quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O MEU ABRIL : MARÇO, ABRIL , AGOSTO, OUTUBRO. "QUANDO O HOMEM QUER".SEMPRE!

 

                                                    















                        O ALFA ( NA EPA)....... UM DIA O OMEGA , CHEGARÀ!! ( CREMATÒRIO).

                                             TESTEMUNHO
                                          (actualização)

                                                           5 OUTUBRO 2021

                                 A VÓS - PORTUGAL!
                                     ME DIRIJO!



NOTA:        

 "POR DEVER IMORTAL, PARA QUE CONSTE, e também, porque anunciei, ontem, futuros que hoje são presentes, e, porque  espero que o meu pensamento de sempre, bem expresso em 2009, na Nova Esquerda, seja o FUTURO- FUTURO,( um dia HÀ-DE  SER, mas....?????) me dirijo a vós, enquanto sou vivo, não à busca do vosso louvor, mas para vos dizer: 

EIA!

 FOI / É/ SERÁ  SEMPRE ASSIM: OUTUBROS, ABRIS ,NOVEMBROS, MAS SÓ A PRIMAVERA E A VITÓRIA  DO HOMEM CONTAM...... QUANDO ???"


                                                              O MEU ABRIL 

Simplesmente foi, é e será assim, dele  falo, agora, em grande síntese, a desenvolver. Testemunho e vida - a que resta - em construção- nada de memórias ( em cada fase da construção o texto novo será referenciado)

Nasci  no Funchal em 1948 , filho de um militar minhoto e de uma mãe madeirense. 


 

Encontrei no meu pai um modelo exacto do comportamento honesto e danpontualidade e na  minha mãe um modelo da coragem inabalável. e, assim,  me fui  formando

 

Na instrução primária muitas vezes era apontado como o filho do capitão, o que, me aumentava a responsabilidade.

Fui bom aluno. Merecia a confiança dos professores, nomeadamente, de Vergílio Pereira que veio a ser Vice de joão Jardim e era muito amigo da minha  família, relação quebrada em 76, quando me rotularam de comunista por causa da minha intervenção no Alentejo. 

 

Na 4ª classe foi encarregue por aquele professor de

ajudar um meu colega o Marcelino( vivia numa furna na Montanha/ S. Gonçalo/ Madeira ) a vencer a 4ª classe. Objectivo  alcançado, e o Marcelino ofereceu-me a maior prenda de sempre um carro com rodas de arame (verga), ligado por uma cana vieira a um guiador de verga que conduzia como se uma viatura de verdade  fosse .

 

A minha mãe( estando o meu pai em Macau que, então, pelas leis  vigentes não podia casar com ela -o que, lhe deu bastante jeito, para poder namorar ) com a sua coragem e visão colocou-me no liceu.

 

Fui aluno de quadro de Honra, e fui escolhido pelo Padre Vidal para ir para a JEC ascendi a secretário diocesano, com colegas, hoje, gente muito rica e poderosa na Madeira

 

O mesmo na Mocidade Portuguesa fui convidado pelo comandante do Centro a ser graduado. Fiz uma carreira Fulgurante. Realizei   atividades mil : cultura, arte, jornalismo desporto e acampamento , apoiado pelo dr. Basto Machado,- nunca me disse não a NADA. Li Marcelo Caetano,  gostei do que li para a juventude . Deveria atingir o topo de carreira em 65/66, como me foi prometido no palácio da independência em lisboa, era reconhecido por ser o escolhido para  intervir,  mas com  a morte do Dr. Basto Machado. por  comportamentos prepotentes, incompatibilizei-me com um Dr.Brás, porque perseguia o meu colega Ramos Teixeira .Passei  a ser perseguido .  Fui impedido de entrar no liceu, em 1966, e ameaçado que não me dariam o certificado do 7ºano ,para o meu ingresso na Academia Militar  O melhor advogado do Funchal Dr. Lima, pela acção solidária de umas bisnetos do

 general Sousa Teles, defenderia a causa, o que, levou o reitor do liceu a ceder, safei-me de má.

 

O meu pai morre, tudo se complica. Passei de menino de bem a pobre. Aquele  estado  dava-me 100 escudos por mês, menos  1 de imposto de selo para sobreviver. Tempos difíceis, mas gloriosos, com a alegria máxima de ser aluno de 19 valores a filosofia com  os srs doutores Aragão e Horácio Bento de Gouveia, e com discussões vivas, por exemplo, por  causa da muita utilização que fazia da palavra coisa ,todavia- a corrente/torrente de ideias explicava a  coisa... coisas …

 

De Salazar nada sabia. De Marcelo gostei por defender  -

NÃO  HÁ MELHORES CHEFES PARA JOVENS QUE OUTROS JOVENS .

Da Igreja desconfiei  que fossemos todos filhos de Deus iguais, mas até aos 21/22 anos de idade ainda fui católico, e andei na Conferência de S.Vicente de  Paulo na Academia Militar  com o Padre  Gamboa .Com ele provei, pela 1º vez, champanhe made in França.  Vivi a pobreza

 dos bairros da lata  na Amadora . Fui padrinho de baptismo de uma criança, desencontrei-a ,lamento . Também  encontrei um idoso  vigoroso aos 80 anos, vivendo de alhos embebidos em álcool

 

 

1967- 1971 INGRESSO  E VIDA NA ACADEMIA MILITAR E TIROCÍNIO NA ESCOLA PTÁTICA DE ARTIHARIA   EPA

 

Aquela viagem de avião, naquele aeroporto, no rabo da lancha-último banco- na companhia do terror das matemáticas, o Camachinho, que me reprovou no 6ºano, acho que por ter ido para MP e do meu camarada Spinola.

Vinha com média de 14 valores do Liceu, alínea  F.   com prêmio de bem comportado e  aluno - o POEMA IF-nunca desistas !  Dito e feito -SEGUI-O, SEMPRE! Fui dispensado das provas culturais de admissão á AM - era distinto, logo.... Fiz as outras - saltar a vala,  coisa e tal, mas passei. Ingressei.

 

 

 

1ºano- Na Madeira era um rapaz muito importante e de muito poder: sempre o líder  nomeado ou informal - era o maior! Ah!...ah!.. Na AM , como infra ( aluno1º ano), tratavam-me mal,  nas praxes 36 degraus abaixo de polícia ,detestei os patetas. Adorei os inteligntes -o Vendas  camarada 4º  engenharia - Num dia ia enfiando  a mala de madeira da ordem pela cabeça abaixo de um - era um idiota. (Desculpei-o, no 16 março 74, participou no levantamento das Caldas.. but... coisas... )

 

Fui para a artilharia-  A DEUSA - Os senhores  alunos de artilharia Ponces de Carvalho e Godinho, camaradas do 2ºano, eram diferentes. Fui chefe de curso Gramei. e, mais ainda, no Tirocínio, quando nos recusamos colectivamente,  perante o poderoso capitão Abrantes, a fazer as provas do pentatlo, porque não cumpriram com o que nos tinham prometido. Ameaças : fim da vida militar, mas mantivemo-nos. Grandes Putos! Passei, após o tirocínio a ser o nº2 do curso, dizem que por causa de uma prova de armamento-não gravava nada pistolas, ou G3, nem gramo ..coisas.. só canhões... coisas...

Janeiro 1971 até dezembro instrutor - ADOREI

 

DEZEMBRO 71 -DEZEMBRO 72 A GUERRA

 


 

 

Lumbala Velha ,Cavungo, Mucaba , Negage  , Damba

 

Logo cheguei ,a Lumbala Velha, alferes ,23 anos de idade,  fui comandar 150 homens-rapazes -UM ROMMEL - vi e DECLAREI AO SR GENERAL Bettencourt Rodrigues -esta guerra é um disparate Militar! Venho da AM ,o que aprendi aqui não posso praticar , nem viaturas tenho . "Mas temos  fazer a guerra com os meios que temos." Diz-me o poderoso General Desencanto total o meu.

 


                          pag diário de guerra

 

 

 


 E toca a andar para outra companhia -Cavungo: desencanto, indisciplina, com um comandante  de batalhão ausente ,e o 2º comandante pior que tudo- estou lixado! Ai o  meu destino !

 

Idas à noite às senzalas para aquelas relações sexuais- não vou. Devo ter ficado com bom rótulo. Sou preparador físico da equipa de futebol ,vencemos, e metade do vencimento foi-se nas comemorações .Os jovens negros do Cavungo celebram a nossa vitória .Uma operação militar a 1º com dois grupos de GE.S (para militares angolanos ) rivais, será que o capitão Renato queria que eu VOASSE?

 Valeu a camaradagem, o dar  escola para os militares analfabetos e a discussão com o administrador civil do Cazombo- um esperto que  julgava que mandava na tropa,mas em mim - não. Fugiu para dentro  do posto, se não coisas... depois participei dele.

 

Gramava a malta, mas de novo vou a caminho de Mucaba. Um Alferes diz-me que, apesar de muito exigente , era um chico porreiro: gostei ( o Arinto na sua obra "         também o diz- Bem-Haja! )Vou fazendo um diário  desta tragédia.

 

MUCABA MARCO 72

 

O capitão Figueiras vai de férias durante um mês, fico comandante interino, altero procedimentos, declaro itinerários   interditos ,não podia fazer, erada competência  do governador de Carmona. Sim, mas só há escoltas para os mercados terças e quintas , Dou a companhia como Inop , faltam viaturas, lá vem um tenente-coronel com uma coluna de viaturas. Come fruta a mais ,e passou mal a noite, tive pena.

 

 Em Mucaba por ofensas aos militares cabo-verdianos  foi detido  em terreno sagrado da companhia, o sobrinho do branco mais poderoso de Mucaba, o sr. Artex , foi detido, e depois mandado libertar pelo administrador de Carmona .Esteve  preso muma frigideira feita para negros/pretos .

 

Participo numa operação na  Serra de Mucaba- o diabo da G3- a canhota.  entra terra dentro,  quedas de metros, chuva, bicharada.  Morre o  cabo  Antunes gramava-o e tinho-o praxado  antes e gozado com o tipo de guerra dele- transmissões-Cabo Antunes tombou; dor, revolta. Antes tombara o alferes Milheiro, um pacifista, como amigo ,dialoguei muito com ele.

 

 Geri conflitos passionais, exigi  disciplina, cumpri , fui camarada. Adorei comandar, senti-me ROMMEL,  a minha referência militar. 

 

Depois o Capitão Figueiras, na sua 3ª comissão,  disse -me que não podia alterar o protocolo  do seu comando , até por causa dos soldados-   hoje, considero que o meu  capitão tinha razão, mas tinha 23 anos- uma razão infinita e não concordava  com o seu comando cansado.

 

Comemoramos  a Páscoa 72, com Missa campal e um desfile militar- acto louco de um jovem temerário -

 

 

                                        desfile em mucaba

 

Adorei comandar e ser independente.  O comandante de batalhão estava a 200 km e tínhamos como fronteira a GUERRA: minas ,emboscadas, logo, era mesmo independente 

 

NEGAGE 72

 

Baterias de artilharia. Acções de artilharia com o obus 10,5. Unidade calma de mais, com 3 militares complicados que se julgavam donos da unidade , mas acima de mim só o capitão:  nem Valente, nem Vinagre, nem Martins ponto. Caso arrumado, por processos expeditos. Operações de artilharia com o  posto de comando a pedir fogo para além do alcance das armas, e estas a não poderem avançar mais, cercados pelo mato, fim da picada, ponto . O soldado de sentinela que vê o IN(turra)  a deitar fogo pelos olhos, mas  eram as pacaças, quando levavam com a luz da lua nos olhos e  enviavam raios de luz. Esclarecida a situação,alto fogo, tudo regressa ao normal,fica o registo . Depois aquele erro no posto central de tiro (PCT) e lá vai granada pesada  para cima da companhia de comandos :  AI! AI! !.LIVRE-NOS DEUS DA NOSSA ARTILHARIA,QUE  DA DO INIMIGO LIVRAMO-NOS NÒS.(OLHEM que não ingratos, erros são erros E que cagaço! A Artilharia intimida. Discurso no aniversário da chegada da bateria ao Negage: VIVA A ARTILHARIA a DEUSA, e nós somos de facto dos melhores soldados do Mundo. O conjunto musical  do Batalhão da  Damba vem  à BTR e, em minha honra, tocam o bailinho da Madeira Obrigado! 

 

E lá vou de partida para a Damba,  sede do Batalhão - os ases : paus, copas etc e no centro o te fo..s, dizia-se... coisas..

 

DAMBA-  AGOSTO 72

 

Sede do Batalhão, no meio de oficiais superiores estou tramado, escrevo  no meu diário; não os entendo e eles nunca me compreenderão, e, assim, aconteceu ,durante toda a minha vida militar  -

 

No batalhão sou adjunto do oficial de operações de segunda a quinta, de sexta a domingo  oficial de operações, porque o nosso major na coluna do amor, como diziam  os soldados ,à quinta ia da Damba para o Negage, e ficava eu ali e o comandante que percebia muito de piano e pintura e nada de guerra, nem sabia ler a carta de 1 para 250 mil, marcava com lápis zona a bater para toda a comissão, nunca para os 4 dias, de operação, lá o major o tinha de corrigir .Era um bom homem, mas os conflitos chegam - pudera !

 

 Ao nosso alferes, chama-me o comandante, mas nosso alferes, não é   comigo - OH Alferes Andrade da silva! Ah sou eu . Diz-me:  como homem posso ser um m..das, mas comando 600 homens,  e você como alferes QP devia tratar-me -frito e cozido etc. 

 Mas o meu comandante trate-me, como aos outros, eu como eles. ao meu comandante Retorqui. Tudo esclarecido.  o sr. comandante dava festas quando vinham coronéis do  comando do sector,  e não ligava puto aos nossos capitães das companhias,  discordava etc., mas segundo o oficial de operações era o critério de comando ponto, discordava e discordo ponto. O sr tenente coronel não percebia nada daquilo, e eu era arrogante. Dei aulas e encontrei no aluno negro atrasado catorze um rapaz brilhante nas teorias de conjunto-fiquei admirado, Servi de enfermeiro a ajudar a meter tripa fora do abdómen- bola rosácea mal-cheirosa- no respectivo abdómen,

 

 Em 13 Novembro 72 envio um aerograma ao meu camarada Alferes Custódio Pereira a dizer que os subalternos tinham de se sublevar ,  estavam a brincar connosco numa guerra perdida:   já tropa portuguesa assaltava  quartéis da Polícia Militar em luanda.

 


cópia aerograma enviado 

 

 

  Eram  uns parvalhões, ainda tive um conflito com um-OH tu!  Julguei  ser um amigo, mas não, era por causa do cinturão e da  boina, então, retorqui-lhe venho do mato sabe e oh tu!, nunca andei consigo na mesma escola, ponto. Sanou-se o diferendo .Depois deu-me boleia para o quartel do adidos em Luanda, para não infringir mais os regulamentos deles .Obrigado !Deu jeito

 

Adeus Luanda ,onde, numa noite no terraço da messe com martini comi 8 ovos cozidos, segundo depois me disse  um meu amigo da Madeira. Nunca mais o vi será que ????

 

Adorei que os soldados me tivessem dado o cognome de "Vaidade e SIlva", antes, detestei ,porque pensava que a paternidade era de um furriel, filho de Champalimaud, militar ,para mim, antipático.

 


                 Vaidade e silva

AndradedaSilva3 damba angola.jpg







73/74-  Movimento dos capitães

O ano de 1973  foi um ano de conspiração na EPA. Se tudo falhasse:  faríamos a comuna e vendas novas,  bombardeamentos à siderurgia Nacional~

Acompanhei as equipas de ligação ao regimento de Cavalaria de Estremoz, uma Unidade muito difícil, mas aderiu -o 16 Março 74 ajudou.

9 setembro 1973 Monte das Alcáçovas /Évora - o nosso grito Revolucionário-  quero ser e sou dos primeiros a assinar (9º) a petição colectiva, se eu jovem assino os outros o farão por maioria de razão . Saio daqui com um líder -o capitão Vasco Lourenço

Depois é a visita do secretário de estado do Exército e o capitão Domingos a declarar-lhe- NUNCA ESTAREMOS DE JOELHOS SE CAÍRMOS SERÁ SEMPRE DE PÉ 

Reuniões em casa de Salgueiro Maia das unidades mais fortes EPC, EPA, EPI; CIAAC; Caldas  Paraquedistas    para se decidir o rumo a seguir: Fim da guerra e mudança regime pela força das Armas, corria o mês de Novembro, Salgueiro Maia era o comandante. Foi encarregado de fazer  o contacto com vários srs generais- entre eles: Costa Gomes Spínola, Kaúlza -  o sr. coronel Frade Júnior  Houve duas reuniões e este grupo extenguiu.se 

Cumpri as tarefas que me foram atribuídas, pensando numa futura sociedade do tipo das nórdicas, conheci-as pelo turismo da suécia na Madeira e, sobretudo, pelo  que se dizia-

Reunião de Cascais uma vez mais quero ser ,e sou,  dos primeiros a assinar o documento.  Uma afirmação individual, uma honra, fi-lo convictamente para sublinhar a minha  adesão incondicional ao movimento dos capitães

Em 16 Março 74, pelas 3h,  fomos contactados pelo ÓSCAR ,para estarmos sobre rodas . Ás 8h,  receberíamos a Ordem de Operações. Esperamos, mas nenhuma ordem chegou , e, ainda, bem. Aconteceu  o desastre das Caldas Depois a EPA reuniu o Movimento de Capitães  restante no Polígono, para tomar o pulso ao Movimento, que continuou até à Vitória - Vitória no 25 de Abril 74. Desempenhou funções na defesa imediata ao Hangar o nosso camarada Sales Grade.

Cumpri as tarefas que me foram atribuídas, pensando numa futura sociedade do tipo das nórdicas, conheci-as pelo turismo da suécia na Madeira e, sobretudo, pelo  que se dizia.



24 Abril 74,  22h55 

Ao som da canção  "Depois do Adeus", com a arma em riste e com os meus camaradas  Pedro e Sales Grade ,assaltamos  o gabinete do comandante da Escola Prática de Artilharia, Vendas Novas, que estava em reunião armadilhada, isto é, convocada para este efeito, com os capitães comandantes de bateria

(SENHA
https://www.youtube.com/watch?v=-BcYhcFseWo

Esta a SENHA, cumprida exatamente a esta hora na Escola Prática de Artilharia (EPA) Vendas Novas ,o que DELIBERADAMENTE se esquece. andrade da silva membro da equipa que assaltou o gabinete o comandante Equipa tenentes Henrique Pedro, Sales Grade e eu , na circunstancia o mais graduado.- precedência)

Sim! tínhamos como probabilidade quase de 100% de sermos recebidos à bala pelo comandante,  o que, todos desprezaram e desprezam- UMA VERGONHA MILITAR, NACIONAL E MORAL .



Tomamos a unidade, detivemos o comandante e o 2º comandante, este, um militar  muito determinado, somente cumprindo ordens superiores  Saímos de Vendas Novas exactamente às 3h 00m00s, Chegamos ao Cristo Rei pelas 7 horas. A noite foi longa, escura, fria e silenciosa. Só pela 5 h da manhã ouvimos o comunicado do MFA-uma gota de serenidade





7h 25 Abril 74

No Cristo- Rei faríamos fogo contra qualquer navio de guerra Nacional, ou da NATO que pusesse em causa as Forças de Salgueiro Maia que estavam no Terreiro  do Paço. 

Facto que veio a acontecer com a Fragata Gago Coutinho. Se tivessem feito qualquer que fosse  o tipo de tiro,  às ordens do capitão Patrício faríamos, sem hesitação,  fogo com um para muitos tiros de granada  que  a fragata se renderia. Saíram de cena, e tudo se resolveu.

Tínhamos um eventual inimigo apreciável e perigoso os aviões.  Estávamos numa posição careca, sem  nenhuma protecção,  mas a força aérea tinha-nos garantido a neutralidade  activa (??) como a marinha  - não interviriam,  e se isso viesse acontecer, estavam connosco.

Também, como comandante do 1º pelotão de atiradores, recebi ordens, como os meus outros camaradas, para determos a todo o custo uma coluna de fuzileiros navais, se não fizessem dado sinal -acenarem-nos com os bonés . Fizeram - siga a marinha.  Foram para a António Maria Cardoso -PIDE, mas regressaram antes de cumprida a missão- proteger as pessoas daquela polícia  Deslocaram-se  à nossa posição de artilharia, e queriam substituírem-nos com o argumento das Zonas de acção  naturais de de cada força. Não aceitamos essa negociação, estávamos às ordens do Posto de Comando do OSCAR -Otelo, Pontinha, e eles regressaram à sua  base, no Alfeite, e nós ficamos ali ,e muito bem. 

CASA RECLUSÃO TRAFARIA

Fomos na tarde de 25 à prisão da Trafaria Libertar os nossos camaradas presos pós o 16 de Março, uma deputação de ilustres Spinolistas Almeida Bruno, Monge Casanova Ferreira, Varela, Monge. O regime tinha a pontaria bem afinada, eram spinolistas e o 16 Março de facto foi o ensaio spinolista, com o Otelo, feito o Saldanha o século xx.

Nesta operação ocupei o restaurante Esplanada do Tejo com a colaboração do dono e da menina Fátima, então, com poucos anos que me indicou a escada para o 1º Andar.

Não foi precisa a actuação desta força, o obus 8,8 apontado à porta de Armas do prisão foi o argumento suficiente para a libertação de todos os camaradas presos. O meu pelotão assaltou, ainda, o quartel da GNR e prendemos todos os militares GNR e policias que estavam na rua- uma medida preventiva- foram até ao Cristo Rei e depois regressaram ais seus destinos. Alguns eram bastante novos, ficaram muti nervosos, senti por eles algum mal- estar, sentia-o ,como um mau inicio da carreira para eles Numa formatura um militar da GNR formalmente-Vossa Senhoria meu Tenente dá-me licença para verter aguas. Julguei que me estava a gozar. Contive-me, depois disseram que na GNR era assim. Ainda bem que não disse nenhum disparate Surpreendente os nossos companheiros libertados pedem uma coluna para os levar ao Quartel da Pontinha para formarem governo - espanto ,como?? coisas misteriosas..

CALÇADA AJUDA-POLICIA MILITAR

À tardinha fomos cercar a Policia Militar na calçada da ajuda umas cenas caricatas de bluff. Um meu camarada de Cavalaria7 a dizer que com os carros de combate se já não estivessem do nosso lado que davam cabo de nós -verdade- e eu a dizer-lhe que tínhamos ali no início da calçada uma missilaria - falso- que os mandávamos todos pra a lua- puro bluff à condestável. A artilharia ficou no Cristo Rei

Concidadãos civis pedem-nos para ir socorrer população na antónio maria Cardoso. Via rádio o tenente Imperial tenta pedir autorização, mas choviscava atmosfera ionizada, ndnhum contacto com o posto de comando- ficamos ali Umas peripécias no interior da regimento da Policia Militar, mas já eram dos nossos entramos e ali pernoitamos. Uma boa noite.

26 ABRIL REGRESSO AO CRISTO -REI

Pela manhã regressamos à posição de Cristo-Rei. O sacerdote do templo achou que estávamos bem ali. Também tínhamos como objctivo bombardear Monsanto, se Marcelo fosse para lá, foi para o Carmo, problema resolvido

Entretanto. a população do Pragal alimentou-nos , não usamos a racão de combate. O restaurante onde depois Luisa Bastos cantou deu-nos um grande apoio. O regresso a Vendas Novas foi da máxima felicidade e demos como recuerdo uma bala a cada pessoa -era o nosso obrigado. O regresso foi uma apoteose. Alguns fomos tocados pelo povo e regressamos diferentes muito, muito, muito mais próximo e amante do povo -fui um deles




E A REVOLUÇÃO POVO-MFA NASCE

.


Durante a Revolução ( que é um TSUNAMI SOCIAL) de 25 de Abril74,a 25 de Novembro 75,   sempre defendi, e procurei realizar, no terreno, como delegado do MFA ,eleito, o IDEÁRIO/ IDEAL DO MFA ( as provas são muitas, mas não importam a nenhum DDT e seus séquitos, mas refiro-as para que CONSTE- um DEVER MORAL E DE CIDADÃO)

Assim, em74/75  referia que os problemas do Alentejo exigiam o concurso do PS e PCP, os sectários não o permitiram

                                         Cabeção 75


Revolução Social e Agrária no Alentejo 


Durante a Revolução Social e Agrária no Alentejo   ( não houve neste período nem Reforma Agraria, nem essa estranha coisa de PREC, houve Revolução ) não contactei, nem fui contactado por SUV, nunca em nenhum quartel onde estive a divisa- o soldado é quem mais ordena- existiu.  Quem ordenava era o comandante e o MFA, na sua  directa dependência e dos órgãos politico- militares ( GDE do general CEME- general Fabião e Comissão Coordenadora do MFA , para a artilharia -capitão Sousa e Castro) isto, até à clivagem  NOVE - CEME.  

A nível civil  não contactei, ou fui contactado  por qualquer partido. Só em vésperas do 25 de Novembro um dirigente do PCP de Évora-DM - contactou-me. Fora deste incidente,  só dialoguei com quadros dos sindicatos, sobretudo, do Couço (Canejo ), Évora(Manuel  Vicente..) e Aljustrel( Patricio, já partiu, um grande companheiro e amigo, deixou-nos  muito cedo  ),  ou dirigentes populares e ,ou das cooperativas e outras associações  de moradores, 3ª idade, ou creches, como  no Escoural( Pias ,já partiu, um líder alfa ), Vendas Novas(Joaquim Pedro ) , Alcácer do Sal, Barquinha.

Intervim em conflitos muito sérios sem a menor preparação ou conhecimento prévio de como agir- faz o que souberes e puderes .

EPISÓDIOS NA REVOLUÇÃO

Casebres

 Detenção do  Major Chum...  pela população, por ter chamado de reaccionários aos trabalhadores por causa da desejada  ocupação da Herdade de Palma, Nada tinha a ver com tal assunto, mas a direccão da casa do povo, veio a vendas novas  pedir-me e dizer que seria o ÙNICO capaz de resolver aquele grave  assunto e, assim, fui, rectificando a declaração do senhor Major - o acto é que seria contrarrevolucionário porque naquela fase o MFA   não defendia a ocupação de herdades bem administradas, como era o caso da herdade de Palma e a norma do MFA Questão resolvida  fui além das minhas  atribuições formais, mas o senhor major  com tanta carreira pela frente e na PSP depressa apagou do seu registo este episódio.

GNR MONTEMOR, PSP SETÚBAL 

  Também com a  GNR de Montemor ; confronto entre ciganos de Coruche e Évora, por questões de honra- a lavar com mortes, um rei dos ciganos teve de interferir-  e PSP Setúbal por causa da sublevação da população contra a PSP, em 7 Março 75. Evitamos dezenas , centenas de feridos e mortos, porque a população era para ser varrida com tiros de uma metralhadora pesada Breda ( Setúbal  esqueceu isto,  só Zeca Afonso não. A sua filha andou por lá (... https://www.youtube.com/watch?v=UWUtsPIx-3E, ).

 Dizem que este facto  foi esquecido ,por ser  uma acção do poder popular, inorgânico, ficcional - alguns militares e algum povo , como Kissinger, logo, descobriu, e agiu, em conformidade, apoiando e informando desta os partidos aliados em Portugal , e recusando uma solução final tipo chilena, neste caso ,com o contributo,  sobretudo, de Carlucci)

Setúbal 7 Março 75 houve um morto a população  quer invadir a esquadra. Um militar de Abril ,transeunte, Capitão Imperial é ferido 


Na resolução  destas sublevações   foram envolvidos o capitão Amílcar, já partiu, o Sales  Grade. nenhum de nós tinha comando de tropas, mas para estas questões de ORDEM PÚBLICA, íamos comandar os militares da força de ordem pública, comandada por um capitão e  com os pelotões enquadrados por outros tenentes que não era NENHUM de nós Logo, fomos nomeados de um forma IRREGULAR, só explicável pelo critério de escolha que diz- È NOMEADO O MELHOR PARA O DESEMPENHO DA MISSÂO (mas como é fácil alguns que deviam ter comandado estas forças e  ficaram sentados  ,hoje, falarem de ????)

Nestes cenários para além de soldados,  sargentos e oficiais milicianos, cumpriram missões  o Major Gil, já partiu, e o capitão Castro Pires, capitão Porto ( Évora) o capitão Peixeiro,  o Alferes Guerra,( já partiu)  Cravo, Sousa, Furriéis Pássaro, Sequeira, Nogueira e sargento Guerra

11 Marco 75

Toda a escola Prática de Artilharia, sob o comando do seu comandante, coronel Sousa Teles esteve na rua. Estive  na posição do cruzamento de Pegões tudo  normal, havia a boda de um casamento, tirei uma foto com os noivos, um facto expcecional, mas logo uns camaradas ( JD) criticaram a foto, porque  as calças não tinham os respectivos elásticos. No entanto houve  um caso relativamente complexo da ida para lisboa de um cidadão numa situação de relativa emergência hospitalar sem que houvesse a menor ideia de como se poderia contornar  as demoras nas barricadas- só mesmo de ambulância militar,  mas não previsto.

13 Março 75

Sublevação do Povo de Montemor- o - novo contra o latifundiário Vacas Nunes acusado  de práticas graves contra trabalhadores nos anos 50, de cooperação com a PIDE, mandar a GNR  carregar sobre os trabalhadores, tendo  havido um  morto - justiça Popular é reclamada. Como membro do MFA nomeado  para a accão de ir buscar e proteger  aquele senhor, tendo recebido a missão ás 0h, do oficial de dia  capitão Duarte Mendes (  outra vez ,mais uma vez e sempre , sem estar na escala destes serviços )  para evitar confrontos e porque o senhor não abriu a porta tive de assaltar a casa às 3 h. Não o podia fazer  porque não estava declarado o estado de sitio (MY GOD os tenentes sabiam o quê disso???) . Correcto seriam mortos e feridos. As  secretárias são poderosas. 

Entrei /assaltei a casa e no cimo das escadas estava o senhor com umas netas à sua frente. Disse pra retirar as crianças daquele cenário, e que só estávamos ali para evitar CONFLITOS MORTOS E, OU FERIDOS. Para o proteger naquelas circunstancias e nao para discutir os casos. Foi retirado e a seu pedido a um seu vizinho latifundiário demos-lhe boleia, sugerindo  que fosse uns dias para  fora da zona porque.. coisas e lousas poderiam acontecer ???? Mais uma missão difícil IMPENSÁVEL para um tenente foi cumprida sem sangue , ou uma sequer cronhada , mas se uma qualquer pessoa rompesse o cordão de segurança de 20 soldados a situação ficaria fora de controlo .

O DIA A DIA

Para além disto, o dia a dia, das 8 às 24, a resolver problemas de um julgado  de paz e de uma autarquia numa situação revolucionária com as populações acusando muitas lesões antigas e muita vontade de chegar depressa à sociedade socialista sonhada :JUSTIÇA, PÃO, HABITAÇÂO, TRABALHO, o que, depois do 11de Março foi mais recusado pelos latifundiários e desencadeou a REVOLUÇÂO AGRÁRIA -

                                   ALENTEJO
 DAS COMISSÕES PARITÁRIAS À REVOLUÇÃO AGRÀRIA
 
Muito se fala sobre o que nunca aconteceu -a Reforma Agrária- o que aconteceu, foi  no vulcão da revolução os trabalhadores  tornaram mais exigentes quer quanto a salários, linhas de produção, condições de vida e fim do sexismo com a predominância do homem, mesmo nos ditos revolucionários.

Assim,  desde logo, interviemos (MFA) nas áreas para a melhoria da qualidade de vida, saneamento básico, eletrificação, saúde, dinamização cultural,  politica, sociedade e cidadania, e algo de fundamental  comunicar-ouvir muito- as sessões de esclarecimento por toda a parte de Alcácer a Évora ( Alcácer, Pegões, Couço, Coruche,  Ciborro ,Brotas, Vendas Novas, Montemor, Mora,  Cabeção, Escoural, Lavre, Cortiçadas do Lavre  Fronteira, Beja. Minas Lousal,   Santiago Cacem etc. etc.

As coisas iam decorrendo assim.    Na agricultura a realidade começa a apertar: grande desemprego e as terras incultas a aumentarem desmesuradamente com graves riscos para o 25 de abril.

Para resolver esta tão grave situação são criadas as comissões paritárias: trabalhadores, sindicatos, latifundiários , Centro Reforma Agrária, e a MFA: objectivo absolutamente vital- cultivar as terras para haver pão e trabalho.

Reunimo-nos por Borba, Ciborro  com latifundiários e os demais parceiros,  mas esta estratégia falhou. Diziam os latifundiários que por causa da falta de apoio da banca e pela distribuição dos trabalhadores pelas herdades ser desproporcional, os sindicalistas falavam de sabotagem económica, o Centro da Reforma Agrária pouco ou nada dizia.

Com o 11 de Março 75, 90% ou mais dos  latifundiários suspendem toda  actividade agrícola. As reivindicações dos trabalhadores aumentam:  falta de trabalho, salários em atraso uma constante nestas situações, intervimos/intervim, e mesmo  se mais nada não houvesse o impulso para ocupar as herdades torna-se predominante  : na perspetiva de as cultivar, sem a discussão da titularidade das mesmas ,no contexto de produzir da Batalha da Produção, esta, a posição do MFA, até ao surgimento da prometida Lei da Reforma Agrária; outra a da Terra para quem  a trabalha -já!

Depois do 11 de Março e pela lentidão legislativa, ou pela sua falta de execução, movimentos muito fortes de trabalhadores, como no Couço ganham todo o campo de manobra, e  limitam a nossa acção (MFA) a EVITAR SANGUE entre todos estes agentes e, ainda,  mais grave entre os próprios trabalhadores permanentes e eventuais e  trabalhadores, latifundiários e rendeiros, estes,   muito odiados no  Couço, por serem antigos trabalhadores, e serem, acusavam, mais exploradores que os latifundiários.

Evitei com os meus camaradas  os conflitos de sangue, mas para os outros   pedi advogados, engenheiros agrónomos, gestores e nenhum recurso recebi .

A força de alguns trabalhadores, pela desconfiança gerada acerca de governos, como com o Canejo no Couço e   o Pias no Escoural, foram mais fortes  e as terras naquelas zonas foram ocupadas a eito sem o aval do MFA- havia uma grande desconfiança acerca do reais interesses do governo,( Agosto 75) logo, os trabalhadores com ou sem apoio (??) de partidos, tomam o comando das accões.


IDOS SETEMBRO BRIGADEIRO PEZARAT SAI DO CANAL DE COMANDO 

Nos idos de Setembro 75, tendo o comandante da Região Militar de évora ilegitimamente e ilegalmente saído do canal de comando Hierárquico do general CEME, logo, me começou a ver como um gonçalvista perigoso, antes, em julho,  trouxe-me da EPA, vendas Novas-um erro, perdeu-se algum controlo  na execução do programa do MFA - para exercer um cargo mais importante Delegado do MFA em toda a região de Èvora -uma mui nobre função- tendo recebido dos meus camaradas do gabinete de Dinamização do exército (GDE)  na dependência do general CEME ( onde, estavam Major Golias, Capitão Sousa e Castro e Ferreira de Sousa ) a missão de apoiar/defender  o Brigadeiro Pezarat dos  ataques reacionários por vir de Angola conotado com o MPLA ,o mesmo acontecia com o meu camarada  e bom amigo Major Gil que me sugeriu para passar para o lado deles .os NOVE- caso contrário iam dar cabo de Mim , assim mesmo, dizia-lhe que o sabia mas tínhamos um compromisso de honra com o povo e o general CEME. General Fabião e que  seria fiel a esses compromissos. 

Por este comportamento militar e de fidelidade ao 25 Abril o sr.brigadeiro Pezarat, (hoje um divulgador das virtudes do sr. general Vasco gonçalves)  quis afastar-me e ao furriel da Região Militar de èvora, então, o povo dirigido pelo líder  do povo do Escoural Pias cercou o quartel  General para que essa ordem  não fosse cumprida. A situação era muito grave e o iminente  assalto ao quartel era uma evidência,pelo que me pediram que fosse dizer às pessoas que continuávamos juntos  para evitar  feridos e mortos cumpri esta tarefa, muito embora pensasse que quem  deveria ir falar ao povo era o sr. Brigadeiro. Lá vou dizer  que ficamos em Évora e "SE HOUVER DE MORRER PELA  REVOLUÇÃO  QUERIA QUE FOSSE NO ALENTEJO ..assim, pensava  sem nenhuma sombra de dúvida




O MEU PROCESSO NO  CONSELHO SUPERIOR DE DISCIPLINA DO EXERCITO 1976-80


No contexto destas acções, onde, estivemos todos os dias, vou ser acusado pós 25 de novembro 75, pelo General Quartel Mestre General do Exército, nos termo da seguinte NOTA DE CULPA ( estive 6 anos a ser julgado. Um processo conflituoso. Pedi escusa dos senhores generais, pelo que fui punido com 8 dias de detenção pelo sr. General Garcia dos Santos por ter posto em causa a idoneidade daqueles senhores.  Falso.  Aleguei  sim a incapacidade psicológica, para serem imparciais no contexto das matérias de que era acusado, sendo que aqueles senhores generais tinham servido o salazarismo durante décadas  Nestes entretantos fiz a licenciatura de 5 anos em sociolgia no ISCTE,  onde, tive graves discussões. Corriam os finais dos  anos  de 70.  Foi minha professora a prof Filomena Mónica de quem gostei- na sua cadeira discuti de um modo critico Raymond Aron - e o prof Villa Verde Cabral de quem gostei pouco, por causa da defesa que fazia da Campanha do Trigo de Salazar, e por  dizer que sociologia era erudição, quando julgava que era uma ciência, com outro professor um conflito ideológico sobre a marca de fábrica produtora de seres rotulados e padronizados das faculdades-- My god!- passei de aluno de 19 na cadeira para não desejado .. "erros meus  e má fortuna".. )

  Relatório do general Ajudante general, de 14 de Março 1977, sou acusado 

 

- de ter praticado  actos  que justificam que seja submetido ao vosso julgamento ( Conselho Superior e Disciplina o Exército)

 

- assim este oficial ...no período entre 25 Abril 74 e 25 Novembro 75 (sic), é acusado de ser directo responsável pela conduta de actos que facilitou directa ou indirectamente, que a seguir se indicam em resumo:

 

- participação destacada em algumas ocupações ilegais e violentas de herdades, nomeadamente do Hotel Planície em Évora , em 1 Agosto 75 ( a verdade: participei em muitas acções para colocar as terras incultas a produzirem, então, o MFA não abordava a questão da titularidade da posse da terra  que seria discutida em sede da lei que até Agosto 75 não fora promulgada, aumentando nesta data os movimentos, estes sim, gigantescos de trabalhadores, como foi o caso do Couço)

 

-em 15 de Outubro 75 incita os trabalhadores a participarem numa manifestação SUV ( nunca ouvi falar da sua existência em Évora) a fim de contestar o comandante da RM Évora ( brigadeiro Pezart Correia);

 

- Em 25 Novembro 75 desloca -se de Évora a Vendas Novas sem a devida autorização, e,  aparentemente troca impressões genéricas sobre situação com vários elementos da Escola Prática de Artilharia (A verdade: desloquei-me, porque o Quartel em Évora era  dos 9, não sabia nada do que se passava, e o Pinto Sá (pai) de Montemor disse-me que os capitães Ferreira de Sousa e Amílcar tinham sido presos e a seguir seria eu. Como delegado do MFA em toda a região militar não precisava de  autorização para me deslocar,  aliás, fiz muitos movimentos sem guia de marcha, para não receber ajudas de custo);

 

- ter interferência na tentativa de desmobilização dos Soldados do Regimento de Cavalaria de Estremoz que às ordens do PR, em 26 de Novembro se dirigiam para Lisboa (falso nunca os contactei);

 

- ter telefonado para o Copcon avisando da passagem daquela coluna pelo Vimeiro:( uma verdade, pois devia fazê-lo)

 

-è acusado de ser um individuo ( deixei de ser capitão ou oficial) exuberante, ( esta, ADORO) imbuído de fanatismo ideológico, impulsivo e imponderado, sendo os próprios superiores que se pronunciam desfavoravelmente em relação à sua personalidade e maneira de ser ( tinha 25/26 anos) que pretende impor a sua opinião contra tudo e todos ( dizem estes bons amigos,e os bons democratas de hoje e sempre, nisto há uma santa e diabólica aliança, entre abúlicos, covardes e  sou pior que o diabo, porque eles sabem o que penso sobre essa gentalha, são um vómito) abusando das suas atribuições  Não se inibiu de mandar prender civis por motivos estranhos às autoridades militares, fixando até prazos para essas prisões ( se pudesse prender teriam ido dentro muitos latifundiários por puro roubo e sabotagem e militares, ditos de Abril, por  traição e comportamentos em favor dos fascistas e os pides –os torturadores . Pedi o julgamento destes criminosos - que mataram  nacionalistas  africanos às postas - nas assembleias do MFA ao Generais Costa Gomes, Vasco Gonçalves e Fabião);

 

- em 1975, num comício (?) em Coruche declarou que os trabalhadores poderiam assaltar a casa dos patrões e apropriarem-se dos bens, quando não lhes pagassem os vencimentos ( nunca o disse, mas... de qualquer modo pagaram, quando intervim, milhares de contos de vencimentos em atraso, como, por exemplo,  no restaurante o Fialho de Évora,etc etc Então, quem trabalha não tem de receber um justo,que rara vezes é,vencimento? Exigir isto é ser comunista, ou imponderado, ou impulsivo?

 

- em 13 Março 1975 em Coruche incitou à violência e ao saneamento de várias individualidades ( a verdade: neste dia, após o 11 Março 1975, o povo derrubou as estátuas do major Oliveira fundador da PVDE e a de Veiga Teixeira, pai, pedi para guardarem as estátuas, podiam servir para obter fundos, pura e simplesmente acompanhei as populações, quanto à do Major sem nenhuma hesitação);

 

-Promoveu um plenário da associação de Regantes do vale de Sorraia, introduziu elementos estranhos e segundo indicações do PCP local saneou os corpos gerentes ( a verdade: houve o plenário, sei lá eu quem lá estava, para pedir contas ao filho do engenheiro Rapazote, que perante a pressão demitiu-se, o que, até considerei  precipitado, mas...eu não era Deus, nunca fui, logo...)

 

- procurou impor um contrato ruinoso de arrendamento rural (falso nunca estive em nenhum, mas neste caso esteve um elemento da minha equipa,  o furriel Sequeira, sobre a queixa nada sei, porque foi feita contra mim, pós 25 de Novembro, já lá não estava, mas a orientação estrita era respeitar os direitos das partes, e o furriel Sequeira falou do livre consentimento do dono, o que, julgo ter sido o caso, naturalmente do modo que sendo justo cobrisse a injustiça que estes proprietários provocaram durante anos contra os alentejanos);

 

Interferiu num interrogatório na EPA, fazendo comentários não reproduzidos que levou um seu superior a ter necessidade de intervir ( Falso, o que aconteceu é que uma herdade do Sr. Vacas Carvalho de Montemor foi ocupada pelos trabalhadores, e quem lá esteve foi o meu camarada  capitão Castro Pires e não eu, mas a este capitão o sr. Vacas de Carvalho tece rasgados elogios, todavia porque estavam armados com espingardas automáticas  o capitão Castro Pires traz toda a gente para o quartel de Vendas Novas, onde,  me encontrava. Neste caso, como em quase todos os complicados foi- me pedido para intervir pelo tenente coronel Segurado 2º comandante da EPA, e a frase não reproduzida,  mas que devia ter sido  foi esta: SE TENTAREM, COMO PRETENDEM, REOCUPAR A HERDADE PELA FORÇA, TERÃO PELA  FRENTE UM FORÇA POR MIM COMANDADA COM AS ARMAS APONTADAS PARA VOCÊS,  PORQUE JÁ SE DERRAMOU MUITO SANGUE DE TRABALHADORES, E AGORA, SE HOUVER DERRAMAMENTO DE SANGUE JÁ NÃO VOLTARÁ A SER DO DELES - honro- me desta declaração, e eles desistiram do seu intento, porque sabiam que não haveria contemplações.

 

- Chamou ladrão e fascista a um civil que manteve preso durante 5 dias ,é referido um tal António Vicente de Carvalho ( como podia prender se não tinha nenhuma prisão ou coisa parecida? Chamar ladrão e fascista  raras vezes o fiz, mas admito que tenha feito umas quantas vezes, ninguém é de ferro);

 

- no Escoural intimou o dono do cinema a dar as chaves  deste ao povo, sem cuidar dos seus direitos (os factos: é verdade, o  cinema estava transformado em celeiro, ficou assente  que o povo do Escoural, pagaria uma renda, mas o cinema teria de funcionar, obviamente );

 

- em 13 Março 75,pelas 4 da Madrugada dirigiu-se com vários civis e militares a casa de  Vacas Nunes em Montemor, tendo arrombado uma janela e entrado na mesma, antes tinha dado uma rajada  para o ar  ( reportei-me anteriormente a este facto

.......
E pronto. Haverá Portugal, SEMPRE! Mas com Abril arranjei alguns amigos e muitos sarilhos, mas valeu e valerá a pena sobretudo se Portugal vencer.....


25 NOVEMBRO 75- 



Nada tive a ver  com esse acontecimento, estava dentro do  canal   hierárquico   MFA -MILITAR  formal  CEME,GDE, GDR ( nunca trairia  o general Fabião por ser o CEME, mas também pela ELEVADA CONSIDERAÇÂO E AMIZADE que lhe tinha e ele por mim, que   mantive e mantenho ETERNAMENTE.)

                                           EPA 75


A minha não participação neste acontecimento é reconhecida pelo sr. general Eanes. Sou recebido em Lisboa  a 27 Novembro 75  (depois de expulso do Quartel Évora) de um modo mui nobre pelo o sr. tenente -coronel Galamba de Castro que me diz: "O sr. General Eanes não permitiu que o prendessem até  haver provas concretas do seu envolvimento, mas tem de sair do Alentejo, porque se tornou polémico". Retorqui, adivinhando o que  viria, ( não me enganei NADA, assusta-me esta capacidade de prever) -pois, agora deveria ficar para ajudar a corrigir erros, que referi desde julho 75, exemplo: sessão em Cabeção gravada pela RTP.



                                     
     FOTO: NÂO PARTICIPEI, DE NENHUM MODO ,NESTA ACÇÃO. Total surpresa naquele dia, embora fosse esperada uma acção militar dos nove e da direita militar, mas, quando ????


No entanto, consideram alguns que ocuparam guaritas com uma espingarda, ou foram a  uma televisão, e, por tal, foram detidos - com aquele justificativo -  que são a ALMA vigorosa do 25 de Abril, claro com o apoio dos seus partidos.  

Considero que os para-quedistas  teriam de se defender da decisão do sr. General Morais da Silva de os extinguir, agora, quando e como ??? 

Resolveram fazer aquela acção ocupação das bases aéreas ,segundo  Dinis de Almeida e outros, com o aval  de Otelo - UMA GRANDE TRAPALHADA, militarmente primária.

Em 25 Novembro 75 ia cumprir as minhas tarefas, quando o civil Pinto Sá me diz que na EPA tinham sido presos os capitães Ferreira de Sousa e Amílcar e que depois seria eu. Desloquei-me à EPA,.

Tudo normal, Entrámos em estado de sitio. Regresso ao quartel general e aguardo. Sou avisado da passagem da coluna de Estremoz pelo Vimieiro, comunico ao Copcon . A dado momento o furriel Se... diz-me que no PCP de Évora lhe tinham dito - que  não moveriam  uma palha- era uma derrota da esquerda militar -ponto. 

Não participei, não soube nem antes, nem durante  de nada da manobra militar , mas quando um civil de Montemor - o -Novo  ( Pin.. Sá já partiu) me pediu para comandar centenas de alentejanos armados para marchar sobre lisboa, até com o argumento que depois seriamos milhares, recusei-me a tal coisa, alegando que nunca me definira como Zapata, e que  o acto seria um suicídio para os próprios e para o 25 de Abril. HONRO-ME DE TER EVITADO O INICIO DE UMA REVOLTA POPULAR sempre trágica e com que consequências ???

Pós 25 de Novembro o General Carlos Fabião convocou uma reunião na sua casa `a Graça em que estive presente, para solicitar a OTELO : COMO ÉS UM SIMBOLO DE ABRIL MANTÉM-TE EQUIDISTANTE DE TODOS OS PARTIDOS.

Otelo, LAMENTAVELMENTE,  seguiu outro caminho ....


1976 DESTERRADO PARA A MADEIRA POR ORDEM DO SR.GENERAL EANES

 
A minha intervenção no Alentejo,  polémica, para o Exército, levou-me à Madeira, através de uma deslocação irregular, pelo que me  recusei, por duas vezes, a embarcar. Embarquei à 3ª,para não ser preso  Sabia que depois de me darem o cognome de Comunista corria risco de vida no Funchal  e, assim, aconteceu. Desembarquei a 23 Março  76, a 27 Março sou ameaçado de morte. Dou conhecimento ,por escrito, do facto ao sr, Brigadeiro Azeredo, que diz que não pode fazer nada. Que me defendesse.

 Em 18 de Abril sou cercado pelo GANG os Diabos à solta- 10,12 energúmenos . Defendo-me a tiro de revolver,  que me fora emprestado pelo Dinis de Almeida que previa que me iam tentar assassinar. ( A FLAMA colocava bombas nas casas dos supostos comunistas, como o meu colega do liceu Ramos Teixeira um PS super-moderado)  Não me matam, mas por me defender, em legitima defesa , o que, o juiz Rui Gonçalves Pereira  recusa, por estar presente um policia que nada fez e o disse em tribunal, com receio de ser desarmado, sou preso na Trafaria por cerca de 2 anos. 
Como pode esta gente que tanto mal fazem, dormirem uma noite sem pesadelos ???? Impossível . Mas  a regra é dormem e vivem muito bem .  Não são humanos!

    Preso e Escoltado por 8 a 10 PM a caminho do 3ºTMT



 

 


                         UMA CONCLUSÃO VERGONHOSA

 Falo do meu caso , mas somos dezenas, e  muitos dos que nada, ou pouco fizeram nestes dias, que eficazmente derrubaram aquele regime, DESVALORIZAM, DESRESPEITAM este grandioso feito e os seus protagonistas , mas sem esta GLORIOSA ACÇÃO NINGUÉM, NINGUÉM, NINQUÈM pode dizer o que seriam os hojes,  o que seriamos??,  nomeada e, particularmente, as e os concidadãos  e os partidos que se designam de esquerda do  PS, inclusive, ao BE... pois. pois... 

VERGONHA, VERGONHA, VERGONHA, 
 VERGONHA VERGONHOSA, 
VERGONHOSA VERGONHA; 
 VERGONHA IMUNDA: 

 não aceitarem , não reconhecerem.  e não serem gratos aos  que tanto fizeram  por PORTUGAL E TODOS OS PORTUGUESES ,e receberam mil agruras , VERGONHA VERGONHOSA. CUBRAM AS FACES


                                        RENASCER APÓS A HECATOMBE E PERSEGUIÇÔES DE NOVEMBRO 


MILITAR


1980 - 2008

Cumpro  12 anos de serviço como capitão. Comandei companhias de recrutas na Escola Serviço de Transportes (EPTS) Figueira da Foz .Fizemos tropa, cultura, arte, camaradagem -Tive também problemas por causa da qualidade da instrução e outros comportamentos de honestidade duvidosa (???) Mas adorei comandar as companhias de recrutas,  que como regra, que sempre cumpri, se pronunciaram sobre o meu comando e me revelaram disfunções que através desses documentos tomei conhecimento e corrigi, como o caso de praxes,

Fui preterido na promoção a Major lutei e venci. Tive o apoio do Major advogado Gusmão Nogueira. Levo o exercito ao Supremo Tribunal Administrativo. O meu comandante da EPST Cor. Gonçalves fez sentir junto do CEME que aquela preterição não fazia sentido, pois como capitão fui louvado pelo sr. general comandante da Região Miliar de Coimbra. Sou Promovido-



1987 -2008: Major  a CORONEL PSICÓLOGO MILITAR E PROFESSOR MILITAR

Uma experiência extraordinária, desde logo, pela licenciatura de psicologia  (1988-93). Encontrei professores Maravilhosos: drs Orlando e Armando , Helena Marujo e outros, e colegas extraordinárias:  a Susana, a Meirelles, o meu camarada Silva Pinto , e outros  a copiarem nas provas -uma vergonha - contra o que me insurgi, e fui agredido chamado de  militar de um exército derrotado- Merecendo a seguinte caricatura  que tudo perdoa.





No Centro de Psicologia Aplicada do Exército (1993-2008 ) desempenhando, sucessivamente, as funções de chefe de Gabinete de estudos , gabinete de psicologia , subdirector e director. Foi uma aventurosa ventura, actuando e fazendo evoluir procedimentos nas selecções, estudos sobre o sentir dos militares do regime de contrato, o pulsar da juventude portuguesa estudante entre o 9ºano e o 12º anos quanto à vida militar    - uma juventude maravilhosa com 23% disponíveis para o RC e não para o serviço militar obrigatório -UM NÃO REDONDO

Foi grandioso  nas entrevistas psicológicas verificar que os valores que me levaram a  concorrer à Academia Militar se mantinham incólumes naqueles jovens: Servir o pais, o risco, actividade  e a camaradagem 


Acompanhamos todos os batalhões das Forças Nacionais Destacadas (FND) constituída por grandes portugueses, como observamos no terreno.  Pessoalmente o vi com duas idas à Bobina, uma ao Batalhão do tenente coronel Cuba, um enorme camarada e comandante   Montamos um esquema de apoio aos militares e suas famílias, como aconteceu no caso do soldado Ribeirinho tombado em Timor e com o sargento Roma Pereira do Alandroal - Presentes. Também os DFA. instrução de comandos etc  estiveram presentes e fizemos um trabalho de investigação científica muito difícil,  e até então único,o  entregamos  ao governo, foi  objecto de uma reportagem e na TVI e editado pela  AOFA. mas...

Neste intervalo,  volto a ser preterido na promoção de tenente- coronel para coronel ,por causa dos idos de 74/75. Muitos oficiais generais não concordaram:  generais Aranha, Garcia Leandro . Lisboa etc- era impensável, e com atraso de um ano fui promovido Recorri ao comandante supremo das Forças Armadas   dr Jorge Sampaio que disse que "a justiça um dia chegaria  nem que fosse a de Deus" .Agradeci e espero que agora Deus  o recompense .

PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR TÉCNICO DO EXÉRCITO 

Foi importante e muito enriquecedora esta  experiência como professor na Escola Superior Politécnica do Exercito  -cursos a sargentos para ingressarem na classe de oficiais. Aprendi muito no contexto das cadeiras de  Introdução ás Cincias Sociais, Comunicação de ideias e Psicologia da liderança  com os alunos e eles receberam a norma didáctica que iam desaprender bastante do que apreenderam, para reaprenderem , também o fiz e continuo a praticar  . Em 2007 encerraram esta escola de qualidade. Não concordei, não concordo .. mas 


Enfim ...

Os bojadores e as armadilhas foram muitas vencia-as/vencemos. Trabalhei com grandes portugueses; todas e todos os  oficiais  ´,sargentos e soldados  do serviço de contrato , a maioria dos meus camaradas capitães e oficiais superiores do QP e a maioria do pessoal civil, nomeadamente, as senhoras da limpeza que no meu aniversário me ofereciam  um ramo de flores .



O CIDADÃO

FAZER UM MOVIMNTO/ PARTIDO MFA CIVIL

Em 77/78 com outros, nomeadamente, o capitão de Abril Fer... de Sou.. e o presidente da Câmara de Barrancos , antigo Alferes Guerra, reunimos na casa do Alentejo para tentarmos institucionalizar o pensamento do MFA: DEMOCRACIA PARTICIPATIVA; DEENVOLVIMENTO; DIGNIDADE 

Uns espiões  que se fizeram passar por amigos do projecto foram-nos referir  ao seu partido, como uma grave ameaça aos seus domínios , e, logo, desertaram e morremos na praia-AGENTES  TOTALITÁRIOS


 2008 - MOVIMENTO NOVA ESQUERDA


Em 2008/ 2009 surge o Movimento Nova Esquerda, sou convidado por um  dos seus fundadores  Eduardo Milheiro  ( não concordo com o nome, mas já estava baptizado) e DEFENDO:


2009/7/19 Andrade Silva 
______________________________
 A Carta de princípios, os textos para a recolha das assinaturas, apontam para um certo corpus ideológico com consistência interna que poderá, segundo a minha leitura, ser lido deste modo:

 Em traços gerais e nos textos já produzidos está explicado ao que Nova Esquerda vem

. Na minha opinião, seria inapropriado que este novo sujeito se
 pusesse à esquerda ou a direita deste ou daquele partido, mas sim, deveria ocupar um espaço no território da esquerda, para estabelecer pontes com todos os partidos e individualidades de esquerda e sociais-democratas, para a recuperação do estado Republicano Democrático que realize as políticas da esquerda socialista, condene as práticas neo-liberais, a corrupção e a imoralidade na distribuição da riqueza, e combata a impostura neo-liberal.com de ....... que se ganhasse as próximas eleições seria uma tragédia para Portugal, como o estão a ser, para a Europa, as vitórias neo-liberais.com

As eleições Europeias poderão merecer um dia destes um pesado Luto europeu, a América progrediu, a Europa regrediu, um verdadeiro paradoxo político.

 A NOVA ESQUERDA defende a dignidade da democracia, através da participação activa dos cidadãos, da criação de mecanismos de selecção, supervisão, regulação e formação que obriguem os servidores e as instituições da República a um comportamento probo e competente no respeito por um código ético; defende a coexistência dos vários tipos de propriedade, pública, privada e cooperativa, com o estado detendo uma regulação forte nos sectores estratégicos da economia: bancos, saúde, transportes, comunicações, defesa, segurança, educação e justiça; bem como. a cultura do mérito e da excelência para os trabalhadores e empresários; o emprego com qualidade e o respeito das capacidades dos cidadãos ao longo dos vários ciclos da sua vida, com a realização de uma política das idades.

 A NOVA ESQUERDA 

confia que a Governança que se venha alcançar guiada por esta Visão, promoverá, como resultante de todas as medidas, políticas, instrumentos a criar e mudança de atitudes, uma renovada mobilização política, cívica e patriótica dos portugueses, na criação de uma comunidade de concidadãos que dirigidos por um Governo em que a justiça funcione e o
comportamento honesto e de excelência seja a vocação e o ditame de consciência de todos os servidores da República, permitirá um desenvolvimento económico, social, cultural ,técnico e tecnológico equilibrado e ecológico de Portugal e dos portugueses, cumprindo-se assim os desígnios republicanos e democráticos da REPÚBLICA e da Democracia
 Portuguesas.

 Se esta parece ser muito claramente a Visão fundadora da Nova Esquerda, torna-se de alguma evidência que a sua emergência levou a uma clara atitude de .... a pedir aos socialistas que ACORDEM e repensem o PS, exactamente nos termos ousados e patrióticos que este novo sujeito tem requerido ao afirmar-se com o propósito de ser o Partido da Nova Esquerda, da Esquerda Socialista e da Dignificação da Democracia e do Desenvolvimento.

 Deste modo, se prova a razão dos fundamentos da esquerda socialista deste projecto que ao longo de 4 anos não tiveram qualquer percurso no interior do PS e, agora, são tão claramente assumidos depois da NE o ter feito na sua Carta de princípios e nos textos já, há bastante, enviados aos seus apoiantes e à imprensa que os tem calado, como convém, a quem? PERGUNTO???

 
 Interessa também dizer muito claramente que o resultado nas eleições europeias  foram
 da inteira responsabilidade não de quem criticou as políticas erradas, mas de quem fez ouvido de mercador ao que era justo ouvir ,e ,por cumplicidade, se calou. E se o resultado for diverso do que as eleições europeias fazem adivinhar, é porque finalmente as críticas têm sido ouvidas, resta saber com que sinceridade!!!!!!!!

 Mas nesta batalha para retirar a vitória às políticas neoliberais e conservadoras.com, os elementos mais importantes não são os que contra a opinião de muitos dos portugueses continuam a dizer que tudo está bem.

.......

 É preciso concentrar energias e forças, mas de facto este novo sujeito político, a Nova Esquerda, que se afirma pela correcção dos desvios neo-liberais e estrutura-se para que a política nunca mais possa ser assaltada por pessoas sem princípios republicanos e
 democráticos, tem como objectivo, pela mobilização da gente da grande esquerda que não vota ou vota no mal menor, ganhar força para exigir o respeito pelo voto popular maioritariamente de esquerda, isto é, a NE pretende fazer o que, por razões várias, os socialistas não neo-liberais defendem, mas não têm conseguido fazer valer no interior do seu partido, isto é, defender as boas políticas do Governo Socialista e impedir, corrigir os desvios neo-liberais e a subordinação do poder político à alta finança.

(nota

publicado no blogue da NE



O PREÂMBULO DA GERINGONÇA

Antecipamos  a geringonça  .... coisas , mas,  para ir mais além.. em 2009 propunham ao nível muito secreto a criação de um grupo influente para levar  o PS ,PCP e BE a se entenderem ;


A
Enviada: quinta-feira, 17 de Setembro de 2009 14:39

Assunto: Convite sob ABSOLUTO SIGILO
Importância: Alta

 

 

Car@s amig@s,

 

Com pessoas de várias áreas profissionais, sociais, ideológicas, partidárias e sindicais (das esquerdas) estamos a organizar um apelo/abaixo assinado (ver documento em anexo) para que, se se verificarem determinadas condições (caso contrário o apelo/abaixo assinado não será divulgado: será pura e simplesmente posto de lado), os vários partidos de esquerda procurem conversar e entender-se com vista a uma solução de governo (coligação ou acordo de incidência parlamentar) apoiada pelas esquerdas no Parlamento.

 

As condições para a divulgação do apelo/abaixo assinado são:

O PS ganhar com maioria relativa (de deputados) e os partidos de esquerda (PS+BE+CDU ou PS+BE ou PS+CDU) terem juntos uma maioria absoluta de deputados no Parlamento.

Sublinho, se e só se isto se verificar, o apelo/abaixo assinado será divulgado.

 

Entre o conhecimento dos resultados (27 à noite) e a divulgação pública do apelo (estimada para 29, em conferência de imprensa), caso se verifiquem as condições, esperamos ainda conseguir bastante mais assinaturas de pessoas dos vários partidos de esquerda (muitas delas foram já “postas ao corrente” de que uma iniciativa deste género estaria em marcha, e afirmaram estar, em principio, disponíveis para a apoiar).

 

......

Se estiver de acordo e quer assinar/divulgar publicamente o seu apoio à iniciativa, diga-me por favor nome e profissão/cargo profissional com que quer ser apresentado.

Esteja ou não esteja de acordo, agradeço SIGILO ABSOLUTO sobre a iniciativa até dia 28 de Setembro quando, se se verificarem as condições, faremos divulgar preliminarmente a inciativa.

 

Se tiver mais nomes (e emails) de pessoas de prestigio que pense possam engrossar e enriquecer a iniciativa com o seu apoio, agradeço tais sugestões.


A MINHA RESPOSTA

 

De: Andrade Silva <

Date: quinta, 17/09/2009 à(s) 16:41
Subject: RE: Convite sob ABSOLUTO SIGILO
To: 

 Pessoalmente concordo, está de acordo com o conceito de governabilidade à esquerda que tenho defendido.

 Todavia, julgo que seria oportuno não deixar de fora os partidos extra-parlamentares e até a possibilidade do Movimento Esperança Portugal puder vir a eleger algum deputado, mas considerando-se ou não esta possibilidade, estou de acordo com o  apelo.
 
Assino-o:
 
Andrade da Silva, coronel reserva, licenciado em sociologia e psicologia, " capitão de Abril". 
 
abraço"

CONCLUSÂO 

O projecto  NOVA ESQUERDA morreu pela dissidência interna entre os pró Manuel Alegre e pró Fernando Nobre nas presidenciais.

 

 A posição de alguns  era  somente pró DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO , DIGNIDADE. Fazia parte deste grupo, perdemos...

 


 

              2012- COMBATE PELA LIBERDADE DE EXPRESSÂO


Em 2012 há um ataque feroz para calar Sócrates na RTP , não concordando com quase nada da sua politica,  à excepção   do desempenho do secretário de estado Zorrinho- colocou Portugal nos nós da rede mundial de investigação - como meu camarada Serafim Pinheiro  combato  aquela  demanda sem princípios. Defendo o contraditório, sempre, e pratico-o  até à exaustão.


2013: VIVER ABRIL HOJE (VAH) > CONSTRUIR 

                          O FUTURO 


Contra esta demanda de ferocidade,  novamente, em 2013, com o capitão de Abril Serafim Pinheiro e outros  capitães de Abril  andamos  no projecto VIVER ABRIL HOJE > CONSTRUIR O FUTURO, mas  uma vez mais dados militantes receberam ordens para desertarem ,e cumpriram a deserção.

Comemorámos de um modo vivo o 25de Abril 2013 e, em poema, pedimos ao TEJO -FUTUROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

                                         EIA!





E......

15 de Agosto 2020

A pobreza, as tragédias individuais  e coletivas de 2011 e as que aí estão e vão continuar leva alguns cidadãos a entregar o documento abaixo referido, que foi recepcionado pela equipa de Costa e Silva but...

CONTRIBUTOS PARA A DEFESA  DIGNIDADE DA VIDA DESDE O NASCIMENYO ATÉ À MORTE




5 de Outubro 2020 

De novo, no MANIFESTO 2020,  de novo, com o Capitão de Abril Serafim Pinheiro e outros capitães da sociedade civil e as  jovens Raquel Filipa e Ana Mota

Manifesto  silenciado por toda a comunicação social, que o recebeu.  Foi remetido a todos os candidatos Presidenciais. O candidato Prof Marcelo Rebelo de Sousa, leu-o e comentou-o ,em texto manuscrito.

O  objectivo do manifesto foi, é, será dar pistas ,rumos certos, para a construção de uma sociedade nacional, regional e mundial justa, equitativa, una, progressiva -A SOCIEDADE HUMANA UNIVERSAL, para evitar a DESTRUIÇÂO DA HUMANIDADE em que os DDT que escolhem, ESTÃO A ESCOLHER O GENOCIDIO, desde há bastante, para 1/3 a 2/3 da humanidade, como a National Geographic tem referido.



(https://www.facebook.com/groups/MANIFESTOx2020)




 (2018..  ( ASSOCIACÂO SALGUEIRO MAIA(ASM) 

Desde 5 Dezembro 2018 sou o presidente da ASM , e como capitães designados por Salgueiro Maia... somos todos capitães... procuramos cumprir a missão que a todos atribuiu  defender abril.. uma missão quase impossível, mas que vamos tornando possível na dimensão local( sede em Santarém no antigo quartel da EPC) regional, nacional,  lusófono


e ainda associado da AJA,   da  Alma Alentejana, Apoiei como psicólogo e associado da associação Tito Morais o grupo de apoio a Escolas "TODOS PRESENTES",  divulgo o feito  25de Abril 74 por toda a parte de Norte a Sul o feito:, Almada, Vila Franca de Xira, Lisboa,  Arruda dos Vinhos,  Vieira do Minho,  Marco de Canaveses, Beja 


CONSTATAÇÃO


HOJE, 5 de Outubro  2021



Lutamos com  CORAGEM. mas os GOLIAS E A COVARDIA campeiam, pelo uso sistemático e TOTAL  dos instrumentos: digitais da censura e  pensamento único, os  financeiros e os económicos ao serviço da SEMI-DMOCRACIA em que vivemos,  ameaçada pelos muitos  pseudo-democratas  a governarem e pela "Besta"  neofascista emergente


Vivemos, hoje, num circo romano, sujeitos à tortura dos poderosos donos do digital e das finanças com o consentimento, cumplicidade indiferente de mais de 90% da população que se acomoda a este pensamento normativo para poder dizer o que lhe apetece e seja inofensivo ( ensopado de cabrito, ida à  praia, abraço e beijo) dentro dos limites supostamente consentidos, mas  que nem existem, o piloto automático faz o que quer, e, depois, é sancionado por humana, ou sub-humana gente??




..... quem faz o que pode .... faz o que deve.. ( e devia)


    DE PEITO E ALMA SERVI;SIRVO E SERVIREI

                                             PRESCRUTANDO O FUTURO ????!!!!!......

                                    


Abraço 

asilva