TEMPO DE SORTILÉGIO
*
O jogo
Que vivas as certezas que te deste,
no espaço e neste tempo que é o teu!
Efémero é o tempo que me veste,
o tempo que só dúvidas me deu.
Certezas tenho duas, que não mais!
Sei que nasci e sei que vou morrer.
No meu percurso, enxergo alguns sinais:
quais devo preterir ou escolher?
Um jogo que é de azar me deu a vida.
O acaso que é dos dados desconheço.
Não tenho alternativa na partida:
dependo do que for cada arremesso.
Na sorte arrisco tudo --- ou ganho ou perco…
Que existe além da angústia deste cerco?
José-Augusto de Carvalho
30 de Dezembro de 2018.
Alentejo * Portugal
1 comentário:
Parabéns Andrade pela divulgação deste interessante poema! Destaco esta interrogação:
Certezas tenho duas, que não mais!
Sei que nasci e sei que vou morrer.
No meu percurso, enxergo alguns sinais:
quais devo preterir ou escolher?
Felicidades para o Novo Ano de 2019! Grande Abraço, Antão
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