terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ERA UMA VEZ.......


ERA UMA VEZ

Contemos a história, a Ana e o Nelson falavam de coisas belas, o diálogo chegou-me por e-mail, trazia um conto que logo pedi para partilhar com os leitores do blogue liberdade e cidadania. Sobre o resto oiçam a Ana, o seu falar é bem mais formoso que o deste seu ouvinte.
Obrigado Ana, mil beijos.

“É um conto, e se calhar é melhor explicar:
Eu "conto histórias", é o que faço por paixão, a forma que encontrei de comunicar. Como nesta tertúlia não usamos a voz, resolvi escrever.

Este é portanto um dos contos que ao ler um dia algures, falou comigo, entrou em mim e ficou comigo um tempo. O tempo de acrescentar a si o meu ponto, para depois continuar a sua viagem.

Sabem? Um conto tem vida própria e a missão de viajar pelo tempo e pelo mundo, espalhando a maior riqueza que existe. Fica com o contador que o soube amar, porque os contadores sabem um segredo:
Dividindo com os outros a riqueza que trazes no peito (não junto a ele) ela multiplica-se!

Portanto editem, por favor, que ele quer crescer.
Não é meu no entanto, e não me lembro de quem o terá parido, eu sou apenas sua ama.”

Bj

Ana Machado



Era uma vez um homem que tinha uma doutrina.

Era uma boa doutrina !!!
Tinha uma doutrina que guardava num bolso do casaco junto ao
peito.
Guardava a doutrina junto ao peito não dentro dele

A doutrina cresceu e já não cabia no bolso do casaco,
então, fez-se uma arca de madeira de cedro para guardar a doutrina.

A doutrina e arca continuaram a crescer,
então, construiu-se uma casa grande para guardar a doutrina

Era um templo .....
e o templo comeu a arca, o bolso, o casaco, o homem e a doutrina.

Depois veio outro homem que disse:
Quem tiver uma doutrina.... coma-a
faça dela parte da sua carne,
dissolva-a no seu sangue,
antes de ser devorado por ela


autor desconhecido

3 comentários:

andrade da silva disse...

Cara Ana Machado

Bem vinda!

Que belo conto, é também um belo poema de e da vida. Quantos de nós andamos com doutrinas ao peito, nas abas dos casacos, como acontece com os cravos de Abril?

Dos cravos falei no Abril passado no blogue Avenida da Liberdade, da Associação 25 de Abril, silenciado no dia de Lisboa e de Santo António, 13 de Junho, também me referi ao que parecia ser um bom augúrio deste sinal, não o foi.

Mas o que importa é que as doutrinas,os princípios, os Cravos de Abril sejam sangue do nosso sangue,alma das nossas almas e coraçao dos nossos corações nestes tempos que passam.

Obrigado Ana
asilva

Jerónimo Sardinha disse...

Façamos, abusivamente nossas, as palavras bondosas e sábias do Carissimo Andrade da Silva.

Seja bem vinda ao nosso seio Cara Ana Machado e que seja por muito e frutuoso tempo.

Muito obrigado pelo belo conto, que tão bem se enquadra no tempo actual, ou, em todos os tempos dos homens.

Abraço fraterno, extensivo ao patrono que em boa hora a trouxe até nós.

Jerónimo Sardinha

Anónimo disse...

Viva e Seja Bem Vinda entre as gentes de Abril

o seu conto apenas me deixa perplexa num ponto: é que seria importante que nesse assimilar de ideias nos não tornemos novos Vulcanos devorando as crenças, as esperanças que parimos e nos fazem avançar
com o abraço

Marilia Gonçalves