quinta-feira, 12 de setembro de 2019

DOS ESCRAVOS.....

                                      Rogério Nascimento N Gonçalves


Os escravos, que na maioria, já o somos, nada fazem, porque nada sabem fazer. Drogam-se, comendo, bebendo, trabalhando... claro. Mas vivem apenas para ganhar o sustento da sua existência e seus dependentes. Nunca lhes foi dado instrumentos culturais que lhes permitissem pensar agir e decidir os seus próprios destinos e horizontes. 

Esses instrumentos foram censurados, ocultados, calados e em seu lugar, uma panóplia de cartilhas de critérios e métodos de conduta virados para o amor às paredes.

 O Mao, soube disto, há muito, e colocou em marcha o seu ideário político na nacão mais populosa do mundo, que a torna robusta e certamente invencível. Ao contrário a Europa viveu as suas duas grandes guerras sempre a perder em vidas, custos, conhecimento e cultura. 

Todavia, todos os cenários são possíveis e imprevisíveis. A humanidade é frágil, como uma flor do cosmo. Mas de tal modo resistente que tal, como o universo, nunca se deixará conduzir à insignificância da escravidão. 

Para mudar trajetórias globais ao nível do planeta, o tempo é sempre curto, e os contextos não proporcionam oportunidades e lideranças inteligentes.

 O 9 de Setembro de 1973, tal como outras datas, com esse mesmo sentido, tiverem o mérito das pessoas certas nos lugares certos que diagnosticaram a ferida com precisão, dando-lhe a única terapia possível. Ainda assim, a ferida não se curou. E está disseminada numa metástase cancerígena por todo o planeta que para surgir o diagnóstico terapêutico é preciso gritar mais alto com a alma portuguesa de Luiz de Camões:




E aqueles que por obras valorosas
Se vão da lei da morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.



Saudações!


11 de setembro de 2019 às 23:47

3 comentários:

andrade da silva disse...


Caro Rogério Concidadãos da Lusitânia e da Europa

Uma realidade tremenda que os políticos e outros vendedores dos templos de passagem e muitos,muitos outros esquecem, mas que os capitães de Abril do 9 de Setembro 1973 e de Abril e o povo português nunca poderiam ou deveriam ESQUECER e DEVIAM lutar por um futuro não retórico. Todavia este DEVER dá muito trabalho,além dos que lutam serem apedrejados e considerados de...pelos que esse mesmo povo considera e vota como os que fazem o melhor que sabem e podem,e muito,pelo bem comum -uma verdadeira falácia que também as democracias consentem,sem alternativa,do que arrogantemente o DDT Mário Soares fazia, com toda a infalibilidade, eco,porque há sempre pior que as democracias corruptas, as ditaduras corruptas também agravadas por serem assassinas, mas o que devia se haver democracias limpa e inteiras, como de algum modo,julgo, que não por mito existem nos países nórdicos ???onde o estado de direito existe, embora este corra riscos com os movimentos extremistas de direita com alguma expressão naquelas sociedades

CONCIDADÃOS

EIA!
asilva

Anónimo disse...

Caríssimo Capitão de Abril Andrade da Silva
Uma realidade tremenda que a História dificilmente irá explicar. “O povo português nunca poderiam ou deveriam ESQUECER e DEVIAM lutar por um futuro não retórico”. Nem o povo portugues, nem o mundo inteiro vos poderá ou poderia esquecer, mas infelizmente as maiorias nem vos conhecem. Este “DEVER dá muito trabalho,além dos que lutam serem apedrejados e considerados de...”. _Outra realidade tremenda!! Porquê?! A Liberdade de Abril foi conquistada e trabalhada por muito poucos, embora o benefício tenha sido para todos. Ao contrário do que quando jovens pouco sabemos, dá efectivamente muito trabalho chegarmos a séniors esclarecidos. 90% da população é escrava mentalmente. Para isso basta observar os seus comportamentos, o que dizem o que escrevem e o que fazem. Sim escrava mentalmente, sublinho, porque dá também muito trabalho a libertação mental e cerebral. Tenho a liberdade de escrever e dizer o que penso e isso devo à vossa coragem, ao vosso discernimento ao vosso trabalho, ao vosso heroísmo. Porém a Liberdade que a maioria promove é a liberdade de condenar apedrejar hoje, os atos que se cometeram há 50, 100, 1000, 2000 anos. As pessoas vivem o passado na sua escravatura mental. Quase diariamente “oram” ao seu “SENHOR” e outras tantas vezes ajoelhados perante um passado que não lhes pertence. Até se dão ao luxo de desafiar a “Autoridade” tirando selfies ao lado de criminosos. Passo o humor!!! Mas a realidade é esta, somos um povo culturalmente promíscuo e apesar de 900 anos de História ainda não construimos uma Identidade Própria que nos distinga, nos una perante todos os outros. O 25 de Abril deu-nos essa oportunidade, está por fazer e cumprir. Um grato Abraço.

Rogoneto disse...

Rogério NN Gonçalves diz: O comentário anterior é da minha autoria que saíu com anónimo.