( Foto revista Visão. Círculos áreas de expansão os negócios da China)
" Conclusão"
Falo da “chinisação” da Europa desde 2008, porém poucos deram atenção a
isso, consideravam que a China era um regime comunista aplaudido pelos
comunistas, fechado sobre si, e ponto. Hoje, os capitalistas têm a China como a
grande banqueira e base territorial e de braços humanos escravos para os seus
negócios, e outros, que aplaudiam aquele regime ditatorial, lá vão dizendo que
o capitalismo é que está a dar cabo da China. Embora de modo diferente do que
pensam, provavelmente o regime chinês vai implodir
nas próximas décadas. Estando tão exposto ao exterior, dificilmente será
possível manter uma ditadura política e cultural, mas lá, onde, vive 1/5 da
população tudo poderá ser possível, mas…
Todavia, a realidade objectiva é que a China,
desde 1995 tornou-se um parceiro fundamental do Comércio, da economia e das
finanças mundiais. Em 1995 as transacções entre a China e os EUA/ Europa ( Alemanha, França) tinham um saldo zero,
conforme o referiu Medina Carreira, no seu último programa com Judite de Sousa,
mas hoje o desequilíbrio favorável à China e aos
países emergentes Rússia e Brasil é enorme, colossal, com a agravante que é a China que empresta o dinheiro aos
EUA e à Europa para comprarem o combustível, a energia, o gás e os objectos
transaccionáveis de que necessitam.
Como a foto, que acompanha este post, revela, e, contrariamente, ao que os
distraídos dizem, não foram só as empresas capitalistas que se deslocalizaram para China, mas também a China tem uma
nova geo- estratégia mais total que de D. João II, que com tratado de Tordesilhas, quis dividir os interesses emergentes entre Portugal e Espanha, isto é, quererá a China dividir o Mundo com alguém?
Não sabemos, o certo é que a China considera-se o Centro do Mundo, tem
expandido os seus negócios e interesses, como os vários círculos da foto representam para todas as partes do globo.
Agora chega a Portugal, a caminho da Europa, e em Portugal, a
política chinesa será quase inevitavelmente a de eucalipto: secar toda a industrialização do Ocidente, pois não há industria
europeia e americana que resista a uma sociedade de
produção, baseada em 700 milhões de escravos que ganham 1€/dia, isto é, a
estratégia económica Chinesa e de outros países emergentes têm, como
consequência a desindustrialização da Europa e da América, que só poderá
sobreviver, até que a China também alcance iguais ou superiores graus de
excelência, em sectores de grande inovação tecnológica, muito robotizados,
logo, com muito pouco emprego de mão de obra.
Com uma Europa e América desindustrializadas as consequências são
evidentes: degradação das condições de trabalho, menores salários, menos
direitos, em todos os campos -social, saúde, pensões para activos e
pensionistas; mais horas de trabalho e mais regalias
para os empresários, o que, corresponde à doutrina
de iminentes economistas chineses que prevêem que a China deve preparar-se, para alimentar os europeus com o envio de
sacas de arroz.
Apesar deste dramático quadro todo este processo pode ainda sofrer
agravamentos perigosos, isto é, o descontentamento geral, ou a incapacidade da
China em emprestar dinheiro aos Europeus e americanos
para comprarem produtos; ou outros factores económicos, mas também sociais ou
políticos podem levar a uma devastadora guerra económica.
Mas o que podemos fazer nós?
Em primeiro lugar ver se conseguimos ser mais
consensuais e analisarmos a realidade, pensarmos de um modo diferente,
alterarmos o nosso quadro mental e congregarmos esforços para mudarmos os
grupos dirigentes ( as elites) em Portugal e a
estrutura politica que sustenta sucessivas Governanças que não defendem os interesses do pais, nem se
regem por regras de probidade, honradez, equidade, honestidade e competência. A
sociedade portuguesa em que vivemos não está somente doente, está PODRE,
altamente, contaminada pelo vírus da imoralidade, ou das imoralidades, desde a
base (o povo) ao topo das elites.
Que fazer?
Extirpar a imoralidade que permite rendimentos imorais, como sejam ao lado
de vencimentos de menos de 500€/mês, haverem gestores que estagiaram nos
governos ou na Assembleia da República, jogadores de futebol, gente das TV ,
bruxos e traficantes de droga que recebem de centenas
de milhares a milhões de euros/ano; mas também a
impunidade – gente que é julgada, está condenada e não é presa, nem sequer
afastada dos cargos públicos; a completa desresponsabilização, politica, moral,
pecuniária e criminal pela gestão danosa em proveito próprio, de partidos ou de
amigos; a total passividade perante a incompetência, a corrupção, o amiguismo e
os esquemas, o que vale, é safar-se, ficar rico depressa, e parecer uma pessoa
de bem e de sucesso. Os métodos, o atropelo de valores, da dignidade das pessoas não contam mesmo nada.
A REVOLUÇÃO MORAL, INTELECTUAL e da INTELIGÊNCIA contra toda esta podridão é IMPERATIVA. É uma questão de
sobrevivência, em liberdade, para a Nação.
O nosso primeiro contributo para evitar a tragédia
mundial é mudarmos o nosso paradigma cultural, politico e
social, para o que, o País tem de descobrir entre os Portugueses outros grupos
de liderança, diferentes dos actuais.
É preciso, na minha opinião, como disse no programa da TVI, comemorativo do
25 de Abril, reinventar a democracia ou soçobraremos sem este novo acto
fundador, e esta tarefa é de todos e de cada um nós, até ao último suspiro da sua vida, com contributos, obviamente,
diferenciados entre jovens e mais idosos, mas que deverão convergir para uma
sociedade inclusa, sob o DESÍGNIO da Democracia, com Democracia, da DIGNIDADE
HUMANA e do DESENVOLVIMENTO.
Na próxima semana falarei de como uma governação diferente nos pode afectar
positivamente, e ajudar a Europa, a olhar com algum cuidado para as bombas
atómicas que lhe estão apontadas: a económica, mas também a demográfica.
12 Janeiro de 2012
andrade da silva
Sem comentários:
Enviar um comentário