sábado, 31 de janeiro de 2009

UMA HISTÓRIA TRISTE DE UM DEPRIMIDO CIDADÃO.


O Sr. Dias Loureiro um dia foi um ministro todo poderoso de um governo de Portugal, conheceu nessas andanças um outro senhor, o Sr. Oliveira e Costa, que era subsecretário. Todavia, num dos Invernos seguintes, os papéis inverteram -se. Quando o Sr. Dias Loureiro saiu do governo, logo lhe choveram vários pedidos de vários empresários. Recusou muitos, e aceitou o do Sr. Roquete. Passou a ser sócio com este de uma empresa que cresceu e teve sucesso.

Mas a dada altura, porque o Sr. Roquete quis dedicar-se em exclusivo aos vinhos, a dita empresa foi comprada pelo Sr. Oliveira e Costa, tendo sido, o Sr. Dias Loureiro, nomeado administrador do grupo de empresas (SLN) daquele senhor que detinha a propriedade do Banco Português de Negócios.

Dias Loureiro impressionado pelo rápido sucesso daquelas empresas e pelo impressionante currículo do seu patrão aceita o cargo, mas passados três meses vai queixar-se ao Banco de Portugal dos processos de gestão do Sr. Oliveira, pois que julgando que ia para número dois da empresa, achou estranho que o Presidente do Conselho de Administração fizesse reuniões à noite, quase secretas, com os accionistas e não lhe dissesse nada.

O antigo e esforçado ministro sujeita-se a uma gestão unipessoal, não sabe bem qual o seu papel dentro daquela organização, todavia estabelece várias relações internacionais de negócios, ao que parece com base num conhecimento privilegiado de pessoas influentes. Contudo quanto à conclusão dos negócios nada sabe, o que de mais profundo sabe é que um dos processos pesava 18 kg, o que corresponderá a muitas resmas de papel.

Vai ficando na empresa do Sr. Oliveira e Costa depois de vender as suas acções, porque queria levar três projectos avante. Quando todos morreram saiu da mesma, entretanto, sempre se sentiu mal, até porque nunca conseguiu constituir a sua equipa com o Dr. Daniel Sanches e outros, todos seus amigos e com um grande currículo, o que deve justificar o relevante facto do Dr. Daniel Sanches ter saído de uma empresa, ter ido para o governo, altura em que o ministério, de que foi titular, adjudicou uma obra àquela empresa, para à qual regressou, logo que deixou governo.

Trajecto absolutamente normal que não levanta, ou levantou ao Sr. Dias Loureiro qualquer dúvida sobre o comportamento deste senhor, porque o seu amigo também é um grande e probo cidadão que nunca por si será julgado, porque além do mais é católico e advogado( sic).


É também impressionante ver-se, como através de processos de “parqueamento” de venda de empresas falidas a outros que dividiam entre si os prejuízos e depois de saneadas são incorporadas no grupo mãe, se limpa os saldos negativos a apresentar aos accionistas, mas tudo isto, como os negócios em Marrocos, empréstimos sem as adequadas garantias bancárias, passou a milhas do Sr. Dias Loureiro que, no entanto, deveria receber um multimilionário vencimento, para estar ali a ver “os comboios passarem “. Os bons e generosos patrões amigos são assim.

Tudo isto é uma vergonhosa trapalhada, e de facto, cada vez mais, se consolida o retrato traçado pelo Sr. Cadilhe de que por ali havia uma sistemática e continuada acção delituosa que ninguém viu, embora se desconfiasse.

Certo, certo é que com todas estas pessoas insuspeitas, de alta craveira e recorte ético chegou-se ao que se chegou, com o Sr. Dias Loureiro a confessar-se muito vitima das circunstâncias e até de má vontade contra si na SLN. Era tanto o divórcio que nunca soube nada sobre o Banco Insular, e em tudo acreditou, face ao seu excesso de confiança naquelas ilustres pessoas e no Banco Portugal. De nada se sente culpado e porque a sua consciência está leve, como a alma das pombas da paz, enquanto tiver a confiança pessoal do Sr. Presidente da República que se deduz que tem mantém-se como Conselheiro de Estado.

É verdade que tendo ouvido todo o depoimento ( quatro ou mais horas) do Sr. Dias Loureiro, que muito atenciosamente a Sra. Presidente da comissão de inquérito permitiu que se alongasse, veleidade que nunca facultou ao deputado Melo do CDS, a sua tristeza inspirou-me compaixão.

Nesta trama concordo e louvo mesmo que o Sr. Presidente da República mantenha a sua amizade para com tão deprimido cidadão. Agora, já não me parece que perante tanta inacção e tanta submissão o Sr. Dias Loureiro tenha perfil de competências para ser conselheiro de Estado.

Claro que é certo que tudo vai continuar na mesma, mas devemos manifestar o nosso repúdio pela DEMOCRACIA PORTUGUESA ESTAR CERCADA E EM GRAVE RISCO, sem que a maioria dos portugueses se preocupe, mesmo os que se consideram elites. A grande maioria está-se na tintas para tudo isto, só se mexerão, quando e se a tragédia lhes bater à porta.

PORTUGAL!

Andrade da silva 28 Jan 09


PS: Muito competentes e milionáriamente pagos: Mira Amaral, 21 meses na CGD, levou de reforma 18mil euros/mês, António de Sousa ex- governador do Banco de Portugal, quando deixou a CGD levou um complemento de reforma de 600 mil euros, mais uma reforma de 7mil euros mês. Já se vê para onde vai o dinheiro dos cortes da segurança social, mas muitos não vêem nada, e vão continuar a votar nesta gente, mas porquê?
Fonte: Visão de 15 Janeiro

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

E A GUERRA QUE NUNCA MAIS ACABA…


Pela manhã ia editar um texto sobre realidades tristes que a sua actualidade requerem uma publicação quase na hora, mas perante o tão pungente depoimento da Marília adiei a sua publicação, e quero também acrescentar o meu depoimento vivo sobre a Bósnia e as marcas da Guerra civil.

Estive duas vezes na Bósnia, como psicólogo militar, nos fins de década de 90, e de facto o que vi é indescritível. A Sérvia completamente destruída, sem estado e sem autoridades nacionais, com os movimentos de todas as populações monitorizados pelos exércitos estrangeiros, com todo ou quase todo o seu aparelho produtivo destruído, com casas desventradas e quase todas com as paredes cravejadas de balas.

Num dia qualquer, como se o diabo se tivesse apoderado daquela gente, os vizinhos começaram a matar-se uns aos outros, só porque os outros eram muçulmanos, depois desta tragédia restou a completa e total miséria, e as pessoas passaram a atacar as lixeiras à procura de comer, mas, mesmo dentro desta tragédia, os Sérvios, os maus da fita, os condenados ao ostracismo pela justa e generosa comunidade Internacional, mantinham a sua posição digna, erecta e muitos, mesmo, debaixo desta tragédia continuavam a praticar ginástica, o que me fez e faz reflectir sobre a dignidade de ser povo.

Todavia estas pessoas, as crianças e os adolescentes que viveram estes trágicos quadros para além dos lutos dolorosos, da fome e da dores físicas, muitas ficaram permanentemente doentes com stresse pós traumático. Ficarão como a mulher da Bósnia que a Marília encontrou num hospital de Paris, e que nós também encontramos nos nossos com toda aquela tragédia irreversivelmente presente nos seus espíritos. Viverão em angústia permanente num sofrimento bem superior à morte, é um morrer lento em constante tortura espiritual e física, para o que a medicina tem uma resposta muito moderada, diminuindo os sintomas clínicos, o que até pode aumentar o sofrimento psicológico pelo aumento da vigília e da consciencialização psicológica e cognitiva dos acontecimentos. A guerra também destrói de um modo irreversível a pessoa humana, enquanto pessoa.

O mesmo quadro dramático se viveu no Kosovo, na Somália, no Sudão, no Afeganistão, no Paquistão e em Darfur em que o seu Bispo há, já, muito tempo lançou o apelo, para que acudissem a esta dor alucinante destas mulheres viúvas e destes filhos órfãos que gritam por todo o lado pelos seus maridos e pelos seus pais que viram ser barbaramente assassinados. Também este sofrimento marcará os palestinos que não forem exterminados por Israel.

Ontem assisti a uma palestra sobre a Palestina, na histórica secção do Partido Socialista da Almirante Reis, em que os jovens que a dirigem continuam na senda heróica dos que os antecederam, e os oradores muito conhecedores da situação no terreno, sendo um deles jornalista de grande experiência e contacto com a realidade, traçaram com toda a precisão o quadro da limpeza étnica que Israel desde há muito vem praticando, matando e expulsando os palestinos e substituindo-os por judeus, acto criminoso que pratica com a total cumplicidade dos EUA e da Europa.

Infelizmente apesar de hoje haver uma maior denúncia de todos estes casos, a insensibilidade é enorme e não recua. A propaganda, nomeadamente a de Israel, é tão forte que consegue em larga escala fazer das vitimas, os agressores e os culpados, mesmo perante os números que derrogam esta mentira.

A cumplicidade é de tal ordem que o número de mortos que são significativamente mais de mulheres e crianças, prova cabal da limpeza étnica em curso, associada ao abandono induzido de palestinos dos seus territórios, pouco faz mexer a comunidade internacional e os países, nomeadamente, o governo português, para denunciarem e combaterem este crime de genocídio e contra a humanidade, permitindo, pelo contrário, que a propaganda de Israel leve pessoas generosas a pactuarem com este bárbaro crime.

Uma vez mais se demonstra como a propaganda pode camuflar a realidade, neste caso com a gravidade de que a alienação é de tal ordem que provocou uma cegueira em muitas, mesmo muitas, pessoas que se recusam a aceitar que os crimes de Israel são da mesma natureza e quantidade que os da Alemanha nazi.

A propaganda Israelita fez crer que quem ameaça são os palestinos, e com esta mentira Israel ficou de mãos livre par expulsar milhões de palestinos das suas terras, matando outros milhares, quando garante a todos os judeus um lugar nos territórios palestinos que vai ocupando, e sobre pretextos falsos de segurança ocupa território palestino, como os montes Golan para defender um recurso estratégico, a água.

Só poderá haver paz no mundo e o fim do terrorismo Internacional, quando a comunidade internacional resolver estas questões que no caso do Médio Oriente serão dois países independentes e seguros Israel e Palestina.

andrade da silva

Em Frente pela PAZ Universal




Nas Consequências da Guerra


Encontrei-a na esplanada dum café interior dum grande hospital parisiense.
Chamou-me a atenção, o cansaço marcado no rosto a contrastar estranhamente com a doçura do olhar. Jovem? não era.
Sem saber como, estávamos a conversar as duas.
Sempre com o mesmo ar, começou a contar-me sua história, Já que ambas com vários exames marcados nos encontrávamos no intervalo entre duas consultas.
Ela viera há anos, fugida à guerra, da Bósnia. Trouxera com ela dois filhos um rapaz e uma menina, no momento do nosso encontro em plena adolescência. Olhava-a, escutava-a e nunca consegui atribuir-lhe idade. Pela dos dois filhos depreendi que se situaria entre os quarenta ou cinqüenta, mas aparentava mais, se não fosse aquela persistente doçura no olhar.
Contou-me que do lado da mãe, toda a família tinha sido morta. Não deu detalhes e eu não lhos pedi. Escutava apenas, impotente testemunha duma dor infinda e em silêncio quase religioso continuei a ouvi-la. Viveram em caves de prédios bombardeados, comendo o que podiam, escondidos sempre. No exterior lá em cima ouviam-se as bombas e os combates. Os filhos nessa altura pequeninos; ia ela fazendo frente ao terror próprio e ao das crianças . Certo dia viu apavorada entrar um grupo de homens pelo esconderijo adentro. Disse-me que tiveram sorte, eram do bom lado, que nada lhes fizeram de mal. Mas esse incidente veio aumentar o pavor em que viviam, humanos ratos a viver em tocas, que a maldade dos homens obrigava. Contou- me mais o estado de espírito do seu pequeno grupo familiar, sem nunca detalhar os acontecimentos vividos por ela e pelos filhos.
Pudor ou incapacidade de reviver através de relato doloroso as peripécias trágicas que a guerra lhes impusera. Contou em seguida que o desespero a fez procurar boleia para fugir com as crianças e que por sorte um autocarro que vinha para Paris, os deixou entrar e os trouxe para a capital francesa
Depois acabou dizendo que tinha a seguir uma sessão de choques elétricos, e que no final, perto das cinco a filha a viria buscar visto que não a deixavam sair sozinha depois do tratamento, que segundo o que me disse era para a vida. Mas disse-me que o estado da filha era muito pior que o dela, e que vivia enclausurada em casa, saindo apenas quando a isso por algum motivo de força maior era obrigada.
Sem palavras para a reconfortar, pelo dito e pelo não dito, limitei-me a deixar que a minha expressão lhe manifestasse tudo o que me ia por dentro.
Ao fim do dia, acabados também os exames para que viera, fui encontrá-la no mesmo sítio, sentada a uma mesa com a cabeça apoiada nas mãos, cotovelos sobre a mesa...
Estava ali à espera da filha que não aparecia e não sabia como voltar para casa. Estava pronta a oferecer-me para que eu e meus acompanhantes a levássemos a casa. Mas o olhar dela ensombrou-se como temendo a oferta que pressentia. Lesto o pensamento levou-me a tentar pôr-me no lugar dela. Fugida à guerra, com perturbações nervosas aparentemente irreversíveis, tanto nela como na filha, as confidências que me fez, por brusca simpatia, cediam ao medo que a acompanhava sempre. A casa era o abrigo desconhecido de todos, o tecto tranquilo, era possível que nessas circunstâncias, preferisse manter no silêncio o local onde ela e os seus abrigavam sua dor e o terror das fugas e perseguições.
Ali continuava à espera da filha, que não chegava, o que a afligia mais ainda. Não sabia como fazer, foi telefonar à filha que acabou dizendo que não se sentia bem e era incapaz de ir buscar a mãe
A aflição crescente em que a via, sugeriu-me que talvez fosse possível, se ela fosse falar com a equipa que a seguia, que eles chamassem um taxi que a levaria até à porta de casa, o que,por conseguinte não a obrigava a nenhum esforço. e assim foi.Fez-me um ultimo sorriso, pálido e ansioso, receosa pelo estado da filha, eu, ali fiquei na comunhão daquela dor para ela eterna, fazendo que um tropel de perguntas se seguissem no meu cérebro.
Mais amante da PAZ e contra qualquer guerra ofensiva, vi diante de mim erguidos e terríveis, os efeitos que as marcas indeléveis da maldade humana, levada ao paroxismo, por guerra sem razão,
Causa de tanto sofrimento a projectar-se no futuro de quem a viveu e consequentemente no futuro de cada ser humano, já que habitantes todos do mesmo Espaço a Terra, somos companheiros de viagem e inevitavelmente o bem e o mal de cada um recai sobre o todo, sobre cada ser humano numa total e profunda quebra de harmonia o que tornará a sociedade mais violenta e mais desumana.
Muitos fogem a esta realidade como se o não olhar e a fuga os protegesse, quando afinal apenas prolonga o gelo, o frio social que aniquila o que pode haver de bom em nós, e nos torna cúmplices silenciosos do crime e responsáveis de não assistência a pessoas em perigo, e esse frio da indiferença, instala-se corrosivo no nosso interior e vai ganhando terreno no aniquilamento dos nossos sentimentos, destruindo a nossa afectividade e a nossa capacidade de sentir, transforma-nos em robôs não humanos, de que apenas mantemos a aparência. Ignorando o sofrimento alheio, que é afinal o dum irmão, semelhante, que tinha à partida a mesma vontade de tranquilidade e respeito, de PAZ, que merece ou deve merecer cada um; é um crime voltado contra nós mesmos, porque nos mata interiormente e reduz ao silêncio a nossa capacidade de apreciar o belo o bom e o que é justo, e afasta para sempre a alegria e a capacidade da partilha numa anestesia triste e monótona das nossas existências, por isso muito mais pobres distantes e solitárias.
Marília Gonçalves

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

VARAS A COBERTO DOS XEQUE-MATES, PORQUÊ?


O Expresso e outros jornais deram elevado destaque ao escandaloso caso do Sr. Fernando Vara, por ter sido promovido na CGD, estando já noutro banco.

Todavia, como circula na Internet muitos outros casos, o deste senhor, é um entre uma totalidade de outros que abrangem os grandes amigos do bloco central de interesses, correspondente ao rotativismo político.

De facto estes sucessivos, continuados e sistemáticos escândalos são uma regra instituída entre os políticos do PS e do PSD que passaram pelo governo, do que a revista Visão já fez uma larga reportagem.

Face a uma tão generalizada corrupção não será aceitável que este ou aquele jornalista, este ou aquele jornal, denunciem um ou outro caso só porque não vão à bola com dado senhor, ou ajam por impulsos com base em ódios de estimação, ou por razões de carácter pessoal.

Concordo com a denúncia deste caso que é a regra e não a excepção, mas o que mais importa É COMBATER O CÂNCRO GERAL DA CORRUPÇÃO, PONDO FIM AO ROTATIVISMO, AO CENTRÃO, AO BLOCO CENTRAL DOS INTERESSES, E À IMPUNIDADE, denunciando, de um modo sistemático, todos estas vergonhas, através de uma Imprensa Livre independente, não tóxica, capaz de cumprir a sua função primordial numa democracia, a de informar com isenção os cidadãos sobre todos os factos de interesse público.

Tudo o que não for feito no sentido da informação sistematizada da totalidade destes casos são enfeites, jogos de politiquice ou intimidação, ou mesmo até de corrupção. Se houver benefício, a coisa não
poderá até cair no silêncio? Porque será que tanta matéria tóxica e conspurca, de um momento para outro, entra no esquecimento, não será estranho? O que se passou entretanto?

A luta contra a corrupção tem de ser total, global, séria e consequente, e deve ter por base um novo pensamento de sociedade. Não fará grande sentido elegerem alguns mal amados para pagarem por todos. Este comportamento protege e mantém incólume o sistema geral da corrupção, isto é, para o manter é preciso sacrificar e oferecer ao povo ( à populaça) algumas cabeças, para que os campeões da corrupção vinguem. Cairão alguns cavalos ou mesmo bispos, mas o Rei e a Rainha ficam a coberto de qualquer xeque –mate.

A corrupção, como todos sabem e o Dr. Marinho tem dito, varre o país de lés a lés, claro que a apresentação das provas é quase uma actividade impossível. Era preciso ir ver todo o financiamento dos partidos, todas as obras públicas adjudicadas a quem, quando, com que celeridade ou demora e porquê etc e, ainda todos o processos de passagem dos terrenos rurais a urbanos para efeitos de urbanização etc. Depois cruzar estas variáveis entre si e com o enriquecimento rápido explícito ou escondido,( através dos filhos, primos, enteados) dos titulares de cargos políticos e públicos etc.

É óbvio que sem vontade política nada poderá ser feito, pelo que é urgente uma COMPLETA E TOTAL MUDANÇA DOS GOVERNOS QUE CONSENTEM ISTO.

A questão só pode ser resolvida pela cidadania que tenha como consequência a eleição de uma nova classe dirigente. Cada vez mais os lugares de chefia das organizações estão a ser assaltados e oferecidos a gente autoritária, intolerante e desumana, mesmo onde, a presença das características contrárias seriam fundamentais e imperativas.

PORTUGAL!....

asilva

Consciencialização




Consciencialização

Agostinho Neto

Medo no ar!

Em cada esquina
sentinelas vigilantes incendeiam olhares
em cada casa
se substituem apressadamente os fechos velhos
das portas
e em cada consciência
fervilha o temor de se ouvir a si mesma

A historia está a ser contada
de novo

Medo no ar!

Acontece que eu
homem humilde
ainda mais humilde na pele negra
me regresso África
para mim
com os olhos secos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Movimento Poetas del Mundo noticia




RED INTERNACIONAL DE JUDIOS ANTISIONISTAS:
CARTA ABIERTA AL MUNDO


Somos una red internacional de judíos incondicionalmente comprometidos con las luchas de emancipación humana, de las cuales la liberación de los habitantes de Palestina y de su tierra es una parte primordial. Nuestro compromiso es el desmantelamiento del apartheid israelí, el retorno de los refugiados palestinos, y el fin de la colonización israelí de la Palestina histórica.

Desde Polonia hasta Iraq, desde Argentina hasta Sudáfrica, desde Brooklyn hasta Mississippi, judíos fueron parte en la búsqueda de justicia, manifestando su deseo por un mundo más justo, participando con otros en luchas colectivas
( continua....)
http://www.poetasdelmundo.com/verNot.asp?IDNews=1506

sábado, 24 de janeiro de 2009

POMBAS DA PAZ de LUTO









http://rachidou.skynetblogs.be/category/1573250/1/a+voir+absolument


uma branca flor

para inocentes crianças

assassinadas










POMBAS DA PAZ de LUTO







POEMA de Carlos DOMINGOS


RECITAL



Subo a este palanque

para dizer um poema

de amor e de ternura

dedicado àqueles homens

que nas estrelas contemplam

o reflexo da eternidade.

Porém, de repente, enrola-se-me a voz,

recusa-se-me o gesto,

e desvanece-se a mímica

com um furor a navegar-me as veias.

É que, dentro de mim,

há mãos e dedos a apontar

ali, na Palestina,

alcateias de tanques

semeando crianças mortas

pelas ruas de Gaza.

Como posso eu dizer este poema

tão tranquilo

se dentro de mim, no fundo dos meus olhos,

me atormenta aquela criança fria

com um grito de sangue a escorrer da boca?

Aquela criança

e outra e outra e outra

são esperanças em botão esfaceladas

com estilhaços de bombas

cravados no cérebro.

Aquela criança

ali,

de olhar de vidro frio e penetrante,

não consente que eu diga,

aqui,

este poema tranquilo.

E ainda o grito daquela mãe

enche-me os ouvidos

para que a minha boca também grite.

E é já o grito de todas as mães

a estremecer a terra,

a abanar, a abanar,

para que o ódio se desprenda e afunde.

Como é que eu poderei dizer, aqui, este poema,

se um gargalhar de assassinos,

rugindo como gorilas dementes,

ameaça fechar o Sol

aos olhos inocentes deste povo?

Como pintar de amor a raiva que eu próprio sou?

Como adoçar a voz e não gritar,

não ferver, não saltar, não correr,

não transformar os versos em granadas,

fuzis, espadas, mísseis, fortalezas,

para impedir que voltem a matar

esta criança que me está nos olhos

vincando o meu remorso de ser gente?

É certo que eu subi a este palanque

para dizer um poema tranquilo.

Mas, afinal,

vão desculpar-me

porque eu

não vou dizer poema nenhum!

(Janeiro de 2009)

Carlos Domingos

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009


NASCIMENTO


é o que define o nosso destino

umas vezes é o acaso

outras

o mundo como ele deve ser

quem ensina quem ?

todos somos produtores actores

pensamos nas mudanças

nos caminhos

na marilyn manroe

no marlon brando

todos temos que nos pronunciar

a entidade reguladora assim o exige

por isso

muitas vezes

é necessário mudar de modelo

pintar o véu de outra cor

aprender novas tecnologias facilitam a assimilação de conteúdos

e o jogo continua

umas vezes são as brancas outras as pretas

até que uma delas dá o mate


nc-2009


Nelson Correia



quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A BOLA DE CRISTAL PARTIDA, OU A MORTE DA ESPERANÇA NA PRAIA.



Ouvimos com dor, mas sem surpresa, o estado de alma ou a falta dela a que chegou o partido socialista, no dizer amargo de Cravinho, que declarou que ficou varado, quando assistiu à última reunião da comissão política daquele partido, em que num órgão tão importante não houve lugar para um mínimo de análise politica.

Apesar de não ter qualquer informação do interior do partido socialista, tinha a imagem de que assim estaria a acontecer, a observação do comportamento de determinadas pessoas, sugeria-o, como por exemplo o Sr. ministro do trabalho que se diz afecto a Ferro Rodrigues, e que é o pai do código de trabalho que faz um ataque feroz não aos maus trabalhadores, mas a todos com a alteração dos horários de trabalho traz para o centro da vida destes cidadãos a prestação de serviços na empresa, esquecendo-se que elas e eles são mães, pais , esposas e maridos, isto é, não são escravos, são cidadãos com uma família, e esta não pode ser a parte menor das suas vidas.

Outro mau sinal veio e vem dos que ao longo dos tempos têm tomado atitudes mais próximas de Manuel Alegre, mas hoje entram na esfera de influência do secretário geral, para produzirem uma moção, que para aquele não é suficiente para promover qualquer alteração politica significativa, para si a questão, a grande divergência, com a política do actual Secretário Geral não se situa ao nível das palavras e das moções, mas das práticas do governo.

E, ainda, a prática interna, agora, denunciada, era adivinhável sem nenhuma bola de cristal, pela atitude muito passiva de alguns deputados de quem se esperaria um comportamento mais conforme às suas histórias, e também pelas sucessivas atitudes crispadas do Governo com os deputados, as organizações e associações profissionais, o que no seu conjunto revela que neste jogo do poder pelo poder, uma maioria de pessoas criticas e com pensamento humanista aceitam tudo, o que está a acontecer ao nível da desmoralização da vida pública e da injustiça social, bem patentes na discrepância entre os baixos vencimentos e os mais elevados e na exclusão social.

De um modo desolador parece que o PS foi atacado por uma plantação de eucaliptos neo-liberais, tendo-se transformado num deserto de valores, facto muito grave para uma democracia com justiça social.

Muitos dirão que é preciso mudar de rumo, todavia ficam perplexos, quando olham para as alternativas, porque muitos sendo eleitores do centro de esquerda, não vêm na sua área ideológica modo de dar volta ao mau estado da Governança, e, deste ponto de vista, a continuada gestão do impasse por Manuel Alegre, não sei se enche ou esvazia qualquer onda de mudança, que deveria ser tão grande como um Tsunami, agora, sabemos que o tempo passa e a organização dos Tsunamis políticos exigem tempo, determinação, coragem, decisão, e neste campo, em termos psicossociais, para mobilizar pessoas é preciso garantirem-se duas coisas:

1- Transmitir a convicção de que a VITÓRIA É POSSÍVEL –( Vamos conseguir)

2- A situação futura será melhor do que a actual, explicando ou levando a crer num onde, quando, como e porquê.

Sem uma grande convicção de que com o líder emergente estes dois objectivos vão ser conquistados ninguém se move.(No âmbito do estudo psicossociologico das lideranças emergentes a vitória de Obma deve-se a estes factores, o que é independente do que vier a fazer, mas de Obma, ainda voltarei a falar).

….. Enfim, AMIGAS, AMIGOS E DEMOCRATAS

A esperança de uma nova política, isolada, triste, de luta vestida, cravejada de coriscos, morre, malditamente, envergonhadamente, traída na escura, pedregosa e revolta praia da fatalidade, do medo de não se querer ser um PAÍS LIVRE, feito sem cobardes e traidores.

Enquanto muitos marcharem sob o rufar dos tambores do oportunismo e da bandeira da ignomínia seremos um país de ESCRAVOS, embora de luxo. É isto que me diz a voz dos tempos e os ventos da MENTIRA que sopram dessa alta pressão do gelo –o 25 de Novembro 75 – para as baixas pressões de hoje – o dia partido, negro da corrupção e da impunidade, a todo o vapor.

PORTUGAL!....

andrade da silva



PS: A TV brasileira acaba de difundir imagens sobre o crime nazi de Israel em Gaza. O governo Israelita e os generais Israelitas mataram a eito, bombardearam sistematicamente a cidade de Gaza e aldeias, negaram toda a assistência aos civis, cometeram o crime de massacre.

Todos os que defendem este massacre em nome da intolerância do Hamas que até perece ser mais de uma facção do que da totalidade, são cúmplices deste massacre. São réus perante o tribunal da consciência para todo o sempre.

Reafirmo que não tenho nenhuma simpatia por nenhum grupo radical católico, islâmico ou judeu. Discordo e condeno com veemência todos os regimes que não respeitem os direitos humanos, nomeadamente os das mulheres e das crianças. Defendo a ingerência interna em todos os países sob a Bandeira da ONU com meios militares, económicos e diplomáticos fortes para defender os direitos humanos. Não sou um pacifista contemplativo perante a morte de inocentes
.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

NASCE A ESPERANÇA DE UM DIA INTEIRO, MAS....



Em que crê realmente Barak Obma?
Mas o que quer Barak Oboma?

Se for sincero sabemos que quer paz, liberdade e desenvolvimento para a América e para o Mundo, e, contrariamente, ao que alguns comentadores vesgos dizem, de facto, de um ponto de vista psicológico e sociológico, Obama é um líder emergente Mundial, pode fundar uma corrente mundial invencível para o bem e para o mal.

Obama pode ser um líder espiritual e político do Mundo, intervindo ,através das novas tecnologias e das orientações politicas e sociais, para as populações do Mundo que o podem seguir, até, em fúria, destituindo governos de linhas desumanas.

Obama pode mesmo fundar um religião, pode fundar o Céu ou o Inferno, e terá seguidores aos milhões em todo o Mundo.

Ele é também um líder, por excelência, do Mundo da Comunicação, tem uma figura esbelta, jovem, bem falante, com discursos emotivos fortes. Ele é um super-herói da comunicação de massas, e mais o será, porque a sua vida está sob a mira de um qualquer atentado assassino. Ele também já é o mártir, o cordeiro pascal, antecipado, razão porque terá mais áurea divina. Ele simbolicamente é um sintagma vivo com uma força espiritual potencial inigualável. Nem Mandela, nem Luther King, nem Cristo provocarão, nos próximos tempos, tantas emoções e sentimentos como ele.

Mas o que pode realmente Obama?

Sabemos que até o calarem pode pronunciar um discurso novo, pode ser humano, descendo às pessoas, falando com elas, comendo às suas mesas, mandando e-mail’s, e, isto, é já uma revolução que a burocracia não poderá conter, e se quiser fazer frente a este líder emergente terá de o liquidar, ou perderá, ou, então, rende-se ao líder, e, assim, associa-se à luminosidade da história, que é o que todas as burocracias devem fazer.

Obama tem as características psicológicas para ser um líder emergente Americano e Mundial, pela sua superior capacidade verbal, empatia e emotividade, por isto, conseguiu vencer, e se quiser poderá ajudar a mudar o Mundo, até os vira-casacas (a) que o atacavam, os neo-liberais e os neo-conservadores já o veneram, para lhe oferecerem cicuta, entre outros, temos o Sr. .Barroso, e essas figuras de comentadores menores, do Director do Público e do Sr. Delgado, ambos, defensores das loucuras de Bush até ao limite do psicologicamente normal.

Estes e os demais Órfãos jogam, agora, com o julgamento da história para daqui a trinta anos, ora, se a história evoluir no sentido certo, Bush, como, um dia, disse Mário Soares, será recordado como um fascista da mesma estirpe de Hitler. Que grande honra?

Com Obama caíu uma página negra da história da América e do Mundo, seria importante que nascesse o dia inteiro da justiça e do respeito pelos direitos humanos e pela reforma da ONU.

Também nos EUA, como em PORTUGAL, os abutres podem perverter todas as esperanças e tornarem mais negra a história da exploração e da injustiça, já de si, tão negra e dolorosa.


andrade da silva
PS: Falarei da desesperança portuguesa, fazendo eco das palavras de Cravinho.
(a) corrigido por erro na selecção do texto para edição.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

UM SIM VIVO, TOTAL, À LIBERDADE.UM NÃO REDONDO À CAPITULAÇÃO E À VILOÊNCIA



Não faço a defesa da violência, nem da capitulação, procuro ser inteligente e não parvalhão. Reconheço os perigos, no confronto com as culturas diversas, mas desde há anos que me bato onde posso ( e como docente do ensino superior militar fi-lo) para combater a ideia criminosa e de espíritos obscurantistas da defesa da guerra das civilizações, o que, é uma acto de esquizofrenia social grave e do mais flagrante atraso mental.

De facto, em termos cognitivos e de avaliação psicológica séria, só com um atraso mental gravíssimo em inteligência emocional e social é que se pode defender tal hipótese, e isto, não é conversa pseudo cientifica, baseia-se nos conhecimentos científicos desta área que poderão ser lidos nos autores referência.

Defendi e defendo que o nosso modo de vida, no que tem de liberdade, não pode estar à mercê de nenhum radical violento e sociopata ( os termos estão a ser usados no seu exacto significado cientifico, não são figuras de retórica) sejam eles sionistas, fascistas, fieis de qualquer religião, ou pobres diabos idiotas.

Nas sociedade livres tem de existir o primado da lei, onde, ninguém pode atentar contra a vida de outrem, ou incitar à violência, e quem o fizer, deve ser detido. Então, porque não prendem em Londres, ou noutra qualquer cidade europeia os infractores da lei, quando incitam à violência, SERÁ PORQUE O GOVERNO DE LONDRES OU OUTRO É PACIFISTA? Mas qual o iluminado que descobriu tal patranha?

Os governos são de um modo geral belicistas, e só não prendem radicais em manifestações de ódio, porque no Ocidente se tem incutido nos espíritos dos militares e dos policias que nós não podemos morrer.

Estamos a ser treinados para sermos imortais e, que, portanto, não podemos enfrentar aqueles grupelhos. Temos é de os matar, a todos, com bombas de fragmentação, e outros engenhos, o que é um acto esquizofrénico que, obviamente, nos pode custar caro.

A cobardia levou-nos a defender a guerra preventiva e não a de legitima defesa, levou-nos a adaptar a táctica do pavor e do terror, isto é, dizimar um exército, ou pior, um povo, em 3 a 5 dias com megatoneladas de TNT , e não a combater o adversário, palmo a palmo, com heroísmo, mas consolidando a vitória.

Todavia a guerra preventiva só podia, como alguns disseram, conduzir ao desastre do Iraque e do Médio Oriente, em geral. Também aqui os entusiastas comentadores dos sucessos do campo de batalha do Iraque calaram-se, porquê? (O que dirá hoje, depois da posse do Sr.Obama o director do Público, o mais entusiasta defensor da invasão do Iraque? Que dirá? Com certeza viva a OBAMA. Claro! )

O que se passa na guerra é que se perderam todos os valores de humanidade, morais e jurídicos, o que, alguns ex-militares não reconhecem, porque só conheceram o pior que o Exército produziu e não conheceram o melhor. Foi pena, senão teriam percebido que não é por pacifismo que os governos não aplicam as leis a desordeiros árabes, supostamente muçulmanos, é por cobardia, e, esta, é preciso combater, e parece que está forte no castelo dos belicistas e dos sociopatas, o que é coisa diferente do pacifismo.

O pacifismo convicto é uma atitude profunda, excepcional, de pessoas raras e santas, como Cristo, Ghandi e poucos mais que se deixam matar, mas não matam, mas estes verdadeiros pacifistas sempre reconheceram o direito à legitima defesa. Respeito estes pacifistas, mas estes nada têm a ver com o folclore.

De qualquer modo quando se pergunta que resposta dão os pacifistas às manifestações violentas dos muçulmanos na Europa, a mesma está completamente de pernas para o ar, é absolutamente cega e eivada de preconceito, porque a questão não é essa, mas obviamente que é outra, como medianamente se vê, e é, obviamente:

PORQUE É QUE OS GOVERNOS BELICISTAS NÃO PRENDEM OS DESORDEIROS E INSTIGADORES DA GUERRA DE CIVILIZAÇÕES, SEJAM ELES MUÇULMANOS, SIONISTAS, FASCISTAS OU MEROS DESORDEIROS E IDIOTAS'?

OBVIAMENTE ,ESTA É A QUESTÃO. QUEM NÃO A VÊ, E PORQUÊ?
andrade da silva

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A PAZ é o CAMINHO






Ode à Paz


Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego, dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,

deixa passar a Vida!

O Sol nas Noites e o Luar nos Dias, II

NATALIA CORREIA


NATNATALIA CORREIA ALIA CORREIA



domingo, 18 de janeiro de 2009

Pausa......


DESEJOS


a lista de equipamentos de série é imensa
não é disso que falo
o tempo é de crise
as leis são imortais
o que faríamos sem elas ?
talvez não usar gravata
talvez na rua agarrá-la beijá-la
sei lá
o desejo
é
a retoma económica ......... mas não só


é
são
ritmos dançantes
roupas garridas
bebidas doces
intuições fortes


o desejo
é um objecto comandado
bem mais vasto

é
um treino que muda planos
que derrete o gelo
a forma como brinca
a mulher que homenageia
o homem que gere
a adversidade
os amigos
as festas
as vedetas do costume
a mulher que sabe esperar
filantrópica
inspiradora

e assim vamos vivendo
no paradigma dos desejos
contrabalançando influências
estados de alma
.......................


e os contos de fadas continuam
nc-2009


Nelson Correia

sábado, 17 de janeiro de 2009

CARTA ÀS MULHERES E AOS HOMENS

Choro todos os mortos e feridos, da guerra de Gaza e de todas as guerras. Curvo-me perante a dor do médico Palestiniano que perdeu as suas filhas, o que exército israelita diz ter sido um erro, mas mente, porque foi sim um sucesso desejado e previsto ( talvez não em relação àquele médico, mas a um qualquer palestiniano) no contexto da sua actuação estratégica e táctica, estas sim, erradas e criminosas”.


MAS PARA QUÊ ACICATAR OS ÓDIOS?


Há gente que procura dizer que o Hamas odeia o ocidente, a liberdade Ocidental que exterminariam pessoas de bem, provavelmente o Hamas se pudesse matava-me, mas isso não altera nada a minha opinião em relação ao crime que Israel está a cometer, nem o meu juízo negativo e acusatório em relação aos actos de terrorismo contra os civis israelitas.

Israel cometeu crimes de guerra e contra a humanidade. Os generais israelitas e o governo de Israel estão a cometer crimes contra a humanidade, são réus e devem ser submetidos ao tribunal internacional, e os membros do Hamas que matam israelitas devem ser entregues aos tribunais criminais normais.

Quanto ao terrorismo sistemático tenho uma posição clara quer quanto às lutas dos guerrilheiros africanos, quer quanto a algumas propostas radicais nesse sentido que antes do25 de Abril fervilharam na cabeça de alguns, então, aderiria, em desespero de causa, à comuna de Vendas Novas, como propunha um capitão.

Morreríamos, mas não mataríamos civis, seríamos metralhados pela forças fascistas, seria um gesto heróico, enquanto um acto terrorista contra uma escola, um mercado, é um acto cobarde e criminoso.

Assim porque estive por dentro de muitas coisas, e andei na guerra de África muito claramente:

Condeno o Hamas, como condeno todos os regimes teocráticos. Não aceito a violação dos direitos humanos praticados em alguns aspectos pelas religiões muçulmana e pelo hinduísmo, ou qualquer outra, como condeno a inquisição.

Concordei e concordo com a ingerência interna para derrubar governos como o dos Talibãs. Considero indispensável que a ONU tenha força politica, militar, económica para garantir a viabilidade dos países em paz, e restabelecer o equilíbrio justo e equitativo entre os países do Norte e do Sul.

Sou mesmo um defensor da criação de um Exército único, mundial, que sob a bandeira do ONU seja o garante da Paz e da segurança das fronteiras dos países independentes contra todos os comportamentos de terrorismo e de estados párias.

Sou um defensor da desmilitarização dos países e da completa destruição das armas de destruição massiva, biológicas, de fragmentação( como Israel parece que estar a usar) nucleares e minas.

Precisamos de evoluir para patamares superiores de civilização, se não se tiver este objectivo continuaremos a voar rasteiro por entre cadáveres e mártires, só alto voam os abutres com as suas garras ensanguentadas.

O Mundo precisa de Mudar de um modo global e radical no sentido do humanismo, do belo, do sentimento e da inteligência. O Mundo hoje não é mais justo que no esclavagismo. Actualmente, e contra a mentira do desenvolvimento, a distância em riqueza e conforto entre um senhor e o subproletariado, e os escravizados, por exemplo, da Ásia é bem maior que naquela época

Na minha opinião querer realçar o carácter criminoso, pária e inaceitável do Hamas e de muitos outros grupos e governos para acicatar o ódio contra tudo e todos e justificar o crime, criminoso, de Israel, digo-o como antigo militar do Exército que andou na guerra de guerrilhas e sabe que não pode ser assim que se combate a guerrilha, é uma atitude de cumplicidade com este horrendo crime.

O que se está a fazer em Gaza é um crime contra a humanidade e é cobarde, porque para poupar vidas de militares israelitas para além do que é legitimo numa guerra deste tipo, a ministra da defesa de Israel, o primeiro ministro de Israel e os generais que mandam matar tudo o que mexe seja criança, velho ou outrem, estão a cometer massacres.

Tudo isto é, muito, muito simples, por exemplo há bairros em Lisboa, onde, vivem milhares de pessoas, imaginemos que basta meter no meio dessa gente uma vintena de guerrilheiros com mobilidade para ora fazerem tiros a partir de um hospital, de uma escola, de um mercado, e, assim, dar um pretexto a qualquer general criminoso para destruir casas, hospitais, mercados, igrejas e matar centenas de pessoas e ferir milhares de outras sem ter a certeza de prender, matar ou neutralizar os guerrilheiros, porque como todos os militares e ex-militares sabem eles “mordem e fogem”, num momento estão armados e no momento seguinte deixam a arma, e misturam-se com a população e ninguém os distingue, e tanto mais quanto mais a população os proteger, o que, acontecerá quanto maior for o crime do agressor em mortes de inocentes.

Sendo este o cenário de Gaza nem é preciso ser militar para compreender que canhões e aviões nunca serão contra os elementos das guerrilhas, mas sim, e sempre, contra as populações.

Todos sabem isto, consta dos manuais da guerra de contra guerrilha do coronel Hélio Felgas, ensinado na Academia Militar nos anos 60 e 70. Como podem, então, os militares, sobretudo os que foram professores desta matéria e os ex-militares esquecer o que sabem, para defenderem um crime.

QUAL O SEU LADO NA HISTÓRIA E NA MORAL?

Mulheres e homens, a paz no Médio Oriente não está só num cessar fogo, que é imperativo, mas só pode ser garantida pela comunidade internacional e pela ONU, através da existência de dois países independentes livres e respeitados nas suas fronteiras e segurança : Israel e Palestina.

LUTEMOS POR UMA CIVILIZAÇÂO DE PAZ E LIBERDADE.

andrade da silva

A Defesa do Poeta






Natália Correia







A Defesa do Poeta




Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto

Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim

Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes

Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei

Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em criança que salvo
do incêndio da vossa lição

Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis

Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além

Senhores três quatro cinco e Sete
que medo vos pôs por ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?

Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa

Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.


Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea, Editora Nova Aguilar, 1999 - RJ, Brasil

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PRÁTICAS ILICITAS, EVASIVAS, NEGÓCIOS RUINOSOS CONTINUADOS, AO LONGO DE MUITO TEMPO: O RETRATO DO BPN


O depoimento de Miguel Cadilhe perante a Comissão de Inquérito da Assembleia da República é absolutamente arrasador, destrói todo o edifício de controle do sistema financeiro português, derruba, pedra a pedra, toda a credibilidade do Banco de Portugal e do Ministério das Finanças.

Segundo Miguel Cadilhe foi preciso à sua equipa quatro meses para verificar que o BPN estava perante uma situação inimaginável, sem que o governador do Banco de Portugal antes da sua posse nas conversas que teve consigo tivesse dado qualquer sinal sobre a gravidade daquela situação, e antes tivesse revelado muita satisfação por ele, Cadilhe, ter aceite ser administrador daquele banco.

Segundo Cadilhe desde 2001 que as práticas ilícitas do Banco Insular se vinham a realizar de um modo reincidente, sem que nunca a supervisão do Banco de Portugal tenha agido.

Para si é impensável que este comportamento sistemático ao longo de tantos anos não tenha sido objecto de auditoria, o que põe em causa toda a confiança no sistema financeiro português, por não ter sido defendido e credibilizado pelas entidades de supervisão e pelo Ministério das Finanças que neste caso só começam a agir depois da sua administração ter sido empossada, e começar a investigar todos estes casos, de que deu conhecimento ao Banco de Portugal e à Procuradoria Geral da República.

Quanto à administração de Dias Loureiro considera como absolutamente irregular e à margem da lei, o facto daquela administração não se reunir periodicamente e não elaborar as respectiva actas, como a lei exige.

Para Cadilhe o Banco De Portugal nunca fez o que podia e devia para suster todas estas irregularidades com valores dentro e fora dos balanços na ordem dos milhões de euros, deveria e poderia ter mandado fazer auditorias, podendo e devendo, também, não permitir que a sua equipa de administração fosse empossada.

De facto o pormenorizado depoimento de Cadilhe com provas e referência a várias testemunhas presenciais destrói por completo a credibilidade técnica do Banco de Portugal e do seu Governador, pelo que, a ser verdade o que Cadilhe diz, a continuação do Dr. Victor Constâncio, como governador do Banco de Portugal, seria um acto de CAPRICHO POLÍTICO do QUERO POSSO E MANDO, com um risco agravado para a credibilidade nacional e Internacional do nosso sistema bancário e para os depósitos que todos temos nos Bancos.

A gravidade do depoimento de Cadilhe não pode ser escamoteada, e diz muito claramente que há pessoas em Portugal que pelo seu poder e pelas ligações perigosas com o poder politico e económico, cometem ilícitos de um modo sistemático, e porque pelo manto dos poderosos e do poder são tornados invisíveis, ficam impunes. Ninguém vê o que se passa, porque o BPN era um polvo enorme com um organigrama complexo, muito complexo, de 3 folhas, como o próprio Cadilhe reconheceu.

Mas se tudo isto é assim, porque ainda se riem e parecem muito bem dispostos o Sr. Oliveira e Costa e o Sr. Dr. Constâncio, será que se estão a rir de Portugal e dos Portugueses?

Será que o Sr. presidente da República, até como economista, está a seguir esta situação? Será que o Sr. Dias Loureiro ainda pode e deve continuar com assento no Conselho de Estado?

Quanto à pseudo nacionalização, à caixa Geral de Depósitos e às empresas públicas estamos falados, porque serem do sector privado ou do público que diferença fazem, se servem o mesmo poder e as mesmas pessoas?

Andrade da silva


PS:
Israel continua a matar inocentes, porque alguém disparou, mas o quê, um canhangulo, uma barragem de artilharia, mísseis?

Em África, por vezes os militares começavam a disparar à bruta. Dirige-me a alguns que me diziam que era uma coisa que até deitava fogo, mas isso que deitava fogo era uma pacaça.

Nestas guerras o medo tornam nervosos os dedos no gatilho, ou a cabeça de generais que querem ganhar medalhas e exterminar um povo. Estes actos sistemáticos não podem ser aceites como erros ou efeitos colaterais, mas como crimes que não podem ser desculpados pelo secretário da ONU com um sorriso, quando cumprimenta a mão que dirige a morte.

O HOMEM SÓ PODE DIZER PAREM O MASSACRE EM GAZA



PAREM A MATANÇA de crianças e civis.

O Homem só pode dizer segurança e Paz para o povo de Israel e para os palestinianos.

O Homem só pode dizer que Israel não quer a Paz, quer o extermínio dos palestinianos e que o Hamas também não quer a Paz, só que Israel pode exterminar os palestinianos, e o Hamas não tem essa capacidade em relação a Israel, o que faz toda diferença.

Israel para eliminar as milícias do Hamas, sabendo, desde sempre, que eles estariam misturados com a população martiriza crianças e civis, isto, é um crime militar e civil.

Israel diz que o mundo lhe agradecerá esta matança. Bush também disse que o mundo ia-lhe agradecer a guerra no Iraque e no Afeganistão, parece que hoje só Bush se agradece a si mesmo.

Mas quem agradecerá a morte de tanta criança e civil, Hitler, talvez?

O Homem só pode pedir à ONU que assuma as suas responsabilidades e envie forças credíveis para o terreno para IMPOREM A PAZ a todas as partes. Seria para isto que a ONU deveria existir.

A NÃO IMPOSIÇÃO IMEDIATA DO FIM DAS HOSTILIDADES EM GAZA TORNAM CINICAS E HIPÓCRITAS TODAS AS CARICATAS DECLARAÇÕES DE BOAS INTENÇÕES DOS GOVERNANTES DO MUNDO.



Asilva

PS: Que todos os que nos lêem enviem este texto ou outro apelo, para a Assembleia da Repúbica, Presidente da República, Governo, ONU etc, e.mail's: correio.geral@ar.parlamento.pt; belem@presidencia.pt; pm@pm.gov.pt

e


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ELES ANDAM, POR AÍ....TRANCAS......


Diz um indignado cidadão, no blogue do Expresso, que com a audição do banqueiro Oliveira e Costa, por uma Comissão de Inquérito, na Assembleia da República, a deputada Maria de Belém estará a percorrer um caminho tortuoso, correndo o risco de ficar sozinha em Portugal, e depois ter de fechar a porta.

Mas obviamente que o que é preciso é, prendê-los a todos, e, assim, a deputada Maria de Belém pode, como todos nós, viver descansada sem fechar as portas. Mas o diabo é que são eles que têm o nosso mui modesto pecúlio, e fazem o que querem, mesmo ao domingo estão a debitar taxas, nunca param. São da Opus Dei, mas não respeitam o domingo, ou são judeus e não respeitam o shabbat, parece que adoram o Deus-Diabo- Dinheiro.

Ninguém nos acode e, aqui, nem mesmo depois de casa roubada podemos pôr trancas à porta, porque todos eles trabalham em cartel com total impunidade e cobertura do Estado. Os bancos são um estado dentro do estado, eles legislam, impõe-nos taxas, impostos sem que a entidade reguladora ou o estado intervenham.

Eles foram e, apesar do desastre, continuam a ser donos do país, a única solução para todos estes desmandos seria a Nacionalização da Banca, ou a independência da esfera política, da financeira, como nem uma coisa, nem outra vai acontecer, dentro de dias o estado dará uns milhões de euros a título de indemnização ao mais augusto banqueiro de Portugal e a todos os outros augustos banqueiros, porque são os ungidos, são os eleitos pelos deuses de todas as religiões. Eles de facto são o Sol do Mundo e a crucificação de todos os que não têm milhões de euros, mas miseráveis centenas de euros.

Eles para serem gestores da banca são admitidos com base nos seus brilhantes currículos, nem sequer passam pelo detector de mentiras, para se saber se são honestos e vão ganhar dezenas de milhares de euros por mês. Todavia um desgraçado de um coveiro para os cemitérios da Câmara e Lisboa tem de se submeter a uma rigorosa bateria de testes, incluindo psicológicos, porque vai ganhar 450€. Com tão rico vencimento tem de ter um perfil de competências que justifique a excepcional despesa do município.

Enfim, Portugal no seu melhor. OH POVO!.....POVO.... Onde pára o Zé-Povinho...Oh Bordalo....


andrade da silva

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O FUTURO LIVRE E LUMINOSO RECEBE DO PASSADO A SEIVA VITAL.


CARA ANA

Não me martirizo com o passado, quando refiro o meu aerograma de 72, não me martirizo nem com o presente, nem com o Futuro, quando aqui grito.

Somente é preciso alertar a comunidade, porque muitos dos abutres, de hoje, ainda são os mesmos, que ontem, do tempo, em que não tinhas entrado para escola. Eles, então, iam à ceia dos Cardeais, depois aproximaram-se do povo para chuparem o seu sangue fresco e vital. E novamente, através do consumo democrático escravizaram o povo e roubaram-nos. É exactamente o que fazem, ROUBAM-NOS, com toda a força do Aparelho de Estado e, como sempre, deixaram as gentes à beira da revolta.

Hoje, o medo e a hipocrisia desses e outros parecidos com eles, criados à sua sombra, seus clones, uma vez mais, levam-nos a se aproximarem com palavrinhas mansas junto do Povo para o enganarem, e depois o roubarem o mais que puderem. Ora é exactamente isto que está a acontecer, mas é evidente que não é gritando aqui que se sustém o quer que seja, mas que fazer?

Pode ser que alguns ampliem este grito no deserto, e porque isto tem sido sempre assim, mas não tem de o ser, eternamente. Claro que gostaria de dizer muitas destas coisas aos milhões de portugueses, mas são os vampiros que detêm todas as alavancas de poder, e no fundo riem-se deste esforço que consideram inglório e estúpido de estar para aqui a zurzir.

No tempo em que ainda não tinhas ido para a escola, como com muitos outros adultos e todos os jovens de hoje, já havia jovens de 20 anos e menos a lutarem para que pudesses ser uma mulher livre, portanto, falar disto não é um martírio, dizer-te a ti, e aos que não viveram estes tempos que nós fizemos coisas parecidas com o que os israelitas fazem agora, contra o que gritas e muitas outras pessoas, é importante, para demonstrar que as coisas também mudam. E dizer-vos que ontem, como hoje, muitos calaram, mas alguns gritaram e ainda gritam, é uma exaltação com dor, mas com muita honra. É lutar contra a escuridão

Falar que se lutou pela liberdade no tempo dos escravos, dos súbditos e cúmplices é um grito de liberdade, um dever de consciência, uma grande alegria, porque foi com o somatório desses pequenos nadas, que se multiplicaram, que os teus filhos, os filhos de Portugal e África, o meu filho, nasceram numa Pátria e Mátria libertadas.

Hoje, só é escravo quem voluntariamente quer, porque se recusa a correr com os donos de escravos, e tem medo de ser livre. Para muitos desde que tenham as telenovelas, as horas da verdade nas TV, dinheiro para comprarem sucedâneos na loja dos 300, um carrinho e uns trocos para tretas, consideram-se muito bem, e pouco ou nada ligam aos problemas mundiais muito graves que o desamor às pessoas, a Roubalheira Universal provocam.

O actual fascismo- social bestializou, brutalizou milhões de milhões de homens, e, uma vez mais, o silêncio e a cumplicidade de muitos é atroz, e muito dos que falam só falam do acessório para calarem o POVO, evitarem as revoltas, e, voltarem a conduzi-lo para os altos fornos da destruição, enquanto cidadãos livres.

Não falo destas coisas para que se dê mais uns cêntimos a pessoas que já gastam mais do que deviam em bens sumptuários, brutos carros, roupa a mais, Telemóveis disto e daquilo, casas de sonho, férias milionárias, mesmo que com base num endividamento louco, não, não é, por estes que falo.

Grito sim, pelos que nem habitação, nem alimentação, nem direito à saúde e ao trabalho têm, quando os que gerem a sua desgraça ganham milhares de euros mês.

Vale a pena falar dos abutres, para que o Mundo possa ser diferente. Se os destinos da Mátria forem confiados sempre aos mesmos ou aos seus clones, as trevas irreversivelmente subjugarão a luminosidade, e estamos a caminho de um período de grave escuridão na história da humanidade que temos de evitar que aconteça. Por causa disto, interessa falar do ontem
.
Deixo-vos um testemunho.
andrade da silva