terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

A GRAVE SITUAÇÃO MILITAR DE PORTUGAL VISÃO E CONTRIBUTOS PARA A SUA SOLUÇÃO

NUNCA DESISTIR
POR PORTUGAL PRESENTE!
UMA MUITO GRAVE QUESTÃO NACIONAL - PÁTRIA ADORMECIDA!




NÃO FIQUES  INDIFERENTE!


                                                                    DITAMES:

HONRA
ORGULHO
LEALDADE
SACRIFÍCIO
AO SERVIÇO DE PORTUGAL E DOS PORTUGUESES

A situação das Forças Armadas é um problema nacional. As Forças Armadas são um pilar da Independência Nacional.


A grave situação militar das Forças Armadas, ao nível dos militares do Regime de Contrato (RC), desde 1999 que preocupou muitos responsáveis militares e departamentos do Exército, nomeadamente, o Centro Psicologia Aplicada do Exército (CPAE) e a 3ª Repartição do Estado Maior do Exército, que efetivaram estudos de nível nacional e junto dos militares do Regime de Contrato.

Registaram-se os factos, e propuseram-se  soluções.

A memória é fundamental, porque ilumina e responsabiliza, e todos os estudos devem ser longitudinais e procurarem a bibliografia disponível, esquecer o trabalho já feito seria um muito grave erro

Porém, a realidade em 2000 era que os jovens portugueses do 9º ano ao 12º, massivamente recusavam o serviço militar obrigatório (SMO), e 23% aceitavam candidatarem-se ao RC pelos seguintes motivos:
1. PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES ( que nas suas várias dimensões extrínseca, intrínseca  .realização pessoal e transcendente, em relação á vida militar são perenes)

i) AVENTURA; ii) VIDA DINAMICA/ACTIVA; iii) CAMARADAGEM; iv) SERVIR O PAÍS; MISSÕES de PAZ (decorriam, então, com grande visibilidade mediática as missões na Bósnia).

QUANTO AOS QUE ESTAVAM JÁ NO RV/RC


2. CAUSAS DE DESISTÊNCIA: ( obviamente de carácter mais conjuntural,  razão porque os estudos sobre satisfação organizacional devem ser periódicos )


i) Falta de perspetivas de carreira, ou dificuldade em participarem nas Missões de Paz; ii) Funções inadequadas; iii) Falta de consideração pelas suas pessoas/desrespeito; iv) Formação/ Instrução militar incompetente; iv) Péssimos vencimentos, que por vezes, mal cobriam as despesas de deslocação; v) incumprimento do contratualizado ao nível da formação profissional; vi) Más condições de alojamento e alimentação, vii) novo emprego

3. CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA CONTINUAÇÃO NO RC ATÉ AO FIM DO CONTRATO:


i)Participar em 3 deslocações no âmbito das Forças Nacionais Destacadas pela natureza das funções e vencimentos que permitiam poupança, ou seja, constituir um certo fundo de apoio para iniciar novas actividades profissionais, ou mesmo de empresário unipessoal, aquando da cessação do RC;
ii) Formação profissional adequada e possibilidade de prosseguimento de estudos;
iii) Acesso às Forças Segurança Pública e Privada.

4. PRINCIPAIS PROPOSTAS SOLUÇÃO APRESENTADAS AO NÍVEL  DO RECRUTAMENTO; SELECÇÃO E  CARREIRAS DAS PRAÇAS ,que se mantêm  actuais porque correspondem às expectativas  que um candidato a um emprego: estabilidade profissional, realização pessoal, experiência profissional, ganho de competências para a mobilidade profissional e social, justo vencimento, natureza das funções e condições de trabalho 

 i) Recrutamento, vivo, assertivo( mais informação na CS e nos processos de orientação escolar , nos estabelecimentos de ensino e centros de emprego) e competitivo  com as condições do mercado de trabalho. Na situação de pleno emprego as Forças Armadas têm de aumentar significativamente o seu grau de atratividade; ii) Selecção com qualidade, compatibilizando interesses pessoais e organizacionais, sem ferir nunca os institucionais: iii) Carreiras de curta, (6 anos) média (15 anos) e longa duração (profissional) , esta, com mobilidade horizontal (atirador, enfermeiro, administrativo, condutor administrativo, entre outras) e vertical (soldado, sargento, oficial); iii) Formação profissional adequada, de ponta nas novas tecnologias e de elevada empregabilidade civil; iv) Melhoria das relações profissionais, mais competentes lideranças, (estudo da psicologia da liderança a introduzir nos cursos das Academias militares); v) adequação de funções e vencimentos ao nível das expectativas e capacidades; vi) Reforço da presença das Forças Armadas junto das populações; vii) Garantir melhores condições de acesso, com equivalente perfil de aptidão, aos militares do RC, às forças de segurança e ao funcionalismo público; viii) Atribuição de um subsídio digno para apoio à reintegração na vida civil ativa; ix) Grande e destacada importância na participação das missões de Paz (não de guerra); x) Apoio de qualidade na saúde (caderneta de saúde militar) aos militares e suas famílias, nomeadamente, em caso de acidente ou morte; xi) Prestígio da função militar, que é responsabilidade primária do Estado: xii ) a alternativa MIX:  voluntariado  jovem para atirador, tropas combatentes e profissionalizar outras especialidades .Associando a dimensão FND com 3, 4 missões de 6 meses,  permitem a presença nas fileiras  dos jovens por 5,6 anos, conforme os  estudos  referidos na bibliografia  que foram validados e,que,  obviamente, precisam de ser continuados com uma periodicidade de triénio a triénio.

5. CONCLUSÕES:


A independência e soberania de Portugal é um bem público nacional, cuja, defesa tem um custo financeiro, mas  é um IMPERATIVO Nacional. Pelo que, há que FAZER OPÇÕES ESTRATÉGICAS NACIONAIS!
Na sua génese, a profissionalização das Forças Armadas foi concebida no contexto de um mercado de trabalho com elevado nível de desemprego, pelo que. se descuraram as condições substantivas para o seu funcionamento e sustentabilidade. Tal sustentabilidade pressupõe a articulação eficaz e harmoniosa entre as três fases fundamentais em que se alicerça a profissionalização: recrutamento, retenção e devolução. Quando este simples sistema passar a funcionar, sobretudo na fase da DEVOLUÇÃO, o Regime de Contrato passará a constituir motivo de prestígio e de orgulho nacional.
De acordo com estudos efectuados haveria, em cada ano, 20.000 a 30.000 jovens de ambos os sexos disponíveis para fazerem um contrato de trabalho com as Forças Armadas, logo, concluímos, cientificamente (foram interrogados 4.000 jovens representando 300.000) que não havia nenhuma crise ao nível da vocação militar na juventude, facto que se confirma com o número de concorrentes á  Academia Militar e que os inquéritos que se faziam ou fazem, ou a fazer no dia da Defesa Nacional comprovam  ou infirmam, neste caso  a atractividade das forças armadas teria de ser reforçada. e em muito no motivo extrínseco muito importante-o  vencimento e na intrínseca  realização pessoal e profissional  Houve , sim, incompetência e desleixo grave ao nível do Estado e da comunicação social.
…somos todos capitães...

Lisboa, 11 de Fevereiro 2020

subscritores


João António Andrade da Silva
Serafim Pinheiro
Suzel Patrão 
Armando Bicho
António Morais  Sarmento
 Fernando Amaral  da Silva 
Adriano Alves Rocha
Professor Mendo Henriques
José António Bragança
Eduardo Milheiro
Raquel Cedra
Francisco Serrano
Carlos Leite
Ruth Moreira
Carlos Arinto
Leonardo Antão
Jorge Louraço
Ernesto Fernandes
Fernando Ferreira  Alves
Francisco C. Santos
Beatriz Gomes Rente
Vítor Manuel da Conceição Pássaro 
Pedro Marques  de Sousa
Rogério N N Gonçalves 
José Morgado Vieira 
João Damásio Caldeira
António Várzea
Helena Biscaya da Silva

Fonte bibliográfica: 

Silva, Andrade, coronel; Oliveira, António,tenente-coronel; Marques, Francisco,
sociólogo,(a);  Cardoso,  António,  sociólogo(a):  "AS MOTIVAÇÕES DOS JOVENS 
PARA INGRESSO NO REGIME DE VOLUNTARIADO E CONTRATO" , revista 
Psicologia Nº13  PP 13 A 58, CPAE,  2002:

Silva Andrade, Coronel;  Rodrigues António,psicológo; Rodrigues João, psicólogo, (a);
Vilhena Cristinapsicóloga (a)" RAZÕES DESISTÊNCIA MILITARES EM RV/RC 2001"
idem pp 59 a 83, idem

(a). actuais quadros superiores da Direcção de Recursos do MDN

PS:
França
contributo referido pelo Coronel Delgado ds Fonseca 




Um inesquecível documento,  voz  invicta de capitães,... 




12 comentários:

andrade da silva disse...

É um belíssimo documento e uma manifestação de vontade e querer de quem desinteressadamente tudo dá para contribuir no melhor interesse de todos.
Perante tamanho grito não poderia ficar em silêncio e dar humildemente o meu pequeno contributo.

Subscrevo o documento "A GRAVE SITUAÇÃO MILITAR DE PORTUGAL VISÃO E CONTRIBUTOS PARA A SUA SOLUÇÃO", constituindo-se um importante passo para a solução do problema apresentado.

Com elevada estima,

Aquele abraço de sempre!

José António Bragança

Carlos Arinto disse...

Subscrevo. Carlos arinto.

Anónimo disse...

«...2. CAUSAS DE DESISTÊNCIA:


i) Falta de perspetivas de carreira, ou dificuldade em participarem nas Missões de Paz; ii) Funções inadequadas; iii) Falta de consideração pelas suas pessoas/desrespeito; iv) Formação/ Instrução militar incompetente; iv) Péssimos vencimentos, que por vezes, mal cobriam as despesas de deslocação; v) incumprimento do contratualizado ao nível da formação profissional; vi) Más condições de alojamento e alimentação...»

Se são essas as causas, é simples, basta chamar os cidadãos que se encontram na Reserva de Disponibilidade e propor-lhes o reingresso nas fileiras com o posto com que saíram e se possível com a mesma especialidade, mas desta vez o contrato laboral tem de ser de longa duração.

Os cidadãos na Reserva de Disponibilidade que tenham cumprindo no mínimo 6 anos de contrato ou mais, têm de ter automaticamente preferência em relação a outros.

Os cidadãos na Reserva de Disponibilidade, devem ser chamados através de convocatória, que pode ser feita via postal, para se apresentarem voluntariamente nos locais destinados ao efeito e assim ser-lhes proposto o reingresso nas fileiras, ou então o processo deve ser publicado em Diário da República

O problema que afecta as Forças Armadas (FArm) é geracional, e não é com homens e mulheres de 18/20 e poucos anos na Classe de Praças, com o 12º ano, licenciatura, mestrado, ou doutoramento, que a instituição irá resolver a questão da falta de Praças e cumprir a sua função e respectivas tarefas inerentes à estrutura.

Outra questão preocupante no seio das Forças Armadas (FArm), e que está a atingir proporções desmesuradas, é a indisciplina, mediocridade, e infantilidade na Classe de Praças por parte dos elementos que a constituem, onde se nota claramente que esses homens e mulheres para além de não terem perfil para a profissão, não têm qualquer gosto pela vida militar; e se isto acontece não tem nada a ver com baixos salários ou falta de condições.

Chamem os cidadãos que se encontram na Reserva de Disponibilidade e os problemas das Forças Armadas (FArm) acabam.



andrade da silva disse...

Caro comentador anónimo um comentário que se junta que pode ser uma fonte de recrutamento, se resolveram a questão da carreira

bem-haja
asilva

andrade da silva disse...


Jorge Louraço disse

Subscrevo inteiramente e de certeza que alguns jovens irão servir a Pátria é um bem nacional.

JMSBATISTA disse...

Subscrevo...

andrade da silva disse...

Compreende-se que alguns ruidosos de hoje queiram SILENCIAR a história, onde, eram autores e actores INDIFERENTES.

francisco c santos disse...

Subcrevo ....

Vitor Manuel da Conceição Pássaro disse...

Excelente trabalho.
SUBSCREVO

andrade da silva disse...

abraço defender o honroso é um acto de eleição que poucos o praticam . Ao homem de Abril que no Cristo Rei esteve vindo da EPA Vendas Novas, como sargento do SMO, o meu grande abraço
asila tenente, aquando dessa gesta

Rogério N N Gonçalves disse...

Subscrevo inteiramente o documento. Acrescento que tarda o Estatuto do Combatente, com os direitos residuais e da dignidade de quem foi militar e combatente com entrega total ao país, cujo Estatuto constituirá o garante da gratidão da Pátria para com os novos recrutamentos a contratar.

andrade da silva disse...

abraço