Nota:
carta a uma amiga leitora do facebook
CARA
AMIGA Maria Joaquina
É verdade que faço análises ao que aqui (facebook) acontece, e uma das constatações é que a maioria das pessoas querem
simplesmente conversar, trocar ideias, através de pequenas frases com
determinado teor social, politico, cultural ou outro, e ponto.
É para
manterem os canais de comunicação abertos, nem de outro modo podia ser com os
milhares de interlocutores que têm.
Muitos dos que lêem textos, um pouco mais longos, fazem-no numa óptica partidária,
não admitem a divergência, e estão a
falar para os outros membros, não acrescentam nada, não há mais valia. Alcançaram
a verdade absoluta ou seja, o eventual e muito provável, ponto máximo da incompetência, se não
entenderem que ainda pouco sabemos, sempre.
Essas pessoas míopes não falam com, é como
fazem na vida real, falam, de um modo
vertical, para, por mais que sejam ignorantes mesmo ao nível ideológico, ou
mesmo de experiência de vida. Por isto e por muito mais, Portugal é um país condenado
à entropia e ao inferno, porque este comportamento tem impedido
que surja qualquer alternativa, como aconteceu durante 40 anos de fascismo.
Não fosse a guerra colonial e os militares, e sabe-se lá o
que teria acontecido, cada um pode dizer o que quiser, mas a realidade foi o
que aconteceu, ponto, como podem dizer o que vai acontecer, mas exacto foi o
que aconteceu e acontece.
Também nestes 35 anos de democracia ( doente e pobre)
nada mais houve que rotativismo entre os
mesmos interesses e ruído, como se houvesse um novo tratado de Tordesilhas
entre situação e oposição /ões. ( vou falar disto, aliás outros, de outro modo,
dizem o mesmo)
Maria
Quanto
aos que dizem que escrevo por narcisismo,
são restos do armário do fascismo, só que escrevo
desde sempre em cadernos.
Desde
1971, no meu diário de guerra falei de coronéis, capitães, generais, falei da
guerra em 71/ 72, e disse que estava perdida em 72, e era preciso mudar muito
em Portugal; escrevi o diário na minha deportação na Madeira (1976), tenho o diário de prisão (1976/78) em que registei as conversas com Otelo,
Fabião, Vasco Gonçalves e outras pessoas, e as criticas aos mentirosos que
iludem; também tenho escrito desde 1976 as soluções que preconizava para o
Alentejo e a critica aos erros sistemáticos que se têm cometido nas eleições Presidenciais
etc. etc..
Não há narcisismo, há provas provadas de um comportamento
que procura ser ético, em escritos que nem foram feitos, para se tornarem públicos, mas que talvez valesse
a pena serem conhecidos, para calar
esses seres das lixeiras e outros.
Mas,
Maria essa gentinha tem alguma razão, pois de facto somos loucos. Loucos são os que lutam em Portugal pela LIBERDADE e a Democracia
com Democracia, que recusam todos os regimes criminosos do Mundo, onde, não se
respeitam direitos humanos nenhuns ( o termos nascido no espaço euro-americano
é uma grande vantagem, se tivéssemos nascido na China mais de metade de nós seríamos escravos,
e viveríamos com um 1€/dia - veremos,
como será daqui a 10, 15 anos na Europa e na EDP, para já, a não ser que também as coisas mudem na China) e lutam ainda, pela DIGNIDADE E O
DESENVOLVIMENTO.
Enfim,
não podemos dizer acerca dessa hedionda gente – eles passarão - infelizmente não passarão, porque essa gente é
o lixo moral, intelectual, estético,
politico, cultural e ideológico desta sociedade,
e sem alterar esta, esses indivíduos serão os seus dejectos, o que, lhes diria
olhos nos olhos, sem pestanejar, ou tremer na voz, mas eles escondem-se, são
terroristas, conhecem-me, e eu não sei
quem são.
Todavia,
Maria toda a coragem e generosidade está nos que me lêem, e dão a sua opinião,
porque ficam marcados para serem eventualmente os próximos cordeiros Pascais, apesar de não terem
cometido nenhuma falta, e estes texto não merecerem o índex.
COISAS…
andrade
da silva
PS: Foto
página do diário 3 Março 1977, em que registo que estive com um eng. da cooperativa vale de Sorraia,
Coruche, que me disse que a coisa ia , que
o Sr. Gri…, que fora saneado tinha sido reintegrado, o que, comento - concordo com esta reintegração, pois o seu
saneamento não me pareceu muito justo, e
apesar dos esforços que desenvolvi para sanar o problema, nada consegui - Isto, fala claro que nem sempre concordei com
o que fizeram, mas não tive força também para o evitar.
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