Ontem, encontrei-me com um grupo de antigos camaradas da Academia Militar. Falamos das nossas aventuras e desventuras. Recordamos sempre os que já partiram, e os que naquele momento não estão presentes, porque as maleitas inconvenientes, uma vez por outra, chateiam todo o Mundo.
Falamos dos sonhos, da esperança e dos tempos que passam e aí vêem. Recordamos caras e poses de outros tempos, e com muita alegria verificamos que, apesar dos anos passados, se mantêm aqueles traços de serenidade, plenitude, arrojo, algo rebeldes e mesmo traquinas da juventude, embora, mais maturos. É bom que assim seja.
Depois, desci até o jardim das conchas, e pensando em tudo deparei-me com a belíssima ponte da foto, olhei-a, e logo descobri que a ponte que temos para passar da margem do conflito, da descrença e da destruição, para a outra margem, a da fruição da vida é muito estreita e frágil, o que, exige união e definição de prioridades.
Pensando que amanhã muitos portugueses vão estar nas ruas de Lisboa à procura desta ponte, espero que todos e os dirigentes sindicais com independência descubram, aguentem e construam novas destas pequenas pontes para apoio aos desempregados, aos pensionistas e para a defesa do emprego.
Ninguém pode ficar de fora, e, nestes tempos, estas pontes também se chamam abraços e palavras amigas e muita solidariedade activa.
Amanhã, como estava previsto e marcado desde há muito, subirei à Serra da Estrela com um grupo de seniores. É um outro modo de ver Portugal, do alto, com muito frio e com portugueses sábios. É uma oportunidade para ouvir muito e aprender tanta coisa e, sobretudo, apreender o belo deste nobre POVO - heróico e construtor de novos ALVORECERES.
andrade da silva.
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