TESTEMUNHO
Nasci no
Funchal em 1948 , filho de um militar minhoto e de uma mãe madeirense.
Encontrei no meu
pai um modelo exacto do comportamento honesto e danpontualidade e
na minha mãe um modelo da coragem inabalável. e, assim, me fui formando
Na instrução
primária muitas vezes era apontado como o filho do capitão, o que, me
aumentava a responsabilidade.
Fui bom aluno.
Merecia a confiança dos professores, nomeadamente, de Vergílio
Pereira que veio a ser Vice de joão Jardim e era muito amigo da
minha família, relação quebrada em 76, quando me rotularam de
comunista por causa da minha intervenção no Alentejo.
Na 4ª
classe foi encarregue por aquele professor de
ajudar um meu
colega o Marcelino( vivia numa furna na Montanha/ S. Gonçalo/ Madeira
) a vencer a 4ª classe. Objectivo alcançado, e o
Marcelino ofereceu-me a maior prenda de sempre um carro com
rodas de arame (verga), ligado por uma cana vieira a um
guiador de verga que conduzia como se uma viatura de verdade
fosse .
A minha mãe(
estando o meu pai em Macau que, então, pelas leis
vigentes não podia casar com ela -o que, lhe deu
bastante jeito, para poder namorar ) com a sua coragem e visão
colocou-me no liceu.
Fui aluno de
quadro de Honra, e fui escolhido pelo Padre Vidal para ir para a
JEC ascendi a secretário diocesano, com colegas, hoje, gente muito rica e
poderosa na Madeira
O mesmo na
Mocidade Portuguesa fui convidado pelo comandante do Centro a ser graduado.
Fiz uma carreira Fulgurante. Realizei atividades mil : cultura,
arte, jornalismo desporto e acampamento , apoiado pelo dr. Basto Machado,-
nunca me disse não a NADA. Li Marcelo Caetano, gostei do que li
para a juventude . Deveria atingir o topo de carreira em 65/66, como me
foi prometido no palácio da independência em lisboa, era
reconhecido por ser o escolhido para intervir, mas com
a morte do Dr. Basto Machado. por comportamentos prepotentes,
incompatibilizei-me com um Dr.Brás, porque perseguia o meu colega Ramos
Teixeira .Passei a ser perseguido . Fui impedido de
entrar no liceu, em 1966, e ameaçado que não me dariam
o certificado do 7ºano ,para o meu ingresso na
Academia Militar O melhor advogado do
Funchal Dr. Lima, pela acção solidária de umas bisnetos do
general Sousa
Teles, defenderia a causa, o que, levou o reitor do liceu a ceder,
safei-me de má.
O meu pai
morre, tudo se complica. Passei de menino de bem a pobre.
Aquele estado dava-me 100 escudos por mês, menos 1
de imposto de selo para sobreviver. Tempos difíceis,
mas gloriosos, com a alegria máxima de ser aluno de 19
valores a filosofia com os srs doutores Aragão e Horácio Bento
de Gouveia, e com discussões vivas, por exemplo, por causa
da muita utilização que fazia da palavra coisa ,todavia- a
corrente/torrente de ideias explicava a coisa... coisas …
De Salazar nada
sabia. De Marcelo gostei por defender -
NÃO HÁ
MELHORES CHEFES PARA JOVENS QUE OUTROS JOVENS .
Da Igreja
desconfiei que fossemos todos filhos de Deus iguais, mas até aos
21/22 anos de idade ainda fui católico, e andei na Conferência de
S.Vicente de Paulo na Academia Militar com o
Padre Gamboa .Com ele provei, pela 1º vez, champanhe made
in França. Vivi a pobreza
dos bairros
da lata na Amadora . Fui padrinho de baptismo de uma criança, desencontrei-a
,lamento . Também encontrei um idoso vigoroso aos 80 anos,
vivendo de alhos embebidos em álcool
1967- 1971 INGRESSO E VIDA NA ACADEMIA MILITAR E
TIROCÍNIO NA ESCOLA PTÁTICA DE ARTIHARIA EPA
Aquela viagem de avião, naquele aeroporto, no
rabo da lancha-último banco- na companhia do terror das matemáticas,
o Camachinho, que me reprovou no 6ºano, acho que por ter ido para MP e do meu
camarada Spinola.
Vinha com média de 14 valores do Liceu, alínea F.
com prêmio de bem comportado e aluno - o POEMA IF-nunca desistas
! Dito e feito -SEGUI-O, SEMPRE! Fui dispensado das provas culturais de
admissão á AM - era distinto, logo.... Fiz as outras - saltar a vala,
coisa e tal, mas passei. Ingressei.
1ºano- Na Madeira era um rapaz muito importante e de muito
poder: sempre o líder nomeado ou informal - era o maior! Ah!...ah!.. Na
AM , como infra ( aluno1º ano), tratavam-me mal, nas praxes 36
degraus abaixo de polícia ,detestei os patetas. Adorei os inteligntes -o
Vendas camarada 4º engenharia - Num dia ia enfiando a mala de
madeira da ordem pela cabeça abaixo de um - era um idiota. (Desculpei-o,
no 16 março 74, participou no levantamento das Caldas.. but... coisas... )
Fui para a artilharia- A DEUSA - Os
senhores alunos de artilharia Ponces de Carvalho e Godinho,
camaradas do 2ºano, eram diferentes. Fui chefe de curso Gramei. e, mais
ainda, no Tirocínio, quando nos recusamos colectivamente, perante o
poderoso capitão Abrantes, a fazer as provas do pentatlo, porque não cumpriram
com o que nos tinham prometido. Ameaças : fim da vida militar, mas
mantivemo-nos. Grandes Putos! Passei, após o tirocínio a ser o nº2 do
curso, dizem que por causa de uma prova de
armamento-não gravava nada pistolas, ou G3, nem gramo ..coisas.. só
canhões... coisas...
Janeiro 1971 até dezembro instrutor - ADOREI
DEZEMBRO 71 -DEZEMBRO 72 A GUERRA
Lumbala Velha ,Cavungo, Mucaba , Negage , Damba
Logo cheguei ,a Lumbala Velha, alferes ,23 anos de
idade, fui comandar 150 homens-rapazes -UM ROMMEL - vi e DECLAREI
AO SR GENERAL Bettencourt Rodrigues -esta guerra é um
disparate Militar! Venho da AM ,o que aprendi aqui não posso praticar ,
nem viaturas tenho . "Mas temos fazer a guerra com
os meios que temos." Diz-me o poderoso General Desencanto total
o meu.
pag diário de guerra
E toca a andar para outra companhia -Cavungo:
desencanto, indisciplina, com um comandante de batalhão ausente ,e o
2º comandante pior que tudo- estou lixado! Ai o meu destino !
Idas à noite às senzalas para aquelas relações sexuais-
não vou. Devo ter ficado com bom rótulo. Sou
preparador físico da equipa de futebol ,vencemos,
e metade do vencimento foi-se nas comemorações .Os jovens negros
do Cavungo celebram a nossa vitória .Uma operação militar a 1º
com dois grupos de GE.S (para militares angolanos ) rivais, será que
o capitão Renato queria que eu VOASSE?
Valeu a camaradagem, o dar escola para os
militares analfabetos e a discussão com o administrador civil do
Cazombo- um esperto que julgava que mandava na tropa,mas em mim
- não. Fugiu para dentro do posto, se não coisas... depois
participei dele.
Gramava a malta, mas de novo vou a caminho de Mucaba. Um
Alferes diz-me que, apesar de muito exigente , era um chico porreiro:
gostei ( o Arinto na sua obra " também o
diz- Bem-Haja! )Vou fazendo um diário desta tragédia.
MUCABA MARCO 72
O capitão Figueiras vai de férias durante um mês, fico
comandante interino, altero procedimentos, declaro itinerários
interditos ,não podia fazer, erada competência do governador de Carmona. Sim, mas
só há escoltas para os mercados terças e quintas , Dou a companhia como
Inop , faltam viaturas, lá vem um tenente-coronel com uma coluna
de viaturas. Come fruta a mais ,e passou mal a noite, tive pena.
Em Mucaba por ofensas aos militares
cabo-verdianos foi detido em terreno sagrado da
companhia, o sobrinho do branco mais poderoso de Mucaba, o sr. Artex , foi
detido, e depois mandado libertar pelo administrador de Carmona
.Esteve preso muma frigideira feita para negros/pretos .
Participo numa operação na Serra de Mucaba- o
diabo da G3- a canhota. entra terra dentro,
quedas de metros, chuva,
bicharada. Morre o cabo Antunes gramava-o e tinho-o
praxado antes e gozado com o tipo de guerra
dele- transmissões-Cabo Antunes tombou; dor, revolta. Antes
tombara o alferes Milheiro, um pacifista, como amigo ,dialoguei muito
com ele.
Geri
conflitos passionais, exigi disciplina, cumpri ,
fui camarada. Adorei comandar, senti-me ROMMEL, a minha
referência militar.
Depois o Capitão Figueiras, na sua 3ª comissão, disse
-me que não podia alterar o protocolo do seu comando , até por
causa dos soldados- hoje, considero que o meu capitão tinha
razão, mas tinha 23 anos- uma razão infinita e não concordava
com o seu comando cansado.
Comemoramos a Páscoa 72, com Missa campal e um desfile
militar- acto louco de um jovem temerário -
desfile em mucaba
Adorei comandar e ser independente. O
comandante de batalhão estava a 200 km e tínhamos como fronteira
a GUERRA: minas ,emboscadas, logo, era mesmo independente
NEGAGE 72
Baterias de artilharia. Acções de artilharia com o obus
10,5. Unidade calma de mais, com 3 militares complicados que se
julgavam donos da unidade , mas acima de mim só o capitão: nem
Valente, nem Vinagre, nem Martins ponto. Caso arrumado, por processos
expeditos. Operações de artilharia com o posto de comando a pedir
fogo para além do alcance das armas, e estas a não poderem
avançar mais, cercados pelo mato, fim da picada, ponto . O soldado de
sentinela que vê o IN(turra) a deitar fogo pelos olhos,
mas eram as pacaças, quando levavam com a luz da
lua nos olhos e enviavam raios de luz. Esclarecida a
situação,alto fogo, tudo regressa ao normal,fica o registo . Depois
aquele erro no posto central de tiro (PCT) e lá vai granada pesada para
cima da companhia de comandos : AI! AI! !.LIVRE-NOS DEUS DA NOSSA ARTILHARIA,QUE
DA DO INIMIGO LIVRAMO-NOS NÒS.(OLHEM que não ingratos, erros são erros
E que cagaço! A Artilharia intimida. Discurso no aniversário da
chegada da bateria ao Negage: VIVA A ARTILHARIA a DEUSA, e
nós somos de facto dos melhores soldados do Mundo. O conjunto
musical do Batalhão da Damba vem à BTR e, em minha
honra, tocam o bailinho da Madeira Obrigado!
E lá vou de partida para a Damba, sede do
Batalhão - os ases : paus, copas etc e no centro o te fo..s, dizia-se...
coisas..
DAMBA- AGOSTO 72
Sede do Batalhão, no meio de oficiais
superiores estou tramado, escrevo no meu diário; não os entendo e
eles nunca me compreenderão, e, assim, aconteceu ,durante toda a minha
vida militar -
No batalhão sou adjunto do oficial de operações de
segunda a quinta, de sexta a domingo oficial de operações, porque o
nosso major na coluna do amor, como diziam os soldados ,à
quinta ia da Damba para o Negage, e ficava eu ali e o comandante que
percebia muito de piano e pintura e nada de guerra, nem sabia ler a carta
de 1 para 250 mil, marcava com lápis zona a bater para toda a
comissão, nunca para os 4 dias, de operação, lá o major o tinha de
corrigir .Era um bom homem, mas os conflitos chegam - pudera !
Ao nosso alferes, chama-me o comandante, mas nosso
alferes, não é comigo - OH Alferes Andrade da silva! Ah sou eu .
Diz-me: como homem posso ser um m..das, mas comando 600
homens, e você como alferes QP devia tratar-me -frito
e cozido etc.
Mas o meu comandante trate-me, como aos outros, eu
como eles. ao meu comandante Retorqui. Tudo esclarecido. o sr. comandante
dava festas quando vinham coronéis do comando do sector, e não
ligava puto aos nossos capitães das
companhias, discordava etc., mas segundo o oficial de
operações era o critério de comando ponto, discordava e discordo ponto. O
sr tenente coronel não percebia nada daquilo, e eu era arrogante. Dei
aulas e encontrei no aluno negro atrasado catorze um rapaz brilhante nas
teorias de conjunto-fiquei admirado, Servi de enfermeiro a ajudar a meter tripa
fora do abdómen- bola rosácea mal-cheirosa- no respectivo abdómen,
Em 13 Novembro 72 envio um aerograma ao meu camarada
Alferes Custódio Pereira a dizer que os subalternos tinham de se sublevar
, estavam a brincar connosco numa guerra perdida: já tropa
portuguesa assaltava quartéis da Polícia Militar em luanda.
cópia aerograma enviado
Eram uns parvalhões, ainda tive um conflito
com um-OH tu! Julguei ser um amigo, mas não, era por causa
do cinturão e da boina, então, retorqui-lhe venho
do mato sabe e oh tu!, nunca andei consigo na mesma escola, ponto.
Sanou-se o diferendo .Depois deu-me boleia para o quartel do adidos em
Luanda, para não infringir mais os regulamentos deles .Obrigado !Deu jeito
Adeus Luanda ,onde, numa noite no terraço da messe com
martini comi 8 ovos cozidos, segundo depois me disse um meu
amigo da Madeira. Nunca mais o vi será que ????
Adorei que os soldados me tivessem dado o cognome de
"Vaidade e SIlva", antes, detestei ,porque pensava que a paternidade
era de um furriel, filho de Champalimaud, militar ,para mim,
antipático.
Vaidade e silva
Sim!
tínhamos como probabilidade quase de 100% de sermos recebidos à bala pelo comandante, o que, todos desprezaram e desprezam- UMA VERGONHA
MILITAR, NACIONAL E MORAL .
Durante a Revolução ( que é um TSUNAMI SOCIAL) de 25 de Abril74,a 25 de Novembro 75, sempre defendi, e procurei realizar, no terreno, como delegado do MFA ,eleito, o IDEÁRIO/ IDEAL DO MFA ( as provas são muitas, mas não importam a nenhum DDT e seus séquitos, mas refiro-as para que CONSTE- um DEVER MORAL E DE CIDADÃO)
Assim, em74/75 referia que os problemas do Alentejo exigiam o concurso do PS e PCP, os sectários não o permitiram
Relatório do general Ajudante general, de 14 de Março 1977, sou acusado
- de ter praticado actos que justificam que seja submetido ao vosso julgamento ( Conselho Superior e Disciplina o Exército)
- assim este oficial ...no período entre 25 Abril 74 e 25 Novembro 75 (sic), é acusado de ser directo responsável pela conduta de actos que facilitou directa ou indirectamente, que a seguir se indicam em resumo:
- participação destacada em algumas ocupações ilegais e violentas de herdades, nomeadamente do Hotel Planície em Évora , em 1 Agosto 75 ( a verdade: participei em muitas acções para colocar as terras incultas a produzirem, então, o MFA não abordava a questão da titularidade da posse da terra que seria discutida em sede da lei que até Agosto 75 não fora promulgada, aumentando nesta data os movimentos, estes sim, gigantescos de trabalhadores, como foi o caso do Couço)
-em 15 de Outubro 75 incita os trabalhadores a participarem numa manifestação SUV ( nunca ouvi falar da sua existência em Évora) a fim de contestar o comandante da RM Évora ( brigadeiro Pezart Correia);
- Em 25 Novembro 75 desloca -se de Évora a Vendas Novas sem a devida autorização, e, aparentemente troca impressões genéricas sobre situação com vários elementos da Escola Prática de Artilharia (A verdade: desloquei-me, porque o Quartel em Évora era dos 9, não sabia nada do que se passava, e o Pinto Sá (pai) de Montemor disse-me que os capitães Ferreira de Sousa e Amílcar tinham sido presos e a seguir seria eu. Como delegado do MFA em toda a região militar não precisava de autorização para me deslocar, aliás, fiz muitos movimentos sem guia de marcha, para não receber ajudas de custo);
- ter interferência na tentativa de desmobilização dos Soldados do Regimento de Cavalaria de Estremoz que às ordens do PR, em 26 de Novembro se dirigiam para Lisboa (falso nunca os contactei);
- ter telefonado para o Copcon avisando da passagem daquela coluna pelo Vimeiro:( uma verdade, pois devia fazê-lo)
-è acusado de ser um individuo ( deixei de ser capitão ou oficial) exuberante, ( esta, ADORO) imbuído de fanatismo ideológico, impulsivo e imponderado, sendo os próprios superiores que se pronunciam desfavoravelmente em relação à sua personalidade e maneira de ser ( tinha 25/26 anos) que pretende impor a sua opinião contra tudo e todos ( dizem estes bons amigos,e os bons democratas de hoje e sempre, nisto há uma santa e diabólica aliança, entre abúlicos, covardes e sou pior que o diabo, porque eles sabem o que penso sobre essa gentalha, são um vómito) abusando das suas atribuições Não se inibiu de mandar prender civis por motivos estranhos às autoridades militares, fixando até prazos para essas prisões ( se pudesse prender teriam ido dentro muitos latifundiários por puro roubo e sabotagem e militares, ditos de Abril, por traição e comportamentos em favor dos fascistas e os pides –os torturadores . Pedi o julgamento destes criminosos - que mataram nacionalistas africanos às postas - nas assembleias do MFA ao Generais Costa Gomes, Vasco Gonçalves e Fabião);
- em 1975, num comício (?) em Coruche declarou que os trabalhadores poderiam assaltar a casa dos patrões e apropriarem-se dos bens, quando não lhes pagassem os vencimentos ( nunca o disse, mas... de qualquer modo pagaram, quando intervim, milhares de contos de vencimentos em atraso, como, por exemplo, no restaurante o Fialho de Évora,etc etc Então, quem trabalha não tem de receber um justo,que rara vezes é,vencimento? Exigir isto é ser comunista, ou imponderado, ou impulsivo?
- em 13 Março 1975 em Coruche incitou à violência e ao saneamento de várias individualidades ( a verdade: neste dia, após o 11 Março 1975, o povo derrubou as estátuas do major Oliveira fundador da PVDE e a de Veiga Teixeira, pai, pedi para guardarem as estátuas, podiam servir para obter fundos, pura e simplesmente acompanhei as populações, quanto à do Major sem nenhuma hesitação);
-Promoveu um plenário da associação de Regantes do vale de Sorraia, introduziu elementos estranhos e segundo indicações do PCP local saneou os corpos gerentes ( a verdade: houve o plenário, sei lá eu quem lá estava, para pedir contas ao filho do engenheiro Rapazote, que perante a pressão demitiu-se, o que, até considerei precipitado, mas...eu não era Deus, nunca fui, logo...)
- procurou impor um contrato ruinoso de arrendamento rural (falso nunca estive em nenhum, mas neste caso esteve um elemento da minha equipa, o furriel Sequeira, sobre a queixa nada sei, porque foi feita contra mim, pós 25 de Novembro, já lá não estava, mas a orientação estrita era respeitar os direitos das partes, e o furriel Sequeira falou do livre consentimento do dono, o que, julgo ter sido o caso, naturalmente do modo que sendo justo cobrisse a injustiça que estes proprietários provocaram durante anos contra os alentejanos);
Interferiu num interrogatório na EPA, fazendo comentários não reproduzidos que levou um seu superior a ter necessidade de intervir ( Falso, o que aconteceu é que uma herdade do Sr. Vacas Carvalho de Montemor foi ocupada pelos trabalhadores, e quem lá esteve foi o meu camarada capitão Castro Pires e não eu, mas a este capitão o sr. Vacas de Carvalho tece rasgados elogios, todavia porque estavam armados com espingardas automáticas o capitão Castro Pires traz toda a gente para o quartel de Vendas Novas, onde, me encontrava. Neste caso, como em quase todos os complicados foi- me pedido para intervir pelo tenente coronel Segurado 2º comandante da EPA, e a frase não reproduzida, mas que devia ter sido foi esta: SE TENTAREM, COMO PRETENDEM, REOCUPAR A HERDADE PELA FORÇA, TERÃO PELA FRENTE UM FORÇA POR MIM COMANDADA COM AS ARMAS APONTADAS PARA VOCÊS, PORQUE JÁ SE DERRAMOU MUITO SANGUE DE TRABALHADORES, E AGORA, SE HOUVER DERRAMAMENTO DE SANGUE JÁ NÃO VOLTARÁ A SER DO DELES - honro- me desta declaração, e eles desistiram do seu intento, porque sabiam que não haveria contemplações.
- Chamou ladrão e fascista a um civil que manteve preso durante 5 dias ,é referido um tal António Vicente de Carvalho ( como podia prender se não tinha nenhuma prisão ou coisa parecida? Chamar ladrão e fascista raras vezes o fiz, mas admito que tenha feito umas quantas vezes, ninguém é de ferro);
- no Escoural intimou o dono do cinema a dar as chaves deste ao povo, sem cuidar dos seus direitos (os factos: é verdade, o cinema estava transformado em celeiro, ficou assente que o povo do Escoural, pagaria uma renda, mas o cinema teria de funcionar, obviamente );
- em 13 Março 75,pelas 4 da Madrugada dirigiu-se com vários civis e militares a casa de Vacas Nunes em Montemor, tendo arrombado uma janela e entrado na mesma, antes tinha dado uma rajada para o ar ( reportei-me anteriormente a este facto
25
NOVEMBRO 75-
RENASCER APÓS A HECATOMBE E PERSEGUIÇÔES DE NOVEMBRO
MILITAR
1980 - 2008
Cumpro 12 anos de serviço como capitão. Comandei companhias de recrutas na Escola Serviço de Transportes (EPTS) Figueira da Foz .Fizemos tropa, cultura, arte, camaradagem -Tive também problemas por causa da qualidade da instrução e outros comportamentos de honestidade duvidosa (???) Mas adorei comandar as companhias de recrutas, que como regra, que sempre cumpri, se pronunciaram sobre o meu comando e me revelaram disfunções que através desses documentos tomei conhecimento e corrigi, como o caso de praxes,
Fui preterido na promoção a Major lutei e venci. Tive o apoio do Major advogado Gusmão Nogueira. Levo o exercito ao Supremo Tribunal Administrativo. O meu comandante da EPST Cor. Gonçalves fez sentir junto do CEME que aquela preterição não fazia sentido, pois como capitão fui louvado pelo sr. general comandante da Região Miliar de Coimbra. Sou Promovido-
1987 -2008: Major a CORONEL PSICÓLOGO MILITAR E PROFESSOR MILITAR
Uma experiência extraordinária, desde logo, pela licenciatura de psicologia (1988-93). Encontrei professores Maravilhosos: drs Orlando e Armando , Helena Marujo e outros, e colegas extraordinárias: a Susana, a Meirelles, o meu camarada Silva Pinto , e outros a copiarem nas provas -uma vergonha - contra o que me insurgi, e fui agredido chamado de militar de um exército derrotado- Merecendo a seguinte caricatura que tudo perdoa.
No Centro de Psicologia Aplicada do Exército (1993-2008 ) desempenhando, sucessivamente, as funções de chefe de Gabinete de estudos , gabinete de psicologia , subdirector e director. Foi uma aventurosa ventura, actuando e fazendo evoluir procedimentos nas selecções, estudos sobre o sentir dos militares do regime de contrato, o pulsar da juventude portuguesa estudante entre o 9ºano e o 12º anos quanto à vida militar - uma juventude maravilhosa com 23% disponíveis para o RC e não para o serviço militar obrigatório -UM NÃO REDONDO
Foi grandioso nas entrevistas psicológicas verificar que os valores que me levaram a concorrer à Academia Militar se mantinham incólumes naqueles jovens: Servir o pais, o risco, actividade e a camaradagem
Acompanhamos todos os batalhões das Forças Nacionais Destacadas (FND) constituída por grandes portugueses, como observamos no terreno. Pessoalmente o vi com duas idas à Bobina, uma ao Batalhão do tenente coronel Cuba, um enorme camarada e comandante Montamos um esquema de apoio aos militares e suas famílias, como aconteceu no caso do soldado Ribeirinho tombado em Timor e com o sargento Roma Pereira do Alandroal - Presentes. Também os DFA. instrução de comandos etc estiveram presentes e fizemos um trabalho de investigação científica muito difícil, e até então único,o entregamos ao governo, foi objecto de uma reportagem e na TVI e editado pela AOFA. mas...
Neste intervalo, volto a ser preterido na promoção de tenente- coronel para coronel ,por causa dos idos de 74/75. Muitos oficiais generais não concordaram: generais Aranha, Garcia Leandro . Lisboa etc- era impensável, e com atraso de um ano fui promovido Recorri ao comandante supremo das Forças Armadas dr Jorge Sampaio que disse que "a justiça um dia chegaria nem que fosse a de Deus" .Agradeci e espero que agora Deus o recompense .
PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR TÉCNICO DO EXÉRCITO
Foi importante e muito enriquecedora esta experiência como professor na Escola Superior Politécnica do Exercito -cursos a sargentos para ingressarem na classe de oficiais. Aprendi muito no contexto das cadeiras de Introdução ás Cincias Sociais, Comunicação de ideias e Psicologia da liderança com os alunos e eles receberam a norma didáctica que iam desaprender bastante do que apreenderam, para reaprenderem , também o fiz e continuo a praticar . Em 2007 encerraram esta escola de qualidade. Não concordei, não concordo .. mas
Enfim ...
Os bojadores e as armadilhas foram muitas vencia-as/vencemos. Trabalhei com grandes portugueses; todas e todos os oficiais ´,sargentos e soldados do serviço de contrato , a maioria dos meus camaradas capitães e oficiais superiores do QP e a maioria do pessoal civil, nomeadamente, as senhoras da limpeza que no meu aniversário me ofereciam um ramo de flores .
O CIDADÃO
FAZER UM MOVIMNTO/ PARTIDO MFA CIVIL
Em 77/78 com outros, nomeadamente, o capitão de Abril Fer... de Sou.. e o presidente da Câmara de Barrancos , antigo Alferes Guerra, reunimos na casa do Alentejo para tentarmos institucionalizar o pensamento do MFA: DEMOCRACIA PARTICIPATIVA; DEENVOLVIMENTO; DIGNIDADE
Uns espiões que se fizeram passar por amigos do projecto foram-nos referir ao seu partido, como uma grave ameaça aos seus domínios , e, logo, desertaram e morremos na praia-AGENTES TOTALITÁRIOS
2008 - MOVIMENTO NOVA ESQUERDA
Em 2008/ 2009 surge o Movimento Nova Esquerda, sou convidado por um dos seus fundadores Eduardo Milheiro ( não concordo com o nome, mas já estava baptizado) e DEFENDO:
Car@s amig@s,
Com pessoas de várias áreas profissionais, sociais, ideológicas, partidárias e sindicais (das esquerdas) estamos a organizar um apelo/abaixo assinado (ver documento em anexo) para que, se se verificarem determinadas condições (caso contrário o apelo/abaixo assinado não será divulgado: será pura e simplesmente posto de lado), os vários partidos de esquerda procurem conversar e entender-se com vista a uma solução de governo (coligação ou acordo de incidência parlamentar) apoiada pelas esquerdas no Parlamento.
As condições para a divulgação do apelo/abaixo assinado são:
O PS ganhar com maioria relativa (de deputados) e os partidos de esquerda (PS+BE+CDU ou PS+BE ou PS+CDU) terem juntos uma maioria absoluta de deputados no Parlamento.
Sublinho, se e só se isto se verificar, o apelo/abaixo assinado será divulgado.
Entre o conhecimento dos resultados (27 à noite) e a divulgação pública do apelo (estimada para 29, em conferência de imprensa), caso se verifiquem as condições, esperamos ainda conseguir bastante mais assinaturas de pessoas dos vários partidos de esquerda (muitas delas foram já “postas ao corrente” de que uma iniciativa deste género estaria em marcha, e afirmaram estar, em principio, disponíveis para a apoiar).
......
Se estiver de acordo e quer assinar/divulgar publicamente o seu apoio à iniciativa, diga-me por favor nome e profissão/cargo profissional com que quer ser apresentado.
Esteja ou não esteja de acordo, agradeço SIGILO ABSOLUTO sobre a iniciativa até dia 28 de Setembro quando, se se verificarem as condições, faremos divulgar preliminarmente a inciativa.
Se tiver mais nomes (e emails) de pessoas de prestigio que pense possam engrossar e enriquecer a iniciativa com o seu apoio, agradeço tais sugestões.
A MINHA RESPOSTA
De: Andrade Silva <
Assino-o:
Andrade da Silva, coronel reserva, licenciado em sociologia e psicologia, " capitão de Abril".
abraço"
O projecto NOVA ESQUERDA morreu pela dissidência interna entre os pró Manuel Alegre e pró Fernando Nobre nas presidenciais.
A posição de alguns era somente pró DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO , DIGNIDADE. Fazia parte deste grupo, perdemos...
Contra esta demanda de ferocidade, novamente, em 2013, com o capitão de Abril Serafim Pinheiro e outros capitães de Abril andamos no projecto VIVER ABRIL HOJE > CONSTRUIR O FUTURO, mas uma vez mais dados militantes receberam ordens para desertarem ,e cumpriram a deserção.
Comemorámos de um modo vivo o 25de Abril 2013 e, em poema, pedimos ao TEJO -FUTUROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!
EIA!
5 de Outubro 2020
De novo, no MANIFESTO 2020, de novo, com o Capitão de Abril Serafim Pinheiro e outros capitães da sociedade civil e as jovens Raquel Filipa e Ana Mota
Manifesto silenciado por toda a comunicação social, que o recebeu. Foi remetido a todos os candidatos Presidenciais. O candidato Prof Marcelo Rebelo de Sousa, leu-o e comentou-o ,em texto manuscrito.
O objectivo do manifesto foi, é, será dar pistas ,rumos certos, para a construção de uma sociedade nacional, regional e mundial justa, equitativa, una, progressiva -A SOCIEDADE HUMANA UNIVERSAL, para evitar a DESTRUIÇÂO DA HUMANIDADE em que os DDT que escolhem, ESTÃO A ESCOLHER O GENOCIDIO, desde há bastante, para 1/3 a 2/3 da humanidade, como a National Geographic tem referido.
(2018.. ( ASSOCIACÂO SALGUEIRO MAIA(ASM)
Desde 5 Dezembro 2018 sou o presidente da ASM , e como capitães designados por Salgueiro Maia... somos todos capitães... procuramos cumprir a missão que a todos atribuiu defender abril.. uma missão quase impossível, mas que vamos tornando possível na dimensão local( sede em Santarém no antigo quartel da EPC) regional, nacional, lusófono
e ainda associado da AJA, da Alma Alentejana, Apoiei como psicólogo e associado da associação Tito Morais o grupo de apoio a Escolas "TODOS PRESENTES", divulgo o feito 25de Abril 74 por toda a parte de Norte a Sul o feito:, Almada, Vila Franca de Xira, Lisboa, Arruda dos Vinhos, Vieira do Minho, Marco de Canaveses, Beja
CONSTATAÇÃO
HOJE, 5 de Outubro 2021
Lutamos com CORAGEM. mas os GOLIAS E A COVARDIA campeiam, pelo uso sistemático e TOTAL dos instrumentos: digitais da censura e pensamento único, os financeiros e os económicos ao serviço da SEMI-DMOCRACIA em que vivemos, ameaçada pelos muitos pseudo-democratas a governarem e pela "Besta" neofascista emergente
Vivemos, hoje, num circo romano, sujeitos à tortura dos poderosos donos do digital e das finanças com o consentimento, cumplicidade indiferente de mais de 90% da população que se acomoda a este pensamento normativo para poder dizer o que lhe apetece e seja inofensivo ( ensopado de cabrito, ida à praia, abraço e beijo) dentro dos limites supostamente consentidos, mas que nem existem, o piloto automático faz o que quer, e, depois, é sancionado por humana, ou sub-humana gente??
..... quem faz o que pode .... faz o que deve.. ( e devia)
Abraço
asilva
2 comentários:
Abril é uma urgência Universal
Abril é uma urgência universal
O mundo fraterno a construir
O uivo a florir no vendaval
De maculadas pombas a cair.
Abril sobre o vácuo do sentir
Mais um Abril aurora flor de luz
Incendiando os olhos do porvir
Na vastidão a previdência de Argus.
Um grito do pensar nova razão
Estridência de seara a repartir
Onde cada se humano seja irmão
E a evidência o tempo a construir.
A bruma do pensar que se desfaz
Ribeiras transparentes a correr
Para que possa enfim surgir a PAZ
Onde a lei final será viver!
Marília Gonçalves
Abraço entre tanta bruma e silêncio uma voz de uma capitã, da DIÁSPORA.
Outras capitães e capitães poucas/os disseram da sua justiça.
Confirma-se o texto.
PERANTE O.......
NÂO DESISTO
HONRA,
SERVIR,
HISTÓRIA,
PORTUGAL
UNIVERSO
beijinhos
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