Ontem foi o dia de aniversário da Academia Militar. Centenas de camaradas encontramo-nos num jantar para comermos a tradicional carne amarela -o prato tradicional da AM, um género de carne à Brás ??? -a malta gosta... estava um pouco fria, mas a conversa era quente, a amizade maior e o viva ao RE-NASCIMENTO da AM, ainda mais forte. Brilhante!
Falamos dos que já partiram, das praxes - ai aquele ia "comendo" com os caixotes da ordem pela "mona" abaixo- e dos nossos heróis.
E assim iria a mala da ordem
Pela primeira vez, falaram comigo de Salgueiro Maia. Alguns camaradas esperam o nascimento da Associação Salgueiro Maia - que nasça e seja venturosa. O seu nome desde o dia 8 de Dezembro é evocado todos os dias por alguns portugueses -um feito!
No cumprimento pessoal que o Sr. General Chefe do Estado Maior nos fez, aproveitei para lhe falar dos nossos heróis e das situações inacreditáveis que tiveram de enfrentar e vencer:
O 2ºBIAT (para- quedista na Bósnia) os primeiros que tomarem parte nas Forças Nacionais Destacadas (FND) . Disse o senhor general que hoje a preparação e os equipamentos são mais adequados. Ainda bem! O meu camarada General Chaves Gonçalves também aludiu que generais estrangeiros consideraram que poucas tropas euro-americanas cumpririam, naquelas condições, aquela missão. Que não se esqueça este feito, enquanto estão vivos.. coisas... depois... MY GOD!...
Bósnia 1998
Falei da passagem à reserva dos ultrapassados por duas vezes- um disparate Referiu que era a regra do EMFAR. EMFAR que está errado tecnicamente, e é injusto.
E, ainda, de alguns temas da cultura organizacional que não se alteram por decreto, mas por acções ao nível da mudança daquela estrutura organizacional, em que a acção informal sistemática desempenha um papel motor- motor de explosão
Revi outros grandes camaradas.Vi jovens, tão jovens, como o ano passado, um dado tenente de artilharia até pareceu-me que nem tinha saído do lugar, nem mudado nada o bigode- tal e qual como no ano passado. Disse-lhe logo que não ia repetir a história dos tenentes do 25 de Abril 74. Reconheceu-me, não sei se ainda recorda a história, e o que lhe disse sobre os neurónios dos artilheiros.
Falamos de máfias instaladas imbatíveis. Vi e sublinhei a felicidade contagiante de alguns camaradas. Lá encontrei o engenheiro chefe do meu compartimento- o nº 13. e recordamos os camaradas que já partiram: o Miranda- fazia contas de cabeça a sonhar e dava-nos cabo do sono; e o Angeja, ai aquele armário- presunto , roupa , botas e livros, que salada! O meu bom camarada comoveu-se. Um grande Homem!Aquele abraço...
Miranda à direita na foto (eu estava preso na Trafaria)
Soube que o meu camarada RB não estará muito bem. Contei que ele e eu fomos ambos comprar a obra " PORTUGAL E O FUTURO" de Spinola, em Vendas Novas, logo que a obra lá chegou. Concordávamos com o seu conteúdo. Éramos jovens tenentes.
Também há uns que não me "topam" mesmo nada... coisas.. não contam mesmo nada, e eu para eles idem, idem, aspas, aspas, espero que depois vão para uma galáxia diferente da minha... but.... coisas...
VIVA A CAMARADAGEM HONESTA E LEAL!
asilva
PS: Ainda falamos das aulas de judo e daquele grito terrível, que nos electrizou, do mister Kobayashi ao nosso camarada Luís Araújo. My god! ainda o oiço. E sempre lembramos o nosso camarada Ferreira da Silva -já partiu - um homem do tamanho do Cosmos.
Actualização 13 Janeiro: Queremos desejamos e batemo-nos para que os helicópteros e todos os demais sejam em quantidade e qualidade suficiente junto dos militares que cumprem a sua missão na República Centro Africana,e que as noticias que correm por cá não sejam verdadeiras. Não vos esquecemos.
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