Quando toca a doer, ou há algum incómodo só se agigantam os
grandes e os nobres, como na noite de 24 Abril de 2013, em que, pelas 22 horas,
umas dezenas de militares de Abril do Exército, Marinha e Força Aérea: oficias,
sargentos e praças, todos, acima de tudo, soldados de Portugal estiveram
presentes, junto ao antigo quartel do Governo Militar de Lisboa.
Militares de Abril- que grande honra ser um deles - sempre
generosos e disponíveis para correrem algum risco, e, connosco estiveram tão
heróicos, como há 39 anos, cidadãos, mulheres e homens: uns jovens, outros até
com experiência do cativeiro na Índia.
Todos estivemos ali, usando da palavra com a alma e o coração,
mas muitos infelizmente não responderam à chamada: havia um risco, que depois
de terem dito presente, talvez o risco a alguns os tenha
intimidado, e navegaram por outras águas.
Demos conta, mas navegamos para Portugal, com Portugal, e,
desde sempre, Portugal foi defendido, e somente é Portugal
pela heróica acção de muito poucos. Os castelhanos em 1600 contaram com muitos
andeiros e o Salazarismo com muitos bufos e colaboracionistas, logo, hoje, nada
é diverso, mas nós conhecemos o lado de PORTUGAL: não somos os bons,
simplesmente temos um coração português, identificado com Portugal e a sua
história, a palpitar, o que, pode fazer toda a diferença.
Aos jovens Nuno Melo, Mafalda Barbosa
Tiago Vidigal, entre outros, às mulheres entre outras a Ruth Moreira que veio
do Porto, a Emília Tavares que veio de Castro Verde, a Lídia Simões,
a muito querida Clotilde que leu um poema de Solange Oliveira - Os Filhos de
Portugal - ao José Sande e aos meus queridos camaradas, entre muitos, Serafim
Silveira que nos lançou nesta grandiosa aventura, aos comandantes Mendonça que
a partilhou, secundou e a realizou, como autor, aos seus autores Custódio
Jesus e Vítor Lambert, ao Matos Serra que veio quase de Portalegre para
dizer-nos os seus poemas, ao Cândido que veio de Aveiro, ao Fernandes que veio
de Grândola, aos nossos camaradas Coronéis eméritos Pamplona, Carvalhão,
Lameirinhas, Filipe Frade, aos comandantes eméritos Francisco Baptista,
Heitor Alves, Moura , Caldeira Santos e outros, ao nosso grande camarada Lima
Coelho, presidente da Associação de Sargentos, que esteve todo o tempo connosco
e foi incansável; ao nosso camarada da força aérea tenente-coronel na situação
de reserva António Mota, aos outros militares de Abril que deram o seu
contributo como o Vítor Pássaro e o Albuquerque, aos
amigos dr. Botas e Álvaro Sousa Santos, companheiros de outras
aventuras na psicologia e nos estudos de investigação, ao meu
caro conterrâneo Nóbrega meu colega dos tempos liceais, à
Mariana Valente que fez o cartaz, ao sargento de dia do antigo quartel general,
à PSP que foram impecáveis e de uma eficiência completa, a todos ,e, ainda ,ao
Exmo general CEME e Vice CEME,e ao Sr. Major general Cunha, que nos deram o
apoio logístico que pedimos e nos receberam com a
camaradagem substância maior das Forças armadas,ao Eduardo Milheiro
que as trocas da vida não permitiu estar presente,como essa
Alentejana de fibra Maria Joaquina e também à Exma senhora Chefe do
protocolo da Assembleia da República por ter corrigido uma primeira decisão, ao
militar que o é, pela influência que na sua decisão teve o meu porte de
capitão de Abril nos idos de 75 em Terras do Couço; ao coordenador das
associações populares de Lisboa, e a todas e todos que estiveram presentes e
foram a razão de ser deste ACONTECIMENTO, por tudo isto, e pelo muito que fica
por dizer, a todos endereçamos o nosso bem-haja, por tudo quanto fizeram, para
que esta simples modesta e eloquente vivência de Abril, da Liberdade e da
história, se pudesse realizar.
A todos um grande abraço e como já o comandante Serafim Pinheiro
e o Mendonça fizeram sentir e ,por certo, todos nós sentimos - Viver
Abril , Hoje, exige de todos nós um continuado esforço pelo que, não
devemos, NEM PODEMOS DESISTIR, desta semente.
Todos, hoje, depois deste pequeno gesto, ficamos física e
psicologicamente mais conscientes do esforçado esforço do 25 de Abril 74, e que
o seu sucesso se deveu a muitos factores, mas sobretudo à Juventude
dos seus autores e actores,o que, importa sublinhar, e nunca esquecer esta
grande lição que revivemos: sem os jovens o destino de Portugal está
traçado e escreve-se com poucas palavras: MORTE DA VIDA, ponto, definitivo.
Saudações de Abril por Portugal
andrade da silva
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