Há momentos na Vida
em que todos os homens são reis.
Não sei quem o afirmou,
mas sei bem que falando de reis
falarei, com certeza, de súbditos.
Eu prefiro a res publica.
Velha Grécia das ágoras,
Velha Grécia de Demos e kratos
vem valer-nos nesta hora à deriva!
Persistimos reféns da caverna.
É de sombras o nosso alimento.
Sombras vãs, fugidias, incertas,
num desfile de máscaras
deste nosso ancestral carnaval.
E nós vamos na marcha bailada,
sem cuidados,
inocentes meninos
inocentes meninas
de dançares de roda
em jardins ou recreios de escola.
Ébrios todos ou não(?)
nesta roda que gira
ou que finge que gira
imitamos o velho pião
na falaz rotação…
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 21 de Setembro de 2016
1 comentário:
aquele abraço
asilva
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