terça-feira, 20 de março de 2018

EXECUTAM OS OPOSITORES!




Estive na manifestação contra a execução da vereadora no Brasil, Marrielle   , mas,  desde logo, notei  duas coisas estranhas   : uma, a primeira, só vi figuras conhecidas do PS e do BE;  outra, alguns queriam dar à execução um cunho racista.






" UMA LÁGRIMA


É uma heroína do Mundo, nossa.



Sou Marielles, as e os do Brasil, Palestina , Síria, de todo o Mundo e as que foram mortas por um ex-combatente americano nos EUA: a minha colega psicóloga com 29 anos de idade, uma médica e a directora do serviço.

Por todas as vitimas mulheres e homens meus irmãos - uma lágrima .

Às vivas e vivos abraço-vos.

Que caiam todos os ditadores e corruptos do mundo e também em Portugal.

Uma lágrima, real com dor, como foras (fossem) minha irmã, minha filha. minha mãe.."

Entretanto,  durante o decorrer da manifestação,  para  sobressaltar almas e corações  que esquecem o nosso real, os nossos reais, dirigi-me  à repórter da Antena 1 para denunciar a hipocrisia destes governantes, que ,através da Assembleia da República, manifestaram o seu pesar, mas  matam civilmente os opositores, como na África do Sul fascista ( insidiosos totalitários)  ,e, em 1976, quando tinha 27 anos, o sr .General Eanes, por causa da minha participação  na reforma agrária  mandou-me para  o MATADOR da Madeira,  depois de me rotularem de COMUNISTA, um comunista  que nem do PCP receberia ou recebeu qualquer apoio ou palavra, logo,   só podia ser para a FLAMA ( movimento bombista) me executar, e, assim, depois de me ter recusado por 2 vezes a embarcar,  desembarquei  no Funchal, em 23 de Março 1976, e, logo,  no dia 27 de Março fui abordado pelo bombista -mor , Firmino, meu antigo colega, a dizer-me  que não me queriam lá. Dei disso conhecimento ao general Azeredo que de imediato me disse não ter nem serviço de informações, nem nada, para me defender ,que estava entregue a mim mesmo - que me defendesse, e ele nunca me abandonaria, como o faria com qualquer outro militar e, até, se referiu aos policias (porquê?????)

A prova de tudo vai chegar  célere, no dia 18 de Abril  1976, sou cercado pelo GANG OS DIABOS À SOLTA, estive na eminência de ser linchado, tive de fazer fogo com o revólver  que o Dinis de Almeida me deu, porque, sabia que iam  tentar executarem-me  ( toda a gente sabia) . 

Não me deixei matar, fui preso e, desde logo, o Brigadeiro Azeredo descartou-se. Mantiveram-se firmes, entre outros,  o coronel Lacerda, chefe da secção de Justiça  do Governo Militar da Madeira  e o Capitão Nóbrega, oficial da Policia Judiciaria Militar (camaradas de grande Honra Militar e cidadã) que com todas as provas, incluindo a do guarda Viveiros - que em tribunal declarou ter temido o bando - um policia também honrado . sempre defenderam, como não podia deixar de ser, a tese da legitima defesa , do que ,os meus advogados, graciosos, drs Goucha Soares e Camotim, fizeram inequívoca prova com todas as testemunhas que foi possível trazer a tribunal, pelo apoio de dezenas de alentejanos, numa acção coordenada pela Adelaide, uma capitã de Abril, casada com o meu camarada, o, então, capitão Ferreira de Sousa. 

Todavia contra todas as provas e o provado em sentença, no tribunal, valeu  a decisão de ódio e vingança do juiz Gonçalves Pereira, e fui condenado, do que deram ampla noticia o Manuel Geraldo, no "Diário de Lisboa", e o meu camarada, o,  então, Capitão Duran Clemente ( Um Bem-Haja eterno a todos estes e aos que me acompanharam  no desterro)

                                PRESO E ESCOLTADO POR UM EXERCITO DE PM

Quis dar este depoimento à repórter da Antena 1, mas podia ser da 2, da 3, da 4 ou de outra qualquer da ALTICE  que o recusou, outros o  mesmo, quase de certeza o fariam,  então, disse-lhe que compreendia que não o recebesse, para garantir o seu posto de trabalho, manchado pela ignomínia  do encobrimento, mas que deixava esta narração à sua consciência de cidadã, e entreguei-lhe um opúsculo  sobre a IDA ÀS ENTRANHAS VERMELHAS  da Revolução de Abril.

O mesmo documento entreguei a Ana Catarina Mendes do PS, dizendo-lhe  para fazer   um exame de consciência àcerca da  morte, no Escoural em 1979, do Casquinha com 17 anos, e quanto a mim lá me disse  que não me tinham morto,   porque estava ali.  Retorqui-lhe  que para muitos era uma MALDIÇÃO,  porque denuncio a hipocrisia e o   cinismo, mas que só estava ali, porque me tinha defendido  (não fora militar, bolas!),e se Marielle se deslocasse dentro de um carro de combate também não teria sido morta,evidentemente, mas, por me ter defendido   estive preso 2 anos,e, EIA: enterraram-me vivo os demais donos da politica e da vida nacional   Selou-se o  encontro com um cumprimento e a promessa que ia ler o texto, o mesmo texto entreguei ao líder parlamentar do BE.  Lerão, compreenderão ,  apesar de serem história do real. concreto ? ? ???)

Enquanto  viver, mesmo com a recusa das antenas 1, 2,3 e de todos estes....,  falarei, onde, elas e eles estiverem, desassombradamente. Será que me matarão???? Claro que enquanto nas antenas , não houver no mesmo lugar, onde estiver,  uma repórter de coragem vou sendo poupado às balas ou ....etc destes algozes...

Vivam os que gozam esta democracia sem olhar a meios e aos custos que outros tanto pagaram, mas que não fazem parte das listas dos seus  donos, não usam cangas!...
 VIVAM!

andrade da silva

24 OUTRAS EXECUÇÕES:


http://operamundi.uol.com.br/conteudo/geral/49021/nao+e+so+marielle+conheca+mais+24+casos+de+liderancas+politicas+mortas+nos+ultimos+quatro+anos.sht

                                                    CLAMOR!

1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Deviam ter vergonha na porcaria das fuças!
Prender um Capitão de Abril, o primeiro a vir para a Rua, ainda a 24.
Prenderam o Capitão para espezinhar ABRIL!
Mas o Capitão continua de pé e Abril será de Novo o de 1974.
A seu tempo será, inevitavelmente!!
Marília Gonçalves