quarta-feira, 14 de abril de 2010

Liberdade, blog's e comentários...



A blogosfera foi um dos instrumentos que mais se popularizou entre nós nos últimos anos.


É fácil escrever, comentar, criar uma página, etc.
Permite a quem o desejar manter um anonimato, tão caro à maioria dos portugueses, que sempre foram lestos e ágeis de língua, desde que possam ficar resguardados de responsabilidade ou de exposição.
Permite ainda, sem se conhecer o dialogante, a sua história ou o seu percurso de vida, ser alvo de invectivas, frases abusivas ou acusações e calúnias, a mais das vezes falsas, despidas de fundamento ou fruto de ignorância e maledicência.

Ora, neste nosso “Liberdade e Cidadania”, sempre nos pautamos por uma ampla liberdade de expressão, sem censura nem moderação, deixando que tão somente a vontade, a cultura, a delicadeza e a sensibilidade dos leitores e comentadores seja árbitro da sua vontade e expressão.

Felizmente, nos quase dois anos de existência, só nos confrontámos com dois casos a carecer de moderação e mesmo assim, sem a gravidade que já observámos noutros blog’s. Embora o número de leitores, seguidores e comentadores cresça a bom ritmo, temos a felicidade de ser acompanhados por pessoas com formação, carácter e sensibilidade.

É evidente que o contraditório, o sarcástico e até um pouco agressivo, são saudáveis. As pessoas devem sentir e exprimir as suas emoções. Para isso se fez num determinado ano do século passado, o 25 de Abril, com o sacrifício e o arrojo de uns quantos, para melhoria do estado geral da Nação e do seu Povo. Saber honrá-los e dignificá-los, tendo sempre a responsabilidade de criticar construtivamente, ou, discordar de ideias e formas, mas de modo coerente e cortês, é imperativo da Liberdade conseguida naquele dia, por sua acção e um acto digno de Cidadania.

Ultrapassar essas barreiras. Abandonar princípios de educação e exigência cívica, usar termos e linguagem menos abonatória, para além de ofender o visado minora quem os utiliza e dá péssima imagem pública.

Esperamos, desejamos e estimulamos a participação, crítica, correcção ou sarcasmo de todos, o que nos engrandecerá e ensinará, mas exigimos e com o nosso exemplo impomos uma lhaneza e respeito de todos por todos.

Vamos pois em frente, por um Portugal melhor, mais digno e mais humano, como alguns Homens de Abril sonharam e muitos Portugueses sofreram para ser conseguido.

O Abraço Amigo e colaboração, sempre, do

Jerónimo Sardinha

6 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Caro Amigo, Companheiro de Abril e a si o merecido doutor porque é médico

Por enquanto nada posso avançar no que toca a minha saúde, sei que entrei no hospital, não faço ideia quando saio, exames mais complexos são para fins de Maio, mas entretanto espero não ficar aqui a secar, embora tenha uma vista incrível da minha janela, em cheio sobre as torres e o telhado da Notre Dame, mesmo o hospital é um edifício digno de ser museu, mas que é um excelente hospital e bom é que o continue a ser!
A dois passos do Quartier Latin, das suas magnificas livrarias que sábado passado maravilharam a minha neta de dez anos, que veio de lá carregada de livros os olhos em fogo a dizer que nunca tinha visto nada tão maravilhoso, mas se a minha memória me não atraiçoa veio da Opera a dizer qualquer coisa de muito parecido, a Katia é bailarina e todas as formas de arte e tudo o que representa a descoberta a fascina, ora paredes cheias de livros, paredes de tantas vidas contadas, vividas ou imaginadas.
E com estas coisas vou tentando suportar estas fiéis companheiras que me vão mordendo a gosto, se deixo um dia de ter dores agudas, vai a vida parecer-me um sonho
Mas quando houver resultados concretos, para além do que já sabemos, eu direi!
grande abraço e vamo-nos preparando para Abril

Marília Gonçalves

Jerónimo Sardinha disse...

Minha Cara Marília,

Grato pelas suas palavras amigas.

Peço-lhe que esqueça o "dr". Neste espaço e nesta vida, somos, ou deveríamos ser, todos companheiros de jornada e de luta por melhores dias. Para todos. Universalmente.
O ser humano só terá dignidade quando reconhecer a igualdade física, moral, e cívica entre si.
Novos, velhos, ricos, pobres, cultos, "broncos". Somos todos feitos da mesma matéria, surgimos do mesmo acto e finamo-nos na mesma insatisfação existêncial.
Esta é verdade crua.

Quanto ao seu problema de saúde, façamos votos para que passe breve e se recomponha.
Aproveite, como tão bem descreve, as magníficas vistas, de que tenho alguma saudade.
Precisamos de si recomposta e a todo o "gás".

Melhoras e beijo Amigo, do,

Jerónimo Sardinha

Marília Gonçalves disse...

Querido Amigo

Ao lê-lo veio-me à memória ( nós temos este tipo de memória analógica)
uma tarde em que mais triste que de hábito, com imperiosa necessidade de falar com alguém,e vivendo no campo e sem amigos nessa altura pelas redondezas) entrei em contacto via Internet, com um serviço de psis no Canadá, desabafei com eles o que estava a afligir-me, foram de uma simpatia e de uma generosidade que só por si cura qualquer mágoa, encontrei em si, meu amigo, o mesmo tipo de escuta fraterna,pois eles do Canadá, de tão longe aconselharam-me a procurar o mais perto possível um psi de vocação humanista! Sempre pensei que qualquer psi pela força das circunstâncias seria um Humanista,e é sempre que o leio meu amigo,a palavra com que melhor o qualifico: Humanista!
abraço fraterno
Marília

andrade da silva disse...

Cara Marilia

Todo o ser humano só deveria ser um humanista,um ecologista, um apaixonada pelo cosmos,pelos seres humanos, animais e por toda a terra,esta deveria ser a regra e corresponderia à definição de estado de boa saúde fisica e psicologica, mas infelizmente considera-se que este estado natural é tão excepcional que nos leva a valorizar uma profissão entre muitas outras, como a de psicologo, onde é fundamental ser humanista para outros e para si próprio, isto é, também saber aplicar a si os balsamos contra a dor que aconselha aos outros, o que o humaniza ainda mais.

As melhoras.

um abraço

asilva

PS: Felizmente este blogue é um espaço de liberdade,onde, não há nenhuma questão de restrição à liberdade, nem de abuso de liberdade, mas quando houver abusos, em nome da liberdade estes devem ser combatidos sem tibiezas que é o que faz falta na sociedade portuguesa, levando a confundir-se liberdade com deboche e falta de considreção e respeito pelos outros, comportamento tipico dos regimes totalitários fascistas.

Marília Gonçalves disse...

ola Capitão! Viva Companheiro

estranhei-le o silêncio dos últimos dias, mas com o DIA que se aproxima, pensei: contingências de Abril!
Meu Caro Amigo também você como psi tem tido uma paciência do tamanho do universo, para me ir ajudando como psi que é a atravessar estes maus momentos que tenho vivido.
O nosso bom amigo Jerónimo Sardinha e o Andrade da Silva têm sido verdadeiros irmãos que tudo escutam, no que muito me têm ajudado.
Pois tudo isso é verdade, mas nao é menos verdade que nestes dias em que ando levada de um serviço para o outro nos mais diversos exames, chego,à conclusão da enorme sorte que tenho, apesar de tudo. é que nos hospitais vê-se tanta coisa, ouve-se tanta coisa que seja qual for o nosso próprio problema, acabamos por achá-lo insignificante diante do que se nos depara. Muito sofrimento hà por esse mundo! E Hoje que assisti a um caso dramático no meu próprio quarto, em cama frente à minha, não posso deixar de elevar a minha voz, num testemunho e em gratidão para com as enfermeiras que se revelam de uma capacidade humana e profissional a toda a prova! Eu face à tragédia que se me deparava com uma jovem de trinta anos, evidentemente que o vivi como ser humano que sou, desfeita em aflição e impotência total, mas vi as enfermeiras que activando-se num ritmo indescritível, estavam tão desfeitas como eu. Quando o caso foi resolvido da única forma possível só as ouvia balbuciar, que dias destes se não repitam muito. Apesar de lidar com o sofrimento humano todos os dias, mesmo profissionais de saúde experientes e com grande prática não se habituam ao sofrimento, nem à morte
Fica aqui pois o meu louvor a uma profissão tantas vezes pouco reconhecida e tão mal remunerada, mesmo aqui.
o meu abraço fraterno para todos os amigos e leitores do blogue
abraço para si Capitão! e para o Companheiro Jerónimo Sardinha
Marília

andrade da silva disse...

O post vida diz dos palpos de aranha viúva que nesta abril me estrangulam, mas tenho compromissos que vou procurar cumprir do alentejo a guimarães, mas.... tudo está muito, muito complicado... a vida....

asilva