NÃO FORAM OS CRAVOS QUE MATARAM ABRIL.
Contrariamente, ao que bastantes repetem, quase
até à exaustão, o mal da Primavera de
Abril não esteve nos cravos do dia 25, esteve, sim, nos cravas e
crápulas de todas as espécies e feitios: politica, ideológica, e oportunistas e de vermes dos dias seguintes,
que continuam o seu percurso até hoje, intocáveis e bajulados, por muitos cidadãos que prezam e cultivam, de um modo militante, a sua ignorância, e, por
muitos outros, que prezam o seu snobismo e arrogância, isto é, como diz Eduardo
Lourenço a História é Crueldade sistemática, e, frequentemente,
tragédia. Na crueldade vivemos, para a tragédia caminhamos.
Caminhamos para um inglório pantanal por um grave défice
de moralidade, coragem e liberdade
Não me peçam para agradar que, em vez de ladrar, grunhe. Desconheço o código genético dos porcos, de porco só gosto do porco animal, quando desfeito em febras e bifanas.
andrade da silva
foto: Fernando Barbosa
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