sábado, 7 de fevereiro de 2009

NA AMÉRICA RAIA A PRIMAVERA, EM PORTUGAL A BESTA NEO-CONSERVADORA RESISTE.


Na América, como escrevi em Novembro de 2008, com Obama, ou se descobria o caminho de nova luminosidade, ou se expandiria mais o Império, ou mesmo se descobririam caminhos satânicos e terríveis, nunca antes imaginados. Caminhos do Apocalipse, do desvairamento psicótico. Por perda do teste da realidade os americanos, o mundo, pensariam que seguiam um deus, mas ele só estaria travestido, porque na verdade era o diabo, deus dos banqueiros.

Nestes primeiros tempos Obama já iniciou uma revolução que se sabe onde começa e jamais onde acaba. A sua relação com parte do povo americano não obedece, de modo algum, aos cânones da Casa Branca. Ele está a realizar o que era suposto acontecer em Roma, segundo a ficção, com o Papa a sair pelas portas traseiras do Vaticano e ir beber um copo a um café de Roma, ora, o que acontece é que o Papa é cada vez mais reaccionário, enquanto, Obama sai e vai a uma escola e a um restaurante de negros comer uma pisa, isto, é uma revolução nos costumes. Estes actos tornam-no na bandeira total para fazer nascer na América um mundo novo, no sentido da luz, ou de uma escravatura nunca antes sonhada.

Obama tem todo o potencial para influenciar grandes massas da população americana e do Mundo que está há tanto à espera do Messias salvador, ou do Messias Luceferino, e Obama pode desempenhar qualquer destes papeis.

Se quiser aprofundar as vilezas do império enganará, seduzirá o povo para depois o chicotear e matar com a cicuta do desencanto. Todavia se optar pelos caminhos da liberdade que a sua condição e a história da sua vida sugerem poderá ser ele a vitima das balas assassinas, dos que pretendem que no Mundo reine a nazi ou a benta Governança financeira, mas também com o povo e os povos pode vencer por mais de um século os vampiros das caixas fortes dos dólares e dos euros.

Desgraçadamente enquanto o Mundo muda e depressa, em Portugal regredi-se ao conceito medievo da liberdade. O medo de perder posições de privilegio leva alguns, a incutirem nos demais uma fobia mortal contra a liberdade, cognominando-a de instrumental, para constituir democracias ou fascismos, e lá recordam que Hitler foi eleito.

Só que Hitler para se tornar nazi matou a liberdade, e fê-lo com a cumplicidade dos generais, da aristocracia alemã, só com este bando de cobardes e cúmplices Hitler se tornou totalitário, um facínora, e, deste modo, não é um produto da liberdade, mas da capitulação de gente que devendo ser livre, deixou-se escravizar, uns por medo, mas muitos por cumplicidade, porque pretendiam crescer junto dos crimes do ditador. Regra comportamental que se repete.

Para além destes capitulacionistas há outros que pouco ou nada arriscaram pela liberdade, e regressam à idade média da civilização, para considerarem a liberdade como uma concessão, quase excepcional, de quem detém o poder. Ora, porque lutei pela liberdade e, porque arrisquei a vida por ela, e me esfrangalharam a carreira militar por sempre ter levantado a mesmo bandeira da Liberdade, considero-a um direito que nós todos, os cidadãos, em uníssono exigimos, não como uma concessão, mas como um direito, um direito democrático, muito mais amplo do que somente poder gritar, sem ser ouvido pelos governos.

Em democracia os Governos têm o dever de ouvirem as vozes da critica e do protesto, e nunca têm o direito de fazer ouvidos de mercador, porque criam uma grave tensão que pode acabar em pedrada, e, ou com policias, disfarçados de marcianos, nas ruas a conterem a revolta popular que acabará por eclodir, se a corrupção e as cruciais e vergonhosas desigualdades culturais, humanas, sociais e de rendimentos entre as várias camadas da população não forem resolvidas.

Contrariamente ao que as gentes e os agentes do sistema querem fazer crer, a distância de conforto e bem estar entre os ricos e poderosos e os pobres é, hoje, muito mais abissal, injusta e intolerável que o era na Idade Média entre os senhores e os servos, é mesmo assim, porque os senhores em termos de conforto eram miseráveis, não tinham nada, só detinham um poder absoluto sobre os seus servos, o que na essência não se alterou assim tanto no capitalismo, com os donos das fábricas e as minas da morte.

Contudo nestes hojes o que interessa é que os novos comportamentos da casa Branca sirvam para que algo mude na Europa, a começar pelo Presidente da Comissão da União Europeia, porque é uma personagem sem qualquer perfil para a construção da Europa social. O seu projecto era seguir e apoiar Bush na Europa, o que milhões de americanos já, há bastante, nos EUA, deixaram de fazer. Se os Americanos se libertaram de tão grande pesadelo, porque teremos nós na Europa de continuar com as suas marionetas da morte, da mentira e da destruição?

A Europa, Portugal numa base de correcta visão da politica devem promover o comportamento democrático para se combater o silêncio cúmplice e o medo que faz com que os arautos do dia de amanhã, escolhidos a dedo pelas TV deste estado de coisas sejam o administrador do BES que nada pode dizer sobre a actividade delituosa e sistemática de outros bancos, de outras universidades, porque tudo está em segredo de justiça e não perguntando nada, a bondosa Judite de Sousa, sobre a operação furacão tudo correu bem ao ilustre convidado.

Mas como poderia a entrevistadora fazer perguntas aborrecidas a tão acérrimo defensor do Sr. primeiro ministro? Palhaçada!

Mas para se saber mais sobre o futuro é de ouvir um neo-liberal e neo-conservador muito ilustre, o Sr. economista César das Neves, com o mesmo velho discurso que os males da economia se devem à desorientação orçamental e à rigidez das leis laborais.

Mas será que este senhor, contra toda a evidência não percebeu que esta crise teve o seu epicentro no santuário do neo-conservadorismo, e que tem a ver sim, com a especulação, os ordenados fabulosos dos gestores que conduziram as empresas para a falência, o que, por ser tão evidente, já mereceu uma viva condenação do presidente Obama. Mas será que estamos condenados a viver com estes gatos pingados, disfarçados de grandes doutores?

Espantosamente Carvalho da Silva ainda não sabe se os despedimentos que estão a acontecer são ilegais, claro que se tivesse lido as doutrinas de Fridman sobre os tratamentos de choque, já teria antecipado o que fazer perante o abuso dos patrões que para resolverem a tal rigidez das leis laborais vão sanear as empresas de trabalhadores.

Se sr. Carvalho da Silva, e outros lessem este blogue, talvez percebessem que, pelo menos, claramente aqui se diz que o que está em marcha é a poderosa CONTRA-REVOLUÇÃO CAPITALISTA para Chinizar a Europa e ponto.

Na linha do Padre António Vieira defendo que Portugal pode mudar muito o cenário politico e social da Europa, e que esta possibilidade que tanto, em 1975, assustou o neo -conservador Kissinger (judeu-alemão) se mantém aberta e, hoje, com muito mais força se conseguirmos em Portugal uma liderança que seja aliada de Obama na prossecução do caminho que iniciou. Se conseguirmos este feito cairá a presidência neo-liberal e bushiana de Durão Barroso, a que se seguirá a de Sarkozy e de Berlusconi, enfim, finalmente teremos uma Europa livre.

Aqui fica um objectivo imperativo a alcançar que seria impedir que uma maioria governativa neo-liberal nos conduza no médio prazo, para uma conflituosidade social que provavelmente acabará muito mal.

A conflituosidade social da rua se for intensa, violenta e demorada que não sirva de suporte a uma liderança politica progressista acabará inevitavelmente numa DITADURA de DIREITA, e nem precisará mudar-se muito de protagonistas políticos.

PORTUGAL.

andrade da silva 07 Fev 09

1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Caro Companheiro
no dia em que os filhos e filhas de Portugal perceberem claramente que o País será o espelho da sua vontade participativa e interveniente, teremos o Portugal ridente que nasceu numa manha se Abril e na qual continuo a crer ardentemente.
Por isso filhos de Portugal, meus irmãos e irmãs, o único perigo a única ameaça é o silêncio!
Que cada um fale com as palavras que usa para exprimir em família a sua alegria ou a sua dor, a sua confiança ou o seu desespero.
Com um simles ai, à nossa volta todos sabem que sofremos de uma dor fisica. Manifestar o que sentimentos e pensamos é natural e ajuda_nos a ter brio e confiança de que podemos o que queremos realmente. Participar é apenas um costume a tomar e prosseguir com ele. Porque é isso que transforma a nossa vida e faz com que se impeça que sejam sempre os outros a tomar decisões no que afinal é a nossa própria vida. A única maneira que temos de fazer com que a vida que está à nossa frente
seja o que pretendemos é dizê-lo bem alto, senão os prejudicados pelo silêncio, pelo que calamos, somos nós mesmos, não se diz em Portugal que quem cala consente?
Pois não podemos consentir e teremos que aprendera defender a nossa vontade expressando-a, quer falando onde quer que seja, quer escrevendo... que eu saiba ainda estamos em democracia!e o Povo em Republica é o rei!
um abraço fraterno

Marília Gonçalves