Como abolicionista sou contra todas as cangas à expressão livre, sem tabus, do amor ardente, logo clara e inequivocamente desaprovo todos as formas de regulação do amor e da libido, porque acho que nem a Igreja, nem o Estado têm de meter o bedelho em assuntos tais.
Todavia todos têm o direito, na minha opinião, de acederem, a este patamar superior da tonteira humana, de sujeitarem o seu amor e as suas relações inter-pessoais a uma supervisão externa, e, deste modo, também se mata o primado das relações poligâmicas da homossexualidade, e tudo se rende a essa coisa limitada, e sobretudo monótona, da monogamia.
O mundo está mesmo um espanto, mas, de qualquer modo, os defensores da monogamia deviam aplaudir esta aspiração que só revela que afinal até os que eram poligâmicos acabam por se render ao sortilégio da monogamia, facto que os devia confortar e não irritar, por terem feito a escolha acertada (?).
Como não concordo com a instituição casamento, não defendo com muito entusiasmo o casamento homossexual, mas já que esta instituição social existe que seja como o sol que, quando nasce, é para todos, e que todos sejam muitos felizes, e para todos os que forem muito felizes, porque o casamento lhes deu essa oportunidade, bem -aventurados sejam esses casamentos que deram a máxima felicidade a tão queridos e excepcionais cônjuges.
Se não fora a minha idade e a falta de cobres para comprar gado, iria para África, e juntaria umas quantas cabeças de gado que perfizessem alguns dotes, teria várias felicidades, e tudo seria tão diferente, porque, entre muitas outras coisas, já ando aborrecido de aturar e, de ouvir um coro a dizer que há, entre nós, O GRANDE LIDER, cognome que receio, porque na Coreia também existe um , e, normalmente, está mal disposto, mandando ao pequeno almoço cortar cabeças, para não pensarem mais durante o dia , e ao jantar manda dar cacetada nas cabeças para arrumarem as ideias , ora, de tanta cacetada algumas rebentam, coisa sem interesse, mas que temo, temo mesmo, sobretudo pela cabeça do meu gato que, como gato, revela dotes especiais, segundo os testes que estimam, a estimada, inteligência da gataria, além de que o patusco, nome deste meu felino, é tramado, até morde a mão que o alimenta. É rebelde. O tipo na outra incarnação deve ter sido um vermelhaço, mesmo vermelhaço, do que desconfio, porque o gajo mia em russo. ( Ah que saudades da guidinha do Stau Monteiro!)
VIVA AO CASAMENTO HOMOSSEXUAL. QUE SEJAM MUITOS FELIZES, E QUE NUNCA HAJA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUE MUITOS CASADOS CELEBRAM DEVOTADAMENTE!?....
PAZ À ALMA DE TODOS OS CASAMENTOS. Como seria interessante ouvir dizer sou viúvo (a) do casamento, mas a minha ( o meu) ex- cônjuge está disponível para a continuação da mesma aventura numa situação de facto, mas livre da intromissão do Estado e, ou da Igreja, e, ou para iniciar e viver outras e diferentes aventuras da e de vida.
Para mim, a isto chama-se, simplesmente, liberdade. SIMPLESMENTE LIBERDADE.
PAZ À ALMA DE TODOS OS CASAMENTOS. Como seria interessante ouvir dizer sou viúvo (a) do casamento, mas a minha ( o meu) ex- cônjuge está disponível para a continuação da mesma aventura numa situação de facto, mas livre da intromissão do Estado e, ou da Igreja, e, ou para iniciar e viver outras e diferentes aventuras da e de vida.
Para mim, a isto chama-se, simplesmente, liberdade. SIMPLESMENTE LIBERDADE.
A Liberdade é paz, harmonia, amor, libido, respeito pelo outro. Entre gentes inteligentes e cidadãos não deveriam ser precisas peias nas relações amorosas, para que todos os interesses e direitos fossem defendidos. O direito normal e comum às outras relações interpessoais deveria ser suficiente, com a salvaguarda absoluta que os pais são responsáveis pela educação, alimentação, desenvolvimento, crescimento, formação dos seus filhos a quem para além do afecto têm o dever de promover as melhores condições, para que eles atinjam a sua plenitude, enquanto pessoas e cidadãos.
Julgo que o estatuto da relação de facto, é o que frequentemente melhor servirá a felicidade, pelo que não sendo um entusiasta do casamento, reconheço que o casamento homossexual é um direito jurídico, em igualdade de circunstâncias com os demais, e é um passo necessário para no futuro se reconhecer que o direito à felicidade que todos têm, no caso da bissexualidade, levará a considerar que em termos da constituição de um núcleo familiar harmonioso, a tríade, como é óbvio, será a solução, adoptada em várias espécies animais com significativo sucesso.
Viveremos ainda o tempo suficiente para contemplarmos as grandes mudanças do mundo?
Talvez sim, talvez não, mas algo muda. Alguns preconceitos caem. Em 1985 alguém que hoje coraria de vergonha perante os seus netos e quiçá filhos, recusou que o meu filho nascesse na maternidade do Hospital Militar pelo simples facto da sua mãe, não ser casada comigo. Porque não cumpri uma norma arbitrária, o meu filho foi preterido de um direito. Isto terá sido justo, legitimo, ou foi a mera manifestação de um acintoso e ilegítimo preconceito?
Espero que quando se discute o casamento homossexual o preconceito que impediu o meu filho de nascer na Estrela tenha caído, para poder pensar que quando se estiver a falar da tríade sexual e das novas formas do casamento de bissexuais, o preconceito contra o casamento homossexual já tenha caído, porque a questão da tríade ainda levanta muitas mais e complexas questões.
andrade da silva
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