“ recordando a história recente, 25 de Abril 74, diz Dinis de Almeida,
capitão de Abril:
A VITÓRIA TEM MUITOS PAIS; A DERROTA É ORFÃ...É um velho ditado que emerge todos os anos à minha mente, por ocasião do 25 ABR74.
Efectivamente, foram TÃO POUCOS os que à hora aprazada tomaram as suas Unidades e cumpriram as suas missões, SEM SABER SE ERAM OS ÚNICOS A FAZÊ-LO e TANTOS os que esperaram pela evolução dos acontecimentos, para decidirem a sua adesão sem riscos, que me é impossível evitar um sentimento de nojo pela colagem impúdica de que muitos hoje se arrogam, fiados no envelhecimento da memória colectiva....
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Acrescento que este provérbio se aplica aos dias de hoje e aos de amanhã, razão porque, o temos de ter bem presente, numa situação nacional tão grave, como a actual que corre o risco de persistir por muito tempo, e mesmo de se agravar."
Acrescento que este provérbio se aplica aos dias de hoje e aos de amanhã, razão porque, o temos de ter bem presente, numa situação nacional tão grave, como a actual que corre o risco de persistir por muito tempo, e mesmo de se agravar."
Na
sequência da compreensão maioritária dos meus camaradas militares de que, a nossa situação sócio-profissional só encontra
adequada solução com a resolução das questões nacionais, e que, também, nos comprometemos a estar atentos, vigilantes e actuantes, regresso ao tema da intervenção que fiz nesta
assembleia da AOFA, de 22 de Fevereiro de 2014, com a intenção de que, sobretudo, nos cabe de influenciar a Nação, os decisores militares e os nossos camaradas no activo, na escolha dos caminhos que melhor engrandeçam Portugal, sirvam a Nação e honrem a Pátria, e também na mais forte convicção da importância da avaliação do estado a que chegamos, por um dos pilares da Nação- a Instituição Militar - como, em tempos, o ministro da Defesa, Paulo Portas, solenemente declarou, importância primacial que lhe advém por poder cumprir esta tarefa com instrumentos de análise científicos e patrióticos e nunca partidários, posição que é a minha, ao dar este contributo com a máxima preocupação pelos destinos de Portugal e desta nossa/ minha Nação, deste nosso/ meu Povo, sem também nunca esquecer as dificuldades, tamanhas, que a tarefa de salvar Portugal da hecatombe social e da perda da sua independência acarretam. Mas por imperativo categórico irrecusável a MISSÃO-PORTUGAL tem de ser cumprida.
Com este espírito e a mais profunda adesão ao dever militar e de patriota, me dirijo a todos os meus camaradas militares, nestes termos:
Camaradas, nós militares, as nossas organizações representativas, têm de, com sentido de emergência e, acima de tudo, fazerem um estudo de situação sobre as seguintes ameaças a Portugal e aos portugueses:
Camaradas, nós militares, as nossas organizações representativas, têm de, com sentido de emergência e, acima de tudo, fazerem um estudo de situação sobre as seguintes ameaças a Portugal e aos portugueses:
- a soberania de
Portugal, está, actualmente, garantida mesmo ao nível da chamada reserva
estratégica? As privatizações são legitimas, legais ou caem no conceito do
direito internacional de Odiosas? A saída tão generalizada dos recursos humanos
jovens e qualificados não ameaça duplamente a soberania portuguesa pela
diminuição do potencial humano e o demográfico?
- a desmilitarização das
Forças Armadas consolida ou enfraquece a defesa da soberania Nacional?
- a soberania de
Portugal poderá ser, ou mesmo está garantida, ao nível da actual
estrutura politica, económica, financeira do euro, com um
Portugal que empobrece e cada vez mais se endivida, para pagar juros vergonhosos e imorais a agiotas, deixando as actividades
produtivas essenciais de fora, na área da industrialização,
agricultura, pescas e mercado interno?
- quais as ameaças,
em desenvolvimento e crónicas ( como a corrupção a
impunidade de políticos e poderosos que cometem graves crimes
contra o património nacional ) ao estado de direito, à
democracia e ao Estado social constitucional? Previsão da sua
evolução e das consequências quanto à desagregação social,
à paz e mesmo segurança de cidadãos e bens.
- como é compaginável com
a democracia e o estado de direito o empobrecimento forçado de 6 milhões
de portugueses, a injustiça fiscal e uma absoluta distorção
na redistribuição da riqueza, fazendo de Portugal uma
nova Singapura, um Marrocos no Sul da Europa etc?
- há um regular
funcionamento das instituições: o governo cumpre as leis e os
compromissos que assumiu? O seu comportamento é um garante da
consolidação e continuação da democracia? A fiscalização da acção
governativa está a ser adequadamente feita pelo Sr. Presidente da
República e a Assembleia da República, de acordo com a
Constituição da República etc etc?
- o estado social
adequado à preservação da dignidade de cidadão dos
reformados, desempregados, trabalhadores e outros está garantido, ou
estamos a abrir a nova época dos pobres oficiais, nomeadamente, com a
bomba social da maior gravidade com os desempregados de longa duração, que
ficarão sem emprego e sem nenhuma protecção social a médio prazo?
- qual o papel que
cabe à democracia participativa e ao povo na condução dos destinos de Portugal
e no modo nacional de superar a actual crise? E que papel deve, pode e como
desempenhar?
- a continuação desta situação de crise moral, económica e da austeridade ameaçam ou não a democracia Constitucional?
- a continuação desta desesperante situação para centenas de milhares, milhões de portugueses, pode levar a uma expressão da indignação constitucionalmente protegida a níveis de extrema gravidade. Em tal situação que pode levar à declaração do estado de emergência, previsto Constitucionalmente, como se poderão vir a posicionar as Forças Armadas no respeito pela Constituição e pela integridade do Povo Português e dos seus bens?
Só perante um estudo de situação correcto e perante as responsabilidades morais, nacionais, legais e patrióticas das Forças Armadas é que cabe, para cada cenário, definir as modalidades de acção, avaliando os riscos, os custos, as possibilidades de acção nos vectores da vigilância, informação , ou da acção etc.
Fugir a
este método de estudo e actuação das Forças Armadas que foi o de
1910, de 1974 e, de sempre, e
privilegiar outros paradigmas estranhos à sua natureza, num situação
de emergência Nacional grave, se esta vier a acontecer, num
agravamento da actual, poderá ser somar mais resistência à que
existe; ou mais ruído ao ruído; ou ajudar a manobras
politico-partidárias de terceiros, ou entrar na postura de agitação e
propaganda para um fim incerto, ou, ainda, na actuação que caracteriza
a politica portuguesa das últimos décadas, ou seja,
os governos actuam como lhes aprouver, contra o que se travam dois
tipos de luta: uma meramente sindical, e outra do tipo narcisista
discursivo, discursatas e mais discursatas, com
mais beijinhos a esta e àquela, mas sem nunca se
questionarem os fundamentos deste frágil ou mesmo imoral estado, do que resulta ganhos partidários e, ou pessoais para os
narcisistas que muito gostam: ou de ficarem com a sua fotografia
na história, ou servirem interesses de terceiros,
desempenhando papeis que só a eles serve, e nada ousam mudar.
Nesta perspectiva e como resultou deste encontro devemos analisar as condições de vida do militares e dos quartéis, face ao nosso
próprio empobrecimento e desmilitarização das Forças Armadas; mas também devemos usar as aprendizagens
militares para fazer o adequado estudo da situação institucional e da
situação do país, a fim de se decidirem as modalidades da acção na aérea da vigilância e da actuação, conforme o compromisso assumido.
O Interesse Nacional só pode ser defendido com um projecto Nacional, em que
as Forças Armadas, em caso de inultrapassável impasse da sociedade civil, por
dever patriótico, ético e moral, com os sábios portugueses
livres e críticos, construam, com o POVO, uma alternativa
Democrática, Digna e de Desenvolvimento a um Estado que deixe de cumprir
as suas funções essenciais, com
empobrecimento forçado da população, embora camuflado, por uma acção de propaganda massiva.
Numa emergência nacional, se vier a acontecer, e que nunca pode ser um acontecimento inesperado, a Instituição Militar, os Militares, com os sábios portugueses
e o Povo Português, sem nenhuma instrumentalização
partidária ou de grupos bem definidos e organizados, têm, como imperativo categórico patriótico, ético e moral, de dar o seu contributo- PÁTRIA, a Portugal, na tripla acção definida neste encontro, e que passa a ser um
compromisso, de estarmos : Atentos, Vigilantes e Actuantes, o que, exige um permanente estudo da situação
nacional, nos parâmetros referidos e outros para:
A Preservação e Defesa
da Independência e Soberania de Portugal
Manter sempre
Alta a Dignidade do POVO PORTUGUÊS.
MISSÃO-PÁTRIA que constitui o nosso dever sócio-profissional e patriótico primeiro. Total: O ALFA E O OMEGA DE QUEM SOMOS E PARA QUE SERVIMOS.
andrade da silva
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