quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A GRANDE CONSTRUÇÃO DA POCILGA LUSA.




Os arquitectos de uma nova noite escura, nas penumbras que o longínquo 25 de Novembro 75, no respeito pelos interesses da América de Kissinger, da Alemanha e da Espanha Franquista, abriu, encontraram a equação quase perfeita para um regresso a um dado tipo de totalitarismo pós moderno que à semelhança de outros, seria referendado em eleições formalmente democráticas.

Entre nós, porque somos, quem somos, esta equação também tem uma expressão pobre, pantanosa e quase miserabilista, mas para os portugueses ela contem um grau máximo de destruição, na senda das perspectivas que o acto libertador do 25 de Abril afirmou.

Ei-la:

BPN (nacionalização dos prejuízos em nome doa trabalhadores, privatização dos lucros em beneficio dos banqueiros e indemnizações por terem levado dolosamente os bancos à falência) + BCP+ UNIVERDIDADE MODERNA E INDEPENDENTE + FUTEBÓIS+ CONSTRUÇÃO CIVIL E CÂMARAS + PARLAMENTO DA MADEIRA + NEGÓCIOS INVISÍVEIS + VENCIMENTOS ESCANDALOSOS DOS GESTORES + ABSOLVIÇÃO DE GENTE PODEROSA QUE ANDOU A SER JULGADA DURANTE ANOS E ANOS, PORQUE AFINAL SE ABOTOOU SOMENTE COM 177,€ ( Não estão a gozar connosco?) + TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS + BUROCRACIA + PROPAGANDA POLÍTICA + TRABALHO SEM DIREITOS + PARAÍSOS FISCAIS + MENTIRAS + PSEUDO NACIONALIZAÇÕES + PARTIDOS SILENCIADOS = PORTUGAL NO SEU MELHOR=VERGONHA, IGNOMÍNIA, IMORALIDADE.

Estamos atacados da peste suína. Os vírus das pocilgas matam-nos. Ou resolvemos este pântano que se deteriora, e vai a caminho da construção da maior pocilga lusitana, ou a democracia cairá sem honra.

Mas de tudo o que acontece, nomeadamente na Madeira, onde, vigora um regime semi-democrático, referendado em eleições, a putativa classe política e jornalística de Portugal só teve olhos, mãos e ouvidos para condenarem um deputado Madeirense que chamou a alguns dos seus colegas o que muitos pensam que eles são. Portugal tem muitos Salazaristas da tendência Rolão Preto e nazis, a quem vergonhosamente o Portugal livre cumprimenta e dá honrarias e prebendas.

Todavia quanto a um vasto leque de crimes, de que se fala e investiga com inspectores da judiciária, magistrados do Ministério Público, Juízes de Instrução e tudo fica sem punição, ou porque os crimes prescreveram, ou por insuficiência de prova, o que acontece quase sempre nos casos em que os advogados, com passe para as TV, são os defensores, pouco ou nada se diz.

Mas quanto à impunidade dos grandes, porque não confia o Estado a acusação àqueles advogados, e dispensa os magistrados do ministério público que nunca conseguem provar que os poderosos cometeram crimes graves, mas contrariamente fazem sempre irrefutável prova dos crimes dos larápios menores?

Parece que vivemos num Universo de cobardes em que todos nas tabernas, em casa, nos lugares protegidos, debaixo das latadas, à meia noite no pinheiral, e quando não há lua dizem tudo, e do pior que há, desta gente e propõem medidas extremas, mas nunca dão a cara onde há risco, e curvam a cerviz perante tão nojentos pig’s. Eles têm dinheiro, muito dinheiro, dinheiro nosso, mas são somente e sempre pig´s.

Tudo isto é um vómito. O País está a ficar uma náusea, nauseabunda. Levantemo-nos oh moribundos, antes que os ares fétidos da putrefacção da moral, da dignidade e da honra nos destruam!

Perante tanta vergonha não entendo porque, os heróicos avós desta merdice, os beneméritos do 25 de Novembro, não vêm, seguindo o exemplo do impotente deputado regional da Madeira, nus para as Ruas gritarem BASTA.

“As TV estariam lá, seriam outra vez falados, e, agora, por boas razões, e tudo poderia mudar, o Sr. Presidente a República interviria, o governo levaria em boa conta, o Povo veria os corpos desnudados de quem se fala. Fazia-se mais uma página de história à século XXI, com a marca de àgua de made in USA”.

BASTA DE TANTO PÂNTANO E POCILGA!

andrade da silva 2008-11-10

2 comentários:

José-Augusto de Carvalho disse...

Boa noite, meu prezado Andrade da Silva!
Aqui, no meu Alentejo, nos idos anos da minha adolescência, ouvi um camponês analfabeto «sentenciar»:
«Quando no mundo houver só dois homens, um será contrabandista e o outro guarda-fiscal.»
Esta sentença, como verifica, carrega o pesado fardo da descrença na fraternidade humana.
Entendo e subscrevo o seu desencanto. À Primavera de Abril sucedeu o outonal Novembro. A História é fértil em situações deste tipo. E em todas elas, ao que suponho saber, não houve determinismos, mas, apenas, a fatalidade de os homens serem o que são e não o que gostaríamos que fossem. Daí me parecer legítimo concluir que um Tempo diferente exige um Homem diferente ou, se preferir, só um Homem diferente saberá construir um Tempo diferente.
Grande e fraterno abraço.
José-Augusto

andrade da silva disse...

Caro José Augusto

O Homem e as suas circunstâncias formam uma unidade que se influenciam mutuamente de um modo indestrutível e historiacamente a mudança significativa do homem num espaço inferior a décadas ou mesmo séculos é quase impensável,, portanto parece que o caminho mais modesto mas pluisível é fazerem, os que sentem essa necessidade, algo para alterar as circunstancias politicas, sociais e culturais para que deigual modo os comportamentos se alterem.

Apesar deste caminho ser o mais viável é um caminho estreito e também muito difícil,porque de um modo quase universal e quase ao longo de toda a história da humanida quem dominou e domina o poder são exactamente os que estão interessados na manutenção e mesmo no mais selvático desenvolvimento de todos os defeitos e vicissitudes da natureza humana, portanto o futuro para alguns será sempre de nuita dor e luta quer porque querem um mundo melhor, ou sofrem as consequêmcias deste atroz egoismo.

Bom fim-de samena
abraço
asilva