As Quatro Estações- Vivaldi/ A Primavera |
DIA DE ANOS - JOÃO DE DEUS
Com que então caiu na asneiraDe fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!
Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado...
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo? Coitado!
Não faça tal: porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa: que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.
Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois se se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los queira ou não queira!
João de Deus
2 comentários:
Marilia
Obrigado
Se soubesse nunca tinha feito mais anos do que os 25, e teria ficado no 25 de Abril de 1974, ali especado, pois tinha ainda 25 anos, nessa data, mas não sabendo da sabedoria deste poema lá os fui fazendo, sofri desenganos e envelheci. Coisas...
abraço
joão
poema que dizia a partir dos seis anos, entre outros em dias de anos, este nunca falhava
e quanto a ficar nos seus 25 tem piada que eu era nos 24, em todo o caso antes dos trinta, o ultimo dia dos meus vinte e nove anos, já aqui estava, chorei todo o dia por sair da casa dos vinte. Garotices
abraço e um bom dia para si
e para a outra vez avise com antecedência o pessoal que vive em Portugal, dava uma boa jantarada de anos com o Capitão
Marília
Enviar um comentário