terça-feira, 9 de setembro de 2008

PORTUGAL LIBERTA-TE DO PÂNTANO


A Sra. Dra. Ferreira Leite, porque já esteve na Governança, sabe bem o que por lá se tem feito desde sempre, com algum recuo pós 25 de Abril, mas que foi logo recuperado com a máxima virulência, após o que, foi chamado como o retorno à normalidade democrática, o golpe do 25 de Novembro 75. Desde esta gloriosa data tudo tem piorado, sem que os obreiros desse auspicioso regresso assumam as suas responsabilidades históricas, e antes calem-se e administrem os seus interesses.

De facto o País precisava de se libertar em 1ºlugar de todos os maus políticos que abundam em todos os partidos e na Governança.

É, como diz a líder do PSD, falando de matéria que bem conhece, imperativo lutar contra a corrupção, o amiguismo, o tráfico de influências, o sectarismo partidário, a limitação das liberdades e a claustrofobia democrática e cultural, o ódio ao mérito e à liberdade de pensamento, o enriquecimento ilícito, a pauperização da classe média, os 500mil desempregados, outros tantos subempregados, o 1,7 milhões de salários de miséria, abaixo de 600€, as pensões de vergonha de 200€ dadas aos idosos que gastam em remédios contra a doença de Alzheimer (DA) mais de 100€ mês ( cada frasquinho de AXURA custa 99€, o doente paga 45€, consome 2,5 fracos/mês, com resultados próximos do 0, conheço a situação muito bem, porque afecta a minha mãe).

Tudo isto e muito mais que conhecemos, mas que é bom enumerar, a que se junta a violência doméstica e o bandidismo impune, são os malefícios das más politicas que os dois partidos do Centrão (PS e PSD) têm praticado de igual modo e com igual sanha contra as liberdades, os mais desfavorecidos e a classe média, e empenho no favorecimento ilícito dos que têm enriquecido nos últimos 30 anos, de um modo vergonhoso e inaceitável.

O libelo está correcto e vale como uma confissão, só que quem é uma das responsáveis por este estado de coisas não pode ser juíza e muito menos LIBERTADORA.

Com esta LIBERTADORA MAIOR AINDA E MAIS PRECOCE SERÁ O FUNERAL DA DEMOCRACIA, PORQUE O PÂNTANO, DE QUE FALOU O ENG. GUTERRES, SE TORNARÁ TOTAL E IRREVERSÍVEL.

A LIBERTAÇÃO DE PORTUGAL PASSA EXACTAMENTE PELA MORTE DO ROTATIVISMO E PELA EXPULSÃO, COM O CONCURSO DA CIDADANIA E DA LIBERDADE, DOS MAUS POLÍTICOS.

EIS A QUESTÃO. A NÓS PORTUGUESES COMPETE RESOLVÊ-LA.

andrade da silva

PS: Afinal a actual líder do PSD tem estado noutra galáxia e nunca exerceu cargos de governação, foi, então, uma imagem de espelho sua que exerceu aqueles cargos, ou hoje é a sua imagem de espelho que é líder do PSD. Afinal neste jogo de espelhos quem é quem?

4 comentários:

Jerónimo Sardinha disse...

Caro Andrade da Silva,
A tua genica e a tua heroicidade é comovente e contagiante.
No entanto, permite-me dois ou três apontamentos:
-Todo este malbaratado pantano só foi possível porque tudo começou ao contrário. Não vale, hoje, a pena falar de nomes, nem de figuras, nem de intenções. Ambos sabemos que começou tudo às avessas.
Começou-se uma tentativa de regeneração, com gente criada em contaminação. Afastaram-se, com subtileza ou à força, os que poderiam dar um novo rumo ao país, ao povo, ao todo nacional, como deveria ser entendido e defendido.
Entregou-se o ouro e o estado a vilões vestidos de "cetim e brocado", com falinhas mansas e a boca cheia de uma democracia que não era a nossa nem a necessária.
Fez-se atavio das decisões mais elementares e necessárias, numa época que seria âncora para o futuro.
Vendemos o nosso orgulho, a nossa capacidade e quase o nosso ser a mercantis sem alma nem brio que só tinham como meta a sua ambição e a sua vaidade desmedidas. Permitiu-se que todos se servissem em vez de servir. Aplaudiram-se promessas, absolutamente vãs e sem intenção nem possibilidade de cumprimento, permitindo a continuidade do escapulário da Legião e da Pide, para que o povo, a massa anónima pudesse ser manobrada a bel-prazer de uma classe sem classe, sem ética, sem dignidade, sem carácter e sem vergonha.
-Criaram-se mais pobres, muito mais pobres, para se puderem arquitectar mais ricos. Fortunas sem origem e sem fundo. Modos ignóbeis e desonestos de vida foram sendo construidos, calma e ardilosamente, em nome de uma coisa chamada liberdade, que em boa verdade não existia. Não existe liberdade quando se vêm cerceadas todas as possibilidades evolutivas.
- Criou-se um caos de desonestidade, incompetência e lassidão concuspicente na educação, para impossibilitar o conhecimento e a evolução, armas absolutas para a luta dos tempos modernos, sem as quais qualquer forte fica fraco e facilmente manobrável.
- Criou-se um caos, calculado, medido, testado, evolutivo, na saúde, aliciando de forma ardilosa actores, que ao julgarem-se primeiras figuras, mais não concorriam que para coveiros do sistema, ao mesmo tempo que se enleavam a si mesmos na espantosa armadilha que ajudavam a tecer. Hoje ganham muitos milhares de euros, mas são tão vítimas como os necessitados, da hidra que alimentaram.
- Mais. Muito mais, haveria e há seguramente, a vir ao de cima. Toda a sociedade precisa de redenção e remissão. Talvez lá se chegue. No estado em que estamos, dúvido mas consinto.

- Aos que ousaram resistir, como no antigamente, foram sendo criados obstáculos, negações, ardis, boatos, descréditos, até os reduzir a massa manobrável e maleável a conveniente gosto. Quando mesmo assim se não conseguiu, abandonaram-se há indigência, ao ostracismo, ao desprezo.

Assim permitimos que se impusessem, da mesma forma que julgavamos ter expulsado os outros, no mesmo terreno e com as mesmas técnicas.

Ou se consegue um reviralho, civicamente apetente, com pessoas que compreendam o que está em causa, a sobrevivênvia colectiva, ou sossobraremos todos.
Não nos equivoquemos. O capital não tem bandeira, não tem cheiro, não tem pátria. Não tem respeito. Não tem dignidade.
Mas precisa da ralé para o servir docilmente e da classe média onde se encontra a inteligência, a arte e o empenho, para sobreviver.
A ralé faz sopa que mata a fome. O capital não sabe sequer o que é sopa. Se simplesmente o desprezar-mos, morrerá por si. Só é preciso personalidade, força, sabedoria e uma tenacidade de antes quebrar que torcer.

E não. Não será a anciã, com um passado crú e culposo, ora renegado, negado e aplaudido, que fará a diferença.
Tens razão. Como Cristo, só correndo com os vendilhões, os partidos, todos, na sua forma actual, da nossa casa da Democracia e da Cidadania, se conseguirá trazer ao caminho tão retorcida governação.
Ainda estaremos a tempo ?
Talvez.
Grande abraço e parabéns pelo desafronto e pela lucidez.
Estou contigo nesta luta, como desde há muito estive na e com a outra.

Jerónimo Sardinha

andrade da silva disse...

CARO JERÓNIMO

Agradeço a tua notável benevolência. Reconheço, como aliás o fizeram ao longo de 40 anos de profissão os que me comandaram, mas sobretudo as centenas que comandei oficais, sargentos e praças que, desde sempre, anónima ou com assinatura me avaliaram, de um modo muito honesto.

Falaram dos meus mais notáveis defeitos, mas também das minhas mais caracteristicas qualidades e uma destas era exactamente a dedicação às tarefas. Mas nesta àrea, como o tenho dito, tu ultrapassas-me em muito, e se pudesse como sabes determinava que descansasses aos fins-de- semana,porque o mereces.

Considero espantosa a tua capacidade de trabalho e os teus saberes, como sabes, e como todos os que me conhecem, sabem só o digo, porque acredito mesmo nisto. Não faço fretes, nem ao melhor amigo.

O teu comentário compõe mais o cenário, de facto penso que o que veio a acontecer e está a acontecer já estava no código genético do 25 de Abril, lá estva o gene da traição do 24 de Abril, do Marcelismo sem Marcelo e os marcodores deste gene têm nomes, são, desde logo, a linha spinolista e os seus leais que vão tomar o poder em 25 de Novembro de1975, através da sua aliança com os nove, com os quais está a extrema direita, o que é completamente nitido no xadrez militar, atraves da análise dos seus CEME, em que alguns são propagadores no meio militar e universitário da herança e património fascista, como é o caso do Gen. Cardoso, que desempenhou as funções de chefe dos serviços de informação da Repúblicsa, espantoso, sob o rotúlo da competência técnica.

Há tantos exemplos, em 1978 é gen e juiz do Supremo Tribunal Militar, o sr. gen Bastos Maachado que na Madeira, como Major e comandante da PSP aplicava a pena militar do rapar os cabelos às prostitutas, o que fez com grande à vontade até que aplicou a pena a quem não devia e foi afastado do Comando da PSP, mas este senhor é depois juiz do Supremo Tribunal militar, para entre outras coisas julgar os pides, mas também os militares de Abril que os herois do 25 de Novembro mandaram prender, os resultados só podia ser o que foram absolvição dos pides, condenação dos capitães de Abril.

Mas será que estes actos e quem os praticou não merecem denúncia? Julgo que não há traições sem traidores, como não há crimes sem criminosos.

Podemos não vencer esta luta, mas é dever travá-la.

Os traidores usam de todos os meios para vingarem os que se opoõe à traição e à vileza, eles nunca desistem, porque da negação das outras verdades depende a sua sobrevivência.
abraço
andrade da silva

Luís Alves de Fraga disse...

É evidente que a denúncia do passado tem de ser feita. Não se pode branquear a História. Todavia, a luta contra o branqueamento tem de servir para, no futuro, não repetirmos os mesmos erros.
É fundamental a denúncia, mas é-o também a capacidade de vislumbrar saídas para a situação que vivemos. Temos de ser engenhosos para imaginar o futuro e dar pistas a quem o pode traçar. Esse é, em minha opinião, o maior serviço de cidadania que podemos prestar a Portugal e aos Portugueses.

Parabéns pelo blog. Desejo longa vida e felicidades para poder cumprir os fins que se propõe.

andrade da silva disse...

Caro Companheiro Fraga

A intenção é essa, pelo que o concurso e o engenho de todos os que querem escrever as histórias ocultadas do passado, sem esquecer o construção do presente e do Futuro é importante.

A cada um cabe fazer o que pode, porque, como dizia Torga, quem faz o que pode, faz o que deve.Se todos, ou muitos o fizerem o que podem no sentido da democracia nascerá a destruição criativa que limpando Portugal do pântano, poderá permitir o florescer da democracia.

A democracia é uma planta de liberdade muito frágil para viver em pântanos e em convivência descuidada com cavalos de Troia gordos, mentirosos, em conspiração permanente contra tudo o que cheire a comportamento honesto, livre, e empenhado efectivamente numa sociedade justa que cultive o mérito, a fraternidade, a liberdade
e que corra a chicote os que vendem a democracia e Portugal por uns míseros patacos para tratarem das suas vidinhas.
grande abraço
asilva