PARA ACORDAR PAQUIDERMES, PESADÕES, E BUROCRATAS COM AUTOFAGIA CEREBRAL.
" com toda a amizade pelos heróicos e estóicos cidadãos que visionaram o Futuro, e para ele partiram, por vezes, perdendo a vida, mas deixando esse Futuro,sonhado, como herança"
Os paquidermes são lentos e são sempre surpreendidos pelos cavalos e zebras, que os paquidermes põem à fome, para alimentarem as suas panças.
Porém a revolta das zebras e cavalos, porque é justa, inteligente e rápida vence os paquidermes, que têm de ir viver de novo para lama,ou então, para o inferno.
Do mesmo modo, todos os burocratas e merceeiros eleitorais do Mundo: do Brasil a Portugal, ficam surpreendidos, quando os pobres que enganaram com tretas: sopa dos pobres, o banco da fome da outra, plantação de árvores e outros jogos florais, se revoltam.
São surpreendidos, porque não percebem que a revolta está instalada no mais intimo dos portugueses que simplesmente esperam o toque a clarim (é mesmo deste toque) para marcharem com um objectivo muito claro, rude, nada filosófico e longe das grandes frases indecifráveis da piolheira nacional, ou seja: Marchar para prender a todos, e, este todos, significa todos os que nos roubam.
Gente,e mais gente, rios de gentes só querem saber quando todos estes políticos que nos fizeram tanto mal vão cair, serem julgados e presos,e este, é o máximo denominador comum entre os portugueses, quando os clarins da revolta,ou revolução soarem.
Trovões que podem soar por um erro de cálculo das Forças policiais, ou do "establishment" que o governo entende que é o que existe, ou seja, as manifestações da rua são dirigidas dentro das bitolas certas e calmas pelo PCP e a InterSindical, e, ou por grupos controlados pelas juventudes dos partidos com assento na Assembleia da República PS, PCP e BE, logo com um risco muito calculado e baixos danos, são as low- manifestações, ou em linguagem estritamente militar são acções de muito baixa intensidade quanto ao risco calculado e esperado,isto é, de menos risco e intensidade que as manifestações das claques de futebol, que se mantêm fechadas e prisioneiras das questões clubisticas, inté?...
Esta cartografia é aceite por todos, e permite ganhos distribuídos a vários níveis, todavia tem a nível geral o efeito de algum travão ao regresso rápido e duro aos 40 anos de fascismo, recauchutado.
Neste sentido aponta a observação obliqua,como sempre, de José Seguro ( outro desatento) quanto aos 2 anos de governo desta coligação que parecem,segundo ele, 2 séculos, todavia é uma observação inadequada, estes tempos são mais próximos dos 40 anos de fascismo, em que o que mudou,e não é pouco,é mesmo muito importante but..., foram:o cassetete, a pide e a censura, tudo isto foi substituído pelo garrote financeiro que leva à miséria, depressão e suicídio, mas também à revolta, ou à consciência politica e cívica para correr com toda esta gente,como pretende o projecto VAH, a que pertenço e, aqui, voltamos ao duro ponto.
A cartografia da critica,acima referida, está certa em relação a 5 milhões de Portugueses que se agregam, ora mais, ora menos, em torno dos partidos,e lá vão acreditando no mal menor, mas a revolta está mais latente na outra metade e nos jovens, e se explodir não vai ser bom de se ver,e quem poderá agarrar o poder será um qualquer ditador, ou a Força Armada, coisa diferente das Forças Armadas, podendo ou não incluir estas ou parte destas, mas sempre com perda total da sua autonomia e com o espezinhamento do juramento constitucional
Naturalmente que isto tudo está adiado, e a/as revoltas se mantém em combustão lenta até a lenga-lenga dos jogos florais, sobretudo, dos partidos com grande audiência na servil comunicação social darem boa música aos ouvidos das gentes; os jovens forem conseguindo manter um certo nível de consumo, alguns por artes e modos milagrosos ou de outras artes para-normais e os incêndios não puserem toda a Grécia a arder: O incêndio da Grécia ou será libertador, ou quase- mortal para os povos do Sul, particularmente, para Portugal.
Mas enquanto os paquidermes continuam a ruminar, o que fazem os burocratas?
Contam os carros de água e as balas não sei de quanto, para se os clarins tocarem, vomitarem metralha sobre os descontentes que os surpreendem, mas como?
Se todos os conhecem, e sabem que a solução está no desenvolvimento e não na repressão, nem no esbulho completo dos pobres e do que cheire a classe média baixa e média-media, isto é, gente que levava para casa entre mil e três mil euros, os grandes ricos, sujeitos a um processo de empobrecimento forçado, para ficarem ao nível da Eslovénia, enquanto os outros, os mais pobres, são exterminados pela exclusão social, e, tudo isto é feito, sobretudo, apesar dos erros portugueses, em beneficio dos grandes interesses económicos nacionais e mundiais que induziram apoiaram e louvaram aqueles erros, são os culpado e, afinal enriquecem.
Mas um dia isto terá mesmo de mudar a sério, quando a sabedoria, a honestidade, a justiça e o amor a Portugal, aos portugueses e à liberdade chegarem ao poder, e a ESCOLHA É MUITO, MUITO estreita e exígua. Há pouca gente, muita pouca gente , grande gente em Portugal.
E um dos sinais de que isto será difícil de mudar está, por exemplo, no pequeno facto que este texto e outros deste tipo, poucos lerão e, alguns destes já sabem tudo, para eles está escrito algures o futuro- mas não está, o que se conhece é o passado e o presente, outros dirão : coitado, poucos, muito poucos se moverão no sentido do Futuro, mas a todos o futuro ainda nos vai colher no horizonte de 10, a 15 anos, isto é, cá estaremos ainda para ver: Sofrer ou Libertar-se.... coisas....
andrade da silva
PS: (20h 44)
No Brasil o Palácio acordou, finalmente. Rompido o establishment vem o inicio da solução nas sociedades minimamente democráticas.