quarta-feira, 27 de abril de 2016

05 - POEMÁRIO * Não!



Em louvor de Olga Benário Prestes
Mártir do nazismo, em 1942, com 34 anos de idade





Eles não conseguiram matar-te!

Entre as gentes sem paz e sem pão,

ao alto erques o rubro estandarte

do teu Não!



Milenar, o teu sangue é um rio

que transborda das margens-prisão

e se espraia no mar desafio

do teu Não!



Não nos campos e não na cidade

que palpitam no teu coração

e acreditam no grito-verdade

do teu Não!





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 26 de Abril de 2016.
*
Em Fevereiro de 1942, Olga foi executada junto com outras 200 prisioneiras na câmara de gás de Bernburg. A notícia da sua morte veio através de um bilhete escondido na bainha da saia de uma presa.

terça-feira, 26 de abril de 2016

EVOCANDO OS VALORES DE ABRIL


QUE OS VALORES DE ABRIL 

RENASÇAM EM CADA PRIMAVERA!



segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 de Abril: SEMEMTEIRA E ARTE

25 DE ABRIL 1974, 25 DE ABRIL 2016






Pediu-me, o meu amigo e companheiro de luta, Eduardo Milheiro, para falar do 25 de Abril com que convivi e tenho convivido este tempo todo, estes 42 anos que em termos históricos é um tempo curto, mas nas nossas vidas imenso. Então, era um jovem tenente de 25 anos, passado este lapso de tempo, parece que neste Portugal, ao arrepio de Abril, somos peste, ou, segundo uma nova formulação de Costa Pinto, espuma, e, ainda mais, pela condição de militar.

Todavia e pese embora a desfaçatez desta gente, a minha grande descoberta interior é que o espírito da Revolução do 25 de Abril sempre existiu em mim, pela educação que recebi e o exemplo que em casa tive com o modelo da minha mãe e pai, exactamente por esta ordem, 1º a minha mãe. Era uma mulher, e o meu pai também que irradiavam: CORAGEM, HONESTIDADE, VERDADE, LIBERDADE DE AFIRMAÇÃO, PATRIOTISMO, RESPEITO E AMOR PELO OUTRO,PELOS ANIMAIS, AS PLANTAS, A NATUREZA, e, no caso dela, Deus, no que a segui até aos meus vinte e poucos anos.

Esta foi uma descoberta intemporal e imaterial, isto é, quem vive destes e para estes princípios, em verdade, um dia, tarde ou cedo, revolta-se contra os que são a negação do que afirmam ser e defender, assim, o reconheci com a Igreja Católica e os fascismos, e, assim, também identifico a maior parte da realidade politica construída, sobretudo, depois do 25 de Novembro 1975, com o esmagamento dos militares que João Lacerda, no livro do ano de 1976, identifica como os militares mais próximos do povo explorado, e, porque assim aconteceu?

Na resposta cabe a história/estória/ cronica daqueles e destes tempos, que vou tentar contar-vos
Inicio este texto no dia 18 de Abril 2016, exactamente 40 anos depois de quase ter sido linchado na Madeira, por causa de ter anunciado com os trabalhadores Alentejanos a Reforma Agrária que, de um modo mais profundo, a Constituição de 1976 instituiu.

Constituição que entrou em vigor a 25 de Abril 76, por a termos precedido, fui rotulado de comunista e mandado para a Madeira, depois de, a 13 de Março daquele ano, o general Chefe do Estado Maior do Exército, imperativamente me ter dito que tinha de ir. Como suspeitava que os FLAMISTAS (os independentistas capitaneados ou amados num nível qualquer por João Jardim) me iam tornar a vida viúva -negra até à morte, recusei por duas vezes o embarque, porém, vencido parto e em 26 de Março sou ameaçado de morte pelo suposto chefe operacional dos bombistas, de seu nome Firmino, meu antigo colega. Do facto dou conhecimento ao Brigadeiro Azeredo que me deixa entregue a mim mesmo - que me defenda, depois dar-me-iam todo a apoio. Deram, como me defendi, fui preso no forte da Trafaria, onde, passo o 1º Dia da entrada em vigor da Constituição- 25 de Abril 76, corria o meu sexto dia de prisioneiro que, assim, registo no meu diário:

" Em Portugal a festa da liberdade, ou o enterro da revolução?

Na rádio fala-se em alegria, paz e sei lá mais o quê: homenagem aos homens de Abril. Aos capitães, deve-se mais este segundo ano de liberdade. Se por um lado isto é embriagante que sabor amargo deixa na boca de um que também criou aquela liberdade,e tudo sem a menor hesitação, aos 25 anos de idade, arriscou para a conquistar e colocar ao serviço dos outros, e, agora, jaz preso!

O dia 25 de Abril 1976 foi duro também pelas incertezas que pressinto, inerentes ao processo eleitoral, onde, um grande número de trabalhadores ainda continua agarrado às mil mentiras que a Igreja e o fascismo solidamente cimentaram entre o nosso povo, que sendo dócil, pachorrento não reage, e aceita o que os supostos homens de bem lhes dizem.

Todavia, creio que este povo sabe o que quer, contudo, ainda não se apercebeu que quando um Freitas do Amaral ou um Sá Carneiro lhes dizem que estão com ele e vão resolver-lhes os problemas- mentem, enganam-nos. Mas um dia o povo saberá que o capitalismo vive da exploração e da miséria do povo, e a partir de então nascerá a revolução socialista e popular, isto, sinto-o, por um lado, por outro, a melancolia, a solidão e a angústia da minha prisão.

Estou preso, porque não me deixei matar, porém não ignoro que mil vozes se levantarão para se vingarem de quem em Abril, tão cedo, noite de 24, ainda, pelas 22h 55', ao som da canção "E Depois do Adeus " embrenhou-se no processo, na Revolução do 25 de Abril, que me trouxe a esta prisão, onde, me liquidarão militar e civilmente"

Eis o meu 25 de Abril 1976, depois de ter previsto,após a conversa com o sr. General Eanes, em 13 Março 76, que a mais dura repressão e violência se abateria sobre o povo Alentejano, como veio a acontecer, encerrando-se, em definitivo e de um modo inconstitucional, a Reforma Agrária, nas terras transtaganas com as mortes em Setembro de 1979 de Caravela e Casquinha, este, um jovem de 17 anos.


Mas como cheguei, aqui?

A ida em 71/72 para Angola, leva-me a confrontar a ideologia fascista/colonialista com a realidade. Em Angola nas terras ditas do mato, Portugal era um ausente, a vida dos negros era da idade média, mais pobre e sem direitos não havia. A tropa estava mal preparada e equipada e sem motivação, logo, aquela guerra, aquela política, eram falsas, erradas, ineficazes e muito desonestas. A verdade era outra. Tínhamos de mudar tudo aquilo,e, assim, o comunico ao meu camarada Alferes Custódio Pereira, em Novembro 72 da Damba/Angola - Quando chegarmos ao continente temos de mobilizar os subalternos para darmos a volta a isto tudo.

Regressado em 1973, há-de iniciar-se o movimento dos capitães, com todo o entusiasmo abraço a causa, vejo capitães valorosos- o capitão Domingos- a fazerem frente a secretários de estado.
A Escola Prática de Artilharia é um vulcão de ideias: comuna de vendas novas, proposta pelo Capitão Cardoso; bombardeamento da siderurgia Nacional, proposta do meu camarada tenente Pedro; prisão dos altos dignitários do Exército no dia 4 de Dezembro 73,dia de Artilharia, desempenhava as funções, nesse dia, de oficial de segurança. Uma unidade heroica. Havia de ser a 1º unidade a estar pronta em 25 de Abril 1974. Foi tomada por uma equipa por mim chefiada e composta pelos meus camaradas tenentes Pedro e Sales Grade, este, por minha determinação, em cima da hora do inicio da acção, substituiu um outro camarada que devendo estar presente não estava por ????... coisas...

Depois de ouvir o Vasco Lourenço em Setembro73 em Alcáçovas não tive dúvidas em o acompanhar, e quis ser dos 1º tenentes a assinarem o abaixo- assinado, como sinal da minha adesão incondicional. Sou de facto o 9º e em Cascais o 10º era um modo de afirmação. Depois disto as unidades tipo A (EPC; EPI, EPA, CIAAC E Para-quedistas) de que não se fala, passaram a reunirem-se na casa do Salgueiro Maia,onde estive sempre e os objectivos eram:

Acabar a Guerra

Mudar, pelas armas, a situação politica.

Procurava-se, através do Coronel Frade Júnior, os chefes generais: Spínola, Costa Gomes, Kaúlza de Arriaga, Troni e mais um outro general. Considerava-se difícil juntar Kaúlza e Spínola. Supostamente contactado, Spínola terá dito que não queria capitães para nada, tinha a Calçada da Ajuda, quando quisesse. Kaúlza nada disse, mas Carlos Fabião denuncia que se preparava para fazer um golpe com a PIDE.

As reuniões na casa do Salgueiro terminam, entretanto, a EPA tenta ligar-se à Cavalaria de Estremoz, ligação difícil, mas que o desfecho do golpe antecipado de 16 Março 1974 de Otelo e alguns spinolistas Bruno, Monge, Casanova Ferreira e o capitão Varela veio facilitar, passou a sentir-se como grande prioridade libertar os camaradas presos.

Em 1974 sai o livro do General Spínola: Portugal e o Futuro- que é lido com um entusiasmo, como a bíblia nos tempos bíblicos, e lá vamos dizendo o que desejávamos para Portugal, como conhecia um pouco a beleza feminina da sociedade sueca, pela presença de suecos na Madeira, defendia a social- democracia dos países nórdicos ADAPTADA, (sublinho) a Portugal.

Num ápice, depois do 16 de Março, chega Abril. Em 24 de Abril 74 detivemos o Comandante e o 2º Comandante, acção da MAIOR DIFICULDADE e cedo saímos do Quartel, 3 h, em ponto. Éramos Uma força poderosa de artilharia e infantaria. Chegamos ao amanhecer ao Cristo-Rei, espantosamente ninguém nos ligava nenhuma. Depois há um click e o povo do Pragal nunca mais nos abandonou e alimentou-nos. Era a revolução que nascia e havia de dividir o MFA. A Revolução da aliança POVO-MFA teve muito poucos militares do QP do seu lado, foi e é considerado um erro e os poucos que andamos nessa "coisada" da Revolução fomos esconjurados pelo 24 de Abril e o 25 Novembro, situação que pouco se tem alterado, basta estar atento para o constatar, mas o Futuro poderá também não passar pelos que tentam ocupar lugares de visibilidade na Polis, talvez o Futuro, nasça das entranhas dos excluídos.

No Cristo- Rei a artilharia de Vendas Novas era o único Anjo protector da Força do Salgueiro Maia contra qualquer fogachada de qualquer fragata da marinha, o que, esteve para acontecer com a fragata Gago Coutinho, que só deixou de ser ameaça, pela tomada do navio pelo seu imediato - o meu camarada Caldeira Santos. Se tivesses havido algum disparo, a fragata só poderia ser eficazmente batida pelo fogo de artilharia. Vindo a morte do mar para terra, o povo em nada poderia socorrer com os seus corpos a força do Salgueiro Maia. Se aquela fragata tivesse disparado, o que lhe era mais fácil de fazer do que aos carros de combate de cavalaria 7 (os Carros de combate por estarem na rua do arsenal tinham mais fragilidades do que o navio de guerra, que pairando no Tejo complicava o tiro contra si, e podia sair sem nenhuma dificuldade da zona de combate, e o mesmo não acontecia com os Carros de combate, ao que acresce que o combate destes com as forças de Salgueiro Maia era matarem-se num frente a frente, algo, muito complicado que levou a que o brigadeiro Junqueira dos Reis fosse desrespeitado na sua ordem de fogo contra Salgueiro Maia) a Escola Prática de Artilharia, a Escola Prática de Cavalaria e as Forças de Cavalaria 7 teriam iniciado um trágico acontecimento com imenso sangue de que hoje se falaria e sentiria de um modo totalmente diverso este presente calmo, sereno, mas também de muito lodo (o meu camarada comandante Serafim Silveira, sente e reconhece esta realidade de parte inteira.. quiçá um dia se falará do que é menos evidente e merece mais cuidada análise, mais empenhamento cognitivo etc.)

Ainda libertamos no Forte da Trafaria os presos do 16 de Março que logo que chegaram ao Cristo-Rei, inesperadamente, pediram uma escolta que os transportasse ao Regimento Engenharia da Pontinha para formarem governo... coisas...

Vencidas todas estas difíceis batalhas de gloriosa Vitória e baixos custos, regressamos, em apoteose, a Vendas Novas. Contudo podia não ter sido assim. E se assim não tivesse acontecido, nós vínhamos dispostos para o sacrifício total. No caso de fracasso alguns tenentes tomariam o comando desta força e bombardearíamos a siderurgia nacional. Um dos objectivos também pré-programados era a base aérea de Monsanto, para onde Marcelo foi no 16 de Março. Em Abril escolheu o Carmo.

Como nota interessante é o quase total desinteresse por Américo Tomás, apesar de ser o comandante Supremo das Forças Armadas, como estas revoltaram-se ficou o outro Exército de pé, comandado pelo governo - a GNR, situação que não se alterou e permitiu a Barroso envolver essas forças militares- que o são no exterior, na guerra do Iraque de Bush, Blair, Aznar e Barroso, realidade que todos já se esqueceram... coisas.
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Depois houve uma Revolução no Alentejo e nada dessa coisa ridícula de PREC. Não houve sangue, nem grandes desmandos, houve alguns actos que tinham de ser corrigidos, disse-o em 1975, em Cabeção e em 1976, em trabalho que fiz, pós 25 Novembro 75, sobre todas as Reformas Agrárias do Mundo por determinação do general Eanes - a RA israelita era muito interessante. Todavia a reforma agrária no Alentejo em termos modernos e a regionalização eram e são imperativas, e mais o serão se vier a acontecer no curto ou médio prazo a implosão do euro, ou a nossa fatal saída deste clube, como defende, entre outros, Ferreira do Amaral. O quadro que traça, de um modo pouco emocional e muito racional, o que me preocupa, é que, para evitar um inferno de Dante... se sairmos amanhã, já será tarde. Nem compreendo que ele e outros, como Jorge Bateira não entrem em profunda convulsão pessoal e social se acreditam convictamente que a catástrofe é o euro e um desastre total, letal, para Portugal é não sairmos já, porque na zona do euro tudo está blindado, e nada nos defende da morte anunciada. Que angústia!

E, aqui chegados, estamos neste 25 de Abril 2016, com as suas semelhanças à nossa prevista derrota na Guiné em 73, se, de lá, não saíssemos tão depressa. Agora, as ameaças contra nós são: o euro, a nossa perda de independência, a corrupção e o imobilismo do estado de direito, o desemprego, a urbização, segundo o modelo chinês, do trabalho, logo, do todo de Abril o que resta?
Somente algumas sobras em termos de liberdade, emprego, dignidade e mesmo civilização, neste caso, como as discussões em torno da questão do colégio militar deram para entender: de um lado uns não se coibiram de rotular de vergonhosa ou homofóbica a reacção de alguns militares a que chamaram a espuma dos reformados, do outro, foi a acusação de gay, lobis etc, e no meio desta guerra as crianças e/ou adolescentes ficaram rotuladas e sobre o que fazer sobre a matéria, em si, nada. Sugeri e sugiro que retomem os protocolos iniciados pelo Centro de Psicologia Aplicada do Exército em 1995, com Instituto Pupilos do Exército, mas que entendimento darão?


Também é espantoso que um ministro caia por causa de um confronto de jogo de palavras no facebook com um cronista que faz o que quer e lhe apetece, desrespeitando todos e tudo. Pulido Valente é também um dono disto tudo, porque carga de água! Do senhor Seabra nada sei. Mas que muitos praticam uma vida boemia indecorosa, como João Soares sugere, é um facto, e, logo, valem o quê, como críticos? Nem me revejo em nada em João Soares, nem sei se é culto, ou se valeria alguma coisa como ministro, porém, ser demitido por ter enfrentado alguns pigmeus no terreno deles o da má-criação, não me parece ser motivo pertinente, impertinente, sim.

Concluindo da alegria e vigor do 25 de Abril 74 vejo que resta: muita contabilidade oportunista de militantes e gestores da coisa pública que fazem osmoses com o privado no seu interesse; uma alienação grave do povo-plebeu; umas sopas de pobres por aí; desempregados e emprego, tipo urbização, em alta para anularem a dignidade de cidadão, e, se tudo isto funcionar convergentemente Portugal está perante o Euro, como em 1973, na Guiné, estávamos perante o PAIGC- DERROTADOS COMO POVO.

Então, surgiu a resposta - o 25 de Abril 74, feito pela juventude militar, feito por nós e que mereceu a adesão de parte significativa do povo, naturalmente que também traz na sua matriz todas as lutas anteriores,nomeadamente as militares, mas não é um apêndice fatal e insignificante das lutas anti-fascistas, como alguns, por um processo de dissonância cognitiva e,ou mentira obtusa querem fazer crer, e, se estamos numa encruzilhada maior da nossa história, então, será bom não esquecer que o 25 de Abril 74 foi CORAGEM, DETERMINAÇÃO, SONHO, GENEROSIDADE de uma juventude militar que deu o sinal que era a hora para Portugal Renascer, e parte significativa do povo ouviu muito bem esse sinal.

Pouco sei, quem muito sabe são os que os Deuses e o dinheiro promovem, mas há numa coisa que sei, pode morrer ou empobrecer muito povo, mas o residual, o sobrevivente, mesmo que dramática e tragicamente, um dia, traçará o limite vermelho, e encontrará o seu grão-capitão general, para o conduzir ao Futuro. Assim deveria ter acontecido na última eleição presidencial, gritei-o em 31 de Janeiro 2015, os ouvidos moucos nada ouviram e muito bem.... mas.... Também sei que os mercados, os donos da Europa, não querem ultrapassar o risco, nas contas deles, desde que 33% da população os apoie,podem encostar os outros 2/3 à parede: a peste grisalha e os trabalhadores precários. Logo a roleta russa está a funcionar e, assim, PORTUGAL, OS PORTUGUESES PRECISAM MENOS DE BUROCRATAS E BEM MAIS DE SÁBIOS e CIDADÃOS VALOROSOS, o mais é pó que os fascismos criam e reproduzem.

E, deste modo, nesta realidade concreta e de ameaça, mais que este doente Abril Sempre, é preciso que Abril, Portugal Alvoreçam, Renasçam, se não o fizermos qual será o Futuro da nossa gente que são os nossos filhos, netos, parentes amigos e nós mesmos, os 6.666.666 de portugueses sob ameaça de perda da cidadania, para passarem a gente supérflua, logo sem direitos? ... coisas...

Portugal!

Por Abril, com o povo-plebeu:

ALVOROÇAR PORTUGAL, PARA ALVORECER DE NOVO A DEMOCRACIA, A DIGNIDADE, O DESENVOLVIMENTO.


Andrade da Silva, Tenente em Abril 74.


ALMADA 74


domingo, 24 de abril de 2016

JURAMENTO NA REVOLUÇÃO DE ABRIL.




DEIXEI DE ME PERTENCER PARA SER UM NO TODO, DOS ALENTEJANOS e do POVO.

JURAMENTO:

OH COBARDES, RENDIDOS, EUNUCOS E MERCENÁRIOS E VÓS OUTROS OH FASCISTAS EU JUREI!
...


Caro Amigo  ~ J Eduardo Brissos.

Muito, muito, muito obrigado sabia que o tinha dito (8 agosto 1975) da Varanda do QG /Évora, quando Pezarat Correia às ordens dos agrários me quis correr de Évora e o Povo o impediu . Mas não tinha o corpo de delito. Sabia que tinha sido publicado no século. Ágora recebo de si o recorte da noticia

E foi exactamente assim. Confesso que me dói o acto miserável dos cobardes e traidores. Enleva-me o acto heroico do Povo, e, por isto, o meu lugar sempre foi e será um : ao lado do povo.

Nesta altura fui alertado pelo meu camarada Major Gil que se eu não abandonasse o meu compromisso na aliança POVO-MFA com o povo, que eles, os nove, onde ele estava, embora sem grande convicção, iam dar cabo de mim, sem dó, nem piedade, puro ódio.

Respondi-.lhe: sei isso muito bem, mas em nome do MFA vou cumprir o NOSSO compromisso com o POVO até ao último instante, e, assim foi , só em 27 de Novembro 75, Pezarat Correia, acusando-me de apoiar as ocupações selvagens dos trabalhadores correu-me, deu-me 30 minutos para sair, e depois de rotulado de comunista,fui mandado para a Madeira, em 23 Março 76, para a FLAMA dar cabo de mim. Em 18 de Abril 76 ia sendo morto, defendi-me e fui preso às ordens do tribunal Militar pós-plenário por 2 anos.

Mas, ainda hoje dizia dos agrários, embora não merecesse porque também os defendi ,  deles esperava tudo, eram na sua maioria fascistas e não mudaram, agora, de outros dirigentes que, em contramão com o povo, me abandonaram NÃO, NÃO e NÃO nunca esperei tanta indignidade, desinteresse e ignomínia, e porquê?

Porque a maioria dos Alentejanos me acompanhavam e eu a eles.?

EIS A PROVA, as verdades vão sempre surgindo.

Palavras em alinhamento com os actos, o que valem, neste Portugal?

Um grande abraço ao Heroico Povo.

Andrade da silva

sábado, 23 de abril de 2016

05 - POEMÁRIO * Teus olhos de mar





O feitiço contigo levaste!

Eram verdes teus olhos de mar!...

Meu amor, por que só me deixaste,

se contigo, nos céus que buscaste,

tanto e tanto eu queria voar!



Naufraguei nos teus olhos de mar

e bendisse a fatal perdição!

Meu perder foi em ti encontrar

não o mito do cais por achar,

mas a graça do teu coração.



Meu amor, que chorando bendigo,

por que não me levaste contigo?





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 22 de Abril de 2016.
.
Da colectânea em preparação «...e contigo eu morri nesse dia!»

quarta-feira, 20 de abril de 2016

MARGARIDAS -INVENCÍVEIS!

 

BOM-DIA!


                               EI-LAS!




terça-feira, 19 de abril de 2016

A EPOPEIA DO POVO CONTADA POR ELE MESMO

Não direi  nunca as palavras falsas, nem porei as flores que arrastam adeptos, não farei as coisas virais, aqui, falarei sempre do que mais importa à continuação de Portugal e de Abril.
O resto fica com os distraídos até à derrota TOTAL

ASSIM ACONTECEU:



segunda-feira, 18 de abril de 2016

18 ABRIL 1976, PORQUE ME QUISERAM MATAR? 40 ANOS PASSADOS QUAL A RESPOSTA? (QUESTIONO).


Em Portugal é o que se vê - quase todos os que têm um comportamento longe do comércio político e dos bunkers dos ditadores foram ASSASSINADOS CIVILMENTE, como na África do Sul dos Botas etc. e, deste modo, somos e seremos escravos, como, por aqui, dizia Humberto Delgado, logo mal amado por quase todos, e, assim, foi entregue, na minha opinião, à PIDE por todos para SER MATADO, o que, os assassinos e os cúmplices encobrem .


E não terá sido o mesmo, que quase todos, tentaram comigo em 1976 ao me mandarem para a Madeira, depois de me rotularem de comunista?

Quem evitou, que viesse a ser um cordeiro pascal, prevendo o que me esperava, foi o meu camarada Capitão Dinis de Almeida que me forneceu um meio de defesa para não me deixar matar, como ia acontecendo em 18 de Abril de 1976, (Páscoa) depois de ter sido ameaçado pelo suposto chefe dos bombistas, em 27 de Março de 1976, do que dei conhecimento por escrito ao Governador Militar, Brigadeiro Carlos Azeredo, que me disse nada poder fazer, e que me defendesse, como pudesse, depois ele daria todo o seu apoio, o que, cumpriu, exactamente, deixou-me prender. Foi há 40 anos, para alguns uma eternidade, mas para mim, ainda, é um hoje, claro.

Não me deixei matar pelo Gang diabo à solta que me cercou para me linchar, eram mais de uma dúzia, o guarda da PSP Viveiros, fala de 20 e identificou 8 ( Óscar Vasconcelos, João Ornelas, António Nelson, Carlos Moreira( o moreira) João Fernandes (o milão) Carlos Nascimento, Daniel Orlando, José Rodrigues), mas um tribunal pós-plenário condenou-me a 20 meses de prisão contra toda a verdade e prova produzida, publicada e noticiada nos jornais por Duran Clemente e Manuel Geraldo, este, no Diário de Lisboa, progressista. O MRRP e a extrema direita noticiou o facto cantando vitória- um social-fascista, como me apresentavam , preso era para eles uma Vitória e, uma vez mais, alguns dos meus camaradas militares heroicos e de povo lutaram ao meu lado, mas os mandantes, moita carrasco, calados que nem mudos.

Que GANDES DEMOCRATAS E DIRIGENTES DA POLITICA SOLIDÁRIA E REVOLUCIONÁRIA DE ABRIL!

O meu abraço ao povo amigo e aos meus heroicos camaradas que me defenderam e acompanharam, entre outros ,os capitães de Abril e povo de Abril: Ferreira de Sousa, Duran Clemente, Carlos Fabião, Otelo, Vasco Gonçalves, Sales Golias, Custódio Pereira, Oliveira e Cruz, Sargento Pina, Lameirinhas, Sargento Guy, Miranda, Pinto Soares. Matos Serra, Vermelho, Cte Andrade, Zeca Afonso e sua Mulher, a Adelaide mulher do Ferreira de Sousa, Drs Goucha Soares e Xencora Camotim, Dinis Almeida; João Crisóstomo, Carlos Sitima, Luís Sequeira, Torres, Matos Borges, Carlos Mellon, Inocêncio, ti Pedro, Brissos de Carvalho, Mario Tomé, Almeida Contreiras, Adelino da Silva, Artilio Baptista , Gusmão Nogueira. Major Rapola, Barbosa Pereira, a Joaquina e muitos alentejanos das cooperativas, nomeadamente da Andrade da Silva, (Montemor-o-Novo)etc. Por vós e  convosco sempre aqui estarei.

E, por isto, havia de passar o 25 de Abril 76 , o meu sexto dia de prisão, no forte da Trafaria.

Todavia, apesar da prisão, valeu a pena não me ter deixado matar. Venceu a Liberdade, a Justiça.

Estou vivo, sou pai. Eles, os tiranos, os malditos opressores , os criminosos do Gang o Diabo à Solta e os bombistas da FLAMA perderam


ABRAÇO-VOS!

andrade da silva

PS:
E os cínicos de sempre choram lágrimas de crocodilo pelos 400 refugiados que se afogaram no Mediterrâneo, não sei para onde pode ir tanta gente, julgo que os EUA e  a ONU têm de intervir. Todavia se reforçarem os meios de salvamento,  com aviões e de vigilância (drones, satélites) dos mares, menos gente morrerá, mas não será mesmo que querem que morra cada vez mais gente a ver se assustam os que fogem a uma morte lenta? Não será mesmo que de um ou outro modo executam as pessoas. O caso que narro diz-me algo de muito estranho, e outros casos de que se fala em que alguns morreram, mesmo. Coisas que queimam.....logo esquecidas... pois egrégios encobridores, não convém:  lá viria o tacho, ou tachinho.. pois... a gamela dos poderes dá sempre jeito.




PRESO E BEM ESCOLTADO O CAPITÂO CEBOLAS DA PE AINDA LEVAVA ILEGALMENTE UMA CARABINA PARA CAÇA GROSSA: O PORTUGAL DELES,SEMPRE!

domingo, 17 de abril de 2016

UMA LÁGRIMA

Uma lágrima pelos  que sofrem e morreram nas barras Portuguesas e no Equador, Japão, no Mundo.

Uma Lágrima!




EURO - E DEPOIS DO EURO? ?????

Em 25 de Abril 74, a senha foi a canção de Paulo de Carvalho- E DEPOIS DO ADEUS!

E o agora, a Catástrofe!...


E que Futuro????

Caminhos, Coragem, determinação??????.....

PORTUGAL ?????

Estivemos lá, ouvindo, pensando, reagindo... questionando...

Com os meus camaradas do MFA : Coronel Rosado da Luz - oficial de ligação entre o Salgueiro Maia no Largo do Carmo e o posto de comando da Pontinha, em 25 de Abril 74; o General Luís Sequeira

PORTUGAL! PORTUGUESES!

E DEPOIS DO EURO.... E DEPOIS DO ADEUS!.....




Foto de Abril, Hoje.



















sábado, 16 de abril de 2016

POR PORTUGAL PRESENTE!
















Se Portugal continuar no euro, então vai perder o controlo da banca, antevê o economista Ferreira do Amaral.
rtp.pt|De RTP, Rádio e Televisão de Portugal - Frederico Pinheiro - Antena 1



Como disse ontem nesta  conferência sobre PÒS-EURO  conclui-se que TUDO dentro do euro está blindado, não há nenhuma capacidade de manobra.

Concordo com a premissa de que euro é A CATÁSTROFE, todavia, é preciso operacionalizar bem a alternativa.
...
Também penso que temos de preparar a saída do euro, só que falta apresentarem um trabalho de fundo que dê a certeza de que o futuro não seria ainda mais trágico do que o presente, e não falo por mim, porque prefiro MORRER DE PÉ como português, do que de cócoras perante a Alemanha e os mercados financeiros, mas nós somos 10 milhões.

Pela Independência Nacional Lutemos. De pé!

Andrade da Silva coronel psicólogo (tenente em 25 de Abril 74) situação militar de reforma

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Cópia do Comentário do meu camarada  Comandante António Moura:

Concordo: é urgente a apresentação desse trabalho de fundo, que coloque em confronto as várias alternativas, e as respectivas consequências expectáveis a curto e a médio prazos, para podermos debatê-las com clareza, transparência, e firmeza, e escolhermos o caminho a seguir. No entanto, há, entre muitos outros, um "SE" enorme: a "comunicação" social que temos (e não é só cá...) está dominada ("domesticada") pelo "outro lado". É necessário, do nosso lado, falarmos uns com os outros, se necessário for com "montes" de dicionários abertos para nos podermos entender, e "descobrir", por exemplo, que se nos apoiamos nos mesmos Valores e Princípios para fazermos as nossas escolhas, caminhos diferentes que possamos escolher não são caminhos divergentes. E que bem que "o outro lado" usa estes nossos "qui pro quo" em seu favor!






UM NÃO AO COMPORTAMENTO DO DEPUTADO JOSÉ SOEIRO.


Sinto orgulho e honra por ter sido o militar que fui, em todas as circunstâncias, ao serviço de Portugal e   dos portugueses.



Nota: o Deputado José Soeiro, em declarações ao jornal I ,considerou vergonhosa a reacção dos militares ao caso Colégio Militar.


Sr. Deputado José Soeiro

A instituição Militar é vasta e plural, logo, alguns militares disseram uma coisa, outros disseram outra. quanto ao problema do Colégio militar que deveria ter sido resolvido de um outro modo com os meios humanos e técnicos que, como antigo psicólogo militar e chefe do gabinete de psicologia do Centro de Psicologia Aplicada do Exercito, desde 1995 , dotamos os Estabelecimentos Militares de Ensino, e, também, na actual circunstância sugeri outra metodologia de intervenção, e, obviamente, que o procedimento nunca deveria ser o apresentado e deve ser revisto.

Como vê sou militar e desde há muito que propus medidas e com outros procuramos dotar aqueles estabelecimentos de gabinetes de psicologia para prevenirem e agirem nas situações de crise.

Creio que na Instituição Militar temos em quantidade e qualidade suficiente mulheres e homens da mais elevada sapiência e moralidade, o que, geralmente se desconhece. Se o sr. deputado fosse competente e conhecedor desta matéria deveria questionar porque não se usam os meios disponíveis, o resto é enfermar de baixa inteligência social e fazer o jogo politico de sempre, uma tristeza próprio de um dado subdesenvolvimento intelectual, politico e moral, e mesmo civilizacional.

Como antigo psicólogo destes estabelecimentos sei que factos encontrei, e não creio que alguém mais do que nós queira e defenda o interesse de todos independente do seu sexo, orientação sexual, credo religioso, etnia etc, e para nós isto não é discurso é obrigação da deontologia militar, a que no caso de outros e no meu acresce o da psicologia, logo a justiça e a deontologia do deputado também o obriga a conhecer a realidade total sobre que se pronuncia, neste caso a militar, seja holístico, justo e sábio, claro se puder e disso for capaz, como é de sua estrita obrigação.

Aos meus camaradas militares já lhes disse o que penso, como antigo psicólogo militar com intervenção nestes estabelecimentos de 1995 a 2007,do que dei conhecimento ao sr. Ministro, e, também, tendo sido na área da avaliação psicológica o responsável técnico pelas selecções dos estabelecimentos, da Academia Militar e Escola de Sargentos nunca a variável orientação sexual foi motivo de exclusão, mas é evidente que a falta de maturidade sexual ou a falta de socialização para os comportamentos esperados no interior dos quartéis ou estabelecimentos tem de ser avaliada e corrigida, como em qualquer outra escola, ou empresa ao nível do nosso contexto civilizacional, e compreenda, sempre, que nunca uma pessoa sabe tudo, uma pessoa só do que mais sabe é da ignorância militante e diletante, logo, sobre a instituição militar procure saber mais, muito mais, enriquecerá o seu património de homem-humano.

E só para lhe ilustrar o interesse pelos estabelecimentos e direitos das crianças/adolescentes cheguei ao Centro Psicologia Aplicada do Exercito em 1993, em 1995 coordenei o lançamento do programa de apoio psicológico exactamente na aérea da disciplina, com o programa Disciplina Tranquila.

Com saudações de Abril

João António Andrade da Silva
militar de Abril. coronel artilheiro/ psicólogo sit. militar de reforma

sexta-feira, 15 de abril de 2016

QUE 25 DE ABRIL 74?






Hoje, no lançamento do livro sobre a descolonização da Guiné do meu camarada Jorge Sales Golias, foi posta a questão- que 25 de Abril em 74?

Qual foi o meu? Que destino? Que 25 de Abril realmente existiu? O que foi e é para muitos e para os que fizeram aquele 25 de Abril 74?

Logo, pelas 22h 55  da noite de 24 de Abril 74, parece que outros e eu fomos tomar a Escola Prática de Artilharia e viemos às 3h em ponto para o Pragal, alinhavamos do lado do Salgueiro Maia, contra a Fragata Gago Coutinho, depois nossa aliada pela acção do meu camarada Caldeira Santos e outros, porém isto e tudo o mais que fizemos não existiu, parece ficção.

Mas o que existiu ?

O conceito que uns que estavam a dormir ou outros desgraçada, cruel e miseravelmente presos tinham no seu corpo e na sua alma e depois começaram, por aí, a fazerem discursos e a venderem papel sobre o 25 de Abril real, o deles. O outro onde andei foi atirado para o cesto do lixo, mas os senhores do regime anterior e seus continuadores deram-nos cabe das vidas, pois para eles foi o 25 de Abril dos militares que derrubou ditadura, mas quem terá razão?

Para além de me lembrar que vim por aí abaixo, vi muito povo, que depois acompanhei noutra ficção para mim a da Reforma Agrária: uns dizem que a houve, mas foi outra onde não estive, mas também, aqui, o povo alentejano diz que estive, e os latifundiários na pessoa de Vacas de Carvalho também o testemunham e no livro que escreveu chama-me a Alma Negra da Reforma Agrária.

Como diz Golias de alguns daqueles gloriosos militares de 25 a 35 anos de idade, então, nada se sabe, uns poucos são muito badalados, outros resistem e dizem: estive lá. Mas isto seria assim se os tais capitães tivessem feito o 25 de Abril 74 do cravo na espingarda?

Parece que os que fizeram o 25 de Abril 74 de facto não fizeram, porque são apontados pelos inimigos dos portugueses e dos africanos como traidores à Pátria e pelos outros de cravo na lapela e Abril na boca são esquecidos e tratados como um mero apêndice da coisa.


Enfim para muitos de nós o 25 de ABRIL 74 só nos trouxe a vantagem de não cairmos numa guerra colonial sem sentido, e, ainda, no meu caso a amizade de alguns camaradas que estavam no lançamento do livro do Golias, ( Tomé, Duran Clemente, Faria Paulino, Begonha, Rosado etc) de outros como o Fabião (e a sua família, o seu filho esteve no lançamento deste livro, de que se fala do heroísmo de Carlos Fabião) Vasco Gonçalves, Queiroz de Azevedo, Cor Baptista do COPCON, Corvacho, Borrega e outros felizmente, ainda vivos, de pessoas do povo,( ti Pedro, e muita gente do Alentejo) algumas e alguns verdadeiros lutadores da Liberdade de que destaco as mulheres de Abril de Vendas Novas a Adelaide e a Amélia, mulheres dos Militares de Abril Capitão Ferreira de Sousa e Alferes Correia, e, ainda, a Maria Maurício, Maria José Gama, Sandra Queiroz, Graça Machado, Suzel Patrão, Clotilde, Ruth Moreira, entre outras, verdadeiras heroínas no dia a dia, e claro o meu filho, a sua mãe, a família dela, e outros amigos, como as e os militares e civis que comandei na guerra Companhias de Lumbala Velha, Cavungo, Mucaba e do Centro de Psicologia Aplicada do Exército, os que estiveram comigo nas vésperas do 25 de Abril até ao 25 Novembro 75,não esquecendo os presos na Trafaria, por causa do saneamento de Jaime Neves e que sentem um grande orgulho e amizade por ter sido um militar de abril, e não posso deixar de referir essa amizade maior dos que estão na Diáspora, estando longe, estão perto, o meu camarada Serafim Pinheiro e a poeta Marília e, finalmente, todos os com quem por tertúlias, por aqui e além me encontro nos caminhos de Abril - Esta é a minha herança de Abril, no que incluo a estreita liberdade de poder usar a internet para ter alguma voz, fora dela a tumba nos deram os poderosos, esta herança será pouca, será muita , a justa? Mas é enorme, grandiosa intrinsecamente.

Coisas...

Hoje, no lançamento do livro sobre a descolonização da Guiné do meu camarada Jorge Sales Golias foi posta esta questão que 25 de Abril em 74 ,quanto aos que o fizeram com o povo, o que tenho como o Glorioso 25 de Abril 74, o vero, que tem antecedentes, muitos, e depois, consequentes infinitos e que ferido, vilipendiado, raptado, prisioneiro resiste, mas... VENCERÁ?....


Coisas insondáveis, mas sempre de pé!


Abraços aos que não desistem

Andrade da silva

25 Abril será amanhã, mas tem um  passado.


Carlos Fabião, Coronel Sousa Teles

terça-feira, 12 de abril de 2016

A BELEZA..

AMIZADE FORÇA CÓSMICA DA VIDA!


Nota: Um texto escrito por José Augusto de Carvalho a dois seus amigos, o meu camarada Serafim Pinheiro e a mim, perante a força e a beleza do mesmo pedimos ao José Augusto para o partilharmos com toda a Humanidade possível com o que concordou... Ei-lo:

Estimados Amigos:

A fraternidade que nos une deriva da comunhão de valores inalienáveis e imperecíveis que assumidamente partilhamos. Neste Inverno, estação de gestação, aguardamos pelo renovo da Primavera. Se não chegarmos à Primavera, os que lá chegarem saberão que lutámos por ela e que só circunstâncias ponderosas nos impediram de ver florescer a nossa Pátria. Tal como o camponês que disse ao sultão surpreso por vê-lo plantar uma árvore de fruto: sei que não comerei os frutos, mas os meus filhos e os meus netos deliciar-se-ão com eles.

Quanto ao inferno, é figura mítica que alguns constroem e nele padecem os demais. Haverá que cortar o mal pela raiz: se anularmos os construtores infernais, não haverá mais inferno.

Dizemos aqui no Alentejo que «só todos juntos sabemos tudo». Por isso nos comunicamos, por isso dialogamos, por isso encontramos ou tentamos encontrar caminhos alternativos aos caminhos que vão dar aos infernos.

A tristeza da perda dos entes queridos é um calvário que todos teremos de percorrer. É da nossa condição perecível. A resignação e a metafísica são os bálsamos possíveis.

Abraços de fraternidade.
Até sempre!
José-Augusto

domingo, 10 de abril de 2016

OFFSHORES CORRUPÇÃO: TUDO NORMALISSIMO, POR CÁ...






Sejamos muito felizes para todo o sempre. Vamos - muito, muito, bem!

Grande felicidade e democracia a nossa e a dos outros também! O Mundo actual é ISTO: LODO,ESTRUME.

Vivam todos!

Não há-de ser nada, nunca é nada, para quem um dia chegou à India, e tem todos estes partidos e dirigentes que tem.....Ah mas edição do expresso deste fim de semana, em muitas bancas, esgotou-se,  pudera!..... Todavia os milhares de corruptos na politica, autarquias etc que nos impedem de ter um desenvolvimento idêntico ao da Suécia não fazem parte da lista de dinheiros legais em fuga...etc etc.

Em contramão, ontem, estive numa escola, onde, um rapaz de 14,15 anos sabia quase tudo para contraditar todas as supostas virtudes da democracia e do 25 de Abril, com as míticas certezas da grandeza das virtudes de Salazar: HONESTIDADE; ORDEM; CONTAS CERTAS, NÃO PARTICIPAÇÃO NA 2ª GUERRA MUNDIAL, RESERVAS DE OURO etc.

VIVAM TODOS OS GRANDES COBREESRUTORES DE PORTUGAL: OS ENCOBERTOS!



VIVAM!

andrade da silva

PS: Não percam, questão de bom gosto, arte, bom humor e cultura, na minha opinião, os cadernos sobre heróis de Portugal no CM às sextas ,sábados e domingos, a partir de 9 de Abril: partilho a informação.




            

                                                  Enfim é Domingo e chove.......

quinta-feira, 7 de abril de 2016

SOLDADO DA PÁTRIA QUE FAZER COM TANTA HONRA, PATRIOTISMO E EXPERIÊNCIA?





Temos, como antigos combatentes e soldados da Pátria, de pegar, reunir, organizar toda a nossa rica história e experiência, e, muito para além de meras memórias , temos de pensar como todo este património pode ser útil para Portugal. Não o faremos com 10, 20,30 organizações de combatentes, isto, servirá somente a alguns, logo que se faça um grande ESFORÇO PARA A CONVERGÊNCIA NA CIDADANIA DE TODOS NÒS, o que vai muito para além do estatuto de Deficiente das Forças Armadas (DFA).

Não somos todos DFA, mas somos Portugueses e combatentes. Temos pelos nossos camaradas DFA o maior respeito, mas PORTUGAL precisa de um claro contributo cidadão de todos nós.

O Movimento Cívico de Combatentes como é referido por alguns camaradas terá esta intenção, por isto, deverá ser mais divulgado: onde o encontrar, que faz e o que pretende fazer para sermos ao nível da cidadania um só corpo, uma só voz, que ,como num corpo, resulte da cooperação de muitos órgãos , átomos e moléculas e a voz seja a soma e a multiplicação de todas as nossas, ao serviço de Portugal, dos portugueses , em cujo seio,  estão os nossos filhos, netos, parentes e para alguns ainda os pais, e nós mesmos?

POR PORTUGAL PRESENTE!

andrade da silva

terça-feira, 5 de abril de 2016

SALGUEIRO MAIA PRESENTE!



Nota;
                                                   SALGUEIRO MAIA

Associo-me à homenagem a Salgueiro Maia, que partilho.

Em 1973,  a partir de Setembro, conspirei na casa do Salgueiro Maia.na equipa de ligação Escola Prática de artilharia, Vendas Novas, unidade designada tipo A, forte,  com a missão especifica de mudar o rumo da guerra de África e a politica interna. Foi uma experiência deslumbrante para quem como eu tinha então 25 anos.


Considero que Salgueiro Maia, o, então, Tenente Assunção, por terem enfrentado os carros de combate de cavalaria 7 e o Alf. Sotto Mayor e o cabo apontador José Costa( em 2011 o seu nome não era conhecido)  por não terem disparado sobre o Salgueiro Maia, os heróis individuais deste dia, muitos outros tomaram decisões muito difíceis, nomeadamente o assalto aos gabinetes dos comandantes que podiam estar armados, suspeitava-se até que estivessem, mas aí seria uma coisa mano a mano, o primeiro a disparar seria salvo, agora, contra uma bizarra de ferro pouco se pode.

Como Salgueiro Maia quase nenhum de nós ganhou o quer que seja, pagamos, sim, cara essa ousadia, fomos considerados como párias pelos burgueses da direita, pelos fascistas que venceram a democracia; para os dirigentes de esquerda somos figuras de retórica que dá jeito referir como capitães de Abril; na instituição militar tivemos processos atrás de processos, prisões e preterições nas promoções, poucos beneficiaram e estes filiaram-se ou tornaram-se muito, muito, simpatizantes dos partidos, os outros foram lançados aos leões.

Mas de tudo restou e sempre se manteve o amor do povo simples, e dos que sofreram na pele as agruras do fascismo e que sabem bem que sem o 25 de Abril, NINGUÉM, MESMO NINGUÉM pode garantir, como o regime ia evoluir, dado que em 73 a ANP, Marcelo Caetano, Rui Patrício e Américo Tomás declaravam a força e a perenidade do regime, como claramente o provam os editoriais do jornal do comércio de 1970-73.

abraço de alvorada

andrade da silva



Cabo José Alves Costa