sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O CASO ISALTINO MORAIS E A DESIGUALDADE INCONSTITUCIONAL DOS CIDADÃOS PERANTE A LEI.




Dizem muitos, a gente do sistema, que a Justiça está a funcionar, quando o sr.  Isaltino foi detido, mas de facto não está. Todavia nesta afirmação está a contradição maior da justiça portuguesa, funciona, mas de um modo desigual e inconstitucional.

De um modo evidente a justiça está a funcionar, provando a desigualdade entre cidadãos, e esta é a questão fundamental, que este caso revela, ora vejamos: O sr. Isaltino Morais foi condenado em primeiro instância a 7 anos de prisão efectiva, recorreu e ficou em liberdade, depois no tribunal de relação foi condenado a quatro anos de prisão efectiva, recorreu ficou em liberdade, no Supremo tribunal, depois de recurso ao tribunal constitucional é condenado a dois anos de prisão efectiva, pelo que é preso em 29 Setembro e novamente às 13 horas de 30 Setembro dizem que vai ser posto em liberdade, porque tem outro recurso pendente no tribunal constitucional.

Ora, como diz o Bastonário da ordem dos advogados se todos os presos tivessem tido as mesmas possibilidades, quantos estariam efectivamente presos? Esta é a questão ,o resto são meros jogos florais.

Também não representa nenhum ganho na efectivação da justiça os casos de investigação dos poderosos, porque nunca sendo julgados e pior nunca condenados, vêm, assim, reforçada a sua impunidade.

Todavia o povo de Oeiras concorda que o senhor fez obra, por isso … todos os autarcas  fizeram  obra, logo…

E todo a gente do sistema diz que a justiça funciona, mas como? De um modo justo e igual para todos?

My god! Mas onde estamos todos, e para onde vamos?

andrade da silva


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

TEORIAS FANTÁSTICAS OU DO FANTÁSTICO



 1- A atitude fantástica do Sr. Presidente da República como explicador técnico contabilístico das atitudes de Governo. Extraordinário. Mas o Sr. Presidente disse que cortar nas pensões seria um erro, como essa medida errada é para ser aplicada aos pensionistas em 2012, espera-se que o Sr. Presidente da República impeça essa medida errada e verdadeiramente inconstitucional, independentemente da opinião politica do tribunal constitucional. A Constituição defende a igualdade entre os cidadãos e não a desigualdade.

2- Teoria Fantástica do Sr. ministro da Economia - diziam que andava calado - foi ao programa do pró governo da RTP1, e, assim, num programa sem contraditório, o Sr. Ministro fez um libelo contra todas as medidas do governo de Sócrates, incluindo a das energias alternativas, agora, parece boa medida a opção do nuclear que todos recusam. Entretanto, um jovem redescobre os navegadores, e o Sr. Ministro logo fala da redescoberta de Portugal em 2013 com maior investimento nacional público e privado e do estrangeiro, crescimento das exportações, embora, quanto ao consumo não sabe bem o que vai acontecer. A apresentadora, a sra. Fátima Ferreira apesar de tão dócil achou a coisa optimista demais, num ambiente de tanta incerteza nacional e internacional, mas o Ministro afirmou a sua convicção de que em 2013, o Sol regressará à terra lusa.

3- A posição incompreensível de pessoas que se dizem bem informadas, mas negam o sionismo, e desconhecem que é este que domina a politica Israelita em Israel e o lóbi judeu nos EUA, e que defendem a política agressiva e expansionista de Israel contra a Palestina, pelo que as negociações propostas não são um caminho para a criação de dois estados, mas sim de defesa da politica criminosa de Israel que acaba por legitimar o comportamento extremista do Hamas. No Médio oriente a intervenção da comunidade internacional e da ONU têm de ser mais vigorosos no sentido na realização das negociações desde já para a constituição de dois estados: Israel e Palestina.

4- A teoria fantástica de que algo vai acontecer lá como cá que vai mudar tudo. Lá porque o povo palestino está à beira da loucura e do desespero, cá, por causa do que vai acontecendo, mas por cá, o que vai acontecendo é a intenção de votos no PSD subir, coisas...

5- A teoria fantástica de que as vítimas dos nazis foram só judeus. Todavia o nazismo como a expressão mais temível e horrenda da esquizofrenia intrapsiquica emigrada para a esquizofrenia politica assente nas ideias da superioridade de uma raça, levou à prática da eugenia contra todas os inferiores: os judeus, os ciganos, os homossexuais, os deficientes, os polacos etc. O nazismo é um fenómeno de esquizofrenia incomparável, contra muitos diferentes da tal raça superior - a ariana.

6 - A teoria fantástica de que a primavera árabe é uma mera manobra americana para atingirem a Líbia e a Síria, outros falaram das redes sociais, todavia um dos grandes contributos parece ter vindo da TV Al-jazir, por ter criado um modelo de informação alternativo em sinal aberto, o que passou para as redes sociais e, finalmente, TV e redes sociais levaram o povo para a Rua. Facto que no Egipto parece ter apanhado de surpresa os EUA, que retomam logo a iniciativa apoiando o Exército egípcio para que tome o comando da revolução, encurtando-a e domesticando -a, logo, será preciso esperar para ver o resultado. Todavia tenha sido ou não os EUA o desencadeador, como muitas vezes aconteceu, foi ultrapassado no seu acto fundador, o que, naturalmente aqui acontecerá. Todavia a rua árabe, a revolução árabe, no seu momento inicial não parece ter a impressão digital dos EUA;

7 - A teoria fantástica de que a liberdade e a democracia estão firmemente asseguradas, e que informar os riscos que corre a liberdade é alarmismo, não se entende esta postura. Quando os sinais contra a liberdade são evidentes o que é preciso é reforçar a vigilância, a unidade, o inter-apoio e reforçar as legislações e ainda é preciso informar que nos EUA os escritos no facebook serviram para despedir um/a empregado/a por dizer mal da entidade patronal, caso que subiu ao tribunal e o que se defendia, não sei se vingou, foi de que o que se diz no facebook, é da mesma natureza do que se diz numa roda de amigos, e, que, portanto, não pode servir de corpo de delito. Todavia em Portugal um professor teve problemas por, entre colegas, ter dito palavras desagradáveis para o então 1º ministro Sócrates. O mais importante é preciso reforçar as organizações de defesa da liberdade e da democracia, e criar ainda outras.

Se estas teorias fantásticas conseguirem vingar, sobretudo as do Ministro da economia e do Sr. Presidente da República em relação a Portugal e á Europa, e ao Banco central europeu, teremos um grande Europa e um grande Portugal, em 2013.

Mas certo, certo, é que o Sr. presidente da Republica tem uma visão global para todo o desenvolvimento na Europa e uma estratégia que diz única para o efeito. Por tudo isto parece que o Sr. presidente da república ou devia ser o 1º Ministro, ou deveria estar no lugar de Durão Barroso. Fantástico.

andrade da silva



    

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

AMORFOS E BANANAS OS MADEIRENSES, PORQUÊ?




Um português do continente no blogue da revista visão, secundando o pensamento de outros, chama aos madeirenses de amorfos e bananas, mas porquê?

Os madeirenses, de que sou um, e fui um dos que ajudei a libertar Portugal em 25 de Abril 74, somos tão dignos, ou tão amorfos, ou bananas, como todos os portugueses de cá e de lá que suportam toda a porca corrupção que lastra por todo este Portugal.

"Isto tá tudo louco. Tá tudo com os copos."

Tudo isto não é mais que a repetição da peça cómica de Ivone Silva, só que, agora, é em tempo real, e dura há muito tempo, tanto lá, como cá.

E, nesta perspectiva de dignidade, luta, ou amorfismo do povo português, como explicar, e porque diabo sobe a popularidade do PSD?

Um madeirense  com a  honra e o orgulho próprios de ser Português.

andrade da silva

PS: na noite escura do cosmos, no seu àlgido frio e infinito silêncio,ousei  gritar para que conste.




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Eu vim de longe




Esta canção faz-me sempre lembrar o meu 25 de Abril em Vendas Novas, pois tinha vindo da Madeira há exactamente 8 anos, como  já o referi numas comemorações do 25 de Abril naquela terra alentejana,  e, ainda conta a triste história do fim de um sonho.

DIVAGAÇÔES SOBRE AS RECORDAÇÕES DE ÉVORA.




Uma amiga de Évora contactou-me, e, fez-me recordar  que passei uma parte da minha vida nesta cidade, embora, pequena, em tempo, mas grande em acontecimentos. Estavamos no  PREC.

Foi uma experiência extraordinária inimaginável, era o zé povinho, meu irmão, não sei se com ou sem instruções do PCP, ou de outrem a fazer a sua história. Andei e ando sempre ao lado dos oceanos dos partidos, embora os visite, quando sou convidado. De mim conheço e reconheço sobretudo o povo heróico que faz a sua história e a do país em cada segundo que passa.

Também recordo que quando foi um meu camarada para governador civil de Évora, disseram-me que tinha sido aventado o meu nome, mas os militares acharam que era novo demais. Todavia foi pena, teria sido um governador civil até ao limite das competências, e a resposta ao 25 de Novembro 75 teria sido provavelmente outra, assim, tudo também foi menos complicado para mim e quiçá para o povo do Alentejo.

Mas não duvido que teria sido uma experiência muito interessante, e algo de diferente teria acontecido, se não no conteúdo da função, pelo menos, a sua execução teria sido diversa, mas assim, talvez tenha sido melhor para todos, sobretudo para as famílias antigas, os terratentes, que regressaram e retomaram o poder pós 25 de Novembro, todavia  de um modo mais limitado, apesar de ter sido sobre cadáveres.

 Assim, se vê que mesmo no PREC havia medo do sonho de liberdade e realização de um jovem capitão, que encarnava o sentir do povo e, que, então, numa eleição democrática directa ganharia o voto do povo, e, por maioria de razão, no contexto da legitimidade revolucionária deveria ter exercido um cargo, como o de Governador Civil, não por uma questão de vaidade, mas de Revolução.

Pobre PREC!

 Pobre País que desconfia sempre dos jovens e adora as ideias reumatizadas,e, por isto, é o que se vê. O país  sempre a andar de costas para o Futuro, e, não me venham com a treta que o desanimo é meu, porque  acredito que o povo arrebentará sempre com as amarras que o seguram aos fundos lamacentos dos presentes.

O povo descobre sempre e conquista o terreiro da liberdade, só que o tem perdido vezes demais, e é pena e dramático.Talvez se confiarmos o  Futuro a Jovens honrados,  o amanhã possa ser diferente, melhor e mais justo.

andrade da silva



sábado, 24 de setembro de 2011

OS DESESPERADOS: UMA AVALIAÇÃO TRÁGICA À ESQUERDA E O CINISMO MORALISTA E SNOB DO BURGUÊS BEM PENSANTE.





" ESTE TEXTO É DIRIGIDO AO ÍNTIMO, AO MAIS ÍNTIMO DE CADA UM, NUM ENCONTRO CONSIGO MESMO, SEM MEDO DE NENHUM BIG BRATHER".



Notícia o Correio da Manhã de 23 de Setembro, que um homem desesperado, porque tinha, em casa, a família com fome, de cabeça perdida assaltou uma loja, ameaçou e intimidou a funcionária de serviço.

A funcionária lá entendeu fazer de conselheira e lá foi, dizendo ao Homem que por aquela via nada resolveria, e que ainda ia criar mais um problema. Todavia o homem de tão perdido não deu ouvidos ao bom discurso da boa samaritana, nem sequer deu conta que estava a ser filmado, pediu desculpa, e levou 500€.

Deve ter comprado um cabaz de compras, dado de comer à família por uns dias, mas já deve ter sido detido, deve estar em prisão preventiva, porque há o perigo de continuar a actividade criminosa, e quando for julgado deve apanhar 2 a 3 anos de prisão, na melhor das hipóteses com pena suspensa, porque é um grande ladrão. Ladrão ordinário. Pudera!

Todavia, para os revolucionários instalados na vida e certos de que isto não lhes acontecerá, ou que se eventualmente lhes  acontecer e militarem nos partidos ou nos sindicatos, os companheiros ou camaradas os ajudarão, aos que estão de fora das organizações partidária, sindicais ou outras, dizem façam a revolução socialista, só que esta tarda, tardará, e os desesperados e as suas famílias, de um, ou de outro modo, morrerão, porque ou não recebem alimentos, ou recebem alimentos contaminados, como foi denunciado publicamente e morrerão de podridão gastro-intestinal.

Para a burguesia bem pensante, arrogante e segura de si, lá dirão o que a pobre funcionária disse: Oh amigos não roubem, isso é acrescentar mais um problema aos outros. Só que para muitas pessoas JÁ NÃO HÁ NENHUMA SOLUÇÃO: ou morrem de fome, ou fazem qual qualquer coisa,  para sobreviverem, ponto.

Compreendo que a arrogância, o autismo,ou a alienação e o dogmatismo de uns e outros nem os leve a porem-se na situação destes desesperados. Mas se tivessem uma família em casa a gritar de fome e talvez sem luz, água e ameaçados de serem expulsos de casa, que fariam: a Revolução, mas a maioria da população está instalada nesta podridão, neste nojo de sociedade, nesta farsa grotesca e imoral da politica Nacional, Europeia e Mundial, logo, a Revolução é pouco provável; ou, esperariam pelo desfecho da revolução que um dia, não se sabe bem quando acontecerá, mas poderá acontecer, por força de muitas circunstâncias, sobretudo o DESESPERO, mas quando? Ninguém em boa verdade o pode dizer, logo há que cuidar dos excluídos pelos poderes dominantes.

Como tenho dito e confesso pessoalmente atingi o limite da minha capacidade de ajudar de um modo eficaz qualquer pessoa individualmente, e que a nível das instituições tenho total reserva nas ONG'S, porque como tem sido denunciado, esmagadoramente, consomem as verbas em despesas de funcionamento, ainda e apesar de tudo mantenho o meu apoio e confiança sob reservas em relação à UNICEF, Lar do Comércio, e de algum modo aos Médicos do Mundo, perante todo este quadro de suspeição, considero com urgente a necessidade de se criarem redes de vizinhança de apoio social a pessoas excluídas de todas as redes de apoio e conhecidas dos membros daquelas, o que, diga-se em abono da verdade já muitos militantes do PS fazem fora das estruturas partidárias, são pessoas solidárias Bem- hajam.

Nestes termos mantenho aberta a proposta que endereço de novo a todos para fazerem nas zonas onde moram estas redes fora dos partidos e dos sindicatos ou mesmo contra a filosofia destes.

A vida e a dignidade humanas são um valor mais importante que os objectivos particulares político-partidárias que ao esquecerem as situações concretas infrahumanas de muitas mulheres e homens não têm dimensão universal, e procurem apoiar de um modo eficaz e urgente quem está em situação desesperada.

É preciso acudir directamente com actos aos desvalidos e não com discursatas. Como já declarei estou disponível para apoiar e integrar redes deste tipo, em termos muito simples e operacionais, ou seja, um conjunto de pessoas comprometem-se a dar um dado contributo, para se acudir a pessoas, privilegiando o conhecimento directo, que estejam excluídas de todas as redes de apoio. Todavia para avançar com esta ideia é preciso que uns quantos cidadãos manifestem a sua adesão e disponibilidade, o que não tem acontecido.



andrade da silva.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lágrima de Preta



MORREU JOSÉ NIZA. VIVA JOSÉ NIZA.

Foi aos primeiros acordes da letra que escreveu, para a canção “depois do adeus” que às 22 e 55 do dia 24 de Abril 74, arranquei com a equipa que deteve o comando da Escola Prática de Artilharia, Vendas Novas, logo a canção “Depois do Adeus” quem a escreveu e cantou fazem parte da minha vida de um modo indelével.


Estará sempre entre nós, aqueles que celebram Abril, e, sobretudo junto daqueles que ao som daquela canção a 1º senha de Abril, avançaram para uma das maiores aventuras de Portugal .

ATÉ SEMPRE!





 

PORTUGAL, MADEIRA A MUI BELA E QUERIDA MÁTRIA MALTRATADA.


foto de Barbosa Ribeiro

A maior e melhor conquista de Abril foi a LIBERDADE, A DEMOCRACIA e com ela a reconquista da DIGNIDADE DE SER CIDADÃO, realidade muito sentida e vivida entre o povo-plebeu do Alentejo que acompanhei de manhã à noite entre 25 de Abril 74 e 25 de Novembro 75, o fim da Guerra e o poder local.

O poder local, a democracia MUDARAM Portugal de norte a sul, e o seu embrião também esteve, pelo menos no Alentejo, nas comissões de melhoramentos, moradores, saneamento básico  nascidas com o 25 de Abril74, que fizeram "milagres" sem dinheiro e com a união de todos, a solidariedade activa e não discursiva. Recordo o muito que se fez no Couço, com a energia de um líder popular, o Canejo, então, conhecido, entre os populares do Couço, como membro do Partido Comunista B, isto é, rebelde em relação à linha dos dirigentes ( foi assim que sempre me foi apresentado, é um facto histórico, logo...).

Todavia esta grande conquista tem permitido todas as mais vis violações à nossa muito bela e amada Mátria, através do cancro da CORRUPÇÃO, velha, muito velha e intersticial, endémica na sociedade Portuguesa.

Quem conheceu e conhece Portugal de Norte a Sul, sabe bem que por toda a parte, com todos os autarcas, de todos os partidos, a face de Portugal, das terras e das gentes mudaram para muito melhor.

Os autarcas e os governos da República fizeram obra justa e eloquente, contudo paralelamente criaram uma teia de empresas, negociatas em favor dos próprios e dos seus partidos que tornou quase todas as obras realizadas mais caras, encarecendo os nossos impostos, diminuindo a eficácia da governação, e permitindo o nascimento de novos ricos com base na sujeira, na roubalheira.

Na Madeira, como ontem, no programa da quadratura do circo, da SIC, disse o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa , nasceu um "polvo", todavia não há inocentes, nomeadamente na Câmara Municipal de Lisboa e nas suas juntas de freguesia, ou haverá?

Será que ninguém enriqueceu ilicitamente, por pura e simplesmente serem militantes dos partidos do chamado arco do poder? António Costa pode não saber, mas todos conhecemos, e como na Madeira, de um modo geral, não ligamos nada a isso, continuamos a votar neles e a tratá-los por excelências, o que, não nos incomoda, porque quase todos aceitamos a corrupção, como um método esperto de ir buscar ao estado, o que este nos leva ilegitimamente. Os portugueses têm uma má relação com o estado, e não entenderam para que servem os seus impostos, no que têm bastante razão, por causa da corrupção e da gestão danosa.

D. Alberto João nunca deveria ter tido a confiança dos meus conterrâneos, porque não é, nunca foi, um democrata, como muitos outros que nesta pobre democracia têm sido eleitos, e têm servido um clientelismo que vive à base das tetas do Orçamento Geral do Estado, desde pelo menos do século XIX, como Eça de Queiroz tanto denunciou, e hoje, como ontem, a piolheira Nacional beijou as mãos de D. Alberto João, aceitou a sua atitude ditatorial e todos os seus desmandos, e tudo toleraram, porque tiveram nele o seu alter-ego, e, agora, vivem o seu complexo de Édipo politico, e querem agora matar o "PAI", o LÍDER ALFA.

D. Alberto João fez de facto muita obra justa e importante. Na saúde apetrechou a ilha com centros de saúde bem equipados e estendeu os cuidados primários e de apoio aos doentes acamados nas suas residências, obras muito importantes, mas esqueceu o lançamento de mais um hospital central, falta grave de que ninguém fala e é uma urgência, emergência esquecida.

Foi também importante ter feito investimento e ter dado emprego. O estado tem de proteger os cidadãos, como muito bem fazem quase todas as câmaras. O que foi um erro, quiçá um crime, foi canalizar a realização das obras para as empresas amigas, e no caso da Madeira também para empresas de membros do PSD, deputados regionais e membros do governo regional.

Foi importante mudar as ligações entre as localidades e ter alindado a terra, todavia fez obras completamente disparatadas. Para mim, madeirense, tenho alguma dificuldade em compreender complexos balneários a 100 metros do mar; não entendo a plantação massiva de palmeiras; não entendo as obras sobre as ribeiras, embora reconheça a exiguidade territorial e a grande dificuldade em construir; e terem -se feito túneis por tudo quanto é sítio, alguns importantes, mas não rentáveis, por exemplo, numa terça-feira de há muitos anos atrás, em horas ditas de ponta, contei que no túnel entre S. Vicente e o Porto Moniz circularam num sentido e noutro pouco mais que meia dúzia de viaturas, num trajecto no interior do túnel que leva alguns minutos.

Foi muito importante a obra social, construindo verdadeiras vilas de construção social, como o Bairro da Nazaré, onde, vivem dezenas de milhares de pessoas. Todavia também parece a olhos nus que os camponeses pobres foram esquecidos, continuam pelos campos com uma vida dura, de foice às costas, mal vestidos a venderem os seus produtos à beira das estradas, mas estes mesmos camponeses pobres estão também nas localidades interiores de Portugal, como tive oportunidade de ver por vila Nova de Cerveira, S. Pedro do Sul, terras limítrofes claro, serra de S. Macário, À da Bela no Alentejo  etc. etc.

Todavia para além das obras importantes que fazem, na minha opinião, de D. Alberto João, um Marquês de Pombal madeirense, fez gestão danosa, nunca verdadeiramente denunciada pelo PS, (vá lá saber-se porquê), de facto, desde há muito, como tanta gente sugeriu, era preciso fazer o confronto entre a obra feita e o que se poderia fazer de melhor, como finalmente o PS Madeira começou a fazer nesta campanha, facto que saudei em Agosto.

O rol das obras sem sentido na Madeira, obra danosa, é imenso como centenas de metros de protecções de praia para defender 50 metros de jardim, tornar o Funchal incaracterístico, permitir construção de hotéis sobre a costa marítima, dando cabo de toda a beleza, marinas, piscinas que são destruídas antes ou logo depois de serem inauguradas, como no Garajau e Lugar de Baixo, e tudo foi permitido, por todo o lado, como auto-construção de habitações e de habitações de luxo, sem nenhum plano director, isto é, um reino sem rei nem roque, que talvez tenha permitido a auto-construção desordenada com os custos que teve numa invernia de um Fevereiro passado , para evitar toda a contestação aos grandes negócios imobiliários.

Contudo, a grave questão, a maior questão, é a deformação sebastianista e salazarenta dos portugueses, isto é, estão sempre à espera de um Salvador, e quando o encontram fazem dele um "PAI", e tanto melhor, desde que se assemelhe a um pai tirano e a um esqueleto de Salazar saído dos armários, e, isto, justifica, o sucesso de D. Alberto João e de tantos outros Bokassas e lobos disfarçados de cordeiro, espalhados por todos os cantos e recantos de Portugal e Madeira.

Portugal e a Madeira merecem novo Futuro, mas isso está nas mãos dos Portugueses. Todavia se nada mudar, como parece ser o sinal que vem do PS, quanto ao combate da corrupção, o Inferno destinado a quem não tem a coragem e a dignidade de lutar pela liberdade, a dignidade e a honradez, será o porto de chegada, com a escravização, o silenciamento, o sofrimento, a pauperização de cerca de 6.666.666 milhões de portugueses, ou seja 2/3. A Terra, Portugal, nas actuais condições económicas, financeiras ecológicas e de consumo só têm capacidade para garantirem o “céu” na terra a 1/3 da população, ou seja cerca de 3.333.333 portugueses.

Num Futuro digno, a despesa justa da Madeira, como de todo o Portugal, tem de ser assumido por Portugal, todo o Portugal e a Europa. A Despesa danosa devia levar ao arrolamento de todos os bens dos corruptos e à sua efectiva prisão. Se isto não for feito a impunidade será absoluta, e os cidadãos probos esmagados por todos os esqueletos salazarentos e totalitários que se apropriaram da ALMA LUSA, e, pior, da liberdade dos portugueses, enquanto, cidadãos e pessoas individuais.

De um português e madeirense que tem honra e orgulho em o ser.

andrade da silva

AI MADEIRA, MINHA QUERIDA TERRA, QUANTA DOR, DESSORTE E JOGO DE ESPELHOS.





SÓ TU MADEIRA TE PODES SALVAR A TI MESMA.



No Funchal muitos madeirenses estão confusos com tudo o que está a acontecer, porque sempre viram em D. Alberto João um "PAI", também por força do apoio dos dignitários da república e, agora, parece que lhes fez muito mal.

Hoje, na SIC Pacheco Pereira e Lobo Xavier reconhecem que por cá há jardinzinhos. Mas o que foi ou é o caso do BPN, pelo menos em dinheiro é bem superior ao buraco da Madeira?

Todavia, agora só há acusadores de Jardim, mas onde esteve toda esta gente, desde há 30 anos, e até o chamaram de democrata exemplar há bem pouco tempo, e gozaram com postura doutoral académica o que o Coelho da Madeira dizia, denunciando tudo isto, e, de um modo, muito pregnante, desfraldou a bandeira nazi no parlamento regional?

Jardim deveria ser demitido  pelo povo, porque sempre foi um ditador, permitiu um oceano de corrupção, e também para dar o exemplo maior, para que os portugueses do continente corressem com todos os corruptos de todos os níveis da governação, e exigissem a prisão efectiva dos que enriqueceram ilicitamente. Seria voltar à Madeira revolucionária de 1931.

Tudo isto é utópico, e deve estar longe, ou mesmo muito longe. Mas terá de acontecer em todo o Portugal uma verdadeira revolução dentro do estado de direito, para que jamais um corrupto possa ser dirigente desta Nação, desde as juntas de freguesia aos mais altos cargos da Governança. Terá de ser, se não a lama nos sufocará.

Como seria grande a Madeira se criasse um governo de salvação Regional para derrubar e destronar a Ditadura Politica, apoiada pelos sucessivos bispos da diocese do Funchal, de D. Alberto João, sem escravizar o Povo e regressar à fase do subdesenvolvimento.

Madeira levanta-te.

andrade da silva

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TEMPO DE CAPACETE ( CÉUS MUITO NUBLADOS) NO CONTINENTE E NA MADEIRA


RADIOGRAFIA DA MADEIRA DA COSTA SUL: JOVENS, MUITOS JOVENS, COM PORTE APARENTEMENTE FELIZ. NA FOTO PERTENCEM A UMA FUNDAÇÃO QUE EM NÚMERO DE 3 TURMAS  IAM, EM AGOSTO, À PRAIA PONTA GORDA,ÀS 3ªE 5ª, ENQUADRADOS  POR BASTANTES PROFESSORES

TEMPO DE CAPACETE E RAIVA

Como tenho vindo a dizer, desde há muito e publicamente desde 2008, altura em que ganhei alguma capacidade de falar livremente, a Madeira é a caricatura de todo o Portugal que se mantém ditatorial, herdeiro da alma fascista de Salazar, com a sua sagrada aliança com a Igreja católica.

Toda a experiência danosa na Madeira é comum no continente, porque o Tribunal de Contas só tem capacidade de verificar as boas práticas administrativas, isto é, se as facturas estiverem correctas e as autorizações dadas tudo está certo, ora, como todos sabem não é aqui que está a grande corrupção que tem sobretudo a ver com os concursos públicos, a informação privilegiada dada às empresas amigas, as derrapagens e o desvio de verbas para as contas pessoais e dos partidos. Factos que acontecem sobretudo na aquisição de equipamentos para o serviço de saúde, Forças Armadas ( caso dos submarinos) obras publicas, urbanismo das câmaras,  e tudo isto está pouco ou nada escrutinado, como todos os que querem ver e serem honestos sabem, pelo que  a Madeira é a mera caricatura disto.

As organizações portuguesas: governo, culturais, cívicas e partidos praticam sobretudo políticas ditatoriais, desde logo de censura do pensamento livre e divergente. Os que pensam  de um modo diverso são silenciados e tornam-se suspeitos, como todos sabem e têm verificado e, por mero medo, calam-se e  subordinam-se ao esmagamento, também neste caso D. Alberto João é uma caricatura, pois publicamente assume que é quem é contra ele, não será nada.

 D. Alberto esmaga cívica, politica e psicologicamente todos os que se lhe opõem dentro ou fora do Partido. D. Alberto João é um monarca feudal absolutista, que usa todas as técnicas que José Eduardo Agualusa refere para silenciar o pensamento divergente. Tudo isto  levou um dia António Costa Pinto a identificar o regime da Madeira como uma semi-democracia, ou seja, um regime de quase  partido único, com pensamento semi-único. Novamente  temos  mais uma caricatura do que aqui se passa em Portugal continental.

Só porque D. Alberto João foi uma caricatura deste Portugal é que ele gozou de toda a cumplicidade de todos os poderes públicos da república, governos e presidentes da república para garantirem a MERCEARIA ELEITORAL sujeitaram-se a todas as chantagens e desrespeito pelas leis da República: a incompatibiliade dos cargos públicos, a  Interrupção  voluntária da gravidez, e admitiram a manipulação, controlo da informação e ameaças sucessivas à imprensa livre, e uma vez mais, nestas circunstâncias, D. Alberto João é uma mera caricatura de todos os protototalitários e intolerantes que dirigem jornais, organizações e até páginas do facebook.

D. Alberto é o alter-ego de muitos, de todos os pseudo-democratas, que como ele diz, e bem, têm-lhe  ódio, por não terem tido o poder absoluto e não  terem feito a obra justa  que fez.

D. Alberto João será  também a caricatura do que somos, nós e os gregos, os últimos bárbaros da Europa, segundo Paulo Tunhas ( jornal I 10-11-13), vivemos num sistema politico pré-democrático, com tendência para o fascismo social.

Todavia este regime irregular, absolutista existe na Madeira desde 1976, com todo o apoio e interesse dos governos da república para combater todos os resíduos do tal comunismo  que o 25 de Novembro 75, descobriu por todo e lado, o que, deu lugar a uma purga nas Forças Armadas, na sequência da qual fui enviado para a Madeira para que a Flama e os bombistas fizessem a mim , o que fizeram a outros, e, assim, sou avisado em Março de 1976 pelo bombista-mor que não posso ficar na ilha, do que dou conhecimento em exposição escrita ao governador militar, brigadeiro Azeredo, em 27 de Março 1976, que me diz que nenhuma protecção me pode dar, mas para me defender.

Em 18 de Abril 1976 sou cercado pelo gang " Os diabos à Solta",  para ser linchado, defendo-me, tenho de usar uma arma de fogo em legitima defesa, e acabo por ser condenado pelo juiz Alfredo Rui Gonçalves Pereira, num processo que pela 1º vez, foi então em 1976  e não agora,  se começa a julgar objectivamente o 25 de Abril, concretamente com a aceitação de um abaixo assinado dos latifundiários de Coruche:

"  Os coruchenses abaixo assinados...informam o tribunal que: durante o chamado período gonçalvista, o referido capitão,..., cometeu atitudes que, exorbitando em muito a esfera das suas funções, causaram o mais vivo repúdio nas gentes deste concelho....

... Assim deve-se ao citado militar a destruição de estátuas de figuras ilustres ( como o major Oliveira fundador da PIDE) desta terra, consideradas e estimadas pelos coruchenses que, nunca deixaram de lhes  manifestar  a gratidão da sua homenagem....

Em todos estes desmandos... procurou arregimentar grupos inconscientes vindos de fora desta vila...

..A economia foi também abalada por uma acção negativa com ocupações selvagens... "

(principais subscritores  deste documento foram: Guilherme de  Sousa Manaia, José Ferreira Mesquita, Fernando Vitorino Vieira, António Manuel silva Rato. Tudo isto foi publicada, mas à  Lisboa Burguesa e pseudo revolucionária, elitista  e protototatalitária  tudo passou ao lado, somente alguns militares  como Fabião, Otelo, Vasco Gonçalves,  Ferreira de Sousa, Duran Clemente, Pinto Soares e mais umas dezenas, sem ninguém dos militares do grupo do nove - o que é sintomático -  e algumas centenas do povo anónimo de Lisboa, Almada e Alentejo, seguiram e acompanharam este caso. Os demais afastaram-se, como convém a todos os cúmplices das ditaduras ).

Esta era e é a Madeira que todos têm esquecido, em que  a Igreja sempre apoiou D. Alberto João. Desde 1976  os bispos do Funchal voluntariamente apoiaram as sucessivas  governações de D.Alberto João, bem  como todos os senhores Silvas, que o têm venerado e, agora, vêm dizer  que só houve referendos e nunca eleições livres, facto verdadeiro, e mais uma vez, a Madeira, é uma caricatura do que se passa em muitas autarquias de Portugal continental.

O regime da Madeira é há mais de 30 anos, um regime não democrático, sendo a imagem reforçada, por sucessivas maiorias mono partidárias, do que se passa em Portugal que tem sido poupado por quase todos.

Todavia interessa depois de falar deste ambiente  politico ditatorial, abordar e separar a despesa odiosa   da despesa justa, do afecto e da festa que o povo reconhece e dão as sucessivas vitórias a Alberto João, como novamente vai acontecer no próximo dia 9 de outubro. Neste momento o que mais existe na Madeira   é pânico que fecha o grupo mais em redor do "grande" Lider e confusão, e esta, levará mais à abstenção.  

Em conclusão, de um ponto de vista politico, por causa  da MERCEARIA ELEITORAL de que a Madeira é uma caricatura, quase todos toleraram, apoiaram e incentivaram todos os desmandos, actos anti-democráticos, da governação madeirense,  porque isso  interessou aos dignitários desta República doente que o chamaram de Democrata Exemplar, mas quando, como e porquê?

Proximamente falarei da despesa justa e da odiosa. Mas como disse, em 25 de Abril 2011, é preciso Reinventar a democracia, tarefa que só pode ser feita por democratas, honestos, inteligentes, verticais e amantes do povo, e nunca por protofascistas e pós pseudo-revolucionários elitistas protototalitários de que D. Alberto é o   alter-ego caricatural.

Português madeirense com honra, orgulho por direito próprio

andrade da silva

PS: Neste momento a perturbação e confusão entre muitos madeirenses que viam em D. Alberto João um Deus,  hoje, começam a ver nele alguém que lhes pode ter feito um grande mal, mas quem pode salvar os meus conterrâneos?






A QUESTÃO DA MADEIRA É NUMA PARTE IDÊNTICA AO TODO NACIONAL E NOUTRA SINGULAR. NÃO SE BANALIZE.





Caras amigas e amigos e especialmente à minha patrícia Paula, um abraço.

Já escrevi sobre a Madeira, e sobre a razão intrínseca porque os madeirenses votam D. Alberto João, e, é exactamente, a que leva todos a votarem nos autarcas mais velhos  que o norte, ou seja: fazer obra; dar emprego; ser populista ou empático. Ser honesto, transparente ou não, isso não entra na avaliação, de norte a sul, em todas as autarquias.

De um modo geral, costuma-se dizer e aceitar, também sem escrutínio, que as câmaras CDU, para além de fazerem obra, dar emprego e empatia são mais honestas, ou têm tido menos casos. Mas de qualquer modo, de Norte a Sul e ilhas, as câmaras ( nenhuma) têm sido devidamente escrutinadas na passagem dos terrenos rurais a urbanos e no urbanismo.

Seja como for, o caso da Madeira não pode ser linearmente analisado e temos de distinguir entre a despesa justa e a odiosa, e, ainda, há a questão politica, sem estas distinções tudo é confuso, e nem sequer permite desenhar uma politica justa de como regular a despesa sem massacrar os madeirenses, que também sou.

Não tenho dúvidas, desde 1976, sobre qual o perfil politico de Alberto João que não é nada diverso dos governantes e dirigentes políticos de Portugal continental, somente é deles uma caricatura, e, por assim ser, tem tido em todos os governos da República e Presidentes da República bons aliados e também tem uma oposição local,  muitas vezes interessada mais em questões estratosféricas, do que nos reais problemas.

E, por tudo isto, e porque 50% da população depende do governo regional e das autarquias, o que se alarga se considerar as empresas dos militantes do PSD Madeira, como a de deputados, o universo da gente em pânico que se fecha sobre D. Alberto João é muita, que, ou vota nele, ou confusa,se abstêm. Abstenção, que se a votação de jardim baixar significativamente, o seu número engrossará.

Todavia o fim da quase  ditadura jardinista iniciou-se com a desobediência dos Funchalenses que nas presidenciais não votaram em Cavaco da Silva, nomeado por Alberto João, mas sim, em Coelho ( o madeirense).

andrade da silva








terça-feira, 20 de setembro de 2011

APELO AOS PORTUGUESES QUE PASSAM....



Deixo-vos um APELO, nós, os madeirenses, somos tão portugueses como os demais, muitos de nós temos um pai ou uma mãe do continente, portanto, esqueçam a maldita ideia fascista dos adjacentes. Adjacentes a Portugal foram e são essa gentalha. Nós somos PORTUGUESES, ponto.



Vou falar da Madeira, aliás, já o tenho feito. Repudio o comportamento político não democrático de João Jardim, mas é preciso DISINGUIR o que foi despesa JUSTA: em Saúde, Apoio social e obras públicas de interesse específico para a região e os madeirenses, do que foi despesa odiosa, como pretende o candidato do PS, falando de um tema que aqui já também falei, a despesa odiosa.

SERENIDADE, JUSTIÇA, PORTUGALIDADE E DEMOCRACIA são as virtuosas virtudes que mais falta fazem a Portugal.


abraço madeirense
andrade da silva






LUTAR E GRITAR PELA DEFESA E APROUNDAMENTO DE ABRIL.




LUTAR, GRITAR POR ABRIL!


Às minhas queridas amigas e amigos que me pedem para gritar por Abril e dizer que ainda é tempo de o salvar, que posso  mais dizer que é isso que tento fazer  há tanto tempo. Todavia sou uma voz sem dono, não presa, não vendida, logo maldita para os donos das almas, e, por isso, o silêncio militante sobre o que digo.

E não podia ser de outro modo, porque repúdio a ocultação, repúdio a cumplicidade, repúdio a desonestidade, repúdio que os meus concidadãos sejam alvo do condicionamento feroz dos aparelhos partidários, a tal ponto, que  muitas vezes, nem sequer distinguem que quando pensam que estão a emitir um pensamento critico,  estão a dizer o que aqueles aparelhos querem ouvir, foi assim e é com João Jardim e por quase todo o lado, e o resultado na Madeira ( de que falarei) é o que muitos já tinham anunciado há anos.

Incluo-me naquele grupo, sobretudo a partir de 96, com as obras sobre os leitos das ribeiras, conquanto, desde 1976, não tivesse grandes dúvidas sobre os interesses que João Jardim defendia. Vi-o a capitanear com o seu estado maior os flamistas que com ovos agrediram a polícia do Exército, junto ao teatro municipal no Funchal, aquando, de uma das visitas de Mário Soares à Madeira, na campanha eleitoral para a Constituinte.

Em Portugal a democracia é um substantivo muito usado por elitistas, fariseus, salazaristas, protofascistas e pseudo revolucionários protototalitários. Por este caminho, a democracia será cada vez mais residual e no caso de um insuportável agravamento das condições de vida a saída mais provável será de cariz violento e ditatorial.

A saída democrática implica a mobilização de milhões de cidadãos empenhados, num REINVENTAR DE ABRIL, da DEMOCRACIA, como disse, no programa da TVI, repórter, aquando das comemorações do 25 de Abril 2011, mas como todos os que julgam ter razão, a julgam ter de um modo total e absoluto, o vírus ditatorial, contra democrático, elitista, mentiroso, parcial, sectário politico e religioso cumprirá, assim, o seu destino, e o mais grave é que ao aparelhos autistas, seguindo, a par e passo, os princípios da mortificação da opus dei, como uma necessidade absoluta, para a salvação, serão irresponsabilizados, porque para muitos deles a mortificação é um desígnio pessoal, embora patológico, e colectivo e, neste caso, inaceitável.

Para continuar e aprofundar Abril é absolutamente necessário:

LUTAR POR UMA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, livre, com direito à intervenção e opinião consequentes dos cidadãos, na sociedade e nos partidos;

LUTAR pela DIGINADADE humana, através da luta politica por um Estado decente e justo, mas também praticando a solidariedade, a generosidade e dando apoio efectivo moral, material aos deserdados até que a justiça social a todos chegue. Negar a justiça destes comportamentos é uma aberração desumana egoísta e inaceitável;

LUTAR PELO DESENVOLVIMNTO SUSTENTADO ECONÓMICA, SOCIAL, CULTURAL E ECOLOGICAMENTE, como também desde a década de 90 tenho denunciado sindicados e partidos lutaram por melhores salários, esquecendo a cultura de um consumo inteligente e sobretudo ajustado ao rendimento disponível, quanto desperdício não houve em bens fúteis pelo recurso fácil ao cartão de crédito.

Na década de noventa dirigi-me ao governo do professor Cavaco da silva, porque tendo 3 licenciaturas, sendo, então major do exército, considerava-me ( e considero-me) penalizado no vencimento à alturade 150 contos ( 750 €) e recebi como resposta escrita que tinha razão, mas estava na tranche dos 20% que ganhavam mais que descontavam IRS.

A partir deste dado sempre anunciei o desastre próximo, pois se era dos 20% que ganhava mais, tendo um filho numa creche em que pagava dezenas de milhares de escudos, a prestação da casa um T2 em zona da periferia, sempre vivi com grave exiguidade, porque só quando havia vantagem recorri ao cartão de crédito para despesas inadiáveis, como podiam viver, como viviam com altos padrões de consumo, muitos dos outros 80%?

De facto era e é impossível, mesmo ainda hoje, em muitas zonas do país, se contraem empréstimos, a torto e a direito, através de várias empresas de crédito, para, por exemplo, adquirirem um dos aspiradores alemães mais caros do mercado, com distribuição exclusiva e com preço acima dos 2mil euros, o mesmo se passa com telemóveis etc. etc..

Novamente, a partir da manifesta intolerância, do autismo de centenas e centenas de militantes e dirigentes partidários, porque não falam com o povo e não o ouvem, não são verdadeiros, nem honestos, levam a que de norte a sul do país muitos se sintam enganados e traídos, e não acreditem em ninguém e estão expectantes à espera que algo aconteça, para saltarem para a rua, o que provavelmente farão se algum movimento emergente tiver força e credibilidade e for contra estes dirigentes em que não acreditam.

Todavia, também, lado a lado, com este povo há outro, e muito, que acha que é um comportamento inteligente aproveitar as oportunidades corrompidas que este sistema oferece, e que é “tanso” quem não o faz, ouviu-o vezes demais.

Perante este quadro, que resulta do que vejo, observo, leio criticamente, os ocultadores e os donos de almas negarão estas realidades, no, entanto, creio que sem uma verdadeira revolução comportamental, mental e psicológica que acorde os mortos-vivos para a vida politica e social, e descondicione os prisioneiros dos respectivos aparelhos partidários que deviam ser uma expressão genuína de democracia e liberdade, e não são, temo pela vida de um Abril e de uma Democracia cada vez mais desenvolvida e justa. Pelos caminhos que seguimos acredito que se ABRIL não sucumbir, simplesmente vegetará, mas jamais viverá, com vigor, verdade e liberdade.

Coisas que uma vez mais negarão, ocultarão, mas os malditos destes presságios lá se vão concretizando, como se pode constatar por aqui e muito melhor nos blogues avenidadaliberdade e liberdade e cidadania, e em milhares e intervenções nos blogues do Expresso, visão e jornal I. Muitos gritos, mas ouvidos poucos.

 … Coisas…



Andrade da silva.



PS : Vou falar sobre o CÉU NUBLADO MADERIRENSE ( TEMPO DE CAPACETE) E O DE PORTUGAL. UMA FARSA IGNOMINIOSA. UM INSULTO AOS PORTUGUESES FEITO PELOS GOVERNOS DA REPÚBLICA e D. ALBERTO JOÃO. ( Um verdadeiro Marquês de Pombal, absolutista, com parte da obra que o HONRA, outra que é visivelmente danosa, e o resto, será o que a justiça e as auditorias vierem a investigar, ou seja, como já se sabe, nada. Neste como em todos os demais casos nunca haverá dolo, logo tudo é inconsequente.



Foto de José Ribeiro Barbosa.






sexta-feira, 16 de setembro de 2011

QUE NASÇA UM NOVO DIA COM A DINAMARCA


Que o grande país social-democrata que volta a ser a Dinamarca, inicie na Europa o movimento de regresso a uma melhor e mais sábia Europa.

O modelo social Sueco  que conhecia relativamente, como madeirense, inspirou-me no 25 de ABril 74, em que escrevia que desejava para Portugal  um regime social-democrata tipo sueco, e acrescentava, adaptado a Portugal.

andrade da silva

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SAUDAÇÃO ao Caro concidadão Carlos Zorrinho



Meu Caro Concidadão, Carlos Zorrinho.


Faço votos para que exerça uma liderança da bancada do PS, do lado da justiça social, da liberdade, do mérito e do desenvolvimento, como espero de si, pelo seu trabalho anterior.

E, hoje, como sempre disse, desde 74, em dezenas de documentos internos do MFA e em muitas sessões de esclarecimento, na presença de membros da direcção do PS Évora, como aconteceu pela última vez numa sessão em Mora (depois tudo se alterou, mas sempre mantive e mantenho a mesma posição) que não há uma solução global no campo da liberdade e de Abril sem um PS coerente e consequente em relação ao comportamento honesto, transparente e no apoio ao desenvolvimento do país e da protecção daqueles que ainda vivem marginalizados e em condições infrahumanas, e também de uma classe média depauperada.


Em tudo isto tem particular interesse a contenção do desemprego, nomeadamente no estado, se a sociedade civil não cria empregos, o Estado não pode abandonar os cidadãos, porque se não a tragédia ainda será maior; a criação de emprego; o combate claro e não retórico à corrupção; a defesa dos sectores estratégicos da economia; a defesa, actualização e modernização do Estado Social, que obviamente tem de combater os desperdícios, a fraude, a aldrabice que é muita, muitíssima, como toda a gente que trabalha no sector sabe, nomeadamente o pessoal administrativo; a justiça e equidade fiscal, nomeadamente combater a  fuga dos impostos através dos paraísos fiscais.


O caro concidadão Carlos Zorrinho já deu imensas provas do seu espírito de servidor público, de grande capacidade de trabalho, sensibilidade e inteligência, espero, portanto, um exultante e exaltante cumprimento desta sua nova Missão.

Abraço amigo e leal

andrade da silva

PS: Será, todavia, de muito mau agoiro fazer do combate à corrupção uma questão retórica, quando é de facto matéria de investigação criminal, de crimes gravosos de lesa tecido social, coesão nacional e de total desagregação da Democracia que precisam de leis e mesmo órgãos extra-judiciais para o seu combate.

Como toda a gente sabe, o enriquecimento ilícito é feito de tal forma que de um ponto de vista formal está tudo certo, porque tudo está correcto   nas facturas passadas pelas empresas ao sector público, só que parte do dinheiro muitas vezes vai para os titulares de cargos públicos,  para as suas contas bancárias, donde, emigram para os paraísos fiscais e contas de pais, cônjuges ou filhos daqueles e também para os partidos políticos, e, isto, não se combate como os crimes que deixam impressões digitais.

Ainda é mais grave porque no combate à corrupção as acções do tribunal de Contas e do tribunal constitucional são mais que modestíssimas e meramente formais e administrativas, deixando impunes os prevaricadores, mesmo quando há casos que são investigados e chegam às barras dos tribunais, mas dão sempre em nada, e  somente servem para aumentar a despesa do estado e a impunidade destes senhores. Uma ignomínia, uma justiça em paralelo com a dos regimes ditatoriais e super-corruptos, como consta das muitas denuncias feitas, por exemplo, com a da Suazilândia.














quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A AGONIA DOS MISERÁVEIS



  " Sem jeito, mas com verdade nua e pura, mas também sem depressão ou desespero (ainda hoje comi tripas à moda do  Porto com vinho corrente de borba, e com os meus primos e muito povo andei por feiras a comer castanhas assadas, e a provar pelas terras do norte o cabrito assado, o serrabulho, etc., isto é, muita vida portuguesa dos que nunca se dão por vencidos)  portanto, para além das doutas palermices dos que nos aconselham a ver o que eles vêem dos seus luxuosos observatórios ( como é coerente observar Portugal do luxo, mui coerente, claro), fica aqui o grito que se levanta do chão, dos invisíveis. "


Pela constituição
somos iguais,
logo, tu - miserável -
não existes.

Também pelo discurso politico
dos que dizem
que não existes,
tu - miserável,
és uma ficção.

Mas, nos meus pesadelos,
pelas minhas deambulações,
pela cidade,
vejo-te, jovem, velho,
mulher, criança
curvados,
cabeça entre as pernas,
braços podres expostos ao sol.

Vejo-te ainda cego, coxo,
maltrapilho, louco,
sem abrigo, com fome,
vejo-te real,
tu estás ali,
és um miserável, vivo,
que a Constituição
diz cidadão,
outros dizem que
não podes, ou devias existir,
logo não existes.

Mas tu estás ali,
real, sofredor,
alguém te dá uma sopa,
outros uma moeda.

Quero ser solidário,
não sei como,
as ONG dizem ser desonestas
e os honestos nada querem
com este tumor social.

Logo miserável,
Morre!
E na tua agonia chama-nos,
a todos:
Malditos!

Que as forças infernais
nos queimem,
enquanto o ceptro
dos que tudo podem:
um a um,
um após outro,
atirarão  ao
inferno ou purgatório da exclusão
6.666.666 portugueses.

Ainda há tempo e caminho
amanhã ?....

COISAS!... 

andrade da silva




    

terça-feira, 13 de setembro de 2011

UMA JANELA ABERTA AO MUNDO - A GENEROSIDADE



Há uma gente maravilhosa que conhece a beleza intrinseca da generosidade e da solidariedade, porque ama a  pessoa humana concreta, objectiva, ou seja, o Manel, a Maria, revejo-me nestes meus concidadãos.

 Quando se vê nos maneis meros instrumentos para se conseguirem dados objectivos, não se respeita a sua essência. Felizmente, ao lado desta gente e de ditadores execráveis, existem pessoas bondosas, e é destas que vou falar.

Sabemos que se não forem as centenas de voluntários que cuidem dos desvalidos, que apesar de todos os discursos, mas também por falta das acções  eficazes, vão continuar a existirem por dezenas  e dezenas de anos e talvez mesmo centenas e milhares,  todos eles  conheceriam, ainda,  na terra um inferno bem maior, do que aquele que  habitam.

Esquecer esta realidade é fechar-se na retórica politica ou ideológica, e  um modo insano e desumano de fechar os olhos à dor dos outros que precisa de uma resposta colectiva organizada, através da solidariedade praticada por gente bela, honesta e amante dos outros.

Felizmente conheço algumas destas pessoas que, de um modo organizado, servem com muito amor, muitos cidadãos excluídos desta sociedade, e que nos próximos 20, 30, 50 anos, digam ou que disserem, se não se  fizer uma revolução, não previsível, em Portugal, na Europa, e, sobretudo, no Mundo,  se manterão.

Nesta perspectiva,  de uma janela de generosidade  aberta para o  Mundo, vai a caminho de Moçambique 140 000 mil livros, doados por portugueses  que encantarão, se distribuídos, o que, se espera que aconteça, muitos milhares de crianças. 

Mesmo que  as crianças e os seus pais não saibam decifrar os códigos linguísticos,  as imagens, por si sós, despertarão sonhos, através, de belas fotos nunca antes vistas pelos destinatários desta missão. Realidade que  para quem não tem tanto acesso às TV, fará uma grande diferença.

Recordo nesta acção as muitas dezenas de pessoas que empacotaram, classificaram  todos estes livros num trabalho duro e de grandes dores musculares, mas os livros já sulcam os oceanos, que é, o que importa, e cumpre-se a grande divisa:  um homem sonha, acredita, luta, não desiste e a obra acontece, assim fez a equipa de  Tiago Bastos, coordenador da secção do PS da Almirante Reis, numa acção sem um vinculo estrito ao seu partido, muito embora, este, tenha sido uma boa plataforma  para o êxito desta iniciativa, como organização que é, com meios que um cidadão isolado não tem.

Fico feliz pela alegria que as crianças moçambicanas sentirão, quando receberem aqueles livros de uma beleza plástica extraordinária.

A todas e a todos os que estiveram  nesta caravela da divulgação do conhecimento um  grande abraço.

 Gosto muito das pessoas generosas, disponíveis e que amam a mulher e o homem concretos de carne e osso, virtudes e defeitos. Como agnóstico que sou não conheço outra mulher ou homem que não sejam as e os humanos que cantam e choram, capazes de grandes obras de amor e  de grandes monstruosidades de vingança , inveja  e ódio, mas  quero cantar a vida:

VIVA A LUMINOSIDADE DO AMOR.

andrade da silva

código da cor: azul, mar, tranquilidade.

Bem-vinda Marialascas, traga mais cinco amigos, intervenha. abraço








segunda-feira, 12 de setembro de 2011

LEMBRANDO O 11 SETEMBRO 2001.



Choro todas as vítimas da tragédia do 11 de Setembro de 2001, mas afasto-me e recolho-me, perante os risos festivaleiros dos políticos que, politicamente, comemoram este inferno dantesco, com contornos malditos.

Choro as minhas irmãs e irmãos povo. O zé-povo, tão poucas vezes amado e respeitado, como um ser humano, individual, é , tantas vezes, tratado por vilões, como mero peão no xadrez da morte.


Em memória do Povo Vítima um rio de lágrimas de flores.

andrade da silva

código da cor: vermelho de amor e raiva



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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ATÉ DEPOIS..

Queria falar de impostos e propor o mais importante, taxar, a taxa máxima, a estupidez natural. A fazenda pública ficaria muito rica e muitos portugueses depenados, mas também louvo o imposto contra o colesterol e o síndrome abdominal, mas como falei da liberdade de expressão deixei estes temas. A eles regressarei.

Por ora, vou visitar familiares, até depois.

O CASO DO JULGMENTO DA PEÇA DE TEATRO "A FILHA REBELDE" E OS BLOGUES



O Mundo de facto é redondo, depois de um giro do horizente de 360ª regressamos ao mesmo ponto, mesmo no repertório argumentativo, isto é, em quase todos os casos, os argumentos são essencialmente os mesmos, simplesmente mudam de sentido, conforme os seus utilizadores.

No Julgamento em título, queria a acusação que os autores da peça de teatro “a filha rebelde” fossem condenados, porque, eventualmente, ao não respeitarem uma dada verdade histórica, estariam a difamar o ex director da Pide, Major Silva Pais.

Em torno disto desenvolveu-se uma importante discussão, sobre a grande diferença entre os vários registos: o histórico e o ficcional, defendendo os acusados que eram diferentes.

Facto que o delegado do ministério público acolheu nas suas alegações, o mesmo não tendo feito o Juiz, e, segundo a minha opinião, foi pena. Este magistrado absolveu os acusados com o recurso muito vincado, como se refere no acórdão, ao princípio de que havendo, para além de toda a prova, uma dúvida razoável sobre a prática, ou não dos ilícitos, inocenta-se o acusado, que é o que o acórdão diz, sendo, contudo, muito rico no historial extraordinário deste julgamento.

Todavia, e agora, pela utilização de uma foto de provável origem na net que depois foi bloqueada, sem qualquer aviso ou outra indicação no blogue liberdade e cidadania, duas administradores da página de solidariedade com os acusados daquele julgamento, vieram chamar a atenção para os direitos de autor das fotos e para o rigor da metodologia científica, quanto à citação das fontes. Vejamos, então, cada um destes pontos.


Os blogues são de facto diários pessoais online, semiprivados, semipúblicos baseados nos registos do acontecimento actual, logo, são de outra natureza e consequências que o artigo cientifico, ou mesmo, a noticia ou informação, são blocos de opinião, e toda a gente os pode produzir e quanta mais gente melhor, melhor é a democracia. Os textos têm uma vida efémera e são retratos mais emocionais do que documentos muito reflectidos, como a discussão acerca da nomeação de alguns ministros por Passos Coelho, trouxe à ribalta.

Pese embora, algumas opiniões desfavoráveis que emitiram nos seus blogues sobre o pensamento politico e não só do actual 1º Ministro, considerou-se naquela discussão que os blogues seriam diários, partilhados na Web, que são o que são, portanto, reflectem opiniões muito próximas dos acontecimento, logo não têm um significado politico fundamental e não podem, como é evidente, respeitar as regras académicas dos artigos científicos que levam dias, semanas e mesmo meses a fazerem, e, muito menos, as teses de doutoramento que em média levam 3 anos.

Em qualquer caso, esta nunca poderia ser a regra por ser antidemocrática e elitista.

De facto parece que quando se é, ou defende acusados de serem vítimas de perseguição pela livre expressão do pensamento se descobre uma certa plasticidade no rigor histórico, ou metodológico, no caso contrário evoca-se todo o peso dos vários normativos, o que, é em si, muito interessante, ou não.

Quanto ao pedido aos autores para num blogue se publicarem imagens, isto, face á natureza dos blogues é quase impossível, publicam-se com uma grande frequência, e no caso das fotos não se vê que grave prejuízo comercial possa trazer a sua publicação, e quanto a indicação de autores, esta nem sempre existe. Na foto em causa só tenho como referência casal, e mais não consigo identificar.

Em conclusão não conheço bem, a regulamentação para os blogues, mas sendo com carácter tão privado, não me parece nada razoável um enquadramento tão rígido, e mais intrigado fico com a plasticidade de critérios, pois que se partilham dezenas de CD, retirados do youtube com um prejuízo comercial imediato, que parece evidente para autores e editoras, pois que esses CD estão à venda e a precisarem de compradores.


Todavia há quem sustente que nós, os que consumimos produtos na NET, estamos de algum modo a adquiri-los, porque por força das nossas utilizações se abriu um negócio de muitos milhões de euros, e, nesta perspectiva, como de algum modo estou a pagar, a comprar, o que consumo competiria às entidades que ganham com a nossa utilização cobrirem os direitos de autor, isto é, quando estou a usar, de um modo privado/ semi-público, um bem da WEB, adquiriu-o e não estou a piratear, o que, no caso dos blogues me parece justo. No caso das páginas e mesmo dos blogues com milhares de utilizadores o uso privado já me parece menos defensável, sobretudo no caso de CD, filmes e livros.

Seja como for,  só uma coerência em todos os comportamentos torna pedagógica e perceptível a evocação dos vários normativos. De certo modo, por modelagem, na página em referência e em muitas outras também aprendi a partilhar bens da net, porque vi, por exemplo, uma retirada sem grandes preocupações de centenas, milhares de canções do youtube.

Por tudo isto, não vejo muito bem a coerência nos procedimentos, e julgo que se estão milhares de pessoas em franca violação da lei, como diria Durkheim, a lei deve estar errada. Face a isto julgo que o principio de que o uso privado ou semi-publico dos bens da NET correspondem a aquisições e não a pirataria, é sábio, cabendo aos prestadores de serviço cobrarem aos utilizadores os direitos devido aos autores, que para o efeito têm de ter registo legal das suas obras, para evitar a evasão fiscal. Assim sendo julgo que a maioria dos produtos da NET, nomeadamente as fotos, não obedecem a este enquadramento, como parece óbvio e expectável, mas…

andrade da silva