segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ESCREVER, COMO SEMPRE, POR HÁBITO E ÉTICA DA LIBERDADE.




Nota: carta a uma amiga leitora do facebook

CARA AMIGA Maria Joaquina

 É verdade que faço análises ao que aqui (facebook) acontece, e uma das constatações é que a maioria das pessoas querem simplesmente conversar, trocar ideias, através de pequenas frases com determinado teor social, politico, cultural ou outro, e ponto.

É para manterem os canais de comunicação abertos, nem de outro modo podia ser com os milhares de interlocutores que têm.

 Muitos dos que lêem textos,  um pouco mais longos, fazem-no numa óptica partidária, não admitem a divergência,  e estão a falar para os outros membros, não acrescentam nada, não há mais valia. Alcançaram a verdade absoluta ou seja, o eventual e muito provável,  ponto máximo da incompetência, se não entenderem que ainda pouco sabemos, sempre.

 Essas pessoas míopes não falam com, é como fazem na vida real,  falam, de um modo vertical, para, por mais que sejam ignorantes mesmo ao nível ideológico, ou mesmo de experiência de vida. Por  isto  e por muito mais, Portugal é um país condenado à entropia e ao inferno, porque este comportamento  tem impedido  que surja qualquer alternativa, como aconteceu durante 40 anos de fascismo.

 Não fosse a guerra colonial e os militares, e sabe-se  lá  o que teria acontecido, cada um pode dizer o que quiser, mas a realidade foi o que aconteceu, ponto, como podem dizer o que vai acontecer, mas exacto foi o que aconteceu e acontece.

 Também  nestes 35 anos de democracia ( doente e pobre)  nada mais houve que rotativismo entre os mesmos interesses e ruído, como se houvesse um novo tratado de Tordesilhas entre situação e oposição /ões. ( vou falar disto, aliás outros, de outro modo, dizem o mesmo)

Maria

Quanto aos  que dizem que escrevo por narcisismo, são   restos do armário do fascismo, só que escrevo desde sempre em cadernos.

Desde 1971, no meu diário de guerra falei de coronéis, capitães, generais, falei da guerra em 71/ 72, e disse que estava perdida em 72, e era preciso mudar muito em  Portugal; escrevi o  diário na minha deportação  na Madeira (1976), tenho o diário  de prisão  (1976/78) em que registei as conversas com Otelo, Fabião, Vasco Gonçalves e outras pessoas, e as criticas aos mentirosos que iludem; também tenho escrito desde 1976 as soluções que preconizava para o Alentejo e a critica aos erros sistemáticos que se têm cometido nas eleições Presidenciais etc. etc..

 Não há narcisismo, há provas provadas de um comportamento que procura ser ético, em escritos que nem  foram feitos,  para se tornarem públicos, mas que talvez valesse a pena  serem conhecidos, para calar esses seres das lixeiras e outros.

Mas, Maria essa gentinha tem alguma razão, pois  de facto somos loucos. Loucos são  os que lutam em Portugal pela LIBERDADE e a Democracia com Democracia, que recusam todos os regimes criminosos do Mundo, onde, não se respeitam direitos humanos nenhuns ( o termos nascido no espaço euro-americano é uma grande vantagem, se tivéssemos nascido na  China mais de metade de nós seríamos escravos, e viveríamos com um 1€/dia -  veremos, como será daqui a 10, 15 anos na Europa e na EDP, para já, a não ser que  também as coisas mudem na China)  e lutam ainda, pela DIGNIDADE E O DESENVOLVIMENTO.

Enfim, não podemos dizer acerca dessa hedionda gente – eles passarão -  infelizmente não passarão, porque essa gente é o lixo  moral, intelectual, estético, politico, cultural  e ideológico desta sociedade, e sem alterar esta, esses indivíduos serão os seus dejectos, o que, lhes diria olhos nos olhos, sem pestanejar, ou tremer na voz, mas eles escondem-se, são terroristas,  conhecem-me, e eu não sei quem são.

Todavia, Maria toda a coragem  e generosidade está nos que me lêem, e dão a sua opinião, porque  ficam  marcados para serem  eventualmente os próximos  cordeiros Pascais, apesar de não terem cometido nenhuma falta, e estes texto não merecerem o índex.

COISAS…

andrade da silva

PS: Foto página do diário 3 Março 1977, em que registo  que estive com um eng. da cooperativa vale de Sorraia, Coruche,  que me disse que a coisa ia , que o Sr. Gri…, que fora saneado tinha sido reintegrado, o que, comento -  concordo com esta reintegração, pois o seu saneamento não me pareceu  muito justo, e apesar dos esforços que desenvolvi para sanar o problema, nada consegui -  Isto, fala claro que nem sempre concordei com o que fizeram, mas não tive força também para o evitar.

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