terça-feira, 31 de maio de 2011

COMO SERÁ POSSÍVEL: MAIS OU PIOR DO MESMO?






Todos conhecem o que tem sido a governação do País pelos governos PS, PSD e CDS, com destruição desde 1979 de toda a agricultura e pescas, e pouco inovação na indústria, quer ao nível da de ponta, quer nas mais atrasadas, mas sobretudo estes partidos destruíram a agricultura e as pescas. Mas agora não falam de outra coisa. Mas onde estiveram até hoje e a fazer, o quê?


Todos conhecem que estes governos atacaram forte e feio os salários dos vencimentos dos funcionários públicos e as pensões.


Todos conhecem que estes governos subiram os impostos que afectam todos, e esquecem a evasão fiscal, a economia subterrânea e os grandes lucros.


Todos conhecem que com estes partidos são várias as suspeitas de corrupção, nos negócios públicos, desde as juntas de freguesia à governação, e nesta cadeia se aliam autarcas e coordenadores partidários.


Todos deviam saber que o Partido Socialista ao tornar o Sr. Eng. Sócrates como um 1º Ministro indispensável a Portugal, estão, infelizmente, a sancionarem uma política neoliberal com preocupações sociais. Mas deveriam sim, lutar no interior do partido para que este retomasse o seu caminho de esquerda, que não quer dizer colectivização, nacionalização do País, como muito bem sabem os socialistas de esquerda que não assumem as suas responsabilidades.


Uma política de esquerda seria neste momento fazer-se uma análise à responsabilidade dos ricos portugueses, empresários e banqueiros na nossa crise que emergiu na crise financeira mundial, mas aquela e a nossa têm por base a economia real, que no nosso caso se descreve em poucas palavras: economia estagnada pela destruição consciente e de acordo com planos de destruição de Portugal da União europeia, da nossa agricultura e pescas; falta de um plano estratégico para a industrialização do país, da educação e da investigação, pese embora muitas medidas e programas positivos do Governo PS; completa ausência de combate à corrupção, à fuga aos impostos das grandes fortunas ou rendimentos e à economia subterrânea; uma politica fiscal iníqua; e um endividamento externo monstruoso, sobretudo, ao nível privado.


Sem esta análise, não se responsabilizam os verdadeiros culpados, e as dívidas e as loucuras de um consumismo compulsivo e de uma corrupção, que é uma hidra com tantas cabeças, será paga através de impostos, quebra de vencimentos e pensões, dos que já pouco ganham.


Poderia parecer que o regresso ao PS de figuras tidas como de esquerda poderiam alterar algo, desgraçadamente assim não foi, e, pelo contrário, vieram avalizar e reforçar essas politicas.


Todavia, não se entende, porque o fazem, e parece bem que aos factores do interesse geral do país e mesmo de identificação com a filosofia e práticas socialistas, sobrepuseram-se interesses particulares, o que, é trágico.


Assim,não se percebe o que acontece neste país, se todos conhecem isto, como podem os portugueses votarem PS, PSD e CDS, e como podem os socialistas do PS se demitirem permitindo que o Governo do seu partido, embora com algumas nuances siga o PSD e o CDS?


E, como podem todos, PS e partidos de esquerda deixarem o CDS fazer um caminho de tanta bondade, cordialidade e democracia, quando o seu projecto esconde outras realidades, e não é também um partido impoluto. Porquê? O PS percebe-se, poderá ser o partido que lhe dê a maioria para governar, e os outros?


Portugal! País estranho, mas maravilhoso.


andrade da silva

ANTIABRIL SOMA E SEGUE.









ANTIABRIL SOMA E SEGUE.

O país foi tomado por um vírus demoníaco que desfaz a verdade, esconde os truques, provoca amnésia a uns e incapacidade de imaginação e rigor a outros, assim, nada de novo a Oeste, e, assim dolorosamente alguns lá vão calcorrear os caminhos da dor e das lutas, outros, vão desistir e deixarem-se escravizar, passarem a subhumanos, alguns mesmo cairão na depressão e no suicídio.
É preciso dizer claramente que para mudar algo, quase todos à esquerda tinham de mudar muito. Não é suficiente apresentar propostas  justas, mas também  é preciso  considerar que  Portugal só tem um dado Produto Interno Bruto, e não os três que o petróleo das arábias permitiria, logo….
Todos sabemos que temos de financiar mais o SNS, a Escola Pública etc., temos é de arranjar  modos mais justos, pode ser com impostos indexados,  ou outros modelos, e também sabemos que o SNS tem de combater os desperdícios, tratando os hipocondríacos com psicologia e não com  sucessivos exames complementares; receitando genéricos e dietas a gente que tem colesterol a mais, porque ingere gorduras e bolos em demasia, como se pode constatar pelas 16h em qualquer pastelaria (ontem em Coimbra um grupo de idosas ingeria um galão, uma taça de arroz doce e um grande bolo recheado, mas, normalmente, é o galão e uma torrada bem regada com manteiga); combater o abuso de consultas etc. etc.
A desregulação quase total da sociedade portuguesa, que muito pouco produz, com uma economia real estagnada, não existe só nas finanças, mas ao nível de todo o estado e das famílias.
Portugal precisa de lideranças humanistas, inteligentes, honestas e rigorosas.
 Portugal tem sido um pântano, mas pode ser mais e melhor Portugal, com novas lideranças políticas, novos programas partidários, renovação nos partidos tradicionais.
 É necessária uma revolução interna – um 25 de Abril, dos militantes, em osmose com a sociedade civil.
 Até Lá, por mais 10-15 anos, o lamaçal fará o seu caminho, e só nos vamos libertar por um tsunami social, ou vamos perecer soterrados na lama.

O 5 de Junho será mais uma oportunidade perdida, por força dos grilhões, mas também pela incapacidade de se estabelecer qualquer tipo de vasos comunicantes com o pensamento divergente e livre.
Todas as verdades e mentiras dos donos das almas, tornaram-se a única verdade, logo, assim, a sociedade não muda, mas aumenta a desgraça social.
Andrade da silva


sexta-feira, 27 de maio de 2011

EMBORA NÃO FAÇA FALTA NENHUMA, DECLARO:






Não contem comigo, para dizer que uma ditadura é livre;


Não contem comigo, para dizer que um ladrão é uma pessoa nobre;


Não contem comigo, para dizer que um sectário é um livre-pensador;


Não contem comigo, para dizer que um mentiroso é fiável;


Não contem comigo, para dizer que as derrotas são vitórias;


Não contem comigo, para dizer que um crime cometido por a é de outra natureza que o mesmo crime cometido por b;


Não contem comigo, para dizer que a piolheira Nacional é decoro;


Não contem comigo, para alimentar alienações com slogans;


Não contem comigo, para ocultar as tragédias que se desenham;


Não contem comigo, para dizer que o Benfica é melhor que o Porto, quando quer marcar golos com as mãos;


Não contem comigo, para dizer que os truques são estratégia, porque são somente truques;


Não contem comigo, para dizer que o 25 de Novembro é 25 de Abril;


Não contem comigo; para dizer que há povos ou gentes eleitas;


Não contem comigo, para a vilanagem;


Não contem comigo, para vassalagens aos senhores feudais, aos caciques, sou livre;


Não contem comigo para, reduzir a pessoa de um cidadão a um chip;


Não contem comigo para, continuar a bem dizer a vida dos porcos;


Não contem comigo para ser vil, porco, cobarde, rendido, vendido, cangado, escravo.




Contem comigo, as mulheres e os homens livres, se para alguma coisa ainda possa servir, para construir a dignidade e a liberdade, e se a isto já não servir, ou já não houver gente digna e livre, já fiz o que podia e sabia, logo, o que devia.


Mas nunca tomarei lugar no seio da piolheira nacional cheia de truques e traques. Não é da minha natureza ser escravo de ninguém, para além do amor e da vida.




SOU TÃO-SOMENTE, E, SIMPLESMNTE, ASSIM!... coisas...




andrade da silva

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CAOS POLÍTICO. MAS CAOS, CONTRA CAOS, SERÁ NOVO DIA, OU MAIS CAOS? por Andrade da Silva

CAOS POLÍTICO. MAS CAOS, CONTRA CAOS, SERÁ NOVO
DIA, OU MAIS CAOS?


O Mundo político é um caos, mas quem não se orientar
minimamente, e pensar que os políticos saem todos ao
mesmo tempo da governação, como se o governo de um
país fosse o mesmo que a junta de freguesia de Benfica,
ou mesmo que um país pequeno, como Portugal, de 10
milhões, é da mesma natureza que a Islândia que tem 200
e tal mil habitantes, tantos como a concelho da Amadora,
pode juntar mais caos ao caos.

É mais importante agir sobre o micro meio, do que sobre o

caos. Começar a construir a casa pelo telhado pode ser um
dos impossíveis, possível, mas, por ora, duvidoso.

Agora, dar alguma ordem humana à completa fúria de
um pensamento que quer destruir sem saber o que fazer
com as cinzas, ou ao egoísmo inumano que nos está a
conduzir para uma sociedade sem direitos como a chinesa
(um modelo de referência para os capitalistas que para lá
se deslocaram, pelo horário de trabalho 24h+1 por dia,
ganhando-se nas grandes empresas capitalistas (volvo
etc.) 100€/mês, morrer cedo, comer uma cabeça de pato
na vida, no dia em que se é importante, nos demais uma
tacinha de arroz e uma viagem em porta-contendores até
Angola, aqui, viver em contendores etc. etc…. dá para ver
o grande estilo) pode ser possível, e mudar, de algum
modo, o rumo á história, criando-se efectivos laços de
solidariedade com fundos e mesmo postos de trabalho.
Numa palavra, mais acções, mais mãos a trabalharem e
pernas a mexerem-se e menos discursos.

Porque não nascem dos acampamentos de jovens novas
formas de organização social, porque não constroem um
modelo de micro sociedade de inter apoio e ajuda, e ficam à
espera que um raio elimine toda a classe politica, ou outros
que sabendo que o poder se vai manter, não organizam
novo tipo de micro sociedade, onde, se possa garantir a
liberdade com suporte na dignidade?

Mas porquê, só discursos e esperar que o tempo se escoe?

Porque não criar no concreto novas formas de organização
social e fraternal entre os acampados e entre as gentes que
querem que o sol nasça para todos?

Apesar da maldição que cobre tudo o que não é slogan
populacho e repetitivo, ou seja, dizer as mesmos coisas,

que outros, sempre os mesmos, dizem, continuo a defender
a criação quer a nível local, quer nacional de fundos de
solidariedade social, para promoção e defesa da dignidade
humana e de emprego na economia social, em caso de
desemprego ou doença que o tal estado social não cubra, e
que, cada vez mais, vai cobrir menos.

Isto, é uma emergência, dentro de 5, 10 anos o aperto
pode ser mesmo terrível, se não for para todos, poderá ser
significativo para as pessoas com mais de 45/50 anos de
idade, quer os pensionistas ( tal injecção atrás das orelhas,
quem agora as vai dar? ) quer os desempregados com a
eventual flexibilização do desemprego. Vamos assistir
à renovação da população activa, até com o argumento
tecnicamente, muitas vezes, válido de inadequação ao posto
de trabalho dos mais velhos.

Mas quem está seguro que passe à frente, quem não está
que se junte a outro, e outro, e outro, e outro , e outro,
e outro, e outro, e outro, e outro, e outro….e outro … e
outro.., e façam alguma coisa no concreto, e em conjunto.

O discurso politico e ideológico e as manifestações não vão
chegar, e nas revoluções morre-se, e, agora, já não será a
tropa a fazer, pelo menos, em termos democráticos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

convite sobre o lançamento de uma obra tremenda ( como crónica)- Apresentado por Andrade da Silva

QUASE- MANIFESTO RE – NASCER por Andrade da Silva


QUASE- MANIFESTO
RE – NASCER

(CONCLUSÃO)


( parte 1, publicada em 21 de Abril, parte 2 publicada
em 27 Abril)

PELA DIGNIFICAÇÃO DA DEMOCRACIA, O
DESENVOLVIMENTO E A DIGNIDADE

Nota: Esta proposta emerge do núcleo essencial da pessoa
HUMANA - A DIGNIDADE que deve ser construída por todos,
muito para além de todos os condicionamentos temporais,
espaciais, rácicos, ou outros de qualquer natureza, só exclui
o pensamento inumano e os seus cavaleiros do apocalipse

V -VIDA ACTIVA:

0 Estado, as empresas, as câmaras tudo devem fazer
para atingirem o pleno emprego, considerando os
vários sectores de actividade, para o que todos os
agentes económicos devem promover uma adequada
formação profissional dos seus cooperadores ao longo
de toda a vida profissional, de modo a aumentarem as
possibilidades de emprego no, território nacional e no
espaço da união Europeia.

Numa perspectiva estratégica o Estado deve lançar
um novo sector de actividades multidisciplinares para

os cuidados de saúde e actividades de ocupação dos
tempos livres dos idosos.

No período da vida activa o Estado garantirá
as condições adequados para que os casais pais
possam cumprir com as suas tarefas, desde logo na
preservação dos postos de trabalho, mas no caso de
desemprego serão garantidas as condições de partida
( 2 a 3 salários mínimos para a manutenção de uma
família com 2 filhos)

VI - APOSENTAÇÃO E VELHICE:

Este período da vida está completamente esquecido
por toda a humanidade e governos, apesar dos países
ocidentais serem cada vez mais países de idosos, estes,
têm sido escondidos e nem sequer foram ou são
objecto ao nível das ciências de investigação médica
de adequado estudo. Assim, aumentou-se a esperança
de vida, mas descurou-se por completo a ocupação
física, intelectual e recreativa dos idosos, e pouco se
fez quanto à investigação das doenças degenerativas
crónicas e incapacitantes quer físicas, quer sobretudo
neurológicas, em que a doença de Alzheimer e outras
tornam a vida dos idosos e dos seus familiares num
verdadeiro inferno, face à quase inexistência de apoios
institucionais condignos e, ou domiciliários, tornando
os custos com os doentes idosos dependentes
insuportáveis para a maioria das famílias na ordem
de 1500 €/ mês, preços de 2010. Preços que serão
superiores se na família não houver um parente com
uma disponibilidade de quase 24h/dia.

Ora este abandono é desumano e indigno, pelo
que deve ser combatido criando-se redes de apoio
domiciliário aos idosos, de turismo sénior, lares

centros dia, e ainda aumentando a rede de cuidados paliativos,
médica, psicológica e de enfermagem a estes cidadãos, como
aumentando significativamente as taxas de comparticipação nos
remédios de tão elevado preço, como são os da Alzheimer.

Considerando, ainda, toda a desorganização do sistema de
reformas e da segurança social do fascismo deve ser garantido
aos idosos que trabalharam nesse período uma pensão de reforma
igual ao salário mínimo de uma forma generalizada, desde
que na família nenhum descendente directo aufira mais que 4
ordenados mínimos, cerca de 2000 €, [imite definido por alguns
economistas corno o limiar da pobreza para um agregado familiar
de 3, 4 pessoas.

VII - FONTE DE SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA DESTA
POLÍTICA

Esta politica é nacional, universal e pode corresponder ao mais
elevado desenvolvimento da sabedoria, e do humanismo a que
um humano e uma sociedade podem aceder, e a todos deve
mobilizar: estado, câmaras, empresas, organizações sociais,
recreativas, profissionais e aos cidadãos em geral.

Considerando a virtude Universal do amor e da sensibilidade
como os pilares fundadores da natureza humana vislumbra-
se que estas políticas, teriam corno financiamento para
além do 0GE, o realizado através de um FUNDO DA
CIDADANIA SOLIDÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO
E MANUTENÇÃO DA DIGNIDADE DA VIDA DO
NASCIMENTO À MORTE., com as seguintes fontes de receita:

Todos os subsídios existentes passariam para este fundo, bem
como os 200 € da CGD a dar por cada nascimento, que tal como
são atribuídos para mais nada servem que para a CGD criar
novas clientes a custo zero e produzir ainda mais diferenciação
social. ( esta iniciativa já caiu)

Contribuintes voluntários todos os particulares que quiserem
disponibilizar parte do seu rendimento, vencimento ou do
reembolso do seu IRS, que terá a respectiva dedução no IRS.
Seria feita uma intensa campanha junto das pessoas e dos
sindicatos para a compreensão desta medida.

Taxas de x % sobre lucros acima dado nível da Banca, das
empresas e ainda uma taxa variável sobre bens de luxo: bebidas
espirituosas, carros não utilitários ( nos carros utilitários aplica-
se a taxa nos segundos e terceiros veículos), barcos, aviões,
jóias, perfumes, cigarros, imóveis acima dos 300 mil euros (
preços 2009, base 100, todos os preços são referidos a 2009) e
2°, 3° habitações, independentemente do seu custo, prémios de
jogos ou concursos de valor igual ou superior a 10 mil euros;
material desportivo para a prática de golfe, pesca ao largo da
costa, alpinismo e automobilismo, vencimentos líquidos a que
corresponda um rendimento familiar igual ou superior a quatro
ordenados mínimos por agregados de 3 pessoas, as fortunas
avaliadas em mais de 500 mil euros, TV e aparelhos de som e
imagem de alta fidelidade do tipo cinema em casa, com valores
iguais ou superiores a 2000€, o estabelecimento de um rendimento máximo
moralmente admissível, a partir da qual seriam taxadas com um dado
escalão de IRS e todas as demais actividades e objectos que estudos
fundamentados sugiram como adequados a serem taxados no
âmbito desta taxa de solidariedade.

Ainda construirão receitas do fundo as contribuições dos jogos da
santa casa da misericórdia, em percentagem a negociar, doações e
verbas das câmaras municipais que comparticipam obrigatoriamente
com
% do seu orçamento.

Nos concursos públicos das empresas, em igualdade de
circunstâncias técnicas será um critério preferencial de selecção o
contribuir com maior verba para este fundo; nos apoios a conceder
aos cidadãos em igualdade de circunstâncias terão preferência os
que contribuem para o fundo, através de doações de parte do seu
vencimento, critério que só será considerado para os que auferem
rendimentos ou vencimentos superiores a 3 salários mínimos

0 Fundo será constituído por um sindicato de bancos liderado pela
CGD e gerido por um representante da Segurança social, associação
de municípios, provedoria de justiça, um representante de cada
central sindical, um representante da comissão de liberdades e
garantias da Assembleia da Republica, um representante da CIP
e um representante da instituição santa Casa da Misericórdia. A
supervisão da actividade deste fundo cabe a Comissão de Economia
da Assembleia da República.
PARA QUE CONSTE FICOU DITO.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Abril de Eugénio de Andrade

             


              Abril

Brinca a manhã feliz e descuidada,
como só a manhã pode brincar,
nas curvas longas desta estrada
onde os ciganos passam a cantar.
Abril anda à solta nos pinhais
coroado de rosas e de cio,
e num salto brusco, sem deixar sinais,
rasga o céu azul num assobio.
Surge uma criança de olhos vegetais,
carregados de espanto e de alegria,
e atira pedras às curvas mais distantes
 – onde a voz dos ciganos se perdia.

Eugénio de Andrade

PROF. FILIPE PAPANÇA E O LANÇAMENTO DE UM SEU LIVRO.












O Professor Filipe Papança tem editado alguns poemas neste Blogue. Todavia é um investigador na área do ensino das matemáticas e estatística nos cursos de formação de oficias do exército, e, assim, o Professor Doutor José Manuel Matos, vai apresentar no 1ª congresso Ibero-Americano e História de Educação de matemática, a decorrer na Universidade da Beira Interior- Covilhã, no dia 27 de Maio, pelas 17, 30, a sua obra:" A Matemática, a Estatística e o Ensino nos Estabelecimentos de Formação dos Oficiais do Exército Português, no Período de 1837- 1926",





A obra é de um grande valor histórico e científico, e de uma grande justiça para a Instituição Militar. O Prof Filipe, neste seu livro, dá testemunho inequívoco do quanto a Instituição Militar foi inovadora nestes campos.





Ao professor Filipe Papança os nossos parabéns, os nossos votos de bom sucesso, e o nosso obrigado por ser nosso amigo.





andrade da silva















domingo, 22 de maio de 2011

A JUVENTUDE TOMA O FUTURO NAS SUAS MÃOS. QUE FUTURO?












Os jovens da Europa, fazendo o que deve ser feito, enquanto os burocratas estudam estratégias e fazem planos, eles, os jovens, ocuparam as ruas, e disseram aos burocratas que a luta por um novo paradigma social obriga a que toda a Europa periférica se levante, facto que os velhos burocratas dos partidos e dos sindicatos nunca entenderam.


Todavia, é preciso saber qual a saída, qual a resposta e como obtê-la, e que fazer para regressar sempre ao futuro e não a nenhum passado. Não se conhecem passados que tenham dado bons presentes e sobretudo Futuros.


É preciso REINVENTAR A DEMOCRACIA E UMA NOVA MATRIZ SOCIAL LIVRE QUE PROMOVA A DIGNIDADE E O DESENVOLVIMENTO.




TODOS os JOVENS e CIDADÃOS têm de estar atentos, mobilizados e prontos para evitarem que o movimento de mudança da juventude possa descampar numa ignomínia maior do que a que estamos a viver.



Também neste aspecto os burocratas dos governos não estão a perceber nada do que está a acontecer, e olham para a novas realidades, como se das manifestações prazenteiras se tratasse.


Manifestações que tanto Mário Soares elogia e glosa, mas pode ser que a coisa, agora, seja outra, já está a ser outra. OS JOVENS ESTÃO A ACAMPAR.



DR. Mário Soares, Partidos, Governo, eles, os jovens, estão, como protesto, a acamparem na Europa, e vão acampar também em Portugal, logo quais as respostas?


Ando preocupado, muito preocupado, não com a generosidade dos jovens, mas com a falta de capacidade e antevisão e de criação do Futuro pelos burocratas, o que, pode ser aproveitado por gente nefasta para instrumentalizar a generosidade da juventude, e levar-nos a todos para um buraco negro.





andrade da silva

sábado, 21 de maio de 2011

Rua da Saudade - Cavalo à solta - Viviane



PELA E COM A LIBERDADE UMA VOZ LINDA, UMA BELA CANÇÃO.

BOM SÁBADO!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DA ESTRELA AO FERRETE DO VALE E A IMPERATIVA NECESSIDADE DE REINVENTAR A DEMOCRACIA.








A inteligência de Louçã revelou para o deserto de sempre que o esqueleto de salazar, como há dois dias atrás dizia, ainda mexe em Portugal, sem que se dê uma resposta forte a este fenómeno e, sobretudo, a outros, de exclusão social e corrupção que podem fazer com que o neofascismo e mesmo o fascismo -um fascismo sem altos fornos ou salazares, mas na sua essência a mesma coisa - ganhem cada vez mais adeptos.



Num programa de televisão que o país não viu e neste texto que não lerá, se denunciou e denuncia que num parágrafo negro de um programa de um partido, o CDS, que tanto fala dos pobrezinhos, está o ferrete da ignomínia, com que se quer controlar os grandes ladrões de uns miseráveis que recebendo 80 euros por mês andam a roubar o Estado, de tal sorte, que ficam em melhor situação que, os que todos os dias se levantam para irem trabalhar, embora se releve o exagero, admite-se que entre os miseráveis , como entre os mais ricos há gente desonesta, e, então, o que fazer?



Para os mais ricos pouco ou nada, é oferecida uma justiça cheia de escapatórias, não lhes acontece nada, para os desgraçados à beira de morrerem de fome, honestos ou desonestos, a todos, se quer impor o ferrete da miséria, como se de gado se tratasse, ou se estivesse na Alemanha nazi, em que se colocava a estrela nos judeus - hoje verdadeiros tiranos para os palestinianos -, entre nós, não muito diferentemente quer o CDS dar aos desgraçados portugueses um cheque arroz, batatas e aspirina para satisfazerem as suas necessidades, e não ludibriarem o Estado. O que significa isto?



Naturalmente que este acto, como o corte desalmado dos vencimentos e das pensões, o desemprego, a corrupção, o amiguismo, a protecção dos poderosos, o garrote às classes médias baixas e aos trabalhadores, as medidas de austeridade que foram acordadas com a troika do FMI todas contra os mesmos que são somente os com maiores dificuldades, significam a falência da matriz politica, social e económica desta sociedade, o que, obriga, como disse na reportagem do 25 de Abril na TVI , a RE-INVENTAR a DEMOCRACIA.



Se não o fizermos vamos ter as ruas ocupadas para a demissão de toda esta classe politica instalada, como já está a acontecer em Espanha, e com toda a probabilidade vai acontecer até 5 de Junho em Portugal. Resta saber quem tomará conta destes movimentos, aqui e em Espanha, e naturalmente que o que vier a acontecer em Espanha vai induzir os movimentos entre nós, como o nosso 25 de Abril teve efeitos nos nossos vizinhos ibéricos.



Em Portugal assiste-se a uma tentativa dos mesmos de sempre Jorges Mirandas e gentes do 25 de Novembro para darem sugestões ao Movimento 12 de Março, só que aquela gente não tem nenhuma capacidade de reinventar nada, sempre foram passado, e se o Movimento 12 de Março se deixar influenciar por quem como o sr. Jorge Miranda foi capaz de assinar um parecer para o governo a dizer que o corte dos vencimentos na função pública é constitucional, o que pelo artigo 9º, alínea d - letra: é da responsabilidade do estado promover a igualdade real e não a desigualdade - e espírit, é inconstitucional, irá parar ao cesto do lixo da história, será uma mera continuidade, e o momento actual exige uma ruptura para o FUTURO E NENHUM REGRESSO A QUALQUER PASSADO.



Ruptura no sentido de colocar no centro do debate e da acção: a justiça social, a liberdade, a coragem, o desenvolvimento, a defesa da dignidade humana, o funcionamento da justiça, a cidadania, a inteligência, a moralidade dos rendimentos, o funcionamento da justiça, o emprego, a vida dos idosos, contra o totalitarismo dos secretários-gerais, os opinadores do sistema e dos esquemas podres, a comunicação social submetida, os banqueiros e os grandes empresários que de um modo geral passeiam os esqueletos de salazar, da inquisição e, ou do novo fascismo financeiro.



Sei que quem devia ler este texto não o vai ler, como também quem devia ouvir Louçã não o ouviu, mas ética e moralmente isto deve ser dito, por isso, o digo, e espero que os que têm todas as certezas olhem um pouco para o presente real e o futuro provável, reflictam e ajam. Se o fizerem perceberão o que está a acontecer.






andrade da silva


PS: LIBERDADE EM PORTUGAL AMEAÇADA


Falei há 2 dias do esqueletinho do salazar no facebook e todo o texto desapareceu. Quem o terá tirado, terá sido salazar?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

UMA PERGUNTA INTRIGANTE




                                                  






                                   

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ser livre amigo meu

Ser livre amigo meu 


Ser livre amigo meu
ser livre apenas
ter  voz saber dizer
o que anda a volitar em nós
e nos ensina a ser
ser livre amigo meu
escrever poemas
ir longe além do dia
e desfraldar as penas
em mares de poesia.
ser livre amigo meu
mas ser deveras
não  calar o todo que nós somos
inventar primaveras
erguidas dos escombros
ser livre amigo meu
ser de verdade
aquela luz que fomos na infância
ser livre sem fronteiras e sem peias
ser livre e vencer nossos assombros
no dardo das colmeias
ser livre amigo meu
com tanta força
que o tempo se esgarce na vontade
da doçura da corça sorvendo Liberdade

Marília Gonçalves
 
 

Nagawika e link para cantigas das doçuras infantis






canção das escolas e colónias de férias, aqui em França, numa terna homenagem ao Pele Vermelha, esta canção era cantada em grupo por meus filhos e nós, em nossa casa, trazida pelo Pedro, da "CLASSE de NEIGE' a que tinha ido com a escola, salvo erro durante duas semanas, em garoto, era ele quem acompanhava à guitarra. Conhecer-se, amando os outros!
http://www.youtube.com/watch?v=ATzzF04qxqI


As Portas que Abril abriu_1_xvid.avi




O ESQUELETO SALAZARISTA MEXE



Relembrando neste Portugal, onde, a Democracia é uma construção ainda frágil, porque pelas ruas das cidades e interiores das organizações circula o esqueleto do salazarismo, nunca reduzido a cinzas.

Como o putrefacto esqueleto pode ganhar um corpo imundo e contaminar toda a vida portuguesa, será sempre importante que os cidadãos portugueses democratas estejam atentos e intervenientes nas coisas da Polis.

Será que ninguém em Portugal deve restituir mais valias e prédios comprados de modos pouco claros ao erário público, como o vai fazer Mubarak, com apresentação de desculpas ao Povo Português?

Mas onde pára a coragem dos que a dizem ter e não fazem as perguntas pertinentes? Porquê o silêncio?

andrade da silva

terça-feira, 17 de maio de 2011

A CORAGEM É A ALMA DA LIBERDADE





Sem coragem não há liberdade. Sem coragem para abordar novos temas e propor novas soluções todo o jogo da vida, eleitoral ou outro, está jogado, e os resultados serão os mesmos. Num debate em que se joga no não perde - nem ganha, tudo está inquinado, perdeu a liberdade, porque não houve coragem.


É preciso dizer, claramente dito, que em Portugal não há nenhum país cor-de-rosa, e que só acredita nesse país quem quer ser enganado, ou tem medo que o país que outros oferecem seja rosa negro, e, por isso, ficam no lilás, isto é, seguem os semeadores de mentiras, com medo da suposta loucura dos outros que podem conduzir a todos para os precipícios, donde não se volta.


Tem sido neste registo que, na minha opinião, os tais debates eleitorais se têm processado, sem agarrarem os temas que se apresentam, sem se explicar o essencial. Fala-se sempre do mesmo, do mesmo modo, para a mesma gente, nenhuma preocupação essencial transparece com os muitos que estão à espera de um click, que são 5 milhões de Portugueses.



Neste faz de conta, tudo fica igual. Portugal continua no pântano que nem se discute. É preciso exigir que os responsáveis paguem os males que causaram; é preciso dizer que se cortar nos salários é um acto bárbaro, com muito mais força, é preciso denunciar que os mesmos cortes nas pensões é uma condenação ao empobrecimento sem retorno dos pensionistas, porque as pensões não subirão nunca ao ritmos dos aumentos dos salários; é preciso discutir os paraísos fiscais etc.etc, todavia não se pode ficar por aqui.


Paralelamente é preciso discutir a corrupção; a economia paralela; não é o proteccionismo que está em causa, mas o amiguismo às empresas e empresários da situação; a falta de planeamento estratégico; a natureza da estrutura de suporte à investigação baseada nas bolsas; a falta de formação profissional de excelência; a falta de justiça fiscal; a indexação dos vencimentos dos gestores públicos ao vencimento do Presidente da República e a criação de uma cultura de mérito ao nível dos servidores de estado, sem ter sempre por referência o factor vencimento; a discussão do rendimento máximo moralmente admissível; a dignidade ao longo da vida com o enfoque nas questões de uma maioria da população idosa; a questão do repovoamento de Portugal quer em termos do número total e portugueses ( natalidade) quer da ocupação territorial; o financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da escola Pública etc.



Ao nível do SNS é preciso discutir o seu financiamento e o desperdício. É um escândalo como se usa e abusa de exames complementares de diagnóstico para tratar hipocondríacos que, quando muito, têm de ser tratados com psicoterapia, fica mais barato e cria postos de trabalho


Como tudo está a acontecer numa perspectiva da manutenção do status quo, Portugal perde, e nada de novo vai acontecer na próxima legislatura. É preciso falar para o país e não somente para os territórios que cada um traz marcados como seus, isto, é mera continuidade.


Já quase não vale a pena dizer nada, porque quase tudo está ancorado nas mesmas lógicas e nas mesmas tácticas de controle de danos, com algumas nuances entre os dois contentores que se julgam os ganhadores das próximas eleições: Sócrates e Passos Coelho, obviamente que há outras contabilidades para a assunção de vitórias, mas estas são aceites como tal, num outro quadro de análise que não é o sociológico ou de sociologia politica, em que estes textos se inserem, logo, isso é trabalho de, e para outrem, e não para mim, mas aqui fica mais um alerta.



E, novamente, quanto ao que fazer, lá vai outra vez a resposta, ter coragem não é citar a palavra, ou dizer que se tem coragem. Ter coragem nos novos momentos que se vivem é agir de um modo novo, com propostas novas para antigos e novos problemas, que possam ser 1º compreendidas pelos portugueses, para depois puderem ser sufragadas, e que ninguém queira que numa situação extrema, a compreensão seja uma imediata disponibilidade de quem está apavorado. Não, nunca o será, pelo que fazer-se compreender exige um grande esforço de inteligência, paciência e empenhamento, e é bom nunca esquecer que para o bem e para o mal, quem melhor se faz entender é quem tem uma dada obra.


E em democracia é também importante compreender-se porque os portugueses votam de um dado modo, perguntar porque isso acontece. Pergunta que exige uma resposta corajosa em que as tradicionais não servem, porque não respondem, mas limitam-se a adjectivar um comportamento, o que também é o mais simples de fazer, e se desculpabilizar.




andrade da silva

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Procura do Vento

FOTOGRAFIA de Teresa Tavares


.....á procura , a procura do vento.Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra.Porque a minha força determina a passagem do tempo .Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim,que arranca arvores pelas raizes ,que explode veias em todos os corpos,que trespassa o mundo.Eu sou capaz de correr atraves desse grito,á sua velocidade,contra tudo o que se lança para deter-me,contra tudo o que se levanta no meu caminho,contra mim própria.Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer ,renascer. Porque a minha força é imortal.

Teresa Tavares

Envolta

fotografia:EmanuelPereira Aparício Ribeiro




 dificuldade
em adormecer
envolta
em palavras

envolta
em palavras
que me cansam

em inquitações
que me doem

adormeço
envolta
em choros
que me magoam

 esta noite

envolta
nos teus gestos
aninhei-me
no sonho

sinto
a
tua respiração
outra vez

mas longe
longe
falo-te
no silêncio

sinto o silêncio

e cansada  de palavras

aconchego-me
em gestos

os teus
nossos
gestos

aninho- me
no silêncio
    e
sentindo-te
junto de mim
sorrio

adormeço
em paz

Ester Pita