sexta-feira, 4 de abril de 2014

BILHETE POSTAL DE ABRIL: Abril - tempos de Esperança




Queridas amigas e amigos


O 25 de Abril, nas suas consequências e na doutrina,  concebida  no Exército, no Gabinete do General Fabião e nas Assembleias do MFA, e  que teve expressão em governos do general Vasco Gonçalves, naturalmente, no caso dele  com outras contribuições, foi TRAÍDO em 25 Novembro 75, e o que está a acontecer hoje, para mim era o esperado, desde há muito, conforme inscrevi no meu diário de prisão, em que relato conversas com o general Fabião, general Vasco Gonçalves (com  este falei pela última vez pouco antes da sua morte, quando o vi no hospital militar depois de um acidente em casa) e outros camaradas.

Para mim, os fascismos são as politicas de empobrecimento e escravização dos  povos, no nosso caso, o português, e, isto, é o que vejo todos os  dias em meu redor e perto de mim,e , também, dentro da minha casa, embora, não com  a dimensão trágica de outras pessoas, mas também tenho  de apoiar familiares, outras pessoas e,  ainda, não tenho casa, só a acabo de pagar  aos 75 anos, logo,  sinto estas ameaças, para além de que, cada vez mais, vejo falências, jogos porcos, totalitarismos e um condicionamento psicológico moderno total ,através da informação e da cibernética, condicionamento  terrível  e totalitário, e poucos notam isto, ou usarão os mesmos métodos?


 A ninguém  poderei iludir, porque sempre estive onde as cornadas doem e fazem moça,   nunca conheci  nem secretárias, nem costas quentes, nem tachos, só conheci pegas de caras, a dos soldados, como os outros soldados, entre nós, conhecidos, como operacionais,e,  como a  realidade que hoje vivemos, desde há muito a percepcionei, sinto acrescida preocupação, mas uma coisa sei: é preciso lutar quer nas formas tradicionais, com maior pendor de resistência  e conforme os saberes dos  livros; quer em outras  que não podem ter um carácter disperso e ocasional.

Sei que é preciso manter o moral e o espírito de luta: lutar e combater para vencer, porque é  certo, é o  que deve ser feito e sempre na hora certa, mas sou um soldado, e de facto a minha linguagem e sentir é   de Soldado e de um soldado de Abril de que me orgulho e honro, logo mais não sei dizer:

LUTEMOS pela independência Nacional e pela nossa dignidade  de portugueses.  

É tudo o que  sei.

Abraço

andrade  da silva

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