*
Há, nesta terra, a raiz,
o caule, a dourada espiga
e a fome, numa cantiga,
desencontrando um país.
*
Há saudades do Passado,
há saudades do Futuro
no meu país que procuro
em cada arado parado.
*
Há mais joio do que pão.
No abandono da paisagem,
apenas, à sua imagem,
o peso da solidão.
*
E os silêncios e os adis
já nem guardam na lembrança
as searas de esperança
na promessa de um país!
*
Há, apenas, os presságios
de temores e procelas
arrastando as caravelas
para quantos mais naufrágios?
*
Ah, que nesta dor extrema,
de ansiedade permanente,
seja salvo, novamente,
o meu país, num poema!
*
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 10 de Setembro de 2010
3 comentários:
Caro José Augusto
Bem Haja
Os Néscios replantaram nas terras de pão e searas, o desero e abandono, mas há nomes, gentes e factos historicos responsãveis. Se as terras so Alentejo deram pão com a Reforma agrária, as terras do Alentejo passaram a parir pó com a lei de António Barreto, porquê, em nome de quê,de Portugal, não, por certo?
abraço
asilva
Caro José Augusto
Bem Haja
Os Néscios replantaram nas terras de pão e searas, o desero e abandono, mas há nomes, gentes e factos historicos responsãveis. Se as terras so Alentejo deram pão com a Reforma agrária, as terras do Alentejo passaram a parir pó com a lei de António Barreto, porquê, em nome de quê,de Portugal, não, por certo?
abraço
asilva
A minha gratidão, meu prezado Andrade da Silva.
Até sempre!
Grande e fraterno abraço.
José-Augusto de Carvalho
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