segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

JOVEM QUE NÃO VOLTA A CARA AO REAL

A ASSOCIAÇÃO SALGUEIRO MAIA, louva-se e dá o seu VIVA a todos os jovens que nas artes, nas ciências, na literatura, nas escolas, no trabalho, no desporto e em todas as atividades dão o seu melhor e se distinguem, como o jovem autor, Afonso Reis Cabral.

"JOVEM QUE NÃO VOLTA A CARA AO REAL

O Departamento de Professores e Educadores Aposentados do Sindicato os Professores da Grande Lisboa/SPGL, fazendo jus à sua excelente actividade cultural, realizou, no passado dia 30 de Janeiro, mais uma sessão da iniciativa – “O meu livro quer outro livro”.


Desta vez, o livro escolhido foi “Pão de Açúcar” de Afonso Reis Cabral e, para falar do livro e da obra, foi convidado o próprio autor.

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Jovem, de sorriso aberto e trato fácil, falou do seu temperamento inquieto, do seu espírito aventureiro que o levou, aos 13 anos, à aventura de uma viagem pela Alemanha, à boleia de um camionista conhecido da família. A precoce inclinação para a escrita sempre o inquietou: escreveu estórias, poemas e, aos 15 anos, publica o seu primeiro livro de poesia Condensação.


O primeiro passo do escritor estava dado, em andamento. Inicialmente inseguro,vai em frente, em passos cada vez mais equilibrados, prossegue. Pelos caminhos da literatura, caminha, caminhando.Em 2014, publica o seu primeiro romance O Meu Irmão e ganha o prémio Leya. Em 2018 publica o romance Pão de Açúcar.


Deste seu último romance falou da motivação que o levou a escrever. Partindo de factos reais e um caso verídico de descoberta de um corpo humano, agredido e violentado, encontrado sem vida, pelos Bombeiros Sapadores do Porto, abandonado num esqueleto de um prédio não concluído, construiu a sua obra.


Ler o livro, pensar o livro, eis o desafio que se propõe, como exercício de cidadania, como modo de pensar a sociedade. O autor fez o seu trabalho, brilhantemente, diga-se. Revelando um crime ignóbil, que nos choca pela crueza da realidade, mas alerta para a hipocrisia da sociedade que tento fala de direitos humanos, que tantas leis produz sobre a igualdade de direitos, mas que trata seres humanos, por vezes, como “lixo”. Neste livro, que desce à “zona suja” do viver social, o autor dá-nos uma “lição” de dignidade no modo como nos devemos relacionar com o outro.
Obrigada, Afonso.

31 de Janeiro 2019
Maria José Maurício"

                                                               E o pão

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