sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Hora da Liberdade (Completo)



«A Hora da Liberdade» é uma ficção documental emitida pela SIC em 1999 que retrata os diversos acontecimentos que pautaram o golpe militar de 25 de Abril de 1974, responsável pela restauração da Democracia em Portugal. É da autoria de Emídio Rangel, Rodrigo Sousa e Castro e Joana Pontes que assegurou, igualmente, a realização.

11 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Acabei de ver o filme A HORA da LIBERDADE
magníficos militares, jovens e menos jovens, de tanta coragem, honra, sentido da responsabilidade do acto empreendido e o respeito sem fim pela vida e pela dignidade do Povo de Portugal,e pela Imagem de Portugal, perante si e perante o Mundo!
Deploro vividamente e do mais profundo de mim, que o fascismo, os governantes fascistas e seus esbirros, não tenham sido condignamente julgados, por crime contra a Humanidade, tanto no que toca os filhos de Portugal, como os filhos das eis colónias. Tal como os nazis foram julgados, os fascistas portugueses deveriam pelos actos bárbaros que cometeram, tortura, assassinatos, prisões, destruição de futuro, ter sido julgados em consequência.
Além do mais é uma dívida para com a História.

Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Marilia

Também lamento a falta do julgamento correcto e rigoroso do regime anterior, e, isto, disse de viva voz ao General Carlos Fabião e nas assembleias de delegados do MFA,mas hoje percebo, porque isso não foi feito, nem podia ser, havia uma reserva profundo no seio do MFA, quanto às mudanças sociais,pois rapidamente esquematizaram tudo ou uma dada democracia formal,ou uma ditadura de um ou outro sinal,e, assim,se preservou de um modo substancial toda a conceptualização autoritária e desigual da sociedade que hoje desabrocha com grande virulência.

Obrigado pela pesquisa.

abraço
asilva

andrade da silva disse...

O visionamento do documentário com alguma ficção, pouca no que se refere aos factos da escola Prática de artilharia, em que somente se temia que comandante estivesse armado, e alguma confusão de papeis, isto é, foi um outro e não aquele a dizer o que é dito e que de acto foi dito,por exemplo não disse- porra- o documentário segue de muito perto a realidade, mas seja como for não dispensa a leitura da Obra do mesmo nome, editada pela editora Bizãncio e a associação 25 de Abril, com as entrevistas que sErviram de suporte ao filme. Grande e muito belo documentário
asilva

Marília Gonçalves disse...

ah ah ah, num tal momento um palavrão explica-se facilmente, tal devia ser o estado de tensão nervosa, por mais dominada que fosse, de qualquer forma não tem importância quem o disse...mas enfim, o seu a seu dono
abraço
Marília

andrade da silva disse...

Naturalmente que não posso ver esta reportagem sem me comover até ás lágrimas,não fora a circunstãncia de ter chefiado a 1ª equipa de militares que com armas na mão tomou uma das unidades mais poderosas, a Escola Prática de Artilharia/ Vendas Novas, coisa pouco notada, mas foi assim, até às 0h 20m estivemos sozinhos no 25 de Abril.

Mas se tivéssemos falhado, denunciando o movimento, numa hora e 20minutos, o que poderia ter sido a resposta Do regime?

asilva

andrade da silva disse...

Para a rua ribeira das naus a artilharia do cristo rei poderia fazer fogo directo, também na luta anti-carro as posições de salgueiro Maia no terreiro do paço podiam ter sido reforçadas com duas bocas de fogo sem prejuízo do potencial de fogo sobre a fragata.

Resta acrescentar que se este 25 de Abril tivesse fracassado os tenentes da escola pratica de Artilharia teriam deixado a sua marca de água e assinatura pelo fogo com bombardeamentos sobre objectivos estratégicos,como a siderurgia Nacional.Estava pensado...

Escola Prática de Artilharia cumpriu ao segundo toda a programação tomada da unidade às 22 e 55 de 24 Abril 74, saída ás 3 horas,das 3 horas até às 4 e 30 de nada sabíamos naquela noite fria, escura e silenciosa.O primeiro comunicado do comando o MFA foi muito importante.
Chegamos ao Cristo Rei pelas 7 horas, as pessoas que se dirigiam para o trabalho nem levantavam os olhos do chão, coisa estranha, para verem aquele enorme potencial de fogo que avançava por ali acima.

Depois pelas 12 h do dia 25 todo o povo do Pragal e de Almada nos acolheram e alimentaram,nós éramos o seu Exército, e para mim começou aqui a revolução e a aliança povo-MFA.
asilva

andrade da silva disse...

O
brigado Marília pela distinção que me concede no arranjo da foto, consequência da sua amizade, mas de facto a Escola Pratica de artilharia foi uma grande unidade do MFA, um verdadeiro laboratório de ideias, sonhos, atitudes firmes e de que tão pouco se fala.

Um decisão muito firme, se tudo falhasse:
1-prender todos os dignitários militares presentes na EPA em 4 Dezembro 1973, Dia da artilharia e de Santa Barbara
2- Fazer a comuna de Vendas Novas partindo o país em 2 .ideia do capitão Cardoso;
3- bombardear objectivos estratégicos em Lisboa proponente tenente Pedro.

Grande gente, quartel valente.
asilv

Marília Gonçalves disse...

ai homem, ano diga mais hoje que meus olhos são uma fonte de ABRIL, escrevi hoje uma carta a meus filhos, via Internet, e quando a reli, de tanta lágrima por Abril, só então vi, eram gralhas por todo o lado, cortinas
d'água nos olhos, não são boas ajudantes a redação.
Mas não ligue, isto são desabafos, gosto que nos conte as peripécias, tão difíceis e incertas das vossas caminhadas. Mas ver Abril no lodo em que o querem pôr,nossos mandantes, que governantes não são, que só desgovernam,é tão insultuoso, tão ofensivo, que apenas esta esperança que me volta sempre de um renovado Abril de sangue jovem, me vai dando alento. Também aos jovens Militares com brio e Patriotas,suas narrativas, podem dar alento. Cabe-lhes a eles no Presente, salvar Portugal e a Honra que temos de ser Portugueses.
Conte meu querido amigo, conte sempre, porque as lágrimas no fundo fazem bem e sempre aliviam um pouco, neste desterro em que somente a escrita e a voz, me permitem sentir-me perto e participar na Luta!
Em Frente Por Abril, o de 74 que tem de voltar a ser
abraço-o Capitão,nesta ternura toda tecida de Abril
Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

se um desencontro,um desaire, um azar, uma traição, tivessem surgido, o que era feito das vossas generosas vidas, meus magníficos Capitães. E para estarmos aqui, num fascismo envergonhado e hipócrita mais uma vez?!
bom é que nos ergamos antes da criação de uma nova PIDE!
ao primeiro brado acorro, que para outra coisa me envergonharia a vida, se não desse continuidade a quem sempre fui! à memoria dos meus, dos Resistentes portugueses durante esses malfadados 48 anos e A todos vós Capitães, ao vosso heroico, generoso gesto, para o qual nao encontro qualificativo que atinja a altura de quanto fizeram e que se chamou o 25 de Abril de 1974 e que o foi, e que seu férias a quem nem sabia o que tal era,o que justifica que os portugueses, emigrados em França, ao regressarem a Portugal, falassem de vacanças, é que férias, não constava no vocabulário de que dispunham em Portugal, por ser coisa inexistente, as reformas para todas as classes sociais e tantos direitos que Abril ofereceu, abrindo as portas da Liberdade.
e há amnésicos ou mal-intencionados, ou ignorantes das verdades históricas que pretendem negar isso, ou ir aos poucos roendo direito a direito como rato roeria um queijo?
pois para ratos há vários tipos de solução, é apenas preciso encontrar a mais eficaz e a mais rápida, antes que do queijo, nada reste e Portugal acabe por perder além do Brio a Independência!
Abraço gente de Abril e de quantos Abris podem surgir em qualquer mês do ano!
abraço amigo Capitão! continuo a confiar na vossa brilhante inteligência e em todas as vossas capacidades para que desperte a gente moça e Portugal torne a ser a Pátria Amada de todos nós

Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Msrilia
Abril é um rio de muitas coisas e emoções espero que nunca segue, mas cada vez que vejo este filme mais admiro aquela rapaziada, mas de entre todos, como tenho dito, o tenente Assunção,o Salgueiro Maia, o Alf, Souto Maior e outros no terreiro do Paço, foram verdadeiros heróis, aquilo ali foi muito, muito complicado.
A posição do Cristo Rei se aviação tivesse cumprido as ordens assassinas a tropa da Escola Prática de artilharia no Cristo Rei is toda à vida,e sabíamos isto, embora houvesse alguma certeza que eles não saiam, mas... nós nem tínhamos o mar de gente do Carmo,como elemento dissuasor.

mas agora já não a faço chorar mais,pois volto amanhã ao Alentejo.
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

abraço e aproveite bem
depois no conta
abraço e boa viagem ida e volta
marilia