sexta-feira, 31 de outubro de 2014

HOMENAGEM A CARAVELA E CASQUINHA E AO POVO ALENTEJANO.

                       Casquinha ,17 anos jaz morto e, ainda,quente, sobre solo alentejano:  quem te matou,e porquê?

Amanhá, dia 1 Novembro 2014,  no Escoural, entre as 14 e as 16,junto ao memorial.

Com todos eles partilhei muitos e variados momentos, lado a lado,segundo a segundo, hora a hora, mas mataram o Sol, e povo: quem, porquê?

Do Prefácio da obra Pátria Transtagana, obra poética de José Augusto Carvalho, prefácio da minha autoria

"Eia! Morreram Caravela e Casquinha no Escoural, em 1979, lutando pelo Sol de Abril,  mas, quando jaziam, já era Outono, embora Casquinha vivesse a sua adolescente primavera-17 anos de vida, tão cedo matada. Dor, luto, mas o futuro é adiante.Porém, aconteça o que acontecer, o amor está presente.  E o passado que dói vive, porque ofuturo não acontece e no presente ainda há o nó na garganta, onde, o “tudo”residia “nas garras do nada”. Abril veio, mas o Outono também. 

Mas afinal quem é o Zé povo? Quem somos quase todos nós? Somos quem vem dos milénios lutando, mas perdendo mais que vencendo. Diz opoeta  morremos “em todas as batalhas / só p'ra mudar de tiranos!” Até um dia... quando?

 E depois aquele Abril aldrabado, o alvorecer e as estrelas que escondem o mistério que um dia o Toino, filho de uma mãe alentejana, há-de saber, garante-lhe a mãe. Mas mistério maior, é mesmo, ser o Zé Povão, que vem do longe e vai para o muito longe com jornadas de si, em jornadas de si.

 Mas também das muitas outras jornadas dos outros se compõe a vida dos pobres que por pouco caminham, por pão e por vida digna, tudo acontecendo ou não, em dias que passam, mas são iguais, como a lembrança cativa de sofreres recorda, e tudo,porque alguém "roubou o horizonte da manhã amanhecer", libela, o poeta

José-Augusto de Carvalho recorda que o seu povo do Alentejo nunca esquece Maio, Catarina e a mensagem - que é de pé que vislumbramos o futuro -e, assim, para sempre, há- de ser. 

Há luta e lutas,mas a terra é sagrada e a mulher e o homem são mulheres e homens, e, nesta sua condição humana, também gostam dos prazeres simples, da sopa e de outros. Nem tudo são lutas, muitas coisas são simples viveres. Eis a mulher e o homem,alentejanos e portugueses, cósmicos, verdadeiros que também, de um modo raiado de luminosidade, nos são apresentados, praticando os actos mais fugazes da vida, embora, fundadores e matriciais da nossa espécie  na assombrosa encenação da vida, ou no pleno acontecer dela própria? Quem o saberá?

Neste poema épico se há sombra, se há lua sombria, sol escondido,mentira que rouba a tranquilidade e, por vezes, a esperança, no fundo deste povo e desta gente alentejana, o alvorecer, mesmo em dia escuro, alvorecerá. E a vida vence: vence num maltês que o guarda fiscal não apanha."

E desta fibra de Futuro são todos os que  não se rendem e dirão sempre presente: 

PRESENTE CASQUINHA,tão jovem, aos 17 anos ceifado:um CRIME MILENAR  e ninguém foi responsabilizado, pedi nos 30 anos de Abril que a  Nação rogasse  perdão e desculpas  e nada aconteceu.

PRESENTE: CARAVELA!

PRESENTES TODOS PARA TODO O SEMPRE!

andrade da silva

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PORTUGAL DISTRITO DOS JOGOS DA FOME DOS CREDORES.




Mas esta Lisboa de 1383-85 dos tanoeiros será sempre NOSSA- DE  PORTUGAL!
(foto de Graça Galhardas)


PPC vai cumprir o que lhe compete - destruir todos os  bens públicos portugueses até 2016, através de privatizações  odiosas, tornando exíguo e frágil Portugal. O resto já não  será com ele,será com outro senhor dos Passos.

Ele com o diabo que o inspira, está sempre  a fazer manobras de diversão: O QUE ESTÁ  EM CAUSA COM A  VENDA CONTINUADA  DE PORTUGAL É A  INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL, isto é, para pagarmos a divida no Futuro, ou se vier, por aí, outra, mais que provável, crise já não temos EDP, nem PT,etc. temos  somente 6.666.666 de escravos, disponíveis  e o território, logo seremos um distrito dos jogo da fome dos credores.

O resto com PPC até ao final é jogo da fome, ponto

ACORDAI!

https://www.youtube.com/watch?v=PvRZP_W1hbw

PASSUS COELHUM UM PRESENTE TEMÍVEL: MATA O FUTURO!


 ( não é Latim é desrazão, contra merduns, quiçá!)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

05 - POEMÁRIO * Nostalgia





Mais um Inverno frio nos deixava…

Mais uma Primavera prometia…

E sempre uma esperança pontilhava

de estrelas este céu que se fechava

ao rútilo esplendor dum claro dia!



E sempre esta esperança que morria

em cada frustração que nos matava!

E sempre o desespero arremetia

na força renovada que nos dava

a Fénix que das cinzas renascia!



Ai, tanto se morria e renascia!

E sempre esta esperança acalentava.

Que fértil terra de húmus e porfia

a força dava à força que faltava

nas horas em que a vida mais doía?



De sangue e desespero se amassava

o pão que noite adentro se comia!

De sol a sol, o corpo tudo dava

a troco duma jorna que minguava

enquanto o desespero mais crescia.



Ah, mas, na sombra, a noite murmurava

enleios, numa terna melodia!

E antes de adormecer, já madrugava

nos versos da canção que prometia

livre e fraterna a terra que chegava!



Chegava a Liberdade que cantava

lusíada, em feliz polifonia,

o fim do pesadelo que matava

no dia todo em luz que despertava

a vida que chorava de alegria!



O pátrio povo em armas devolvia

o berço que das trevas libertava

ao povo que sem armas acudia.

E um povo todo irmão se estremecia

no imenso e terno abraço que se dava.



Navegar é preciso, prometia,

agora que o viver se precisava!

Nos braços embalada, a pátria ouvia!

E quanto mais ouvia mais se dava

ao sonho que se ousava e florescia.




José-Augusto de Carvalho
27 de Outubro de 2014.
Viana*Évora*Portugal

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

AMIZADE


Em poucas palavras digo que vivemos num mundo sobretudo biológico, isto é, instintivo,e, este, só tem um objectivo- cada um, cada sujeito, se safar, sobreviver.

 Sobre este mundo biológico construíram-se  várias camadas ou submundos da socialização da maldade, que criou um dado tipo, de suposta amizade, meramente instrumental, para prosseguir determinados interesses particulares: religiosos, políticos, mafiosos, etc.e,daqui, a importância ou não importância de cada qual.

Fora desta larga panaceia, pouco lugar de luz e sol restou para o amor:o amor a si mesmo,o amor ao outro, considerado seu igual, neste amor,  a amizade tem as suas raízes, na falta deste húmus, a  amizade, sincera, genuína é a raridade, das raridades,o que, a torna notada e todos sentimos o que é ou não é UM AMIGO.

A amizade tem peugada, a sua ausência não. A sua presença salta ao coração, quando ligamos o telefone para outrem e este outro,nosso eu, nos diz:" ia mesmo telefonar-te",ou não sendo alguém com quem privamos com frequência nos diz:"há minutos atrás falávamos de ti ",etc.

Sobre a ausência da amizade ou desta como instrumento, qualquer giro do horizonte nos revela o deserto. A amizade é nunca deixar alguém para trás, aquele sujeito particular e único, tudo o mais é verbo,e o verbo é somente dizer e amigo é Ser, e Ser:é pensar,sentir,comportar-se (comportar-se é:falar, não falar, matar, combater, abraçar, beijar,tocar, dar pão ou retirá-lo etc .etc. etc).

A amizade lança luz, brilho, sentimentos que nos envolvem. A falsa amizade pior que a hostilidade é gelo,treva, maldição,e, tanto assim é,que só um amigo poderá compreender, sentir estas minhas palavras, ninguém mais, fora da amizade-amizade, as entenderá.

Abraços e beijos, segundo os costumes e os corações

andrade da  silva




Traz um amigo:


sábado, 25 de outubro de 2014

PORTUGAL NUMBER ONE,ENTRE OS NUMBER ONE DA SOCIEDADE KAFKIANA



Loucura persistente esta, a minha, de escrever para um mundo com uma predominância impensável de invisuais, surdos e moucos sociais, cívicos, but...

OS INFERNOS ESPERAM-NOS. Bem-aventurados,os que pensam que o circulo e  o circo político é a solução do Futuro.

Porém, todavia,contudo, vejamos, olhemos,  não viveremos numa sociedade podre, kafkiana, que dizem as fotos?

Estaremos no fim de um grande período da história, logo, há os remendeiros que procuram de remendo em remendo, salvar o sistema para na situação e nas oposições safarem-se; os coveiros  que escravizam e matam, de 1/3,a 2/3, da população, para esquizofrenicamente serem Deuses na Terra,e os precursores, os anunciadores, do Futuro, estes, muito poucos, antes do alvorecer serão, como sempre foram, MATADOS.

Só para que não se esqueça, ponto.

E, já agora, a talhe de foi-ce: 

 Quem os matou e  mata,e voltará a matar?

Alguém saberá?

Nero,sim; salazar sim,uns dizem que não; Pinochet,o grande, talvez não; e por cá, depois do  25 de Abril 74, quem matou quem,  e, hoje, quem ainda mata quem, ninguém?

 E os coiotes,os fundamentalistas, os  construtores dos infernos, não existem?

OH GENTES!

Grande e Imortal  povo!

 Como é?

Para que conste.

 24 de Outubro 2014.

Andrade da silva

PS: para que ninguém diga nunca vi,nunca ouvi- PARTILHEMOS!


ISRAELISRAELCondicionamento digital totalCondicionamento digital totalA Guerra esquecidaA Guerra esquecida

terça-feira, 21 de outubro de 2014

05 - POEMÁRIO * Os Cabos


Para  Andrade da Silva 
Para todos os Homens de Abril 
que nos ajudaram a entrever a esperança




O Cabo Não dobrámos com denodo.



E nele levantámos o padrão,

memória do querer dum povo todo

que a medos e renúncias disse não.



O Cabo Bojador também dobrámos!

E fomos, com Pessoa, além da dor...

E foi de dor em dor que tanto ousámos

até que o mar impôs o Adamastor!...



O Cabo das Tormentas era o medo

maior, o nunca visto nem sonhado!

O Capitão do Fim, olhando o Medo,

gritou: ou morro aqui ou és dobrado!


Agora, falta o Cabo da Desgraça!

E agora? Agora, a gente ou morre ou passa!





José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 13 de Setembro de 2012.
Do livro em preparação: «Canto rebelado»


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

GENERAL ESPÍRITO SANTO:SÁBIO E AMIGO.



MENSAGEM ENVIADA À FAMÍLIA MILITAR E PESSOAL O NOSSO/MEU GENERAL


Exmos Senhores Generais, Meus Generais,caros camaradas do Exército, camaradas da Revista Militar e da AOFA

Aos Exmos Srs.Generais,a todos os camaradas e à família militar e à Exma Família do Sr./nosso General Espírito Santo,o meu profundo pesar pela partida deste grande concidadão,comandante e um camarada de Artilharia, com elevados pergaminhos, com quem troquei opiniões, num diálogo franco, aberto,critico e muito exigente,a última vez, na Conferência da Revista Militar, sobre as Missões das Forças Armadas Portuguesas, em África, durante a I Guerra Mundial, quanto à questão dos limites da obediência dos Estado Maiores, face às decisões politicas da guerra.


Pelo nosso general Espírito Santo tocarão os nossos clarins o toque da partida definitiva, mas, sobretudo, da alvorada:os seus saberes, em património publicado, mantêm- no vivo entre nós.

Com sentido pesar, consideração e camaradagem artilheira
João António Andrade da silva
cor. Art.Ref.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

BILHETE A UM GRANDE HOMEM E CAMARADA:MILITAR DE ABRIL NA DIÁSPORA




                                              :PORQUE DORMIMOS? ALEVANTEMO-NOS!

Caro Camarada Serafim.

 Não posso deixar de registar  a tua atitude honrada,nobre, de um valoroso camarada das Forças Armadas e de Abril de me apoiares. Todavia, como camarada e cidadão, tenho a pedir-te: não te ponhas na linha de fogo por mim,e  é disto mesmo que se trata. É evidente que faço parte daqueles que têm de ser sujeitos a sucessivos autos de fé,do que podia dar substantiva prova factual, porém não o farei,seria ainda dar mais azo a que camaradas honrados, se viessem a expor aos fogos cruzados  letais. O que falta para travar o passo a puros fascistas, sobra para combater o Futuro.

Caro Camarada

As lutas estão a desenrolar-se em circulo, e, isso, só pode empatar a tragédia: O FUTURO-FUTURO não se fará sem rupturas  dramáticas, revolucionarias. É certo que só há condições para  perpetuar o passado,quando muito recauchutado, que nunca será ultrapassado sem pensamento,coragem, heroísmo Futuro.

Caro Camarada Serafim

 Não te ponhas na mira do fogo das forças que se consideram  omnivencedoras e omnipotentes.Alguém tem de se salvar, mas o amanhã-amanhecer poderá ainda  demorar-décadas, séculos ou milénios,logo...

Caro camarada


Quando me sinto  já vencido pelo lodaçal e a choldrice e a pensar cavar, porque não vale a pena dizer que os réis vão nus, vem o teu alarme e o sentimento, ou a certeza, que em 2016, ainda, seremos um país mais desgraçado sem bens públicos nenhuns, à mercê de qualquer decisão cibernética tomada em Pequim que fará do desastre do BES, da incompetência dos programas   informáticos  da Educação e da Justiça umas brincadeiras- de facto os novos donos tetudo,agora, no exterior,dando uma simples ordem para  a nuvem cibernética podem baralhar de tal sorte as coisas  em Portugal que nem  uma ficha de um doente possa ser consultada- e ainda o OGE de 2015 que tem como marca de  água de toda esta sociedade portuguesa pós 25 Novembro e a Mundial actual a crueldade,a bestialidade,bem expressas  no  aumento de  2,6€/mês nas pensões de 260€,no  retirar 100 milhões de euros no envelope das pensões não retributivas, outros tantos ou mais na educação e na saúde etc-,e,então, estes horrores multiplicados, só podem impulsionar UM HOMEM a lutar com todas as forças que tiver e com toda a gente digna que sinta o mesmo,e queira descobrir o Futuro: PENSAR O  FUTURO E CONSTRUÍ-LO...but... este TEMPO,ESTE ESPAÇO. não existem, existirão?

Serafim

Caro Camarada estamos em Termópilas, cercados, resta-nos cair com a mesma honra que Leónidas... nada mais...

Aquele abraço

andrade da silva





terça-feira, 14 de outubro de 2014

01 - LIBERDADE E CIDADANIA * Tragicomédias


Ou muito me engano ou deverá estar prestes algum juízo final doméstico. Não é chalaça o que digo. E esta minha suspeita deriva da leva de arrependidos que anda por aí, arrependidos das malfeitorias de que foram actores ou aplaudiram ou a que passivamente assistiram.

Cansei destes arrependidos que se põem a salvo como se algum naufrágio ameace o navio em que embarcaram para o cruzeiro de mau gosto a que assistimos incrédulos.

Pois é! «O amor é eterno enquanto dura.» (E aqui convoco o poeta e escritor francês Henri de Régnier, 1864-1936, que escreveu «L’amour est éternel tant qu’il dure»). Pois é! Tal qual este cruzeiro dos arrependidos, que anteviram saboroso e agora se lhes desnuda azedo até à náusea.

Sabemos que estes arrependimentos são cíclicos. Logo, logo, ao cais do desplante outro navio atracará para receber veraneantes para mais um aliciante cruzeiro.

O milenar «estás perdoado; agora, vai e não peques mais» é o hábil vaivém dos instalados ou, como dizia frequentemente um velho amigo já desaparecido, dos que «são desta opinião e da contrária se assim convier».

Adolescente ainda, aprendi com o poeta Guerra Junqueiro, no seu livro «A velhice do padre eterno», o que reputo de máxima a ponderar seriamente: «Um justo não perdoa, julga.»

Claro que sempre há quem se engane no caminho e terá o direito de corrigir a rota. O que não entendo bem é como há quem só verifique o erro quando o fogo lhe chega aos fundilhos. E destes eu desconfio…

Até sempre!

Gabriel de Fochem
14 de Outubro de 2014.

domingo, 12 de outubro de 2014

10 - JORNAL DE PAREDE * «Pátria Transtagana»


Ontem, 11 de Outubro de 2014, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Aguiar, município de Viana do Alentejo, ocorreu o lançamento do livro «Pátria Transtagana», do qual sou autor, com prefácio do Coronel João Andrade da Silva e posfácio da Professora Maria do Céu Pires, Doutora em Filosofia pela Universidade de Évora.




Na mesa, da nossa esquerda para a direita: Rosa Barros, minha amiga e Professora de Filosofia do Ensino Secundário; Professora Doutora Maria do Céu Pires; Presidente da Junta de Freguesia de Aguiar; Coronel Andrade da Silva; e eu, José-Augusto de Carvalho.



Seguidamente, divulgo o texto da minha intervenção:



Boa tarde, Vila de Aguiar!

Boa tarde a todas as pessoas que puderam e quiseram vir assistir ao lançamento do livro «Pátria Transtagana»!

1.

Talvez eu esteja violando normas ao ser o primeiro a usar da palavra.

Evidentemente que muitas normas terão, como todos os ovos, o destino último de ser quebrados. Será este o caso? Quisera que sim.

Não é por inconsideração que me imponho na abertura desta sessão de lançamento do livro «Pátria Transtagana», mas sim porque é indispensável situar-me e situar este encontro.

Aguiar não é apenas uma das muitas localidades da Pátria Transtagana. É uma povoação que conheço desde menino. Aqui vinha com meu pai, num carro de varais, puxado por um possante muar. Mas esta razão que aduzo não poderia ser determinante para a minha preferência.

Determinante foi o convite que recebi, há meses, do Executivo da Junta de Freguesia de Aguiar para vir ler, neste mesmo salão, alguns textos dos muitos que ando escrevendo desde quase o amanhecer da minha existência de escriba impenitente, já lá vão quase setenta anos.

Portanto, Aguiar soube de mim como autor e honrou-me com um convite. Convite que aceitei agradecido.

Ora porque «Pátria Transtagana» reclamava o seu lançamento no Alentejo, como poderia eu, agora, ignorá-la ou preteri-la?

Como poderia eu não vir felicitá-la nesta data e associar à sua festa o lançamento deste meu livro?

Festa em que a vila de Aguiar comemora mais um aniversário da sua condição de Freguesia de Abril.

Eu sei que, por solicitações familiares e afectivas, outras povoações do nosso pátrio Alentejo poderiam reclamar-me o lançamento deste livro: Viana, onde eu nasci e onde nasceram muitos dos meus antepassados de apelido Carvalho; Serpa, onde nasceu minha mãe; Alcácer do Sal, onde nasceu minha avó materna Rosa de Jesus; Alvito, onde nasceram meus bisavós José António e Catarina das Dores; de novo Alvito, onde nasceu também minha bisavó Margarida.

Com excepção de meu avô materno, que desceu da transmontana Chaves buscando a sua moira encantada de sempre, a minha avó Rosa, toda a minha memória é transtagana.

2.

Quanto a mim, que poderei eu dizer?

Não tenho títulos nem cargos públicos ou privados e nem honrarias a recomendar-me.

A recomendar-me tenho apenas a minha condição de alentejano.

Também terei a recomendar-me um trajecto cívico de amor e respeito, de exaltação e defesa da Pátria Transtagana e das suas gentes, das minhas gentes.

Como vêem, nada de relevante há a dizer de mim, porque amar a nossa terra e a nossa gente é um apelo do mais recôndito de nós e não um dever ou uma qualidade racionalmente considerada.

3.

E no nosso caso de alentejanos, mais se imporá a nossa terra e a nossa gente, porque desde os recuados tempos do alvor da nacionalidade portuguesa que é a nossa, a Terra Transtagana e as suas gentes foram maltratadas, menorizadas, desprezadas, mortas ou expulsas.

Aquando da Reconquista, apeado o poder muçulmano, ninguém aqui mereceu a confiança dos reconquistadores. Ninguém!

Nada tenho contra outras gentes que queiram viver connosco nesta nossa terra e decidam ou não integrar-se no todo das nossas gentes; mas tenho tudo quando nos recusam o legítimo direito de mandarmos na nossa casa.

Urge a regionalização, única possibilidade de legitimamente, e sempre no quadro constitucional da Pátria Portuguesa, aspirarmos ao direito de escolher a nossa vida e o nosso destino.

Verdade é também que as gentes transtaganas não estão isentas de responsabilidade:

-- no passado, quando, algumas vezes tiveram voz e poder para tentarem impor-se, cederam a valores e interesses que lesaram os seus;

-- e no presente, quando, tendo voz e poder relativo para se impor, escolheram a resignação ou mal escolheram quem os represente na superior condução do seu destino colectivo.

Longe estive do nosso Alentejo; agora no nosso Alentejo estou, definitivamente, assim espero. Nunca procurei os favores dos poderes públicos e privados. Nunca os procurei e nunca os tive. E nunca os terei. E não é por teimosia, mas por opção.

E quanto a direitos, apenas tenho os direitos que a Lei Constitucional me confere.

4.

Sabem muito bem os mais velhos, como eu, o que foi viver, malviver, digo eu, sob o Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano.

Sabem os mais velhos, como eu, o que foi descobrir a Liberdade quando o Movimento dos Capitães nos devolveu a dignidade e a esperança numa Madrugada de Abril aureolada de cravos e de aromas de fraternidade e de paz.

Sabem os mais velhos, como eu, as dificuldades que logo surgiram, criadas pela resistência tenaz dos poderosos a quem não servia nem serve um povo adulto e livre.

Sabemos que esta terra e suas gentes lutaram desde a consolidação da independência de Portugal.

Estivemos sempre do lado certo da História e pagámos sempre o preço que nos foi exigido em bens, em sacrifícios, em sangue derramado.

No presente, resiste connosco a memória viva da Revolução dos Cravos e a vontade de transformarmos em realidade a sua promessa de finalmente haver e perdurar Abril em Portugal.

Aqui está, entre nós, um Capitão de Abril, um dos homens do Movimento das Forças Armadas que devolveu a todos nós a dignidade de mulheres e homens livres.

Um Capitão de Abril que conheceu palmo a palmo as terras transtaganas e as suas gentes.

Um capitão de Abril que nos ama e tudo arriscou por nós.

Um Capitão de Abril que está, também, nas páginas do livro que lançamos hoje.

Devemos-lhe tamanha distinção.

Bem-haja, Coronel Andrade da Silva!

E este bem-haja é extensivo aos seus camaradas de armas que nos ajudaram a entrever a esperança.

Com um segundo bem-haja relevo a Professora Maria do Céu Pires, Doutora em Filosofia, e gente da nossa gente, por ter aceitado ligar o seu nome e o seu amor ao Alentejo a este livro em lançamento.

E o meu terceiro bem-haja releva a querida Amiga Rosa Barros, professora de Filosofia do Ensino Secundário, uma filha dilecta dos Açores e já também alentejana do coração. Querida Amiga que empenhadamente me tem acompanhado neste meu percurso acidentado desde o meu regresso definitivo ao Alentejo.

5.

Na hora da gratidão, saúdo o Executivo da Junta de Freguesia de Aguiar pelo acolhimento e ao qual reitero a minha disponibilidade para colaborar em sessões culturais e cívicas, sempre que considerar oportuno e desde que para tanto eu esteja em condições de corresponder.

Nesta mesma hora da gratidão, saúdo também a gente da minha gente que está aqui e os familiares e Amigos naturais de outras regiões da Pátria Portuguesa que quiseram e puderam associar-se a este lançamento.

Finalmente, uma palavra de profundo pesar e de imperecível saudade para aqueles que partiram desta vida e exclusivamente por esse motivo não estão aqui também amparando o objectivo único deste livro: dignificar o Alentejo e por ele toda a Pátria Portuguesa.

Até sempre!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

PÁTRIA TRANSTAGANA PREFÁCIO



                            Nesta obra está o homem, o lutador, o alentejano inteiro que ama e serve a sua terra e o seu povo. Ao seu povo se entrega e todo o seu coração, e terras charrua, com o equipamento que ele, José-Augusto de Carvalho, tem: ele próprio, o seu verbo, o seu amor. E é a este dar-se  para ser consumido sem pressa, por um tempo longo, sem nada mais pedir ou desejar que dar testemunho do seu povo e de si,para que conste, que se ousa chamar - ser poeta, poeta do Alentejo, poeta de Portugal, poeta da Humanidade, poeta do Cosmos. Assim, sempre compreendi e convivi com José-Augusto de Carvalho, desde 2008, na trincheira do blogue da liberdade e cidadania, onde , terçamos as nossas armas, o verbo, a nossa determinação e o amor a Portugal, à liberdade, aos portugueses e à humanidade.

Nesta trincheira nos mantemos.Partilhamos estados de alma, dores, gritos e alertamos para a defesa da liberdade e da dignidade, tantas vezes no vazio, mas lá estamos e ficaremos. Quem faz o que pode, faz o que deve, diz Torga e é, certo.

 É deste homem e desta luta que esta obra fala, dá testemunho, e que a leitura empenhada e alicerçada no sentimento e na felicidade da luta, pese embora, as infelicidades, clarifica,e, assim, cimentada a identificação com a  obra e o autor,nos é permitido perscrutar a inalcançável dimensão deste homem, nosso concidadão, que nos ama - a nós todos e a vós, alentejanos, de um nodo muito particular, por dentro - e nos quer ajudar a elevarmo-nos até ao ponto mais elevado do mundo: o da beleza, da paz, da solidariedade, da liberdade e da justiça. As provas, em poesia e prosa, são muitas. Aludirei algumas, para que este pequeno registo possa ser como que o nosso mural de leitores  a este grande homem português e alentejano.

Nada com José-Augusto de Carvalho pode ser neutro e comigo também não. Talvez, seja esta a razão mais funda, para José Carvalho, me ter pedido estas palavras, missão nobre que honrarei como posso, dando-me também com a clareza de um cidadão-soldado que em boa verdade não se sabe esconder ou dissimular. Mas, como importa, façamos o roteiro a que vos convido, e com o autor havemos de descobrir sempre outros roteiros, como novas estradas. A vida cósmica não finda. 

Mas a pátria sofre e, José-Augusto de Carvalho alerta-nos: Caminheiros - caminhai! Alvorece,sempre!

O poeta, o homem, o que está ao nosso lado, ombro a ombro, fala da gente que canta e vive entre papoilas, que são o sangue que sangra dos trigais, e, dá noticia, que,dia a dia, o alvorecer saúda a alentejana e o alentejano que diariamente com o seu cante cultivam, amam e morrem a defender o chão da sua terra. 

Eia! Morreram Caravela e Casquinha no Escoural, em 1979, lutando pelo Sol de Abril,  mas, quando jaziam, já era Outono, embora Casquinha vivesse a sua adolescente primavera-17 anos de vida, tão cedo matada. Dor, luto, mas o futuro é adiante.Porém, aconteça o que acontecer, o amor está presente. “Versos de amor,meu amor, / cantados ao desafio” (Madrigal). E o passado que dói vive, porque o futuro não acontece e no presente ainda há o nó na garganta, onde, o “tudo”residia “nas garras do nada”. Abril veio, mas o Outono também. (Na memória da vida).

Mas afinal quem é o Zé povo? Quem somos quase todos nós? Somos quem vem dos milénios lutando, mas perdendo mais que vencendo. Diz: morremos “em todas as batalhas / só p'ra mudar de tiranos!” Até um dia... quando? (A verdade de mim).E depois aquele Abril aldrabado, o alvorecer e as estrelas que escondem o mistério que um dia o Toino, filho de uma mãe alentejana, há-de saber, garante-lhe a mãe. Mas mistério maior, é mesmo, ser o Zé Povão, que vem do longe e vai para o muito longe com jornadas de si, em jornadas de si.

 Mas também das muitas outras jornadas dos outros se compõe a vida dos pobres que por pouco caminham, por pão e por vida digna, tudo acontecendo ou não, em dias que passam, mas são iguais, como a lembrança cativa de sofreres recorda, e tudo,porque alguém "roubou o horizonte da manhã amanhecer", libela, o poeta

José-Augusto de Carvalho recorda que o seu povo do Alentejo nunca esquece Maio, Catarina e a mensagem - que é de pé que vislumbramos o futuro -e, assim, para sempre, há- de ser. (do seu poema-Para Sempre). 

Há luta e lutas,mas a terra é sagrada e a mulher e o homem são mulheres e homens, e, nesta sua condição humana, também gostam dos prazeres simples, da sopa e de outros. Nem tudo são lutas, muitas coisas são simples viveres. Eis a mulher e o homem,alentejanos e portugueses, cósmicos, verdadeiros que também, de um modo raiado de luminosidade, nos são apresentados, praticando os actos mais fugazes da vida, embora, fundadores e matriciais da nossa espécie  na assombrosa encenação da vida, ou no pleno acontecer dela própria? Quem o saberá?

Neste poema épico se há sombra, se há lua sombria, sol escondido,mentira que rouba a tranquilidade e, por vezes, a esperança, no fundo deste povo e desta gente alentejana, o alvorecer, mesmo em dia escuro, alvorecerá. E a vida vence: vence num maltês que o guarda fiscal não apanha.

Nada nem ninguém tirará do seu chão o alentejano, ou lhe calará o cante.Eis o alentejano de sempre, como a história o descreve e, eu, um outrem, de uma outra terra longínqua, o conheci e reconheço.

Também, por justiça e honradez,José-Augusto de Carvalho, não esquece outros que palmilham os caminhos deste Alentejo. Saúda  Manuel da Fonseca que palmilhou  caminhos que só ele conhecia. E outros, também, são lembrados e honrados, e todos constituem a sua gente, o seu povo.

O poeta também vê a dimensão azul, onde, escorre o sangue das mãos laboriosas. Só o poeta o  podia ver ,e vê os que partem. Vão e vêm,até quando? E esta pergunta volta, em 2014, a doer, quando se vê o Alentejo sem as gentes que amam o chão e os trigais. Até quando será assim? A Pátria, a Mátria,tem sido madrasta.  Todavia, o poeta alentejano, o simplesmente homem da terra Transtagana, que a canta,imortaliza, o José-Augusto de Carvalho, declara,assume, que até quando o sopro da vida o animar, aqui - no seu Alentejo- estará presente, atento e subversivo. Subversivo, numa palavra Homem-cidadão de direitos e deveres, de sangue e espírito.

Eis o retrato, sem retoques, deste alentejano que conhecemos e estimamos, e que conheço das trincheiras, na linha certa e precisa, do blogue liberdade e cidadania. E, aqui, por toda esta obra épica de dimensão humana,louva-se o Povão do Alentejo, da Pátria e do  Mundo. Do autor, o seu auto-retrato confirma uma identidade e um compromisso à sua gente alentejana, ao seu povo, à nação portuguesa.

Digo-te, se, assim, me é permitido,José-Augusto de Carvalho, nós todos somos tu e tu és um tudo, em nós, e, assim, havemos de descobrir no fim de umas estradas outras estradas, como dizes nos teus poemas, até chegarmos à liberdade, à paz, à fraternidade, à justiça social.

Caro José-Augusto de Carvalho, até sempre!


Andrade da Silva, também como José-Augusto de Carvalho, sou gente da minha gente, a madeirense, e do meu povo nação - o português- cultivador de Abril.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

MOITA FLORES ACUSA DE BRONCOS, ESTÚPIDOS, IGNORANTES, QUEM?



O muito ilustre  professor catedrático Moita Flores, refere-se assim, no Correio da Manhã  de 5 de Outubro, aos "monstros" que dizem que aqueles funcionários de Salazar,denominados   Presidentes da República não o foram e, de facto ,não o foram a nenhum  título,como procurarei demonstrar ,sem paixão ou qb desta, mas com a razão e o ideal republicanos

Se o professor  fosse mais diligente e inteligente,logo veria que  nem a tal constituição de 1933 define Portugal como uma república, mas sim, como um estado independente .Na  de 1976.  o estado Português é definido como uma República. 

A República Portuguesa foi implantada pelos republicanos portugueses com um dado ideário: um governo do povo,para o povo e com o povo: ESTA É A REPÚBLICA PORTUGUESA ,de acordo com os seus fundadores, que vão ser  perseguidos  pelo Salazarismo/fascismo, que não respeita a matriz politica ideológica republicana portuguesa, muito alimentada na Revolução Francesa.Logo a legitimação da  1º República denuncia que  o golpe do 28 Maio pouco ou nada terá a ver com o ideal republicano.

Também não são Presidentes da República, porque mesmo à luz da Constituição de 1933,teriam de SER ELEITOS PELA NAÇÃO, e não o foram, são usurpadores. A Nação é:
"do latim natio, de natus (nascido), é uma comunidade estável,historicamente constituída por vontade própria de um agregado de indivíduos, com base num território, numa língua, e com aspiraçõesmateriais e espirituais comuns." só a definição de cidadão do artigo 4º da actual Constituição cumpre este desidrato, logo, sendo o chefe do Estado Novo/fascista, nomeado por Salazar, como todos sabem, e referendado por parte do povo, em eleições fraudulentas, aqueles "grandes funcionários" do fascismo nunca poderiam ter sido Presidentes da República, evidencia total, mas sim "grandes funcionários" do salazarismo/fascismo para desempenharem a função de Chefes do  Estado Novo/fascista,e. nesta dimensão histórica,social e politica, existiram, ou seja,como  "grandes funcionários" do fascismo, nomeados por Salazar, para apoiarem Salazar e o perpetuarem no poder, contra a Nação, logo a República, e tinham de  o fazer de um modo submisso e  acrítico. Logo que criticavam era um vento que lhes dava, como aconteceu com Craveiro Lopes. Um diferente,dos demais "Grandes funcionários" de Salazar.

E ainda pela  matriz ideológica e politica, se a lógica não é uma batata, então, como entender que os Republicanos, com raiz histórica, consubstanciada numa longa prática,levassem   cacetada,quando queriam comemorar a república, isto é,  os Republicanos-os fundadores da República  -foram perseguidos, os monárquicos protegidos,e até vieram em socorro de Salazar , aquando do golpe de Botelho Moniz, por outro lado, também o salazarismo   ilegalizou centros republicanos,incluindo  a maçonaria, uma organização republicana,então, sem mácula etc,logo....

E, como entender ainda que, alguma vez, esses concidadãos  possam ter sido Presidentes da República com a capacidade de demitirem Salazar, se Américo Tomás recebe os conspiradores do Golpe Botelho Moniz,que a ele se dirigem com Craveiro Lopes,e a única coisa que esse suposto Presidente da República é capaz de fazer, é comunicar ao caudilho civil do dito estado novo-Salazar-a trama, para que seja Salazar a abortar o golpe, demitindo de Ministro do Exército Botelho Moniz, que bem mereceu, por ser  lento e cometer disparates de recruta,logo....

Ainda o ilustre professor faz um apelo a uma plêiade de historiadores livres, cultos,corajosos para se lançarem na produção de uma história Nacional, não de escribas e prostituída, também faço esse apelo, há anos, na esperança que Moita flores não se inclua, ou seja incluído nesse grupo, e que, sobretudo, ele e outros tais não façam  a história apócrifa  do  25 de Abril,como, por certo, aconteceria consigo,que  quando,por exemplo,  diz  que ninguém poderá falar do 25 de Abril sem falar de Mário Soares, Melo Antunes,Spinola, Cunhal e Otelo,(e quanto se tinha de falar destes e de que modos?) Moita Flores esquece-se de Vasco Gonçalves, com uma importância a anos Luz de Otelo no PREC,em que Otelo, para além de ir dormir nos momentos cruciais: 11 Março e 25 Novembro 75, muito pouco terá feito, but... coisas...

Obviamente, que seria um crime,uma estupidez  apagar a história,mas é um imperativo categórico (será que Moita Flores sabe o que é) denominar cada período da história com os seus significados e significantes adequados, para evitar a corrupção do regime republicano, e respeitar os heróis e os mártires que são cidadãos épicos, que se libertaram da lei da morte, e nada têm a ver com estes burocratas de sempre.

 Louvo-me no comportamento épico de Machado Santos e dos republicanos que o acompanharam,na Rotunda,por sinal, mais da Carbonária;  em Salgueiro Maia e no Povo de Abril, no meu caso, no dia 25 de Abril 74,sobretudo, no do Pragal/Almada que nos alimentou entre 25 e 27 de Abril e no do Pragal a Vendas Novas que nos vitoriou,e, depois, em todo o povo-povo.

A petulância do sr.DOUTOR MOITA Flores é  simplesmente pó da história, preguiça intelectual, um  défice  elevado  em inteligência   fluída, pensamento inovador e multi-dimensional  e baixa interacção sináptica,  ou outras coisas...enfim... passará....

 Apesar da luta desigual , para que conste aqui deixo testemunho que os vampiros e os coiotes apagarão,mas fica de pé o Argumento que é  luta e  é do cidadão e não de nenhum  partido.

Concidadãos!

andrade da silva