No sossego da tarde, entardeço.
Uma brisa suave me afaga.
No desgosto da Vida do avesso,
cada ocaso parece uma chaga.
Na fogueira que o céu incendeia,
uma chaga doendo enquanto arde.
Passam horas e o tempo escasseia!
E esta chaga a doer... e é tão tarde!
Já no céu esmorece o clarão.
A fogueira é agora uma vela
que já mal tremeluz nas lonjuras!...
Sinto o sono no meu coração.
No silêncio em torpor, que me vela,
fecho os olhos e fico às escuras.
29 de Outubro de 2010.
Viana*Évora*Portugal
1 comentário:
um grande abraço
asilva
Enviar um comentário