domingo, 26 de outubro de 2008

EM TEMPOS CINZA-CHUMBO, RECORDO TRÊS HERÓIS DO DIA 25 DE ABRIL 1974: UM CONSAGRADO E DOIS ESQUECIDOS.




Cheguei a uma dada idade, chamada da sapiência para uns, para outros de um certo início de baralhação das coisas, para outros também tempo de nostalgia, para outros, ainda, de um certo romantismo e para os mais pragmáticos um certo início de arrumação de malas para a viagem até à terra do nada.

Provavelmente nesta idade que começa a ser a minha, há um pouco disto tudo. Para uns será mais sapiência, para outros mais fim de viagem no planeta azul, sei lá eu!...mas também será, para um ou outro, o momento glorioso de ser mais livre e verdadeiro.

Com certeza que andarei por algumas destas vielas, mais próximo de umas, mais afastado de outras. Mas nunca, agora, ou antes, muito longe de que a minha passagem por aqui, pela terra, pode terminar para todo o sempre e para qualquer que seja o espaço, a qualquer momento. Não tenho nenhum caixão debaixo da cama, porque se puder quero ser incinerado ( bem, chega cremado) envolto num lençol branco com umas flores que cheirem a primavera, mesmo que seja Inverno, ponto.

Nada disto é filosófico, é somente pensar com o sentir, como geralmente penso, porque penso sentindo, e sinto pensando.

Pensar e sentir são para mim uma unidade indestrutível, talvez isto seja uma banalidade para a maioria silenciosa, os que não se pronunciam, porque os que mais falam, dissertam sobre as eternidades, morte dos desejos e até se zangam comigo, quando lhes digo que sou carnal, homem selvagem que sabe que nasceu, viveu e morrerá, e passará a ser o nada absoluto, já que, à imagem e semelhança do Cristo que proclamaram, depois de o matarem, filho primogénito de Deus, sou um nada relativo, para alguns mesmo, um pobre de Cristo, como, aliás, todos os Zé Marias, as Marias e os Antónios que para aí andam.

Vivendo com estas coisas indefiníveis e superiormente esquisitas, dei-me a pensar em matérias quiçá absurdas, e, por certo, tão estúpidas que ninguém se dignará lê-las – os poucos que aqui vêm - sem algum sorriso trocista. Compreendo –os.

Mas sei que os mais amigos também me entenderão, e que, ao fim e ao cabo, todos serão amigáveis, e perceberão que mesmo que não tenha razão, serei, talvez, uma boa alma. Penso que sim, sobretudo quando por aí abundam tantos e grandes filhos de p... que se divertem a fazer mal aos outros. Desta imbecilidade de “pig” de pocilga estou livre. Acho um atraso mental e tão nojento este comportamento.

O meu “ insight”, o “click”, para estas meditações aconteceu no Cemitério da Alto S. João, quando nas comemorações do 5 de Outubro, o Prof. Luís Vaz referiu ,com total surpresa minha, o nome do jovem tenente Andrade da Silva que aos 25 anos, com todo o entusiasmo do Mundo, entrou no Movimento dos Capitães, porque já pensava numa vigorosa acção de protesto, em Angola, em Novembro de 72 e, disso, dava conhecimento, por carta, ao tenente Custódio Pereira, o que os auto-proclamados grandes do 25 de Abril sabem, mas fingem que não sabem, e que isto não tem qualquer importância. Pudera!...

Sinto-me honrado com aquela vontade de ter querido mobilizar camaradas para discutirmos a guerra. Os que me conhecem sabem que sinto muita honra e orgulho, e nada mais – e nisto não cedo um milímetro, perante nenhum vaidoso, até porque sempre vivi exiguamente com o meu vencimento, nunca recebi broas - por nunca ter traído num ponto, numa vírgula, numa letra e muito menos num texto, ou em quase tudo - como alguns dos capitães sem sono e também gente do povo o fez - o espírito do 25 de ABRIL que o POVO QUE SAÍU À RUA LHE IMPRIMIU. ( Sabemos todos que o capitalismo tende a ser eterno, mas nesta Terra, houve o 25 de Abril, que depois retornou ao 24.5 de Abril, MAS HOUVE UM 25de ABRIL 74. PALAVRA. ESTIVEMOS MUITOS, MUITOS ,LÁ )

Devo dizer que em boa parte aquele era o meu espírito de sempre. Todos os dias, a todas as horas, sempre me expressei no MFA, dizendo e defendendo que o COMANDANDE DA REVOLUÇÃO TRIUNFANTE DEVERIA SER O MAIS INTRÉPIDO DOS CAPITÃES.

Neste 5 de Outubro 2008, pela 2º vez em cerimónia pública alguém me ponha na galeria dos heróis, a 1ª foi Álvaro Cunhal no Alentejo, mas a terra fria já calou as suas palavras, nem eco resta entre os dignitários, mas o Povo Alentejano ainda me tem no seu coração e até nos seus escritos.

Outros, em 1977, como o então Major Golias, o Gen Fabião, em pleno Tribunal Militar (Plenário) falaram do heróico capitão das terras alentejanas que inocente, como o disse o juiz presidente daquele tribunal, o Coronel da Força Aérea João da Cruz Novo, foi, apesar disso, condenado a dois anos de prisão pelo juiz Alfredo Gonçalves Pereira que foi promovido ao Supremo Tribunal de Justiça Militar, nesta forma estranha ,muito estranha, de Democracia, e foi condecorado em cerimónia a que, como comandante convidado, assisti. Acompanhou, ainda, este juiz na sua deliberada e injusta sentença o juiz militar, Coronel de Infantaria Amílcar dos Santos Machado de Castro.

Talvez vivam muito felizes, mas nunca terão o meu perdão, e espero que a História nunca os perdoe. Mas será que a consciência e o sentimento de culpa só aborrecem alguns?

Depois destas coisas todas olhei em profundidade o dia 25 de Abril de 1974 e, como já tinha dito, numa conferência do Sr., filosofo José Gil que defende que a Revolução do 25 de Abril foi uma quase- revolução, porque lhe faltou o cordeiro Sacrificial, o sangue não foi derramado, à excepção das vitimas assassinadas pela PIDE, ela sim, absolvida nos tribunais militares por um juiz de seu nome Barata ( enfim…)... creio que nós tivemos uma figura ÉPICA, EXTRAORDINÁRIA,UM GRANDE HERÓI EM CORAGEM, UM HERÓI INDIVIDUAL QUE SE ATREVEU A APLICAR A REGRA DOS NOVE À CONTA TURVA DOS FASCISTAS ARMADOS COM OS SEUS CARROS DE COMBATE-


ESTE 1º E GRANDE HERÓI INDIVIDUAL DA REVOLUÇÃO É O CAPITÃO SALGUEIRO MAIA.

Todos de um modo ou de outro o esqueceram, e, assim, esqueceram a mais bela página daquele dia.

Mas esta página de Glória Imortal também foi escrita, no mesmo lugar e à mesma hora, por outros dois grandes heróis individuais, anónimos para a maioria das pessoas, e desta falta também me penitencio, o Alferes que recusou a ordem do Brigadeiro que queria assassinar o Capitão Salgueiro Maia – NOSSO HERÓI NACIONAL –que se oferecia, como cordeiro sacrificial, para libertar Portugal da grotesca, patética, esquizofrénica, senil e criminosa ditadura e o soldado, que como o mais lídimo representante das Marias e dos Zés recusou também matar o seu libertador.

Para mim estes SÃO OS TRÊS HERÓIS INDIVIDUAIS, ÉPICOS DAQUELE DIA 25 DE ABRIL 1974. SE NÃO FOSSE O SEU HEROÍSMO INDIVIDUAL TUDO TERIA SIDO DIFERENTE, O SANGUE TERIA, MAIS UMA VEZ, MANCHADO A CALÇADA E O RESULTADO ERA INCERTO.

QUE A PÁTRIA, OS CIDADÃOS, OLHEM DE UM OUTRO MODO ESTES TRÊS HERÓIS.QUE OS CIDADÃOS AJAM E PROCLAMEM OS SEUS SENTIMENTOS E CORRIJAM A HISTÓRIA, E, SE POSSÍVEL AINDA, CORRAM A PONTAPÉ AS CORJAS.

Nestes tempos cinzentos, neste espacinho, recordei o POVO DE LISBOA de 1383 e, agora, três grandes heróis individuais do DIA 25 de ABRIL 74- O CAPITÃO SALGUEIRO MAIA E OS DESCONHECIDOS ALFERES E SOLDADO DE CAVALARIA 7 QUE NÃO MATARAM O LIBERTADOR, O CORDEIRO SACRIFICIAL, E FIZERAM CRESCER OS CRAVOS NAS ESPINGARDAS DOS SOLDADOS.

QUERIDOS COMPANHEIROS ABRAÇO-VOS, E A TI QUERIDO E LEAL COMPANHEIRO SALGUEIRO MAIA UM ATÉ SEMPRE.


andrade da silva 23 Out. 08


PS: Dizem os Arautos destes tempos, entre os quais, o Prof. Costa Pinto que todos sabem que não há alternativas a este capitalismo, e que na Europa, por algum tempo, uns falarão de mais regulação, o que nem sequer será o caso dos EUA, mas de qualquer modo, daqui por mais uns meses todos estarão de novo a adorar o bezerro das patacas, e assim, a profecia, de mais do mesmo, também se cumprirá, entre nós, com mais uma maioria absoluta do Sr. Eng. Sócrates, como alguns analistas já profetizam.

6 comentários:

Anónimo disse...

Não sei se algum dia aprenderemos alguma coisa.
um abraço
LL

Ana Daya disse...

Partindo do principio que a idade da sapiencia eh a idade em que se conhecem todas as coisas humanas, a idade em que se tem uma certa sabedoria divina… mas que bela idade a tua!

Eu inclino-me mais para a idade em que se pode ser mais livre e verdadeiro, onde o pensar eh mais ponderado e prudente, e o sentir mais assisado e cauteloso.

Eh tambem uma idade em que ja se pode acumular alguns “feitos’’ honrosos (para quem teve esse objectivo na vida e para quem teve a sorte de ter sido notado).

Pensar eh formar ideias, reflectir… sentir eh apreciar, eh ter o sentimento do belo de que falas com alguma frequencia, eh experimentar… Claro que so pode ser indestrutivel!

Ha de facto quem nao se pronuncie (a maioria silenciosa) – eh muito mais comodo! Mas tambem ha quem nem sequer lhe passe pela cabeca o que eh ter autonomia e direitos de ser livre, porque ja se nasceu assim - a historia nao foi descrita nem com pormenor nem com o seu devido valor.

Es concerteza uma “boa alma” e muuuuito mais! ;)

Ha “almas” que se destacam de outras por feitos tao honrosos. Como explicas a “memoria curta” da grande maioria das pessoas que viveram esse periodo?

Deixo-te uma frase comum… melhores dias virao… (embora eu nao acredite nela)

AnaRute

andrade da silva disse...

Caro Amigo e Cara amiga Ana

Os dias de sol e paz estão sobretudo no santuário da nossa alma e coração, onde, cabem todos os amigos de bem que noa amam, mas também amam a humanidade, a natureza ,o belo, a poesia e a música, fora destes nós, há muita perturbação.

Infelizmente no Mundo que nos rodeia não vêem aí melhores dias, mesmo que a possível vitória de Obama possa alterar alguma coisa, as expectativas excedem a sua possibilidade de acção, como, ontem, numa pequena mais honrada secção do PS na Almirante Reis ( secção que abriu as suas portas à sociedade civil, de que falarei em post) um brilhante professor universitário americano, apoiante de Obama esclareceu.

abraços
asilva

Jerónimo Sardinha disse...

Caro Andrade da Silva,
Estás a complicar a vida aos ‘pobres’ comentadores.
Mas fazes bem !
Mais do que nunca, é preciso agitar as consciências, se é que ainda as há !
Parece que este povo está cada vez mais a viver do material e sem alma.

Que atingistes uma idade proveta, é um facto. Mas daí a pensar em ‘viagens’, irá certamente e esperemos que sim, uma grande distancia.

No teu caso, o libertar de espartilhos e poder falar livremente, terá sido sem dúvida um momento glorioso. Imagino o que terás sofrido por causa da disciplina de silêncio, ou quase.

É verdade. A maldade, a inveja, a vaidade desbragada, estão enraizadas em muito boa gente. É o que mais se vê.
A tal ponto, que este ano, pela primeira vez em muitos, não tive pachorra para o tradicional 5 de Outubro. Não consigo já, talvez fruto da tal idade, engolir as vaidades e aleivosias, inflamadas de palavras de circunstância e absolutamente ocas de sentido.
Não é bom. Os nossos maiores devem sempre, mesmo com sacrifício, ser homenageados. Principalmente nos tempos correntes.

É evidente que os ‘donos’ do 25 de Abril não consentem sombras. São, sempre foram os ‘grandes heróis’, não se sabe bem como nem porquê, mas foram construídos, ou foram-se construindo.
Terá contribuído fortemente para isso a tal ‘lei de rolha’ a que estivestes sujeito durante muitos anos. Tu e outros. Muitos se foram acomodando, por razões várias, sendo a principal a falta de fibra.

Foi sem dúvida a saída do povo, algum povo, que implementou a viragem ou pelo menos ajudou a acção dos que já a traziam na mente. E sabemos, tu e eu, que essa visão estava presente nalgumas cabeças.

Sim ! Houve um 25 de Abril em 1974 ! E estavas lá. Tu e alguns, poucos, de corpo e alma. Eu o sei. Alguns de nós o sabemos, o recordamos e o agradecemos. Apesar de tudo, o que foi não teria sido sem vocês. Os TAIS.
Voltas a complicar a questão. Pelo menos para mim.
Nunca consegui entender determinadas coisas. A principal será sem dúvida essa trapalhada.
Aliás, não fui só eu. A meio da tarde de 25 e por razões que não são agora chamadas ao caso, afastei-me do local da acção (Carmo). Retornei quase em coincidência com a chegada de Spínola. Preocupado e algo revoltado, perguntei a quem se devia o que se estava a passar. Recebi uma resposta, que de todo me deixou perplexo, tendo um amigo presente, a quem Maia havia pedido para falar há população, no sentido de se afastarem (por causa dos tiros e do perigo à retaguarda), de que vem mais do mesmo.
Para mim e para outros, naquele momento, a revolução era um nado morto.
Se as coisas fossem o que deviam ser e não estivessem inquinadas há nascença, sairia dentre os CAPITÃES o chefe da revolução, garantindo assim sangue, hormonas e massa cinzenta novos. Só assim poderia ter sido REVOLUÇÃO. No ocorrido, foi uma mudança na continuidade, como se verificou até aos dias de hoje.

No teu caso pessoal, a história não os perdoou, branqueou a sua acção.
Foram coerentes. EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE.

Tivemos realmente, um grande herói, a par de outros, que a vaidade dos homens teima em apagar. E não o(s) soubemos honrar nem respeitar. Veja-se o trajecto, de vida e carreira que tiveram. E onde se encontram hoje ?

Quanto aos anónimos, houve algumas dezenas. Eu vi. Os soldados que estavam com o brigadeiro fascista Junqueira Reis, passaram-se quase (há sempre um quase) todos para o lado do Maia.
O homem que deu a ordem de fogo sobre o Maia, foi esse mesmo senhor, que aliás, deu também um par de murros no tenente Assunção (hoje general).
Um alferes das Panhard’s, creio que de nome Silva, desobedeceu à ordem de fogo sobre os revoltosos. Um coronel, creio que Romeiras, recusa também abrir fogo, desobedecendo frontal e directamente à ordem de Junqueira Reis e evitando um assassínio a sangue frio. Um outro alferes ou tenente de Cavalaria, de nome SottoMayor, volta a recusar fazer fogo. Para que se percebam os riscos disciplinares, caso as coisas se complicassem, é bom que se note que na origem das ordens de abrir fogo, estão um BRIGADEIRO (Junqueira Reis) e um CORONEL (Ferrand de Almeida).

Portanto, sim. Houve ‘heróis’ anónimos. O estranho, é que os logo a seguir ‘donos’ do 25 de Abril, não tenham tido a hombridade de os identificar e trazer ao conhecimento público. Até hoje.
Aliás, a preocupação maior, foi afastar de imediato os inconvenientes, ou os que poderiam vir a fazer sombra, ou a falar da realidade que se passou.
Não esqueças que o próprio Maia foi ‘atirado’ para os Açores por uma data de tempo.
Tu mesmo, pagaste a ‘ousadia’ presunçosa de uma revolução.

O Adelino Gomes, poderá, se quiser, recordar melhor os nomes e as atitudes, da madrugada, até ao final do dia 26. Porque nós falamos de 25, mas até 27, as coisas sucederam-se muito emaranhadas. Ele esteve lá também.

É verdade. Maia foi poupado, de alguma forma, às balas do fascismo, para poder vir a ser humilhado e ofendido pelos seus pares.

Concluindo. Não tivemos uma revolução. Tivemos UMA EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE ! Com outros actores. Com outra roupagem. Com as contingências dos tempos e a pequenez de que somos capazes. Mas nunca uma revolução. Por muito que isso doa hoje aos publicitados ‘heróis’ de TV e actos públicos.

Como sempre, como com Machado Santos, convêm apagar os verdadeiros heróis, para que os oportunos tenham lugar e possam jogar a seu belo prazer no tabuleiro social.

Pronto. Já me enervas-te. Não me posso recordar de certas coisas, por causa da tal idade. É assim e pronto.
Muito ainda há a escavar no limbo dessa data e dessas pessoas.

Entretanto, haja futebol, circo e cartões de crédito.

Tudo vai bem no reino de sua majestade !

Um grande Abraço, seu desencaminhador de cidadãos. Com amizade e respeito,
Jerónimo Sardinha.

andrade da silva disse...

Caro Jerónimo
Quem te ler só pode ficar grato pelas tuas memórias e agradecer-te a tua força e a emoção. Na parte humilde que me toca fico muito contente por te trazer a terreiro, com esta pujança e saberes.

Quanto ao auto-controlo do biológico para não perigar a saúde, sabes mais do que eu.

No que ao meus saberes diz respeito insisto no sábado e domingo "sabáticos" e na leitura dos nossos poetas,trouxe mais um ao nosso convivio. É Bom.

abraço
asilva

Jerónimo Sardinha disse...

Caro Andrade da Silva,
É grato saber o que e como pensas a meu respeito, embora duvide das capacidade que com muita amizade me atribues. Quem dera tê-las. Muito obrigado.

Já tinha visto a bela poesia e questionado para mim mesmo, quem seria e como teria entrado !

Parabéns para ti, por tão boas companhias e amizades.

Que seja bem vindo.

Grande abraço,
Jerónimo Sardinha.