiro, Ruben!
Como no texto que escrevi na altura depois de mais de um tempo de formação estas maravilhosas crianças queriam ouvir mais histórias. As crianças adoram histórias, e há tanta história para contar do 25 de Abril que são mesmo de encantar.
Obrigado. Muito obrigado à Direcção do Externato, à professora Susana e a todos os professores, um beijinho para a Margarida e a todas as meninas e aquele abraço e aperto de mão para os grandes mandões lá da turma, mas oh putos deixem-se disso, nós em nada mandamos mais que elas. Na democracia somos iguais perante os deveres e os direitos. OK! Valeu!
Como sabeis este espaço é vosso apareçam e digam.
Abraço de Abril
asilva
25 NOVEMBRO 1975: TRÁGICO,COBARDE E SOMBRIO DIA.
Nos idos do Verão quente de 1975, o meu camarada e amigo, major-comando Gil, que antes me confidenciara que tinha sido posto na minha secção pelo brigadeiro Pezarat Correia, para me controlar, mas que, muitas vezes, eu é que tive de controlar, perante os ataques miseráveis do gasolineiro de Reguengos de Monsaraz, à altura dirigente do PS local, que lhe faziam perder a cabeça, dizia-me: “Estás tramado! A hierarquia vai dar cabo de ti!”. Retorquia-lhe que sabia isso mas que nada poderia fazer porque me tinha hipotecado na defesa dos interesses dos mais desfavorecidos e, consequentemente, não podia cavar. E esse grande camarada retorquia-me: “Concordo contigo, como cidadão! Discordo, como oficial”! E eu replicava: “E então?!” Mas nunca obtive resposta.
Os sinais não faltaram. Na Assembleia de Tancos tudo correu muito mal, e, para mim pior, ainda, porque, depois dessa reunião baixei ao Hospital de Évora, onde fui assistido por um médico que conhecia desde a Academia Militar, o Dr. Pancada da Fonseca, com quem me dava bem. Hoje penso que nem tudo nesta hospitalização foi tão normal como parecia.
Seja com o for, no hospital as coisas melhoraram, quando pude começar a receber visitas, logo depois de ter patrulhado o terreno. Tive algumas visitas, entre as quais o então furriel Sequeira e a sua companheira, que foram autorizados a trazerem-me bananas. Tudo isto foi um mau sinal… Ainda hoje não sei se só estive doente! Irei procurar nos meus documentos de matrícula, para ver o que lá consta.Nos dias perturbados de Novembro, ouvi a notícia da tomada das bases aéreas pelos pára-quedistas e considerei que seria uma questão de disciplina e que tudo se resolveria, muito embora, a partir da reunião de Tancos, um grupo de militares mais identificados com a linha progressista, seguissem a evolução da situação e as manobras do chamado “grupo dos nove”. Reuníamos em casa de vários camaradas e recebíamos informações do Major Emílio mas nunca neste grupo se falou de qualquer iniciativa para a tomada do poder! Apenas se estudava a possibilidade de haver um golpe da extrema-direita, com ou sem o apoio do “grupo dos nove” mas considerando como mais provável que estes se coligariam com a extrema-direita para dar um golpe e que, naturalmente, seriam submetidos por essa gente.
A hipótese de assim vir a acontecer tinha uma clara confirmação pelo modo clandestino como o documento dos nove foi divulgado nas unidades e, concretamente, por quem o exibia com toda a arrogância. Muitos destes, no Quartel General de Évora, eram gente do 24 de Abril, mas medrosos e sem qualquer garbo militar; muitos outros eram mesmo maus militares.
Durante esta minha visita é declarado o estado de sítio e as Unidades Militares entram de prevenção. Desloco-me para o Quartel General de Évora, de onde passo a seguir os acontecimentos e a dar informações para o Copcon sobre o deslocamento das forças de Estremoz, mediante informações que me eram transmitidas pela população. Como os telefones estavam sob escuta (as escutas são tão antigas!), serei acusado de fazer parte de uma sublevação, conquanto naquela altura ainda o canal de comando legal fosse o Copcon e o General CEME, que era o canal em que eu me encontrava.
O canal de comando ilegal era o dos “nove”, até o general Costa Gomes ter assumido o comando das Operações, e, mesmo quanto ao comando pelo General Costa Gomes, nem todos estão de acordo sobre o seu grau de liberdade ou em que situação esteve o General Costa Gomes, no palácio de Belém. Há dúvidas sobre se assumiu ou não o comando das forças, livremente, e se realmente comandou ou se limitou a concordar com ordens elaborados no posto de comandos da Amadora. Nem todos os participantes que estiveram em Belém têm dos factos a mesma versão.Foram horas de grande angústia. Nesta tragédia, as únicas informações que recebi foram as do furriel Sequeira, informando-me que, da sede do PCP de Évora, lhe tinham dito que o PCP considerava que o desfecho daquele dia seria uma derrota da esquerda militar e que o PCP nada faria, mantendo-se fora da disputa.
Apesar de todo este fim do mundo, estar só, ter 25 anos, saber que a seguir ia ser perseguido, disse-lhes que não os acompanhava:
Em primeiro lugar, porque sempre pertenci ao exército regular e agi no quadro legal, dentro do canal de comando existente: fui eleito delegado do MFA pelos meus camaradas, era o elemento de ligação com a comissão coordenadora do MFA, então, através do capitão Sousa e Castro que me confiou missões de controlo da Escola Prática de Artilharia para a defender de acções contra-revolucionárias do capitão Mira Monteiro que, segundo aquele capitão, fazia pare da maioria silenciosa e das forças reaccionárias, pelo que coloquei sob vigilância a sua arrecadação de material de guerra, facto que o quarteleiro denunciou e, por isso, o major Reis me quis expulsar da Escola Prática. Todavia, apesar desta ameaça, para não pôr em causa a unidade do MFA, já bastante combalida na EPA, por causa da descolonização, não disse que tinha recebido esta missão e só a expliquei ao comandante.
Mais adiante e durante a campanha de Lurdes Pintassilgo para presidência, Sousa e Castro pediu-me para a apoiar, o que recusei, porque a considero responsável pela morte de dois alentejanos do Escoural: o Casquinha e o Caravela. Todavia, Sousa e Castro, já nos anos mais recentes, numa discussão com o major Mário Tomé, “garbosamente” me chamou de “rapaziada do costume” mas do costume não seria o meu caso, pois era muito novo;
Em segundo lugar, nunca sacrificaria uma pessoa sem ter a plena consciência da necessidade ética e moral desse sacrifício. Tinha passado pela guerra, conhecia o valor da vida e a desgraça da guerra, logo não lançaria ninguém nessa tragédia, até porque o “grupo dos nove” eram militares de Abril e, na altura em que se quis fazer este levantamento popular, nada estava clarificado e, obviamente, que qualquer acção, neste domínio, teria de contar com o apoio dos partidos de massas, revolucionários, sendo, no Alentejo, exclusivamente o PCP. E este é um facto empírico, observado, por quem palmilhou o Alentejo, de Alcácer do Sal, a Beja, passando por Elvas e Portalegre.
O resto já todos sabem mas, mesmo assim, participei, em 27 de Novembro, na reunião da vitória, no quartel-general de Évora. Logo aí, o regimento de Estremoz, de um modo furioso, pela voz do capitão Moura, que tanto custou a convencer para o 25 de Abril ( sei-o bem porque eu era um dos elementos de contacto com aquele regimento, como com a Escola Prática de Cavalaria - EPC- para o que me reuni várias vezes, na casa do Capitão Salgueiro Maia, com os pára-quedistas, o CIAAC, etc., as chamadas unidades do tipo A, as mais poderosas da área de Lisboa e que estão relatadas nos livros já esquecidos de Dinis de Almeida). Pediram a imediata prisão dos generais Fabião e Otelo, ao que se opôs, de um modo firme e determinante, sem hesitações, o Brigadeiro Pezarat Correia e o coronel Sousa Teles, comandante da EPA, sendo firmes e heróicos nessa defesa.
25 de Novembro de 1975: um dia de ódio, mentira, escuridão e soberba que ninguém quer clarificar. Por que perseguiram e prenderam militares que nada tinham a ver com aquela acção e, ao que parece, faziam parte de uma lista elaborada pelo major Aventino Teixeira?
Eu fui poupado à prisão, ao que parece por dois motivos cruzados: o brigadeiro Pezarat Correia terá defendido que não aceitava que nenhum oficial sob o seu comando fosse preso e, pelo que me disse o tenente-coronel Galamba de Castro, que me recebeu em Lisboa, por ordem do general CEME, então o general Ramalho Eanes, que não permitiu que eu fosse preso até se comprovar a minha intervenção naquela acção militar.
Se em Évora fui tratado com a mais absoluta indignidade e barbaramente pelo brigadeiro Pezarat Correia, em Lisboa fui recebido com excepcional e invulgar deferência pelo tenente-coronel Galamba de Castro. Eu era um jovem capitão promovido, há menos de um ano, em Dezembro de 1974. Neste passo, foram nobres e estou reconhecido por isso, ao general Eanes e ao tenente-coronel de Artilharia, Galamba de Castro.
PS: Há sempre alguns a dizerem-me para dar contributos para a história, mas não é isto que faço, há tanto? Estranho país!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Picasso
Assim, em plena Guerra Civil, após o feroz bombardeamento e a destruição da cidade de Guernica pelos aviões alemães em Abril de 1937, Pablo Picasso pintou o célebre quadro Guernica, que é uma dramática diatribe e condenação daquele acto selvático e da guerra em geral. O quadro foi pintado para figurar no Pavilhão da República Espanhola na Exposição Internacional de Paris. Conta-se, com foros de verdade, que um oficial nazi das tropas de ocupação da França, visitando a Exposição, parou em frente do quadro de Picasso e perguntou ao Pintor:
«Foi você que fez isto?»
ao que Picasso respondeu:
«Não. Foram vocês.»
Foi mais ou menos por esta altura que surgiu o movimento neo-realista que abraçou como temática a denúncia da realidade dos oprimidos.
CARLOS DOMINGOS
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
25 de Abril Sempre
Espasmo interior
ou revolta fulminante
qual o nome para a dor
vinda do meu tempo infante?
algozes vis destruíram
em feroz atrocidade
os sorrisos que fugiram
ao futuro da verdade.
Antecedendo o dia luminoso
eles mataram, feriram sem remorso
da tortura fazendo íntimo gozo
curvando ao povo as almas e o dorso.
Mas a alma do povo é resistente!
De humilhações de feridas de peçonha
que lhes fechavam as portas do presente
em crueldade bárbara, medonha:
Ânimo erguido! Na luta, na arena
na solidão feroz de cada cela
desprezando o sarcasmo da hiena
caindo em bando sobre uma gazela
o povo foi erguendo em cada não
a história portuguesa do futuro:
fez luz nascer da escuridão!
Um jardim nascia no monturo.
Isto também era o fascismo!
Hoje dia 24 de Novembro de 2009
é o aniversário da morte de meu primeiro filho,estávamos em 1967, na altura das grandes cheias em Lisboa.
Aos seis meses de gravidez... porque a moral fascista, impedia nas maternidades a assistência ao parto antes dos sete meses de gravidez andei de uma para a outra e quando enfim uma equipa médica humana, declarou que os sete meses de gravidez estavam ultrapassados, era tarde demais para impedir o inevitável e uma criança recém-nascida tentou num esforço impossível durante vinte minutos conseguir respirar abrindo e fechando a boca continuamente!
Dado o tempo de gravidez o bebé nasceu de pés, pelo que durante o tempo da espulsão senti sobre a minha pele todo o horror que estava a sofrer.
Todo o meu reconhecimento à equipa médica que me assistiu, no lado dos quartos particulares da Maternidade Alfredo da Costa.
Sem eles, porque não sabia que mais fazer, nem a quem mais me dirigir, teria ido para casa, com as inevitáveis consequências que adviriam.
Quantas mulheres terão passado por situações semelhantes, quantas perderam seus filhos em nome da moral fascista, porque o fascismo era isso e entrava nas nossas vidas, nas nossas casas, no mais íntimo de nós e dos nossos sentimentos, destroçando-os!
Isto era o Salazarismo, o crime sem perdão! eu, tinha vinte anos acabados de fazer, passaram já mais de 40 anos e a minha dor continua vívida e lancinante
A dor de uma jovem mãe, a dor de uma vida!
Fascismo nunca mais!
25 de Abril Sempre
Marília Gonçalves
24 de Novembro de 2009 15:48
Marilia
Sem palavras.
Fascismo munca mais, porém há 34 anos, iniciou-se um marcha de regresso não ao Futuro, mas ao passado.
Marilia
Em 1967 era um jovem cadete da Academia Militar, e andei por Alhandra a retirar lama. Vivi essa tragédia, não sabia que a Marilia tanto sofria.
O fascismo era suplício sobretudo para os pobres, também soube o que era a moral fascista.
Peço-lhe para colocar o seu comentário em post e se quiser este breve comentário em PS.
Abraço e beijo solidário
asilva