terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O SILÊNCIO COMO SABEDORIA E OS ACTOS DE FÉ, SÃO A MESMA CRUZADA CONTRA A LIBERDADE.




O silêncio como sabedoria foi imposto por todos os fascismos do Mundo, e continua a ser a REGRA DE OIRO DE TODOS OS TOTALITÁRIOS.

 Mas se o silêncio fosse a  sabedoria, o lugar mais sábio seriam  os cemitérios. Mas que eu saiba, aí, a única coisa que realmente acontece é a transformação dos corpos em pó, porque nem a presunção, nem a vaidade acompanham o defunto que desce à cova.

De resto que cada um seja sábio à sua maneira, mas certo, certo, é  que, quem  é alfabetizado e lê, quando lê, só as gordas dos jornais, e não consegue ler mais de três linhas de qualquer obra universal, ou outra, está longe de ser, ou vir a ser um sábio, ou, sequer, um cidadão, ou sequer desenvolverá adequadamente o potencial das suas sinapses ( o que, também  digo, como técnico na área da psicologia cognitiva - comportamental)

A história, como hoje, dizia Eduardo Lourenço, é sempre cruel e, por vezes, trágica, e, outras vezes  ainda é as duas coisas em simultâneo, foi assim, segundo ele, na Guerra colonial, e poderá ser outra vez e mais outras vezes ainda e, assim, sucessivamente, nestes tempos que passam e nos vindoiros. Por  tudo isto não admira a defesa dos silêncios e dos actos de fé sobre todo o pensamento divergente, e as leituras apressadas sobre os discursos que convergem com o pensamento semi-único, ou único.

 Todavia, e  sempre, na noite mais escura haverá luzeiros que não se apagam, porque há quem não se renda à indignidade do pensamento prisioneiro.

 Portugal, a Europa e o Mundo precisam do Pensamento livre, e, como dizia Cesária Évora, convivendo e partilhando  com humildade, tornamo-nos melhores e mudamos o Mundo.

O que menos falta faz ao futuro, são os pensamentos rotineiros com a mesma consequência dos que avançam para o Futuro rodando eternamente em torno de um ponto, virtual, mitológico. Avançar é diferente de andar em círculo.

andrade da silva


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