terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A PÁTRIA A TODOS CHAMA. A NAÇÃO SÃO OS PORTUGUESES, SIMPLESMENTE.




“ recordando a história recente, 25 de Abril 74, diz Dinis de Almeida, capitão de Abril:

A VITÓRIA TEM MUITOS PAIS; A DERROTA É ORFÃ...É um velho ditado que emerge todos os anos à minha mente, por ocasião do 25 ABR74.

Efectivamente, foram TÃO POUCOS os que à hora aprazada tomaram as suas Unidades e cumpriram as suas missões, SEM SABER SE ERAM OS ÚNICOS A FAZÊ-LO e TANTOS os que esperaram pela evolução dos acontecimentos, para decidirem a sua adesão sem riscos, que me é impossível evitar um sentim
ento de nojo pela colagem impúdica de que muitos hoje se arrogam, fiados no envelhecimento da memória colectiva....
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Acrescento que este provérbio  se aplica aos dias  de hoje e aos de amanhã, razão porque, o temos de  ter bem presente, numa situação nacional  tão grave, como a  actual que  corre o risco de persistir por muito tempo,  e mesmo de se agravar."

  

Na sequência da compreensão maioritária dos meus camaradas militares de que, a nossa situação  sócio-profissional só encontra adequada solução com a resolução das questões nacionais,  e que, também, nos comprometemos a estar atentos, vigilantes e actuantes, regresso ao tema da intervenção que fiz nesta assembleia da AOFA, de  22 de Fevereiro de 2014, com a intenção de que, sobretudo, nos cabe  de influenciar a  Nação, os decisores militares e os nossos  camaradas no activo, na escolha dos caminhos que melhor engrandeçam Portugal, sirvam a Nação e honrem a Pátria, e também na mais forte convicção da importância da avaliação do estado a que chegamos, por um dos pilares da Nação-  a Instituição Militar - como, em tempos, o ministro da Defesa, Paulo Portas, solenemente declarou,  importância primacial que lhe advém por poder cumprir esta tarefa com  instrumentos de análise científicos e patrióticos e nunca partidários, posição que é a minha, ao dar este contributo com  a máxima preocupação pelos destinos de Portugal e desta nossa/ minha Nação, deste nosso/ meu Povo, sem também nunca esquecer as dificuldades, tamanhas, que a tarefa de  salvar Portugal da hecatombe social e da perda da sua independência acarretam. Mas por imperativo categórico irrecusável a MISSÃO-PORTUGAL tem de ser cumprida.


Com este espírito e a mais profunda adesão ao dever militar e de patriota, me dirijo a todos os meus camaradas militares, nestes termos:

Camaradas, nós militares, as nossas  organizações representativas,  têm de,   com sentido de  emergência e, acima de tudo,   fazerem um estudo de situação sobre as seguintes ameaças a Portugal e aos portugueses:
- a soberania de Portugal, está, actualmente, garantida mesmo ao nível da chamada reserva estratégica? As privatizações são legitimas, legais ou caem no conceito do direito internacional de Odiosas? A saída tão generalizada dos recursos humanos jovens e qualificados não ameaça duplamente a soberania portuguesa pela diminuição  do potencial humano e  o demográfico?
- a desmilitarização das Forças Armadas consolida ou enfraquece a defesa da soberania Nacional?
- a soberania de Portugal poderá ser, ou mesmo está garantida, ao nível da actual  estrutura politica, económica, financeira  do  euro, com um Portugal que empobrece e cada vez mais se endivida, para pagar juros  vergonhosos  e imorais a agiotas,  deixando as actividades produtivas essenciais de fora, na área da industrialização, agricultura, pescas e mercado interno?

- como se pode garantir a independência e o desenvolvimento de Portugal com a diminuição dos cuidados de saúde, nomeadamente nas Forças Armadas e dos níveis de educação, o que, afectará de um modo grave o potencial estratégico humano, em quantidade e qualidade?
- quais as ameaças, em desenvolvimento e crónicas ( como a corrupção a impunidade de políticos e poderosos que cometem graves crimes contra o património nacional )   ao estado de direito, à democracia e ao Estado social  constitucional? Previsão da sua evolução  e das consequências quanto à desagregação social, à paz e mesmo segurança de cidadãos e bens.
- como é compaginável com  a democracia e o estado de direito o empobrecimento forçado de 6 milhões de portugueses, a injustiça fiscal e uma absoluta distorção na redistribuição da riqueza, fazendo de Portugal uma nova Singapura, um Marrocos no Sul da Europa etc?
- há um regular funcionamento das instituições: o governo cumpre as leis e   os compromissos que assumiu? O seu comportamento  é um garante da consolidação e continuação da democracia?  A fiscalização da acção governativa está a ser adequadamente feita pelo Sr. Presidente da República e a Assembleia da República, de acordo com a Constituição da República etc  etc?
- o estado social adequado à preservação da dignidade de cidadão  dos reformados, desempregados, trabalhadores e outros está garantido, ou estamos a abrir a nova época dos pobres oficiais, nomeadamente, com a bomba social da maior gravidade com os desempregados de longa duração, que ficarão sem emprego e sem  nenhuma protecção social a médio prazo?
- qual o papel que cabe à democracia participativa e ao povo na condução dos destinos de Portugal e no modo nacional de superar a actual crise? E que papel deve, pode e como desempenhar?
- a continuação desta situação de crise moral, económica e da austeridade ameaçam ou não a democracia Constitucional?
- a continuação desta desesperante situação para centenas de milhares, milhões de portugueses, pode levar a uma expressão da indignação   constitucionalmente protegida  a níveis de extrema gravidade. Em tal situação que pode levar à declaração do estado de  emergência, previsto Constitucionalmente, como se poderão vir a posicionar as Forças Armadas no respeito pela Constituição e pela integridade do Povo Português e dos seus bens?

Só perante um  estudo de situação correcto e perante as responsabilidades morais, nacionais, legais e patrióticas das Forças Armadas é que cabe, para cada cenário, definir as modalidades de acção, avaliando os riscos, os custos, as possibilidades de acção  nos vectores da vigilância, informação , ou da acção etc.
Fugir a este método de estudo e actuação das Forças Armadas que foi o de 1910, de  1974 e, de sempre, e privilegiar outros paradigmas estranhos à sua natureza, num situação de emergência Nacional grave, se esta  vier a acontecer, num  agravamento da   actual, poderá ser somar mais resistência à que existe; ou mais ruído ao ruído; ou ajudar a manobras politico-partidárias de terceiros, ou entrar na postura de agitação e propaganda para um fim incerto,  ou, ainda, na actuação que caracteriza a politica portuguesa das últimos décadas, ou seja, os governos actuam como lhes aprouver, contra o que se travam dois tipos de luta: uma meramente  sindical, e outra do tipo narcisista discursivo, discursatas e mais discursatas, com mais beijinhos a esta e àquela, mas sem  nunca  se  questionarem  os fundamentos   deste frágil ou mesmo imoral estado, do que resulta ganhos partidários e, ou pessoais para os narcisistas que muito gostam: ou de ficarem com a sua fotografia na história, ou servirem  interesses de terceiros, desempenhando papeis que só a eles serve, e nada ousam mudar.
Nesta perspectiva e como  resultou deste encontro devemos  analisar as condições de vida do militares e dos quartéis, face ao nosso próprio empobrecimento e desmilitarização das Forças Armadas; mas também devemos usar as aprendizagens militares para fazer o adequado estudo da situação institucional e da situação do país, a fim de se decidirem as modalidades da acção na aérea da vigilância e da actuação, conforme o compromisso assumido.
O Interesse Nacional    só pode ser defendido com um projecto Nacional, em que as Forças Armadas, em caso de inultrapassável impasse da sociedade civil, por dever patriótico, ético e moral, com os sábios portugueses  livres e críticos, construam, com o POVO, uma alternativa  Democrática, Digna e de Desenvolvimento a um   Estado que deixe de cumprir as  suas funções essenciais,  com empobrecimento forçado da população, embora camuflado,   por uma acção de propaganda massiva.
 Numa emergência nacional, se vier a acontecer, e que nunca pode ser um acontecimento inesperado, a Instituição Militar, os Militares, com os sábios portugueses e o Povo Português, sem nenhuma  instrumentalização  partidária ou de grupos bem definidos e organizados, têm, como  imperativo categórico patriótico, ético e moral, de dar o  seu contributo- PÁTRIA, a Portugal, na tripla acção definida  neste encontro, e que passa a ser um compromisso,   de estarmos : Atentos, Vigilantes  e Actuantes, o  que, exige um permanente estudo da situação nacional, nos parâmetros referidos e outros para:  

A Preservação e Defesa da  Independência e Soberania de Portugal 

Manter  sempre Alta a  Dignidade do POVO PORTUGUÊS.

MISSÃO-PÁTRIA que constitui o  nosso dever sócio-profissional  e patriótico primeiro. Total: O ALFA E O OMEGA DE QUEM SOMOS E PARA QUE SERVIMOS.

andrade da silva



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