quarta-feira, 27 de agosto de 2008

13 - REFLEXÕES DE G.F. * Ser ou não-ser?


LIBERDADE E CIDADANIA!
Aqui debate-se Política, Sociedade, Cultura, Ciência e Conhecimento, no respeito de todos por todos. Democrática e Livremente. É CIDADANIA.


É esta a proposta! É este e desafio! É este o compromisso!

Ensina-nos a dignidade humana que a prática quotidiana mede-se pela exigência que cada um de nós se impõe de ser livre numa cidade livre; e desta decorre estoutra exigência -- a de ser cidadão entre cidadãos.

Ser livre é o objectivo maior do Homem.

Uma sociedade livre constrói-se.

Desde as penumbras dos Tempos até Hoje, a luta do Homem pela Liberdade é uma caminhada dolorosa e uma luta fratricida. Aprendi, há muitos anos, esta sentença lapidar: nenhum homem é livre enquanto oprimir outro homem.

Na noite fascista, os mais ousados e despojados entregaram-se à perigosa e árdua tarefa de desmascarar a mentira e a hipocrisia. Lutaram e sofreram por um povo algemado, amordaçado e vilipendiado. E despertaram consciências.
A Revolução dos Cravos foi o florir das consciências até nos canos das espingardas. O povo armado, expressão feliz com que se designava, à época, o Portugal-Militar, abriu ao Portugal-Civil um horizonte de esperança e de libertação.
As correntes de opinião cívica surgiram, num verbo inflamado, ao sol da libertação. Apeados do palanque da infâmia, o medo e a censura transformaram-se num pesadelo do passado. Agora, o futuro estava à nossa espera!

Falando dos nossos dias, abstenho-me de transcrever aqui as tais palavras inflamadas que ouvimos e lemos e que despertaram no povo-país um sentimento de fraternidade singular.
Muitos dos que as proferiram e muitos dos que as escreveram ainda vivem; uns amargurados com o que vêem; outros convertidos à realidade que vivemos, ágeis e hábeis nas acrobacias «democráticas» do momento.

Não pertenci nem pertenço a vanguardas bem-pensantes, das muitas que, como a História regista, tentaram e tentam resolver, entre os copos de uísque, os problemas dos pobrezinhos. E tentarão, é claro, se os «seus» pobrezinhos lho permitirem…

A nostalgia do passado fascista, que se ouve por aí, revela não só o desencanto, mas, pior ainda, a ausência de perspectivas. E deste desencanto será ou não legítimo concluir que esta «democracia» está esgotada e que com estes «democratas» o povo-país está condenado à tal «apagada e vil tristeza» de que falava, no distante século XVI, o nosso Poeta Maior?

Até sempre!
Gabriel de Fochem

1 comentário:

andrade da silva disse...

Caro José Augusto

Não pertenço também a nenhum grupo de bem-pensantes que sabem tudo, eu sei que sei muito pouco e que nunca deixarei de saber pouco, todavia penso que há balas fatais apontadas ao coração e à alma da democracia Portuguesa, delas falarei amanhã ou depois.Falaremos.
abraço
asilva