quarta-feira, 8 de junho de 2011

PORTUGAL VOTOU EM...? .... E A LUTA Dos GLADIADORES.pelo Capitao de Abril Andrade da Silva


PORTUGAL VOTOU EM...? .... E A LUTA Dos GLADIADORES.

Tudo à esquerda deveria ser revisto e pensado, sem análises revanchistas e pestilentas. Quem faz sempre o mesmo e obtém sempre os mesmos maus resultados sofre, segundo Einstein, de insanidade Mental.

Todavia, uma análise importante seria saber-se porque, desde 2005, o PS perdeu um milhão de eleitores, já tinha perdido 500 mil em 2009. Nesta altura parte deles foram para o BE, menos do que o BE esperava, como antes das eleições , em Setembro 2009, o disse, e sobre o BE já então disse tudo o que queria dizer. Porém e infelizmente o PS não fez a análise que devia ao cartão amarelo de 2009, e em 2011 perde mais 500 mil votos, perfazendo um milhão que não vão para a esquerda, mas para o PSD, ou para a abstenção. Isto, são dados objectivos, ponto.

Obviamente que o actual resultado eleitoral não foi um voto no que o PSD vai fazer. Pode o PSD ter o programa mais completo do mundo, mas não foi nisso que o país votou. O país votou na espuma eleitoralista, como vou adiante procurar provar.

O país votou, na minha opinião, sobretudo contra o Eng. Sócrates, esquecendo injustamente também, o que foi feito de muito bom, sobretudo na revolução tecnológica e na inovação cientifica, pela acção desse grande português e cientista o prof. Zorrinho. Portugal deve-lhe muito e nesta área ao governo do PS.

Seja como for os truques e a linguagem plástica do Eng. Sócrates cansaram tanto que o país já nem sequer o podia ver na Televisão, sentia-se a encenação. Tudo parecia teatro, e se reduzir a jogos florais, no que parece que
todo o PS, passou a acreditar, facto, incrível.

Quanto ao voto no programa muito elaborado e completo do PSD, não se votou nele que é um desconhecido, mas votou-se, sim, numa ficção criada pela Comunicação Social e pela mensagem que o PSD fez chegar aos eleitores, com o apoio de Fernando Nobre, em Lisboa. Mensagem que é mera espuma e também, como já disse, por Passos Coelho parecer mais sincero na sua relação inter-pessoal.

Mas o que dizem os desdobráveis do PSD distribuídos aos cidadãos ? Entre outras coisas o seguinte, conforme o documento que me foi posto na caixa do correio:
Sociedade civil mais forte e mais activa, introdução do voto preferencial ( o que é?);
Melhor justiça, sentenças simplificadas, apoio técnico e gestão profissional dos tribunais ( o que será?);
Combate á corrupção e à informalidade (pecados CAPITAIS da governação PS), controle da evasão fiscal;
Programa de crescimento económico, competitividade e emprego ( emprego como, quando, quantos, para quem, nem um dado;
Revitalização do mar, agricultura e industria, passar Portugal de país periférico a CENTRAL ( MY GOD!);
Empreendedorismo, capital de risco e criação da academia de empreendedorismo nacional ( o que será?);
Transparência, redução do Estado Paralelo: Revisão dos institutos;
Estado ao serviço do cidadão;
Dignificar os funcionários públicos, rever sistema de avaliação ( como disse, claramente dito, à Sra. Ministra da Educação e escrevo sobre isso desde 93, o sistema de avaliação público é um aborto cientifico, ponto.);
Rede nacional de solidariedade (o que será? também tenho defendido, este tema que já aparece na telenovela laços de sangue, muito importante );
Educação para todos, independente da sua capacidade financeira;
Sistema Nacional de saúde garantia da prestação de cuidados de saúde a todos, médico de família para todos, garantir a sustentabilidade económica e financeira do SNS.

Nos papéis distribuídos só isto, e não mais que isto consta, logo, é um bom programa. Nada se fala das duras medidas, e de como vão ser distribuídos os sacrifícios, além de nada estar quantificável, são intenções, mas muito importantes, e é, sobretudo, isto que deve ser discutido em conjunto por toda a esquerda sem o velhos sectarismos. O momento é o azado, porque naturalmente o PS também tem de fazer uma profunda análise às suas politicas económicas, da justiça, do emprego etc.

O resto é guerra de gladiadores que pouco interessará a Portugal e aos portugueses nos próximos anos. Ou se TOMA JUÍZO ou isto vai ficar muito preto. O tempo dos gladiadores passou, é tempo da INTELIGÊNCIA, DOS VALORES E DA CORAGEM, o resto, à esquerda, será favorecer ainda mais a direita.

E, obviamente, que seria uma acto bárbaro, sem que se tire as devidas ilações, reduzir a esquerda a 12% dos votantes, porque se for assim, então, qualquer transformação à esquerda exigirá um esforço e um trabalho que não está feito, e nem sequer pode-se considerar que estes 12% de votantes tenham todos uma igual perspectiva contra o sistema capitalista, muito destes eleitores são reformistas e protestam sobretudo contra a desregulação e a desumanidade do capitalismo especulativo, o que, também tem de ser objectivamente considerado pelo PCP e BE. A análise sociológica é de uma natureza diferente da ideológica.

Para além de tudo isto há quase 50% de portugueses que se abstêm, uns bons milhões por pura preguiça, mas outros, porque não concordam nada com estes políticos e politicas, e querem resolver a coisa na rua, onde, vão dando os primeiros passos. Este é um dos grandes ASSUNTOS PARA TRANSORMAR A SOCIEDADE a que uma certa direita e políticos oportunistas e retrógrados já estão a dar a mão, cercando o Movimento 12 de Março, para o domesticar. É nestes movimentos que está uma grande parte do que vai acontecer no Futuro, daí que seja necessário a gente que quer colaborar na construção do Futuro levantar âncoras dos portos de tão seguros que acabarão por perder o Futuro. É preciso avançar para o Futuro de frente e não de costas.

andrade da silva



PS: Junto a uma escola secundária, hoje, por onde passaram dezenas e dezenas de professores, que deviam ser m exemplo de civismo e solidariedade, uma bancada de uma associação conhecida e reconhecida socialmente pelo seu trabalho de apoio a crianças com leucemia, fez 50 €, considerando que cada benemérito levava em troca um objecto no valor de 2€, já se pode ver a grande generosidade desta suposta elite. Os pobres e com menos títulos que os professores sempre são bem mais generosos nos supermercados.

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