domingo, 30 de janeiro de 2011

Pelo Coronel Andrade da Silva O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO








AS PROPOSTAS DO ESTUDO LIGANDO O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO



É importante referir que este trabalho apresenta muitas propostas: redução do tempo processual dos actuais 5 anos para 2, o Sr. Secretário de Estado quer reduzir para um ano, segundo o texto do Público, seria o ideal; formação de uma base de dados sobre deficiência e doença profissional nas Forças Armadas, o MDN diz que a vai criar até 2013 - é um grande avanço; Caderneta de Saúde Militar a acompanhar todos os ex-militares ao longo da sua vida num segmento do Serviço Nacional de Saúde; um método integrado de avaliação do stresse de guerra; a continuação da 2ª fase deste estudo com os queixosos antes de 1977 e, ainda um observatório das Forças Armadas dada a sua relevância Nacional.

Refere ainda o estudo que em 25 ou 30 mil mutilados / doentes no final da guerra, haver 3020 que entre 1977 e 2006 se queixaram para que o seus casos fossem enquadrados no estatuto de Deficiente das Forças Armadas (DFA) ou de terem contraído doença profissional militar, de muitos deles serem feridos e de esperarem 5 anos para verem os seus direitos reconhecidos, o que acontece com 90% dos queixosos, dos quais 25% são Deficientes das Forças, revela que não é um número residual, e que se pode estar numa falta de eficiência de 20 a 40% nas triagens precoces por factores técnicos, do esforço de guerra e ou políticos entre 1961 e 1974.
Depois de 1974 fizeram-se muitos diligências para dar uma resposta a estas situações. Todavia por uma pesada burocracia e, ainda por erros e omissões administrativas, durante a guerra ao nível do registo dos acontecimentos ( acidentes/ incidentes/ doenças) dos militares o processo tem sido muito moroso, como já referi, e que de todo tem de ser ultrapassado nos casos de grave risco médico, psicológico e, ou social, como as situações que o Público refere.

Este estudo procurou dar resposta a um grande Desígnio Nacional o de se saber o que se passa ainda com milhares de portugueses que cumpriram com os seus deveres para com o Estado e o País numa dada conjuntura histórica e que até foram obrigados a fazê-lo, através do Serviço Militar Obrigatório.

Este foi uma grande, honrada e muito difícil tarefa, que por Portugal e por milhares de portugueses me orgulho e honro de ter coordenado e que só foi possível pela confiança que o General Luís Augusto Sequeira depositou na equipa, pelas facilidades que o Exército deu, a grande cooperação do Instituto de Tecnologias Avançadas e pelo grande grupo de tarefa que dirigi: Doutoras Ana Romão, Sandra Queiroz, Mestre Mafalda Rodrigues, Coronel de Infantaria Engenheiro Bruno Brito, Tenente-coronel psicólogo Mário Silva, Major sociólogo Marcelo Borges, Dr. Rui Carriço ( ISTEC), Tenente jurista Artur Mimoso e o jurista Dr. Álvaro santos.


andrade da silva

sábado, 29 de janeiro de 2011

Comunicado do Coronel Andrade da Silva



Em nome do Ministério da Defesa Nacional ( MDN) o general Luis Sequeira, então, Secretário Geral do MDN, atribuiu a um grupo de tarefa, constituido pelas Doutoras Ana Romão, Sandra Queiroz, Mestre Mafalda Rodrigues, Coronel engenheiro Bruno Brito, tenente coronel psicólogo Mário Silva, Dr. Rui Carrriço  do Instituto Superior de Tecnologias Avançadas, Major Sociologo Marcello Borges, Tenente Advogado Artur Mimoso, jurista dr. Álvaro Santos, e a mim, como coordenador o estudo da deficiência nas Forças Armadas. Trabalho que foi considerado e realizado, como um desígnio Nacional. Esta investigação foi realizada em parceria entre o MDN e o Instituto Superior das Tecnologias Avançadas ( ISTEC).

No próximo Domingo a revista do jornal Público vai publicar um artigo sobre este assunto, pelo que no Interesse da Infornação Nacional, dos deficientes  das Forças Armadas e da Investigação Cientifica peço-vos que adquirem o Jornal e divulguem pelos vossos contactos esta informação,em nome dos valores invocados.

Em 4 de Fevereiro comemora-se mais um aniversário do inicio das hostilidades em Angola.

Abraço fraterno e amigo

Andrade da Silva

Link
"É o fim de um tabu. Os ferimentos físicos são a grande queixa, não o stress crónico", diz João Andrade da Silva, coronel na reserva e coordenador do trabalho
Jornal  Público


Amor Simplesmente...AMOR

GUERRA COLONIAL 50 ANOS DEPOIS

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Despertar A Cantar Portugal

GUERRA COLONIAL 50 ANOS DEPOIS





Amigas e Amigos
Houve portugueses que partiram um dia para África, para cumprirem as suas obrigações militares, combateram, milhares morreram, cerca de 8000, e outros milhares ficaram feridos ou doentes: 15, 25 ou 30 mil, mas também fizeram obras importantes picadas, serviços de saúde, aulas etc.

Estive em Angola em 71/72, e em Novembro de 72 escrevia a camaradas meus discordando do curso da guerra e prevendo um  fim de desastre. Dei  aulas e fiz também a guerra, amei Angola e o seu povo. Desejei-lhes a paz e a liberdade, infelizmente depois da independência também não encontraram os melhores caminhos.
Hoje 50 anos, após o início das hostilidades em Angola, a 4 de Fevereiro 1961, para que de um ponto de vista cientifico se conheça a realidade da dor desta guerra, um grupo de trabalho,  de uma qualidade humana e técnica de alto mérito que tive a honra e um grande prazer de dirigir,  realizou um trabalho inédito de que será publicado na revista Publica,  do Público, um  artigo, cuja leitura vos sugiro para que não se esqueçam nunca estes portugueses e também as dores dos seus pais, mulheres e filhos.
Adquirir a revista, divulgar a informação é  um modo de acompanhar estas e estes portugueses com feridas por sarar.
Andrade da Silva

Protecção da Infância


MACABRO

A manifestação de 50 escolas do ensino particular com caixões envolvendo crianças é um acto MACABRO que pode pôr em causa o equilíbrio psicológico daquelas crianças, o que, como psicólogo, no cumprimento estrito de deveres deontológicos denuncio e lamento o silêncio das Ordens dos Psicólogos e do Médicos sobre esta utilização abusiva das crianças que não as protege, e pode causar-lhe danos graves, como pesadelos e outras perturbações do sono e da atenção, sobretudo às mais sensíveis, ou que estejam a viver quadros familiares de doença ou mortes.

A utilização de crianças nestas e em outras manifestações com carácter de grave risco ou macabras tem de ser combatida.
Denunciem este estado de coisas. Não sejam cúmplices pela apatia e o silêncio.
                                                                   
PELAS CRIANÇAS É PRECISO GRITAR, GRITAR ATÉ ABRIR TODOS ESTES OUVIDOS SURDOS. GRITEMOS ATÉ QUE A VOZ NOS DOA. NÃO SÓ A PEDOFILIA MATA AS CRIANÇAS: HÁ FORMAS MAIS LENTAS, MAS TAMBÉM CRUÉIS DE AS ANIQUILAR.
Impotente e revoltado. BASTA de tanta insensibilidade,  mesmo soberba esquizofrénica. Mas em que país nos estamos a tornar. Só faltam as crianças- soldado.
REVOLTADO E INDIGNADO

andrade da silva

Nota: Vou fazer chegar o meu protesto à ordem dos psicólogos a que pertenço.

"HOJE BATTISTI, AMANHÃ TU


"HOJE BATTISTI, AMANHÃ TU"
Uma canção inédita de Manuela de Freitas e José Mário Branco

Um grupo de cantores, entre os muito conhecidos na música portuguesa,
juntou-se para interpretar esta canção de apoio à não extradição de Cesare Battisti.

Vejam e ouçam aqui: http://passapalavra.info/?p=35123



Uma iniciativa da Comissão de Apoio a Cesare Battisti (Portugal)


FICHA TÉCNICA

HOJE BATTISTI, AMANHÃ TU
Letra de Manuela de Freitas e José Mário Branco
Música de José Mário Branco
Cantores:
Aldina Duarte
Amélia Muge
Camané
Duo Diana & Pedro
Duo Virgem Suta
Fernando Mota
João Gil
Jorge Moniz
Jorge Ribeiro (grupo Baile Popular)
José Mário Branco
Luanda Cozetti (Couple Coffee)
Norton Daiello (Couple Coffee)
Paulo de Carvalho
Pedro Branco
Tim
Instrumentistas:
Guitarra (violão): José Peixoto
Baixo eléctrico: Norton Daiello
Flauta e sax soprano: Paulo Curado
Percussões: Fernando Mota e José Mário Branco
Captação e mistura áudio: Fernando Mota
Imagens filmadas por Rui Ribeiro
Montagem vídeo por Nelson Guerreiro
Gravado e filmado em Lisboa (Portugal), em 25 de Janeiro de 2011.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Demos nossas Mãos de Abril por Portugal!

Mãos sem conta, vamos em Frente Portugal!
queremos muitas mãos
aqui ficam estas abaixo pelas minhas

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


ABUTRES

Vejam esta investigação da TVI... Panorama da nossa realidade nacional sobre a corrupção instalada.
 

O POVO VOTOU E MUITO POVO NÃO.



Neste quase-diário, partilhado por alguns, quero só recordar que desde 2008, antes das coisas acontecerem e contra previsões irrealistas, não baseadas na análise sociológica e mesmo psicológica, tenho falado do que vai acontecer, até mesmo da atitude dos que para esconderem o seu erro sistemático, fazem leituras das eleições que o contexto do processo normal de conquista do poder, ou mesmo de mudança social, pela via eleitoral, não permitem.


Logo, quando fazem discursos outros, estão numa dimensão da realidade outra que não a da sociedade e dos factos sociais que estão a acontecer. Comportamento que desde há mais de 30 anos se efectiva, mas não surte efeito social ou politico mensurável, mesmo numa hora de grave crise social, então, porque se insiste nesta táctica, como parte de uma estratégia correcta de valores e sabedoria?


Quanto à vitória nas eleições presidenciais, como em quase todas as anteriores, a parcialidade da comunicação social, particularmente da RTP1 - horas, imagens, solenidade dada aos candidatos que quer que sejam os vencedores - o facto da maioria dos portugueses serem sociologicamente conservadores, o papel de indicação implícito da Igreja Católica, a instrumentalização politica da pobreza, a dramatização da estabilidade, os silêncios e as fragilidades das candidaturas alternativas explicam, maioritariamente, o sucesso, ponto.


Todavia é intolerável a sistemática abstenção na ordem dos 50%, e ainda é mais inaceitável que só nestas eleições se fale neste cancro. Pessoalmente falo dessa trágica realidade há anos, e procurei apoiar um grupo de cidadãos interessados em combaterem esse flagelo, que, na minha opinião, deveria ter sido o grande desafio das candidaturas, nomeada e particularmente da de Fernando Nobre que acabou, sabe-se lá porque, por bater-se no mesmo terreno que o de Manuel Alegre, repetindo-se o cenário das eleições de 2006 na disputa entre Manuel Alegre e Mário Soares. Haverá um maquiavélico ajuste de contas?


Mas, seja como for, se algumas das ideias modernas dos apoiantes de Fernando Nobre tiverem provimento a sua presença deverá manter-se no terreno, com um quadro organizativo muito atractivo: democracia participativa, organização flexível, bastante autónoma e em rede, evitando a concentração do poder e das orientações num directório e, ou numa grande figura, o que, talvez não resista às provas de fogo da realidade, ou mesmo já não tenha superado as armadilhas da campanha eleitoral.


Todavia o sucesso obtido tem de ser analisado pela sociedade e pelos políticos que queiram mudar, hoje, a sociedade portuguesa, para uma comunidade de concidadãos mais justa e que promova a dignidade pessoal, a da democracia com a igualdade dos cidadãos perante a lei, administrada por tribunais justos e eficazes e a dignificação do desenvolvimento sustentado: económico, social e ambiental.


Mas de tudo haveria umas quantas conclusões a tirar, como:


a- as mensagens politicas, desde há décadas, chegam a mais gente, quando comunicadas por concidadãos independentes, como nunca poderia deixar de ser numa eleição unipessoal, em que, a personalidade, os valores e a empatia do candidato contam muito, sobretudo em eleições em que alguém já é o eleito pela quase totalidade da Comunicação Social, entre nós, sobretudo pelas T V, para muitos o único meio para se informarem


b - A abstenção é um apontar de facas a este sistema, regime e políticos. Mas é um escândalo que façam de conta que ela não existe, e que tudo se mantém com a mesmo grau de coesão social, haja um só português a votar ou 10 milhões, isto, é um absurdo letal. Todavia estes cidadãos que se abstêm, têm um comportamento pária, e deveriam ser de todos conhecidos, deveriam também PERDER, desde logo, o DIREITO DE RECLAMAREM OFICIALMENTE do quer que seja. Não dão nenhum contributo cívico para mudar, ou manter o que existe, logo, perdem o direito de exigirem o quer que seja. Da minha parte quando alguém, daqui para a frente, vier com vontade de pôr a boca no trombone, vou-lhes perguntar se votaram, se não o tiverem feito, mando-lhes darem uma volta, e merecerão a minha mais profunda desconsideração, o que, convido o estado e os meus concidadãos a fazerem


c- a caricatura destas eleições e desta democracia personificada em José Coelho exige uma profunda análise, porque entre outras coisa, hoje, dia 25 de Janeiro 2011, nos centros comerciais e por outros sítios, por onde passei, em pequenos grupos falava-se mais do governo que Coelho apresentou ao país do que de quem ganhou ou perdeu estas eleições, e também o que pensar e dizer, quando João Jardim lhe vem retribuir o título de Hitler.


andrade da silva

terça-feira, 25 de janeiro de 2011




Aragem


Pelos livros que me ofereces
ou a música inspirada
onde estão todas as preces
laicas e silenciadas...
por enviares da distância
imagens sons e história
por me devolveres infância
além do fio da memória
porque meu irmão teu gesto
é seara sementeira
do tempo que ao passar lesto
lavra a palavra colmeia
porque um enxame de luz
borboleteia pra mim
no desenho ainda azul
do nosso país jardim
cada livro é o caminho
cada som é nova estrada
a escrever asa no ninho
na minha árdua escalada
onde vou subindo a gosto
mesmo se a custo, porém
vejo ardentias de Agosto
no Janeiro que aí vem.

Ai arte, ai cultura
ai livros vontade
palavras ternura
na voz da saudade.

Ai vento, ai maré
óai, sementeira
pois ser-se quem é
é uma maneira
de rasgar distância
de abrir pensamento
de espalhar cultura
nas asas do tempo.

Pelos livros que me ofereces
esse baú de palavras
cofre de imaginação
é que acordo tantas vezes
a ver crescer coração!


Marília Gonçalves

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011




TÚLIPAS DO CAMPO

Interessa dizer, como já vinha a referir, que nestas eleições  presidenciais antes de acontecer o que aconteceu, já se sabia  que , como com Manuel Alegre em 2006, e Fernando Nobre em 2011, só uma candidatura independente  alternativa muito forte com um apoio global da esquerda- esquerda, e do centro- esquerda  poderia vencer as  eleições, ou obrigar a uma segunda volta; ou a reforçar mais a posição alternativa.

Todavia,  como tudo aconteceu foi mais a subtrair e a dividir do que a somar, e os resultados são muito previsíveis, embora os de Fernando Nobre e de José Coelho mereçam uma análise pelo seu sucesso relativo, bem como   a comparação dos votos  actuais de Manuel Alegre com  os de 2006 pelo seu grave insucesso, a que, obviamente, não serão alheios os apoios e as suas contradições de apoiante ou não das medidas do governo.

 Mas  tudo parece  mais estranho,  quando  hoje Manuel Alegre,  manifestou um apego e uma proximidade com o PS de Sócrates que parecia ser mais distante, facto que deve ter confundido os seus eleitores do BE, ou não.

Talvez tudo isto ande muito baralhado, a começar pela alegria de Louçã. Será que o BE interveio nestas eleições pensando no modo, como nas legislativas poderia ir buscar votos ao PS?

Se sim, deverá dar atenção à vitória relativa  de Fernando Nobre que  será quase de certeza pressionado por  alguns dos  seus coordenadores de campanha a ficar no terreno (um MIC II? ) e a não estar longe das próximas eleições.

Será sempre uma boa estratégia apresentar nas eleições presidenciais um concidadão  independente excepcional na sua cultura,  na sua dimensão histórica, probidade, humanismo, como o tenho definido em textos anteriores.
Todavia espero  mais  que se  continue a cometer os erros sistémicos deste sistema politico  e os erros sistemáticos dos partidos,  a não  ser que algo de extraordinário aconteça, como puder vir a ser, Fernando Nobre, não o desejado, mas um concidadão excepcional pelas dimensões que já referi, e que nos ajude a resgatar deste vil e triste fado, em que nunca se sabe o que é verdade ou mentira, campanha negra ou facto real, ignominioso.

Com a justiça completamente bloqueada e os políticos e outros agentes a tudo calarem  e consentirem,  e a  só mexerem no estrume, quando lhes apetece, no que eventualmente são seguidos por uma comunicação social que tira facilmente os assuntos da sua agenda, de acordo com prioridades que parecem politicas, dificilmente teremos transparência nos actos públicos.

 Nisto há espelhos e biombos que muitos, face a este ou àquele resultado eleitoral, aproveitam, para camuflarem ainda mais a realidade da corrupção que nos corrói. Assim, há gente julgada pelos tribunais de 1ª instância, que continuam a exercer funções públicas,  como se nada tivesse acontecido, e sem que os tribunais superiores se pronunciem sobre as sentenças definitivas com a urgência  que a preservação do Estado de direito e democrático exige e é imperativo.

andrade da silva