domingo, 30 de dezembro de 2018

JOGO

TEMPO DE SORTILÉGIO
*
O jogo

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Que vivas as certezas que te deste,
no espaço e neste tempo que é o teu!
Efémero é o tempo que me veste,
o tempo que só dúvidas me deu.

Certezas tenho duas, que não mais!
Sei que nasci e sei que vou morrer.
No meu percurso, enxergo alguns sinais:
quais devo preterir ou escolher?

Um jogo que é de azar me deu a vida.
O acaso que é dos dados desconheço.
Não tenho alternativa na partida:
dependo do que for cada arremesso.

Na sorte arrisco tudo --- ou ganho ou perco…
Que existe além da angústia deste cerco?


José-Augusto de Carvalho
30 de Dezembro de 2018.
Alentejo * Portugal



1 comentário:

leonardo antao disse...

Parabéns Andrade pela divulgação deste interessante poema! Destaco esta interrogação:
Certezas tenho duas, que não mais!
Sei que nasci e sei que vou morrer.
No meu percurso, enxergo alguns sinais:
quais devo preterir ou escolher?

Felicidades para o Novo Ano de 2019! Grande Abraço, Antão