Fala-se que a RTP1 vai rever os critérios, em que o Prof. Marcelo Rebelo faz as suas novas conversas em família, e, porque é o Sr. Prof. Marcelo, já se começa a evocar a claustrofobia democrática e o diabo a quatro, mas para mim, cidadão, a conversa é outra, ou seja:
O falatório do Prof. Marcelo, como o do Sr. Vitorino, sem contraditório, com jornalistas a fazerem de conta que fazem perguntas e, versando as matérias de que tratam são meros púlpitos de propaganda partidária, com a agravante dos propagandistas se dizerem comentadores políticos quase isentos, o que não é o caso de ambos, porque são claramente apoiantes incondicionais, neste momento, dos lideres dos seus respectivos partido, PSD E PS.
A televisão é muito diferente da Imprensa escrita, num jornal pluralista no mesmo dia, ou em dias sucessivos está representado um leque alargado de opiniões divergentes, como por exemplo é, entre outros, o caso do Expresso, muito embora haja em quase toda a imprensa um afunilamento em torno do centrão, disfarçado por um ou outro filosofo, como é o caso da VISÃO que mete ali pelo meio o Sr. José Gil, com textos de tão transcendentais que se tornam em termos do real-concreto inócuos, até porque muitos que os lêem nem percebem o que lá está, mas para não fazerem má figura, abanam a cabeça a dizer que os entenderam, enfim… e o DR. Mário Soares rigoroso crítico do neo-liberalismo internacional e cândido apoiante do doméstico....coisas!...
Embora a liberdade de expressão seja mais um mito destes regimes democráticos (é pior nos antidemocráticos, obviamente, e disso já sabemos) porque somente é atribuída a quem os jornais, as rádios e as TV entendem com base em critérios subjectivos, que eles só sabem quais são, para além daqueles outros, de que se ouve falar como: a competência e sobretudo as audiências, e, por força, destes critérios, andamos a ouvir há dezenas de anos os mesmos profetas, com discos riscados: o SR. Prof. Marcelo Rebelo, Sr. Dr. Vitorino, Sr. Prof. António Barreto, Sr. Prof. José Gil, Sr. Prof. Boaventura Santos, etc, comentadores com ideias cristalizadas, muito embora, o Sr. Dr. Vitorino e o Sr. Prof. António Barreto apresentem uma grande plasticidade ideológica, ora, são apoiantes de umas politicas neo-liberais, ora, de politicas mais humanistas, talvez o rumo dos ventos indiquem as suas posturas…um espanto de coerência.
Perante o smi-pensamento único, claustrofobico que nos rodeia, fica o cibero-espaço para a expressão da liberdade de pensamento, mas também, aqui, as coisas estão inquinadas, a capacidade de penetração é completamente diferente, conforme a imprensa escrita refere ou não o blogue, e também porque proliferam tantos blogues que se se organizassem em redes por afinidades tudo poderia ser diferente, mas nesta área reina o maior egoísmo e narcisismo, portanto, tudo é como é, e, assim será, ponto.
Face a este quadro seria importante que a RTP1 e a Rádio Pública mantivessem um estrito critério de pluralidade ideológica, sem ter por referência, nesta área, os tais critérios da audiência e os económicos.
A expressão plural do pensamento é clara e inequivocamente um serviço público, que obviamente esta RTP ignorará, porque sempre desconheceu o que efectivamente é a EXPRESSÃO PLURAL DO PENSAMENTO, e, daí, não ter nenhum espaço de antena aberta.
andrade silva 7 Out. o8
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