segunda-feira, 30 de maio de 2016

GUERRA ARÀBIA SAUDITA - IRÂO. ALERTA AMARELO!





ACORDEMOS OU PODE SER TARDE DEMAIS. OH DISTRAIDOS!
PREOCUPEMO-NOS É MESMO A LÁ SÉRIO.

Muito, muito importante, ou em Alternativa um Califado do DAESH, ou uma III guerra anunciada, segundo o embaixador José Duarte.

O tempo urge.

Todavia há outras e igualmente frias ou quentes guerras naquele puzzle entre EUA ,Rússia, China, Israel, Turquia, Assad , DAESH. etc.

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Asilva


http://ionline.sapo.pt/artigo/511807/a-guerra-fria-entre-a-arabia-saudita-e-o-irao?seccao=Opiniao_i

A guerra fria entre a Arábia Saudita e o Irão


Portugal deve, pois, nos fóruns próprios dar o seu contributo como país com vocação para a gestão de conflitos internacionais, para diminuir estas rivalidades


“A América mudou, nós mudámos e precisamos claramente de realinhar e de reajustar a compreensão que temos uns dos outros”
Turki al-Faisal, Príncipe saudita

O mundo político, económico e militar tem de olhar cada vez mais para o que acontece no Médio Oriente e sobretudo para a guerra fria (ou cada vez mais quente) entre a Arábia Saudita e o Irão. Esta guerra tem mais repercussões do que se pensa, na estabilidade geopolítica, geoeconómica, geomilitar e geodiplomática, para o mundo, para a região e para o território onde se localizam estes dois países, para a nossa Europa e para o nosso Ocidente. Goste-se ou não, mais uma vez, nesta contenda cada vez mais extremada entre estes dois países, joga-se muito do equilíbrio político, económico e militar da comunidade internacional. Com o estertor do Iraque e de Estados como a Síria, a Arábia Saudita ocupou um espaço vazio, bem como o Irão, afastado que esteve durante anos da geopolítica internacional devido ao seu isolamento, acelerado por muitos tipos de sanções.

Nos territórios de influência da Arábia Saudita e do Irão jogam-se várias influências, rivalidades, marcações de protagonismo regional de condicionamento religioso, económico, militar e político. Os dois países não o escondem. E têm protagonizado várias guerras por procuração. A mais sangrenta tem sido no Iémen. Mas não só. Fiéis à sua capacidade de influência militar e diplomática, ambos os países têm sido fiéis também à sua história (e aqui, o Irão, herdeiro do Império Persa, com especial determinação) e a princípios nucleares da geopolítica, como aquele segundo o qual o passado nunca morre e os laços de identidade nunca devem ser esquecidos. O mundo que conta, goste-se ou não, vai ter de estar cada vez mais atento a esta região do globo.

Para a comunidade internacional e para as relações económicas internacionais, o que se passa e acontece entre a Arábia Saudita e o Irão vai ser muito importante. Mesmo que o filho do líder e rei saudita tente implementar um plano para libertar a Arábia Saudita da dependência do petróleo, isso demorará anos. Os EUA têm uma relação privilegiada com o reino saudita. Têm uma espécie de coligação e de equilíbrio político, importante para todo o mundo. Mas essa sua aliança de mais de 70 anos tem sofrido muitas brechas recentemente. Dos dois lados. E a começar pelo lado saudita, depois de os americanos terem refeito as suas relações com o Irão e negociado o regresso deste país à comunidade internacional, como país cheio de dinheiro e oportunidades, para utilizar e explorar. Na vida dos países e dos povos, em pleno século xxi, infelizmente, a atenção e a importância atribuídas às relações internacionais é pouca ou nenhuma por parte de alguns países e blocos regionais. O que é um erro.

Num mundo tão pequeno e tão interdependente. Sobretudo do petróleo. E aí os sauditas têm e vão ter cada vez mais influência. Mesmo tendo em conta as influências e as condicionantes dos EUA e da Europa e do Ocidente, a coligação entre o polícia do mundo que são os Estados Unidos da América e o grande produtor mundial de crude que é a Arábia Saudita, apesar de várias vicissitudes, continua a ser muito importante. Para uma região como a Europa, um país como a Arábia Saudita é muito importante. A vários níveis. Para além do petróleo, é claro, quando a crise da descida do preço do crude tem provocado tantos problemas com efeitos de ricochete em tantos países europeus e mundiais.

Países como Portugal, enquanto membro da União Europeia, deveriam dedicar mais tempo e dar mais atenção à chamada guerra fria entre a Arábia Saudita e o Irão. E assumir um papel de concertação entre estes dois países. Num quadro político e diplomático cada vez mais complexo onde o Daesh tudo fará para alimentar esta rivalidade e, se possível, futura guerra. Como, aliás, já aconteceu, nesta região e no passado, entre o Irão e o Iraque. Mais do que uma vez. Portugal deve, pois, nos fóruns próprios dar o seu contributo como país com vocação para a gestão de conflitos internacionais, para diminuir estas rivalidades. Temos diplomatas experientes para isso e peso político na região para o efeito. É só querer fazê-lo




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