quarta-feira, 25 de maio de 2011

CAOS POLÍTICO. MAS CAOS, CONTRA CAOS, SERÁ NOVO DIA, OU MAIS CAOS? por Andrade da Silva

CAOS POLÍTICO. MAS CAOS, CONTRA CAOS, SERÁ NOVO
DIA, OU MAIS CAOS?


O Mundo político é um caos, mas quem não se orientar
minimamente, e pensar que os políticos saem todos ao
mesmo tempo da governação, como se o governo de um
país fosse o mesmo que a junta de freguesia de Benfica,
ou mesmo que um país pequeno, como Portugal, de 10
milhões, é da mesma natureza que a Islândia que tem 200
e tal mil habitantes, tantos como a concelho da Amadora,
pode juntar mais caos ao caos.

É mais importante agir sobre o micro meio, do que sobre o

caos. Começar a construir a casa pelo telhado pode ser um
dos impossíveis, possível, mas, por ora, duvidoso.

Agora, dar alguma ordem humana à completa fúria de
um pensamento que quer destruir sem saber o que fazer
com as cinzas, ou ao egoísmo inumano que nos está a
conduzir para uma sociedade sem direitos como a chinesa
(um modelo de referência para os capitalistas que para lá
se deslocaram, pelo horário de trabalho 24h+1 por dia,
ganhando-se nas grandes empresas capitalistas (volvo
etc.) 100€/mês, morrer cedo, comer uma cabeça de pato
na vida, no dia em que se é importante, nos demais uma
tacinha de arroz e uma viagem em porta-contendores até
Angola, aqui, viver em contendores etc. etc…. dá para ver
o grande estilo) pode ser possível, e mudar, de algum
modo, o rumo á história, criando-se efectivos laços de
solidariedade com fundos e mesmo postos de trabalho.
Numa palavra, mais acções, mais mãos a trabalharem e
pernas a mexerem-se e menos discursos.

Porque não nascem dos acampamentos de jovens novas
formas de organização social, porque não constroem um
modelo de micro sociedade de inter apoio e ajuda, e ficam à
espera que um raio elimine toda a classe politica, ou outros
que sabendo que o poder se vai manter, não organizam
novo tipo de micro sociedade, onde, se possa garantir a
liberdade com suporte na dignidade?

Mas porquê, só discursos e esperar que o tempo se escoe?

Porque não criar no concreto novas formas de organização
social e fraternal entre os acampados e entre as gentes que
querem que o sol nasça para todos?

Apesar da maldição que cobre tudo o que não é slogan
populacho e repetitivo, ou seja, dizer as mesmos coisas,

que outros, sempre os mesmos, dizem, continuo a defender
a criação quer a nível local, quer nacional de fundos de
solidariedade social, para promoção e defesa da dignidade
humana e de emprego na economia social, em caso de
desemprego ou doença que o tal estado social não cubra, e
que, cada vez mais, vai cobrir menos.

Isto, é uma emergência, dentro de 5, 10 anos o aperto
pode ser mesmo terrível, se não for para todos, poderá ser
significativo para as pessoas com mais de 45/50 anos de
idade, quer os pensionistas ( tal injecção atrás das orelhas,
quem agora as vai dar? ) quer os desempregados com a
eventual flexibilização do desemprego. Vamos assistir
à renovação da população activa, até com o argumento
tecnicamente, muitas vezes, válido de inadequação ao posto
de trabalho dos mais velhos.

Mas quem está seguro que passe à frente, quem não está
que se junte a outro, e outro, e outro, e outro , e outro,
e outro, e outro, e outro, e outro, e outro….e outro … e
outro.., e façam alguma coisa no concreto, e em conjunto.

O discurso politico e ideológico e as manifestações não vão
chegar, e nas revoluções morre-se, e, agora, já não será a
tropa a fazer, pelo menos, em termos democráticos.

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