quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

PENSAR: PENSAI, PENSEMOS!

NOTA: leitura para quem  pensa e quer prensar e pior ser arquitecto - um trabalho.. enfim... coisas...

de: Yuval Noah Harari

ANTES (a)

Em 1938 foram oferecidas três narrativas(fascista, comunista ,liberal)  aos seres humanos para que escolhessem uma; em 1968, apenas duas; e em 1998 uma única narrativa parecia prevalecer......



PRESENTE  E  FUTURO (a)

 2018 chegamos a zero. Não é de admirar que as elites liberais,
que dominaram grande parte do mundo nas décadas recentes, tenham entrado
num estado de choque e desorientação. Ter uma só narrativa é a situação mais
cómoda de todas. Tudo está perfeitamente claro. Ser deixado de repente sem
nenhuma narrativa é aterrador. Nada mais faz sentido. Um pouco como a elite
soviética na década de 1980, os liberais não compreendem como a narrativa se
desviou de seu curso preordenado, e lhes falta um prisma alternativo para
interpretar a realidade. A desorientação os faz pensar em termos apocalípticos,
como se o fracasso da narrativa em chegar a seu final feliz só possa significar que
ela está sendo arremessada para o Armagedon. Incapaz de constatar a realidade,
a mente se fixa em cenários catastróficos. Como a pessoa que imagina que uma
forte dor de cabeça é sinal de tumor cerebral terminal, muitos liberais temem que
o Brexit e a ascensão de Donald Trump pressagiam o fim da civilização humana.....
.

......

As revoluções em biotecnologia e tecnologia da informação são feitas por
engenheiros, empresários e cientistas que têm pouca consciência das implicações
políticas de suas decisões, e que certamente não representam ninguém.
Parlamentares e partidos serão capazes de assumir essas questões? No momento,
parece que não. O poder disruptivo da tecnologia nem chega a ser prioridade na
agenda política....



A MARCHA (a)


..... o vácuo
deixado pelo colapso do liberalismo está sendo, de forma vacilante, preenchido
por fantasias nostálgicas de algum passado local dourado. Donald Trump
associou seu chamado para o isolacionismo americano com uma promessa de
“Tornar a América grande novamente” — como se os Estados Unidos das
décadas de 1980 ou 1950 tivessem sido uma sociedade perfeita que os americanos
deveriam de algum modo recriar no século XXI. Os partidários do Brexit sonham
em fazer da Inglaterra uma potência independente, como se ainda vivessem na
época da rainha Vitória e como se o “isolamento esplêndido” fosse uma política
viável na era da internet e do aquecimento global. As elites chinesas
redescobriram seus legados imperiais e confucianos nativos, como um
suplemento ou mesmo um substituto para a duvidosa ideologia marxista que
importaram do Ocidente. Na Rússia, a visão oficial de Putin não é a construção
de uma oligarquia corrupta, mas a ressurreição do antigo império tsarista. Um
século depois da revolução bolchevique, Putin promete o retorno às glórias do
tsarismo, com um governo autocrático mantido pelo nacionalismo russo e pela
fé ortodoxa cujo poder se estende do mar Báltico ao Cáucaso.
Sonhos nostálgicos semelhantes, que misturam adesão ao nacionalismo....
......................

EIA!

PENSAI: PENSEMOS NO NOSSO DESENHO FUTURISTA
(a) subtítulos meus 

2 comentários:

andrade da silva disse...

FUTUROS OU UM SÓ FUTURO?
Rogério Nascimento N Gonçalves
Leitura para gente que pensa e pensamento para quem possa e saiba pensar.
Ler o livro será um bom instrumento. Fascismo, Comunismo e Liberalismo não terão sido nem serão as únicas narrativas,
A criatividade humana sempre aconteceu e continuará viva, e só essa criatividade nos garantirá pensar o futuro. Coletivamente de preferência.
Há muito que penso nestas questões, e importa que haja cada vez mais o pensamento partilhado.

andrade da silva disse...

Rogério Nascimento N Gonçalves Ainda sem ler o livro. Numa breve síntese de análise, observo que as narrativas não colapsaram. O ser humano sempre foi liberal muito embora condicionado às imposições de ordem orgânica das sociedades. O que colapsou nos anos mais recentes foi a Liberdade e a Democracia por estas darem os mesmos direitos e poderes por igual à ignorância e ao conhecimento. Ao invés de ser a ciência e o conhecimento a dirigir a vida e as sociedades, esta elegeu as suas elites não pelo mérito e capacidades, mas pelos números e vontades dos sufrágios populistas a que podemos chamar as leis dos mercados políticos e económicos. Foi assim que nasceram os atuais poderes nacionalistas mais influentes do planeta. China, Rússia, EUA,Brasil, Reino Unido, muita Europa e emergentes de África e América Latina. As teocracias monárquicas e medievais, deram lugar às democracias populistas, com algumas exceções que poderão constituir melhores exemplos. entre alguns o Canadá. Há que mudar imperativamente os sistemas eleitorais e constitucionais que evitem riscos de centralização dos poderes em pessoas nada confiáveis cuja ação apenas vem destruindo algum tecido ainda saudável da humanidade. Mas poderão existir outras vias e visões. Quanto ao que penso só a rigorosa laicidade dos estados poderão promover o desenvolvimento e crescimento seguro das sociedades