segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


UM VIVA ÀS EMOÇÕES E À ACÇÃO. VIVAM!

“ O Nelson foi a circunstância elicitadora, mas a mensagem é Universal, e também se dirige ao seu fazedor….”


Vivam as emoções. Viva a acção,
Mas também há coração,
o tal aparelho, que faz circular o sangue.



Vivam as emoções. Viva a acção,
Mas também há uma idade,
um ciclo de vida.
Também há a paz e a introspecção.



Vivam as emoções. Viva a acção.
Mas também há o cérebro,
forte e hiperactivo,
que quiçá precisa
de um canto silencioso,
para se reclinar,
senão pode perder o norte !?...



Vivam as emoções. Viva a acção,
ontem, hoje, amanhã,
e, então, para quando o
"after day" para a reflexão,
a análise, a avaliação?



O tempo corre, corre e corre,
num só sentido, nunca passa duas vezes pelo mesmo eu,
e depois, depressa, muito depressa,
chega a noite, o fim, o "tá" tudo acabado.



Fechou-se um capítulo,
terminou uma vida
que não teve tempo para parar,
e olhar-se ao espelho do seu self.



Foi um vento que nunca chegou ao seu destino.
Errante, cumpriu-se.
Não como quinto, nem noutro qualquer império,
porque o vento passa,
mas não ocupa nenhum território, e sem este e armas
não há impérios.

TALVEZ!?...

Abraço


asilva 4 Dezembro 08
PS: Bom feriado, há muito para dizer, amanhã falaremos. Bom feriado.

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente :
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume :

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão [2]

Marília Gonçalves disse...

Sou negra hindu pele vermelha
árabe, persa asiática
morena, branca, amarela,
sou incolor, aquática...
Sou rude como montanha
sou macia como arminho
tomo qualquer forma estranha
de cada irmão que adivinho
Sou feita de ar e de sol
de luz, de sangue de vento,
tenho a voz dum rouxinol
a soltar-me o pensamento.
Sou mistura conseguida
do humano universal
fecundo fruto da vida
porque a vida é natural.


no dia em que todos sentirmos que o mesmo sangue nos vivifica, nautas do mesmo mundo, nem crenças nem credos, nem cores, terão, o negativo poder que têm tido através dos tempos
para a compreensão de que enfim seremos fratenos, e iguais até à diferença e ao direito de ser diferente
pelo fim de toda a ignorância e hipocrisia, meu grito de VIVA A AMIZADE ENTRE OS POVOS
VIVA A PAZ e a FRATERNIDADE

Marilia Gonçalves