Todos conhecem o que tem sido a governação do País pelos governos PS, PSD e CDS, com destruição desde 1979 de toda a agricultura e pescas, e pouco inovação na indústria, quer ao nível da de ponta, quer nas mais atrasadas, mas sobretudo estes partidos destruíram a agricultura e as pescas. Mas agora não falam de outra coisa. Mas onde estiveram até hoje e a fazer, o quê?
Todos conhecem que estes governos atacaram forte e feio os salários dos vencimentos dos funcionários públicos e as pensões.
Todos conhecem que estes governos subiram os impostos que afectam todos, e esquecem a evasão fiscal, a economia subterrânea e os grandes lucros.
Todos conhecem que com estes partidos são várias as suspeitas de corrupção, nos negócios públicos, desde as juntas de freguesia à governação, e nesta cadeia se aliam autarcas e coordenadores partidários.
Todos deviam saber que o Partido Socialista ao tornar o Sr. Eng. Sócrates como um 1º Ministro indispensável a Portugal, estão, infelizmente, a sancionarem uma política neoliberal com preocupações sociais. Mas deveriam sim, lutar no interior do partido para que este retomasse o seu caminho de esquerda, que não quer dizer colectivização, nacionalização do País, como muito bem sabem os socialistas de esquerda que não assumem as suas responsabilidades.
Uma política de esquerda seria neste momento fazer-se uma análise à responsabilidade dos ricos portugueses, empresários e banqueiros na nossa crise que emergiu na crise financeira mundial, mas aquela e a nossa têm por base a economia real, que no nosso caso se descreve em poucas palavras: economia estagnada pela destruição consciente e de acordo com planos de destruição de Portugal da União europeia, da nossa agricultura e pescas; falta de um plano estratégico para a industrialização do país, da educação e da investigação, pese embora muitas medidas e programas positivos do Governo PS; completa ausência de combate à corrupção, à fuga aos impostos das grandes fortunas ou rendimentos e à economia subterrânea; uma politica fiscal iníqua; e um endividamento externo monstruoso, sobretudo, ao nível privado.
Sem esta análise, não se responsabilizam os verdadeiros culpados, e as dívidas e as loucuras de um consumismo compulsivo e de uma corrupção, que é uma hidra com tantas cabeças, será paga através de impostos, quebra de vencimentos e pensões, dos que já pouco ganham.
Poderia parecer que o regresso ao PS de figuras tidas como de esquerda poderiam alterar algo, desgraçadamente assim não foi, e, pelo contrário, vieram avalizar e reforçar essas politicas.
Todavia, não se entende, porque o fazem, e parece bem que aos factores do interesse geral do país e mesmo de identificação com a filosofia e práticas socialistas, sobrepuseram-se interesses particulares, o que, é trágico.
Assim,não se percebe o que acontece neste país, se todos conhecem isto, como podem os portugueses votarem PS, PSD e CDS, e como podem os socialistas do PS se demitirem permitindo que o Governo do seu partido, embora com algumas nuances siga o PSD e o CDS?
E, como podem todos, PS e partidos de esquerda deixarem o CDS fazer um caminho de tanta bondade, cordialidade e democracia, quando o seu projecto esconde outras realidades, e não é também um partido impoluto. Porquê? O PS percebe-se, poderá ser o partido que lhe dê a maioria para governar, e os outros?
Portugal! País estranho, mas maravilhoso.
andrade da silva
2 comentários:
Portugal país estranho, mas pressinto que assim, ainda vamos ficar muito, muito, mais estranhos, ou não, quiçá sou um dos poucos estranhos que habita este jardim. Paciência....
asilva
Catarina
tentei enviar pelo blogue uma mensagem não consegui, tentei comentar no seu blogue, a mesma fatalidade, se passar por aqui diga algo.
abraço
asilva
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