O silêncio como sabedoria foi imposto por todos os fascismos do Mundo,
e continua a ser a REGRA DE OIRO DE TODOS OS TOTALITÁRIOS.
Mas se o silêncio fosse a sabedoria, o lugar mais sábio seriam os cemitérios. Mas que eu saiba, aí, a única coisa que realmente acontece é
a transformação dos corpos em pó, porque nem a presunção, nem a vaidade
acompanham o defunto que desce à cova.
De resto que cada um seja sábio à sua
maneira, mas certo, certo, é que, quem é alfabetizado e lê, quando lê, só as gordas dos jornais, e não consegue ler mais de três linhas
de qualquer obra universal, ou outra, está longe de ser, ou vir a ser um sábio,
ou, sequer, um cidadão, ou sequer desenvolverá adequadamente o potencial das
suas sinapses ( o que, também digo, como
técnico na área da psicologia cognitiva - comportamental)
A história, como hoje, dizia Eduardo
Lourenço, é sempre cruel e, por vezes, trágica, e, outras vezes ainda é as duas coisas em simultâneo, foi
assim, segundo ele, na Guerra colonial, e poderá ser outra vez e mais outras
vezes ainda e, assim, sucessivamente, nestes tempos que passam e nos vindoiros.
Por tudo isto não admira a defesa dos
silêncios e dos actos de fé sobre todo o pensamento divergente, e as leituras
apressadas sobre os discursos que convergem com o pensamento semi-único, ou
único.
Todavia, e
sempre, na noite mais escura haverá luzeiros que não se apagam, porque
há quem não se renda à indignidade do pensamento prisioneiro.
Portugal, a Europa e o Mundo precisam do
Pensamento livre, e, como dizia Cesária Évora, convivendo e partilhando com humildade, tornamo-nos melhores e mudamos
o Mundo.
O que menos falta faz ao futuro, são os
pensamentos rotineiros com a mesma consequência dos que avançam para o Futuro
rodando eternamente em torno de um ponto, virtual, mitológico. Avançar é
diferente de andar em círculo.
andrade da silva
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