quarta-feira, 16 de agosto de 2017

05 - POEMÁRIO * O interminável caminho



TEMPO REBELADO


O interminável caminho



Para um futuro sem amos nem fronteiras



Dos longes sem memória definida,

ainda este sabor de sal e lama

nos chega das entranhas e se inflama…

na carne viva dói tanta ferida!



Se nunca nos cruzámos nesta vida,

a mesma estrela-guia foi a chama,

foi/é a mesma luz que se derrama

na noite quase em dia convertida.



Tu foste até tombar, eu te levanto,

a ti e aos mortos todos que estão vivos,

para cantarmos juntos a manhã!



Lavremos esta terra – campo santo,

memória de caídos e cativos

e glória das auroras do amanhã!





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 13 de Agosto de 2017.

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