quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

POR CÁ TODOS BEM,


POR CÁ TODOS BEM. MAS COMO'? E PORQUE MORRERAM 3MIL PESSOAS, SOBRETUDO IDOSAS NUMA SÓ SEMANA, CLARO POR CAUSA DO VÍRUS DA GRIPE, MAS SÓ? ESTE OU OUTRO VÍRUS SE CONTINUAR A SER AMIGO DO MINISTÉRIO DA FINANÇAS MATARIA 156 MIL IDOSOS, DURANTE 2012, O QUE CORRESPONDERIA A UMA POUPANÇA DE 1.560 MILHÕES DE EUROS, AO FIM DE 10 ANOS SERIA UMA POUPANÇA DE 15.600 MILHÕES DE EUROS E UM DECRÉSCIMO DE 10% DOS IDOSOS, ENTÃO, COMO DIZ CARLOS MOEDA, O PAÍS TERÁ UM PIB ENORME, DO TAMANHO DE TODOS ESTES SOBRETUDOS DE PINHO.
www.rtp.pt
Uma grande sondagem da Universidade Católica para a RTP mostra o que mudou com a cris

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BASTA DE CINISMO E HIPOCRISIA . BASTA!


                                                                           BASTA!

A MISÉRIA PRODUZIRÁ LEGIÕES DE DESESPERADOS, REVOLTADOS, MORTOS OU CRIMINOSOS, E SE HOUVER LIDERANÇA A REVOLUÇÃO.

Só o mais vil e pérfido cinismo e hipocrisia podem enganar  e esconder a realidade que desde o longínquo Japão à Grécia, passando por Portugal, está a acontecer -  alguém ou alguns estão a destruir todos os pilares das sociedades, para nos mergulharem nas mais terríveis trevas.

No Japão desmoronaram-se:  o pilar empresa, o pilar comunidade e  pilar  família, do  que  resultou que jovens e os idosos com mais de 65 anos, estes, sobretudo, sejam tratados como dejectos sociais, sob a classificação de sem-abrigo. 

Os idosos trabalharam, mas as pensões de miséria ou a total falta delas, atiraram-nos para a rua, e, alguns mesmo, para sobreviverem entraram no mundo do crime, o chamado crime grisalho. 


 Em 2010 estariam nas prisões nipónicas cerca de 45 mil idosos com mais de 65 anos. Alguns praticaram mesmo homicídios, para garantirem com as pesadas penas um tecto e comer até ao fim das suas vidas, o que seria, julgam, melhor que a rua. Talvez se enganem, seria preciso antes conhecerem   o tratamento nas prisões, mas, de qualquer modo,  será sempre catastrófico chegar a este limite.

Este  movimento  de completa anulação do homem tenderá a vir do Oriente para o Ocidente, desde já, para a Grécia, em que a própria Alemanha reconhece que com a condenação que lavraram, até 2020 muitos gregos vão sofrer muito, isto é, vão deixar de ter os meios mínimos para sobreviverem, para além do queijo que a Grécia produz em excesso, e que o governo mandou redistribuir pelos mais pobres.

Portugal com os sucessivos cortes nas pensões e com 300 mil desempregados fora de qualquer protecção social fica na rota da emergência de convulsões sociais inorgânicas,  como o crime ou mesmo a revolta; dos comportamentos individuais auto-destrutivos: depressões ou suicídios, e no topo do repertório das respostas sociais a tamanha barbárie a REVOLUÇÃO, OU CONTRA-REVOLUÇÃO, esta consubstanciada no regresso a regimes ditatoriais com total supressão das liberdades.

Infelizmente, a cegueira, a surdez, a falta de coragem  dos sociais-democratas do PSD e do PS, nem lhes permite verem que o caminho que estão a seguir de destruição da justiça social intra país e inter países europeus, também os vai destruir, porque se tudo continuar, segundo esta rota com mais desemprego, fome, apesar da atitude assistencial do Governo e da igreja Católica, a revolta vai sair à rua, e  pode entronizar uma solução ditatorial, mesmo neo-salazarista.

Os riscos  em Portugal são enormes,  quando também, segundo alguns,  todos os antigos pilares caíram ou estão combalidos: as Forças Armadas, a Função Pública, a Igreja Católica e a Família, e o novo pilar  a Democracia cultural, económica, social e politica  está podre, porque tornou-se num atoleiro de negociatas, corrupção, mentiras que, por vezes e para muitos, tornou-se mais abjecta que o salazarismo que sempre ocultou estas suas podridões, tão expostas no regime democrático  - que pela parte que me coube participar na sua realização, era exactamente para pôr termo a este atoleiro de desavergonhadas coisas e lousas, que atá parece que cresceram e se multiplicaram, muito embora possa não ser assim,  mas é  esta a imagem que o povo retém, na RETINA COLECTIVA,  que é a realidade que conta, e vai ser difícil de a  corrigir, sem grandes e continuados exemplos de dedicação ao serviço Público, por gente nobre, impoluta e inteligente.

O risco do colapso democrático  é enorme se não retomarmos os caminhos do desenvolvimento, da prática no quotidiano dos valores éticos, morais e solidários da civilização humanista que a Europa, através da social-demonocracia e do Estado Social pretendeu construir, e estava a edificar,  após a II Guerra Mundial.

Como seria bom  milhões reflectirem sobre isto, mas  infelizmente nem meia dúzia perderão algum tempo a ler este pequeno texto,  que lhes seja muito proveitoso esse ar de quem não precisa de ouvir mais ninguém para além da  gente que ouvem, por força dos seus pergaminhos, direi que é tremendo  que seja assim, mas quem faz o que pode, faz o que deve - Miguel Torga.  

Desgraçadamente ainda vai ser nas nossas vidas que se nada mudar a borrasca vai cair toda, porque este centro de alta pressão Alemão- Americano- Chinês poderá rebentar no curto ou médio prazo.


 Os próximos 5 a  10 anos serão muito importantes para o nosso Futuro colectivo e individual. Se caminharmos de costas para o Futuro, o desastre será o fim para 6.666.666 portugueses, ou seja, 2/3 da população.

Cai o pano.... Silêncio.... Obrigado que os Deuses vos protejam, e a mim também....

Coisas...

andrade a silva


PS: Recordando, hoje, todos falam do perigo da China, todavia,  logo quem em 2008 ganhei a liberdade de expressão, recorrentemente falei da chinisação  da Europa e do Mundo, amanhã farei a recapitulação, desta matéria, mas é extraordinário que o descobridores portugueses só tenham chegado agora a esse tema... coisas

sábado, 25 de fevereiro de 2012

JUVENTUDE CONTRA O MONSTRO



Quanto amo estes jovens, e neles revejo aqueles outros de Abril 74, de que fiz parte, com os meus 25anos.

Todavia Abril pariu a Democracia, e, desgraçadamente, hoje, os monstros exigem muito mais sacrifício a estes tão belos jovens.

Apesar do seu grito - o Monstro se tem reforçado na Europa pobre: Grécia, Portugal, Espanha.

O monstro quer sangue para esmagar o Futuro ou ser derrotado e nascer a Primavera.

Não creio que o monstro inverta o seu caminho, se humanize, sem grandes sacrifícios, dor e sangue de jovens e idosos, de todo um povo, de todos os povos.


O monstro não usa sapiência ou a amor para mudar o mundo, mas sim a violência para o submeter ao seu único desígnio: dar lucro ao seu dono.

O MONSTRO não abandona as vitimas de animo leve,a sua monstruosidade e crueldade são colossais. Grande, demorada e cruenta será a luta para o derrubar.

andrade da silva

AINDA HAVERÁ FUTURO?!...



Vida...
porque nos abandonastes?

Manhã de Abril... 
porque morrestes?

Amor...
porque te aprisionaram?

Gentes...
porque sois escravos?

Esperança...
porque te tornastes homicida?

Liberdade...
porque te odeiam, torturam e matam?

Sectários...
porque bebeis a seiva do ódio?

Porquê odiar tudo e todos?

Povo...
porque não nos libertamos?

Eis o passado.

O Futuro...
é liberdade e  Amor.

Para além da Luminosidade da Paixão,
só tormenta, morte e passado.

Ainda haverá Futuro, sonho?

Quem o sabe?!...

Mas...
Quando o coração palpita,
e amamos, o mundo pula,
o dia renasce,
a revolução acontece,
o Futuro esvoaça: 
basta agarrá-lo
torná-lo NOSSO...

Ainda Haverá Futuro?

Quem o sabe, apesar de tão simples, 
ou talvez não?

Ainda Haverá Futuro?

O meu coração chora,
A minha alma está de luto,
O Desamor é rei, é diabo, é república, é monarquia
e reina...

Ainda haverá Futuro?

Há muito ruído no passado.
O horizonte  cobre-se de silêncio
e névoa.

Meus olhos choram.
Quedo-me sobre a Terra
e balbucio:
AMOR... amor... amo...
morro, devagar, devagarinho...
morro... matado....

andrade da silva



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

TE DEUM POR NÓS GRÉCIA;PORTUGAL, ESPANHA:



As imposições da UE à Grécia se aceites levam o povo Grego para a semi-escravatura, se não forem aceites mergulharão a Grécia numa convulsão social e politica tremenda, mas todos sabem que aquelas medidas de austeridade são INACEITÁVEIS.

Todos sabem que nenhum governo pode aplicar um tão grave programa de austeridade que levará ao agravamento da recessão.

Todos sabem que estão fazer da Grécia um laboratório, para uma experiência liberal nunca antes ensaiada, nem sequer no Chile de Pinochet.

Se sabem que, o que estão a fazer, é ilegítimo, é uma provocação gravíssima ao povo grego e que, como estão a conduzir a solução do grave problema Grego e europeu estão a oferecer ao Povo grego um Inferno Dantesco quer fique no euro, quer saia, porque seguem, então, este caminho?

Se todos sabem que o que pode salvar a União Europeia, é a Grécia, Portugal, Espanha etc. continuarem na zona euro e na união, e que a única forma de todos continuarem e fortalecerem a Europa é ajudar os países em dificuldade, através de transferências dos países que têm excedentes para os outros, porque insiste a Alemanha e a França no caminho da tragédia e da delapidação dos bens públicos?

Delapidação, que como a que está acontecer em Portugal, com a gestão odiosa deste governo, coloca a esmo aqueles bens estratégicos, como a EDP e REN e depois água etc. nas mãos de estrangeiros , e que parceiros têm sido escolhidos, como a China com um governo ditatorial que paga aos trabalhadores 2€/hora ( os medianamente pagos).

Mas que Europa diferente se está a construir, segundo o Sr. Durão Barroso? Sim é uma Europa diferente, mas para quem e com o sacrifício de quem? A Europa pós II Guerra mundial foi melhor para os sobreviventes, mas morreram milhões de europeus? Como será agora? Quem responde?


andrade da silva

Traz Outro Amigo Também - José Afonso



Recordo a partida há 25 anos de Zeca Afonso, e as vezes que, como militar do MFA, o acompanhei pelo Alentejo, em que cantava em palcos improvisados em cima de carroças , e ainda a visita de amigo que me fez com a sua mulher à prisão da Trafaria, aonde estive detido por 2 anos, após um julgamento que não julgou o acto, mas sim a pessoa, por ser um militar de Abril com um dado papel, muito semelhante ao que hoje fazem, com tanta proficiência, honra e brio, as nossas Forças Nacionais Destacadas (FND), no contexto da missões de paz, como no terreno e na Bósnia por duas vezes constatei.Tragam este amigo, o Zeca, e sempre outros,

andrade da silva

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ORO A TODAS AS DEUSAS E DEUSES.



Oro a todas as belas deusas gregas;

Oro a todos os olímpicos deuses gregos;

Oro a todos os deuses menores;

Oro a a todas as potestades e forças vivas  do Cosmos e da Vida;

Oro pela Grécia para que a pata da condenação à escravatura não esmague a Grécia, nosso berço civilizacional.

Oro também a todos essas e outras divindades  maiores e menores, e às protectoras de Portugal, para que nos salvem primeiro da nossa própria cegueira e egocentrismo, e, depois, da gula especulativa dos que nos querem simplesmente como gente curvada, toda vida, a pagar juros.

Oro por ti Grécia, por ti Portugal, mas sei que com a germanização da Europa não temos salvação, sem um custo muito, muitíssimo, elevado.

Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha um destino comum de vitória ou esmagamento, conforme nos unirmos e lutarmos, ou não, contra o eixo Bona-Paris, que pode perder em Maio o Polo Francês, mas manterá o Polo Alemão, quase de certeza, com a mesma timoneira, a chanceler Merkel, muito apoiada pelos eleitores alemães, até  porque com todas estas negociatas dos juros e  também das exportações feitas para a Grécia e Portugal, a Alemanha, o povo germânico, vive uma boa situação económica.

E, como todos sabem face aos desníveis da produtividade e da competividade das economias  em presença  a Alemã, por um lado,  e a Grega e a Portuguesa, por outro,  sem um processo de mutualização da dívida e transferência de apoios dos países mais ricos para os mais frágeis, nós gregos - nós portugueses levaremos, anos e anos, para nos libertarmos dos custos dos serviços e juros da dívida.

Isto, é tão catastrófico que mesmo que melhoremos a nossa economia em termos de crescimento, o que, nem sequer está acontecer, não sairemos deste túnel, sem luz. 


Infelizmente todo o nosso esforço para além da contenção da despesa do Estado que tanto nos afecta, é para pagar dívidas e os juros associados, e estes, sobretudo estes, pelo seu valor colossal são um roubo vergonhoso, uma ignomínia, uma crueldade.

Grécia! Portugal!  
Oro!....


andrade da silva

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

BRINCADEIRA DE CARNAVAL.....



SERÁ?......

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

AS VOZES DA RAZÃO FALAM NO DESERTO.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

"O Soldado fala do que mais sente, a Pátria e o seu Povo"



POR PORTUGAL, PELOS PORTUGUESES.....


‎2012-02-17 - Andrade da Silva - "O Soldado fala do que mais sente, a Pátria e o seu Povo"

Este artigo insere-se no projecto de colaboração de Amigos e Amigas da AOFA e o seu conteúdo é da exclusiva responsabilidade do Autor.

http://www.aofa.pt/artigos/Andrade_da_Silva_O_Soldado.pdf



Errata: onde se lê  recordata, deve ler-se Recordatória

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MARIA – MÁTRIA. MARIA COSMOS.




“ Para ti Maria-Mulher,e, porque também é dia, como todos os dias, de namorar."



Um cubo de água gelada que o calor solar transforma em lágrima. E, lá vai ela, devagar, devagarinho, encosta abaixo, regar a terra-mater deste nosso Portugal, tão seco, tão amarelecido, tão triste neste inverno sem água.

MARIA!
Chover! 
Haverá Primavera!

Amor! 
Amar-te-ei sempre:
Maria descalça,
Maria despida,
Maria magra,
Maria amante,
Maria sofrida,
Mas eternamente Bela.

Amor:
Maria da Fonte,
Maria do Labor,
Maria da Lavoura,
Maria Lua,
Maria Mar;
Maria Vento,
Maria Terra,
Maria-mulher
Maria amante,
Maria totalidade - todas as mulheres.
Maria voz de um povo, de 300 mil, um milhão, mas bem mais, de certeza de todas as mães do Mundo com filhos sem emprego, com fome, e que, lentamente, morrem, por todo estes  desencontros da História e da Humanidade.

Maria – Meu amor!
Amo-te.
Amar –te –ei sempre,  até ao fim dos tempos.
Que a aragem  da Serra te leve um beijo-sol!

andrade da silva


PORTUGAL É A PÁTRIA DOS SEUS HERÓIS HISTÓRICOS, E, SOBBRETUDO, DOS ANÓNIMOS - OS PORTUGUESES!





Portugal é a Terra, a Pátria, dos Portugueses: os jovens, os trabalhadores, os licenciados, os soldados, os marinheiros (muita da história deste nobre povo é de soldados, marinheiros e missionários)  os intelectuais, os indigentes, os empresários, os idosos,  a diáspora, numa palavra, Portugal é obra de todos os concidadãos portugueses  que vivem em Portugal e os que estão espalhados pelos quatro cantos do Mundo.

Não ter esta visão e este conceito inscrito de Portugal e dos Portugueses, pode ser  um grave sintoma de apatia patriótica, e  no caso de qualquer governante quiçá uma patologia da mais profunda gravidade que só pode ter uma consequência  politica letal,  neste nobre país – Portugal.

Ninguém neste Portugal fundado por D. Afonso Henriques está a mais. Todos vivemos e inscrevemos no mais fundo das nossas almas e corações as grandes gestas do nosso povo: a glória da Fundação, a Vitória da Revolução de 1383; os Descobrimentos; a Restauração; o Renascimento de Portugal no 5 de Outubro de 1910; a Conquista da Liberdade e a iniciação do regime democrático em 25 de Abril 74; e ainda os grandes sucessos nas ciências, na arte e na cultura e essa grandiosa e única experiência da nossa diáspora que tanto honra Portugal pelo Mundo. Todas estas gentes e feitos são Portugal.

Este Portugal secular, nobre, valente não pode nunca sucumbir sob as ameaças e garrotes de qualquer natureza, hoje, com mais ênfase o financeiro, de quem nos queira reduzir a semi-escravos; não se pode tornar volátil sem portugueses, por causa de erros de más governações; exploração desenfreada e impiedosa dos braços das mulheres e homens portugueses; desprezo pelo valor e o mérito dos que ganharam competências académicas nas universidades portuguesas ou do mundo; ódio ao diferente, à liberdade e à crítica; abandono de idosos, desempregados e doentes, e, ainda, com maior força, não pode deixar de ser o Portugal dos portugueses  (o Portugal que amamos e servimos)  só porque,  uma percentagem mínima de Portugueses quer que este país seja uma sua quinta, para o retalhar e partilhar com o capitalismo especulativo internacional.

NÃO! ISTO NÃO PODEMOS PERMITIR QUE ACONTEÇA.

 Portugal é nosso, e ninguém da gente deste povo, nos pode, por deter riqueza, ou poder conjuntural  determinar que desistamos de Portugal, e que, ao invés de lutar pela sua grandiosidade, nos subjuguemos aos ditames estrangeiros da sua destruição, através dos poderes constituídos, que de um modo autista, não ouvem a critica justa e, desesperadamente, apontam,  para os que lutam, por mais e melhor Portugal, a porta de saída da Pátria que é nossa.

Portugal é  onde nascemos, e a maioria quer viver e morrer nesta nossa terra,  isto, é um nosso direito, e quem  quiser emigrar, tem esse direito, mas deve fazê-lo, não porque a sua Mátria se tornou madrasta, mas sim porque, um cidadão do Mundo  e do Universo, pode fazer-se a qualquer recanto do cosmos.

Sendo um direito dos Portugueses nascer, viverem e morrerem em Portugal, cabe a cada Português fazer o melhor que sabe e pode, para engrandecer e servir o seu país com suor, lágrimas e dor, e todos sabemos que é de um modo quase universal assim.
 As vivências  de superior  sacrifício conhecem   bem os mineiros; os trabalhadores da construção civil; as mulheres que trabalham nos serviços de limpeza dos estabelecimentos que logo às 5 h da manhã saem apressadas das camionetas, em direcção aos locais de trabalho; os soldados e marinheiros; os médicos, enfermeiros e outro pessoal do SNS; os investigadores; os bombeiros e polícias; os professores; os voluntários, os empresários competentes e pessoas de bem, isto é, quase todo o Povo, ficando de fora uma minoria de párias, consequentemente, somos um grande Povo que motivado faz das tripas alimento – os tripeiros – para salvar a sua cidade e o seu País.

Sendo historicamente e, hoje,  assim, o nosso povo, compete, como dever inalienável aos governos, aos empresários, aos líderes, aos banqueiros, à comunicação social criarem as condições necessárias para que Portugal seja a casa, a Pátria, a Mátria, de todos os portugueses, e só criadas as condições mínimas para a nossa independência,  a sobrevivência e  o desenvolvimento, cada um de nós poderá questionar-se sobre o que pode fazer pelo seu pais.

Se os governos enjeitarem esta responsabilidade, à pergunta do que cada um pode fazer pelo seu país, nas circunstâncias dos poderes não cumprirem e rasgarem o contrato social e patriótico que têm com o seu povo, enfatiza-se até ao limite este trágico circunstancialismo, ao povo, neste catastrófico cenário, volta-se a sublinhar este aspecto último de catástrofe, nada mais lhe  restará que preparar-se, como em qualquer parte do mundo, desde a Tunísia,  à Eslovénia,  para a REVOLUÇÂO, para MORRER  ou SALVAR PORTUGAL. Historicamente não se vislumbra que outro possa ser o caminho.

Este pacto, este dever, dos governantes para com o país, é ferido quando se aponta aos licenciados o caminho da emigração. O caminho pode e deve ser outro, o do desenvolvimento interno e, ou uma emigração apoiada e acompanhada pelo estado, no sentido da protecção daqueles que partem por causa da nossa exiguidade e politicas erradas que devem ser resolvidas, de modo a trazerem de regresso os que tiveram de em dado momento fazerem uma carreira internacional que integrada num plano de vida e profissional trás vantagens para o próprio e para o país -  Assim, sim, de outro modo Não - é um vilipêndio.

Neste mesmo registo não pode o Sr. Ministro da Defesa considerar que estão a mais os que criticam a actual situação militar, como se fossem cidadãos sem vocação para servirem o seu país nas Forças Armadas.

 Não o pode, porque é um libelo universal que se torna num insulto, mas também por uma questão de coerência moral. Ninguém o poderá compreender, em nenhuma circunstância seria compreensível, mas muito menos, depois de há tão pouco tempo, ter exaltado tanto a nobreza dos militares que fizeram a guerra, que em muitos momentos morderam a língua, lamberam o pó do chão, para evitar mais mortos e feridos, muitos por falta de meios e má condução da guerra, o que, por activamente criticarem tais erros, os militares, fizeram o 25 de Abril, que  muito claramente, na Associação de Deficientes das Forcas Armadas, o mesmo Sr. Ministro, exaltou pelo benefício que trouxe para o país e para a sua pessoa.

O facto do Sr. Ministro não ter ido à guerra, como muitos outros cidadãos, abriu-lhe a grande e feliz probabilidade de ser marido e pai, e, também ministro, o que, na circunstância contrária podia não acontecer, porque qualquer um poderia ter o azar de engrossar a cifra de 10 mil mortos e 30 mil feridos de guerra, para além da cifra desconhecida das vítimas com stresse pós traumático.

Em conclusão, por razões históricas, morais, de justiça e mesmo de coerência o Sr. Ministro da Defesa nunca deveria ter-se pronunciado  tão precocemente e de um modo afrontoso sobre as matérias da vocação dos militares e da sustentabilidade das Forças Armadas.

O SR. Ministro tem todo  o  direito de  ter dúvidas sobre a vocação dos militares, ou da sustentabilidade das Forças Armadas, mas antes de se pronunciar sobre tais assuntos, como sobre aspectos da cultura organizacional, tal  o caso da antiguidade, tem,  antes de mais, de conhecer  muito bem e reconhecer o problema.  Só depois de clarificadas as sua dúvidas deve agir com determinação, para resolver qualquer que seja o problema e por mais duras que sejam as medidas, se devidamente fundamentadas nos Deveres que tem para  com  país e as Forças Armadas, fora deste  exigente contexto pronunciar-se depreciativamente sobre as Forças Armadas, além de muito grave e insultuoso, é uma originalidade portuguesa, mas por o ser, a torna mais grave, no momento de crise que vivemos, para cuja solução o papel das Forças Armadas  é sempre significativo e, poderá mesmo ser determinante.

Nesta pirâmide de “inoportunidades infelizes e infelicidades inoportunas” a referência do Sr. Primeiro-ministro à pseudo pieguice dos portugueses, mesmo no contexto que foi pronunciada e para os objectivos pretendidos, só pode relevar de uma ideia consciente ou subconsciente de mediocridade em relação à generalidade dos portugueses, como é compreensível por todos, em termos lógicos, e psicológicos pelos técnicos, vejamos,  se  alguém está num meio de sujeitos que considera heróicos, corajosos só por um complexo narcisista  diria a essas pessoas nunca sejam cobardes.
Só alguém  que se julga com mais provas dadas que a generalidade de nós pode falar em piegas, porque o mais correcto seria exaltar as qualidades de quem nunca se dá por vencido, e ainda as reforçar numa situação de maior dificuldade.

O que o Sr. Primeiro Ministro disse, faz também sentido em relação à valorização pessoal que dá ao seu trajecto, que todavia não é a excepção, mas é a regra, por tudo isto, sendo piegas, somente  os que nada fazem  e só gritam as suas dores, o Sr. Primeiro Ministro, deu mais uma mensagem errada para o país, no sentido de ser interpretado  de que,  quem não seguir o seu voluntarismo e crença, é um piegas.

De facto a crença e o voluntarismo do Sr. Primeiro Ministro são EXTRAORDINÁRIOS,  só que as suas politicas não são justas em muitos domínios, não têm futuro, e apontam  para um maior endividamento por causa do serviço da divida, empobrecimento do país, e, perante este cenário, esqueceu o Sr. Primeiro-Ministro, que o lamber o chão, o cerrar os dentes, a determinação têm de ser postas nos gritos e nas lutas contra estas politica de desastre Nacional e europeu.

Será um erro de matriz totalitária pensar que a critica é falta de vocação por Portugal, ou profissional; ou que todas as criticas são instrumentalizadas pelos partidos, subentenda-se o Partido Comunista (PCP)  e Bloco de Esquerda (BE) -  eventualmente  seria também o Partido Socialista (PS), mas não se deve   sequer equacionar esta hipótese, porque de facto o PS está perdido em combate.

O poder parece estar numa  atitude que muitos têm referido de recordação, ou pesadelo sobre  um  renascimento do PREC, no sentido de que este foi o produto da instrumentalização do Movimento das Forças Armadas pelo PCP, o que, levou ao que todos conhecemos, com o afastamento de militares aprioristicamente listados como membros ou afectos ao PCP.

Acusação que foi um erro ignóbil, porque cumprir missões em condições concretas, com a justiça possível, ao serviço dos que precisam de pão, habitação e dignidade, não é estar ao serviço de nenhum partido, mas das Forças Armadas, no seu contrato umbilical com o povo, o que, então, ainda era mais notório ao nível dos jovens capitães e tenentes que cumpriam as directivas dimanadas dos Governos para o Comando das Forças Armadas e deste para os militares, em geral.

PORTUGAL  E OS PORTUGUESES VENCERÃO, MAS A CONDIÇÃO NÚMERO UM É SERMOS DIRIGIDOS POR UM GOVERNO AO SERVIÇO DE PORTUGAL E DE TODOS OS PORTUGUESES; E QUE NA SUA SOLIDARIEDADE COM OUTROS PAÍSES ALTERE AS MÁS POLÍTICAS DO EIXO BONA-PARIS, SOBRETUDO DE BONA QUE, EM ALTURA DE CRISE, NEGOCIOU DESPESA ODIOSA COM A GRÉCIA E PORTUGAL, LOGO NÃO SE PODE QUEIXAR MUITO. IMPORTA RECORDAR O DIREITO INTERNACIONAL - O  CAPÍTULO DA DESPESA ODIOSA – QUE JÁ  FOI ACCIONADO PELOS EUA, E LIBERTA OS PAÍSES DE A PAGAREM AOS CREDORES, POR TEREM   AVALIZADO NEGÓCIOS ESPECULATIVOS E, OU  PARA ALÉM DAS COMPETÊNCIAS DO EXERCÍCIO NORMAL DA GOVERNAÇÃO – EXEMPLO PRIVATIZAÇÔES, NÂO REFERENDADAS PELAS POPULAÇÔES.

9 de Fevereiro 2012

andrade da silva

PS: Texto publicado na página do facebook da Associação de Oficiais da Forças Armadas.

Boas Vindas e um abraço para o meu camarada Coronel  Zé e ao leitor  Braz.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PONTE LEDA E ESTREITA DOS NOVOS ALVORECERES..



Ontem, encontrei-me com um grupo de antigos camaradas da Academia Militar. Falamos das nossas aventuras e desventuras. Recordamos sempre os que já partiram, e os  que naquele momento não estão presentes, porque as maleitas inconvenientes, uma vez por outra, chateiam todo o Mundo. 

Falamos dos sonhos, da esperança e dos tempos que passam e aí vêem. Recordamos caras e poses  de outros tempos, e com muita alegria verificamos que, apesar dos anos passados, se mantêm aqueles traços de serenidade, plenitude, arrojo, algo rebeldes  e mesmo traquinas da juventude, embora, mais maturos. É bom que assim seja.

Depois, desci até o jardim das conchas, e pensando em tudo deparei-me com a belíssima ponte da foto, olhei-a, e logo descobri que a ponte que temos para passar da margem do conflito, da descrença e da destruição, para a outra margem, a da fruição da vida é muito estreita e frágil, o que, exige união e definição de prioridades.

Pensando que amanhã muitos portugueses vão estar nas ruas de  Lisboa à procura desta ponte, espero que todos e os dirigentes sindicais com independência descubram, aguentem e construam novas destas pequenas pontes para apoio aos desempregados, aos pensionistas e para a defesa do emprego. 

Ninguém pode ficar de fora, e, nestes tempos, estas pontes também se chamam abraços e palavras amigas e muita solidariedade activa.

Amanhã, como  estava previsto e marcado desde há muito, subirei à Serra da Estrela com um grupo de seniores. É  um outro  modo de ver Portugal, do alto, com muito frio e com portugueses sábios. É uma oportunidade para ouvir muito e aprender tanta coisa e, sobretudo, apreender o belo deste nobre POVO - heróico e construtor de novos ALVORECERES.

andrade da silva.

PIEGUICES OU BATATINHAS?...

Berlim admite rever acordo assinado com Portugal - Economia - Notícias - RTP


Mas que "gandes" estadistas!...

Mas dizem que é bom para Portugal os alemães darem-nos a mão, mas o que dirá o povo alemão à conversa do seu ministro das finanças?

Um só comentário, mas se é possível, e, mais, é absolutamente necessário mais tempo para o ajustamento, o que, só os sectaristas e insensíveis não vêem, então, porque, capricho ou segredo, este Governo esmifra os portugueses, e, nomeadamente, os servidores do estado e os pensionistas, com a supressão INCONSTITUCIONAL DOS 13º e 14º meses?

A conversa não deveria ser tornada pública, dizem alguns e o senhor ministro das finanças, pudera! se parece que tudo isto são negócios, logo o segredo é alma.


andrade da silva

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PORTUGAL E OS PORTUGUESES EM 1ºLUGAR, OU A TRAGÉDIA E A CATÁSTROFE. E O IMPERATIVO NACIONAL DE UM GOVERNO DE EMERGÊNCIA NACIONAL (PARTE II).





“ Sem Governo de Emergência Nacional o regresso ao Futuro será 1900, como as fotos revelam, o que, a acreditar em Marcelo Rebelo de Sousa, se houver uma boa conversa e uns bons sedativos, os portugueses aceitarão. Todavia, como o desastre anunciado da Grécia por estes dias ou nos seguintes, e, num futuro mais ou menos próximo, de Portugal, o governo de Emergência Nacional é uma absoluta urgência, como o foi o Governo de Acalmação de Bernardino Machado, em 1914, por nomeação de Manuel de Arriaga.”


Então, que fazer? 

Acordar Portugal. Acordar o Partido Socialista, ou organizar uma grande força social-democrata, que o substitua, e se junte às lutas da rua e outras, e crie o contexto político e social para a emergência de um GOVERNO DE EMERGÊNCIA NACIONAL – com uma composição baseada em cidadãos competentes, probos, democratas, credíveis, justos que saibam defender o interesse de Portugal na Europa e no Mundo, e governam Portugal com sapiência e justiça.

Se não se preparar este GOVERNO DE EMERGÊNCIA NACIONAL - que não será forçosa, ou mesmo prioritariamente, feito na base dos partidos –com as  tarefas urgentes e indispensáveis que a seguir se enumeram, não há salvação:

- Promover uma auditoria independente internacional a todas as contas do Estado do poder central, regional e local, para que o país fique sem nenhuma dúvida a conhecer o retrato real da nossa saúde global: económica, financeira, social, infra-estrutural, capital estratégico humano, desenvolvimento nacional, regional e local etc.

-Feita a análise correcta da nossa situação, repartir de um modo equitativo, através de verdadeiras negociações, os sacrifícios da recuperação, sem esquecer os mais responsáveis pelo estado a que chegámos, quer a nível interno e externo, e estes são todos, os que conhecendo a gestão danosa que ia acontecendo, na procura de sobrelucros a consentiram, se não mesmo, a alimentaram;

- Promover, como indispensável, um novo contrato social em que a Constituição, os direitos dos trabalhadores e dos portugueses sejam respeitados, o que, não acontece nem no OGE 2012,nem no acordo de concertação social;

- Promover a mobilização nacional para as tarefas de desenvolvimento, emprego e recuperação do país denunciando e combatendo com todo o vigor os que queiram sabotar Portugal;

- Colocar a justiça no caminho certo combatendo a corrupção, a economia paralela;

- Envidar esforços muito firmes isoladamente e, ou em conjugação com os outros governos dos países do Sul da Europa, em dificuldade, para que haja uma inversão na politica europeia alemã que permita o desenvolvimento, o emprego e a formação profissional correlacionada com a nova reindustrialização da Europa, bem como na senda internacional levar o mundo euro-americano, a ser exigente com a China e outros países emergentes no cumprimento das leis internacionais do trabalho (combate ao trabalho quase-escravo,  em condições infra- humanas,  em que o sujeito humano é uma mera peça da gigantesca e, por vezes, antiquada maquinaria) e na qualificação os seus produtos;

- Estudar e dar a conhecer aos todas a modalidades de acção: continuar ou sair do euro, custos e consequências e preparar Portugal e os portugueses para todas as emergências.

A Missão actual do SR. Presidente da República, Assembleia da República, dos partidos, dos sindicatos e dos portugueses em geral deveria ser promover este Governo.

Se o Sr. Presidente da República, com o apoio dos demais, não conseguir efectivar este Desígnio Nacional, numa situação de implosão social, poderá caber às FORÇAS ARMADAS PROMOVÊ-LO, facto maior, insisto, porque, as Forças Armadas - não podendo deixar de reivindicar os seus direitos, que nunca foram devidamente respeitados, mas viu esse desrespeito agravar-se desde 1989 – não podem também, neste momento, contribuir para incendiar o país, se não houver uma alternativa de mais democracia, com democracia, que a actual

Como nota final será bom todos reflectiremos no seguinte - se a situação económica se agravar, e chegarmos à Bancarrota, quem ficará em maior número em Portugal são os idosos, os com menos capacidade para emigrarem, mas  quem não ficará  são os ricos e poderosos, porque as suas fortunas já cá não estão,  e a sua alma e coração também  não, logo.

Se a Portugal e aos Portugueses não for dada a prioridade absoluta e inequívoca por todos os órgãos de soberania e seus titulares, as instituições e seus titulares, as organizações e todos os cidadãos, A CATÁSTROFE PODE SER O NOSSO MALDITO PORTO DE CHEGADA, e, neste caso, repito,  em última instância  parece caber -  num país pobre  e com uma democracia e cidadania tão frágeis, como o caso Português  - às Forças Armadas Moralizadas e Democráticas defender Portugal, os Portugueses e a Democracia.

Eis o que me perece a questão fundamental: TRABALHAR COM e PARA O PAÍS NA CRIAÇÃO DE UM GOVERNO DE PORTUGAL COM A MISSÃO E AS TAREFAS ACIMA DEFINIDAS….

O resto são nuvens, espuma, mais ou pior o mesmo – crueldade, tragédia, catástrofe. Mas obviamente que Portugal continuará sempre, mas, em caso de catástrofe política, social e económica, o Portugal pós-catástrofe para 6666666 dos portugueses, ou seja 2/3, será padrasto e nem Pátria, nem Mátria.

andrade da silva.


Portugal 1914

Publicado na página do FaceBook da Associação de Oficiais das Forças Armadas ( AOFA), em 3 Fevereiro 2012


PORTUGAL E OS PORTUGUESES EM 1ºLUGAR, OU A TRAGÉDIA E A CATÁSTROFE. (PARTE I)




                                            NOTA PRÉVIA: “escrever aqui, neste agora, sobre a crueldade e o desastre dos tempos de hoje é como deitar ácido sulfúrico sobre o coração nu, mas é preciso DIZER – Basta de cegueira, o abismo está a dois passos, dar três passos no seu sentido, será a catástrofe.”


Como diz Eduardo Lourenço, a história é sempre cruel, mas se a crueldade não se auto-limitar, ou se ninguém a limitar, os países caem na tragédia, assim, já foi em Portugal, e pode volta a ser.

 A crueldade do regime anterior sobre os portugueses e os africanos levou-nos a uma guerra de 14 anos, num ambiente envolvente de 40 anos de ditadura, e, agora, como seria?

As crueldades, dos tempos que passam, e vêm de há décadas, são: as más governações; a  imoralidade; a corrupção; a mentira; a grave desigualdade social;  incompetências várias; a falta de mérito; o desemprego; o abandono das populações, sobretudo dos idosos; a falta de futuro para os jovens; a quase completa ineficácia da justiça, a geral falta de cidadania e de democracia, com democracia. Se esta é a crueldade, a tragédia  e a catástrofe  resultarão, como consequência directa da não alteração destes tumores, e da luta que eles provocarão entre os que, como o comandante do navio grego Concórdia que naufragou, saíram, desde há muito,  da rota justa, e seguem por caminhos cheios de escolhos que farão um grande rombo na nau Portugal.

A diferença entre o barco grego e Portugal não está a nível dos seus comandantes, mas sim dos mares. Os mares em que Portugal navega são muito mais tumultuosos e o rombo poderá resultar  do confronto entre posições radicais que só encontrarão uma saída provável num regime ditatorial.

Neste ambiente não é mais possível chegar mais fogo ao incêndio, e mais caos ao caos, é preciso compreender que os trabalhadores, como 66% dos portugueses, têm o direito e o dever de protestarem contra a actual governação que cada vez mais nos enterra, também por razões externas da especulação financeira, e da crueldade Alemã.
 Todavia, se todos deverão ser exigentes nas suas reclamações e criticas, têm de associar a sua luta de protesto à solução politica. Deixar de fora a solução politica, isto é, a constituição de um governo de emergência nacional, seria um desastre.

Governo de emergência nacional que com VERDADE faça o retrato do estado do país nos domínios financeiro, económico , industrial etc; com VERDADE diga qual de facto é a grelha salarial e condições de trabalho nas empresas públicas de transportes e em todas as outras; com DETERNINAÇÃO e VIGOR combata a corrupção e a economia paralela; com DETERMINAÇÃO E RIGOR ponha a justiça a funcionar de modo que todos sejam justamente julgados e condenados; com completa e transparente MORALIDADE reparta equitativamente os sacrifícios por todos .

Se a governação continuar só a proteger um dos lados – o dos poderosos – o conflito social poderá elevar-se a patamares tão graves com consequências económicas desastrosas que rapidamente nos poderão colocar na mesma situação da Grécia, onde, a população está actualmente num estado bem mais grave que a nossa.

Naturalmente que em Portugal todos os sectores, incluindo, e de um modo muito pertinente as Forças Armadas, precisam de ser reestruturados, mas o que tem acontecido em Portugal, pela mão de incompetentes é que reestruturar significa destruir, e passar a fazer as coisas mais aldrabadas, como de um modo geral são muitos dos produtos chineses, com uma poupança fictícia para os serviços. Fictícia, porque a médio prazo a incompetência não compensa, e é um grave prejuízo para os cidadãos que passam a ser muito mais mal servido.

A situação em Portugal é de uma extrema gravidade, porque o Sr. Presidente da República faz muitos discursos, alerta para as situações, mas depois não age, ou porque não tem poderes, ou porque falta-lhe força moral ou vontade para fazer; ou não tem nenhuma alternativa, ou pura e simplesmente concorda com as análises optimistas dos membros do governo e suas práticas.

Governo que se escusa a fazer, ou a apresentar as contas que estão feitas para a Grécia, que com todo o esforço que  está a fazer, se nada na politica europeia  mudar, os juros se mantiverem ao nível actual, a  sua divida externa até 2016, terá uma contracção  mínima, dos 160% actuais do PIB, para os 120% ,mesmo com o perdão de 50% da divida ( Visão 19 Janeiro 2012, pp 61), facto que revela que os países mais fragilizados teriam de ter governos mais aptos para a governação dos seus países, e fazerem  mais pressão sobre o eixo Bona-Paris, no sentido de uma maior mutualização das dívidas, e atribuição de outro papel ao Banco Central Europeu para evitar a implosão social na Europa.

Neste contexto e na ausência de uma força que modere o governo, na sua sanha liberal de destruição de quase tudo, até do querer ser português por parte dos portugueses; pela completa obediência ou fé dos deputados que sustentam o governo; inacção efectiva do Sr. Presidente da República - mais por omissão, face aos seus alertas, do que por convicção - com um Partido Socialista completamente perdido nesta encruzilhada  - porque abraçou o neo-liberalismo, fez mal o que devia, sente-se comprometido com tudo isto, e não tem nem capacidade para ser competente, nem moralidade para fazer o que deve ser feito - o país está num  dilema assaz perigoso : de um lado um mau governo, do outro uma luta que partindo de pressupostos justos, pode lançar o país numa catástrofe.

      ( CONTINUA)

Andrade da Silva

PS: PARTE II -QUE FAZER?

sábado, 4 de fevereiro de 2012

VIVER O MISTÉRIO DA VIDA.





                          NESTA TRANSFORMAÇÃO E POR TODAS AS TRANSFORMAÇÕES -


                                                               BOM DOMINGO!

O NOVO CICLO CIVILIZACIONAL PORTUGUÊS: MAIS TRABALHOS FORÇADOS, MENORES CUIDADOS DE SAÚDE PELO SNS, MAIS DOR, MENOS ESPERANÇA DE VIDA.





Se associarmos a "pequeníssima particularidade"  de mais trabalho forçado, a outra "pequeníssima particularidade" que é a dos cortes no tratamento de doentes com  necessidades de exames complementares  de diagnóstico, como sejam TAC, análises  complexas  caras, desde logo a do  PSA, dos novos remédios para o cancro, logo se  percebe a dimensão da tragédia que se está a cozinhar, com o sorriso falso do Ministro da Saúde, e  se percebe também  que as taxas moderadoras no meio disto são uma gota, até porque mais de 60% das pessoas estão isentas.

 Deixemo-nos de TRETAS,  de espuma e jogos  florais de politica,  e  que se fale VERDADE ao país.

Então, nenhum deputado sabe das pressões que as Direcções regionais de saúde fazem junto dos médicos para cortarem nos exames complementares de diagnóstico, com a  ameaça de processos, e a Ordem do Médicos também não sabe isto, ou não é verdade?

Enquanto, andam a discutir a espuma, o verdadeiro problema é que está em marcha um plano para empobrecermos, vivermos com menos saúde e termos menor esperança de vida.

É um programa gizado no sentido de aliviar a terra de um conjunto largo de excedentários, desde logo os idosos e, como alguns referem  de 1/3 a 2/3 da população global, em cujo cálculo entra logo os com mais de 65 anos.

 Não perceber isto, ou dizer que são as novas visões de Nostradamus,  é mesmo ir com um sorriso nos lábios para a pilha final do infortúnio.

Naturalmente que já se ouve muita gente a dizer não há dinheiro, e têm-se de fazer opções, ou apoiam-se mais as crianças, ou mais os idosos, dado que não se podem apoiar todos com eficácia, logo alguém tem de ficar menos bem, e, então, quem será?

Obviamente, que esta questão da MORTE  MAIS PRECOCE, com mais dor para muitos  e PIORES TRATAMENTOS não pode ser, nem sequer tem de ser, resolvida  só pelos militantes do Partido Comunista,  este é um problema de 6666666 dos portugueses, em cujo grupo me incluo ( e tu que me lês e sobretudo os outros, onde, estarão ? ) porque  se posso pagar os 5 € da consulta, os 20€ da análise de PSA, mas TAC e tratamentos de ponta para o cancro, de modo nenhum. Não tenho e, de um modo geral, poucos terão, os 9 mil euros para cada uma da vacinas dêntricas para o cancro, etc. etc.

É preciso que muitos concidadãos militantes alertem  os seus partidos, mas sobretudo isto é uma questão de VIDA OU MORTE, e, cada um de nós, deve tomar consciência do que se está a passar e agir em grupo. Se só agirmos, quando estivermos sós, ou com um cancro, bem podemos, nessa altura, pedir aos nossos santos de devoção a salvação, porque na terra estamos condenados, e talvez mesmo abandonados.

 Nunca nos esqueçamos  que hoje temos emprego, amanhã não; hoje estamos com saúde, amanhã estamos com uma depressão ( 25% correm esse risco); hoje estamos bem, amanhã estamos com um cancro ( um em cada três europeus terá um cancro ao longo da sua vida, a diminuição da esperança de vida diminuirá esta estatística, mas a sua cura aumentará com as novas terapias, se houver dinheiro) logo -  desassosseguemo-nos, e, depois de resolvermos estas questões que sigam as festas da primavera.

andrade da silva


PS: Uma saudação amiga à nossa nova companheira de leitura Tina. Abraço.